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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – POLO UNIVERSITÁRIO DE PARACAMBI INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS – ICHS PROGRAMA NACIONAL DE FORMAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PNAP/UAB BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro NOME: LUCIANO AUGUSTO DA PAIXÃO MATRÍCULA: 16113110187 CURSO: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POLO: PARACAMBI DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA A Atividade Avaliativa 3 se baseia na leitura do Manifesto do Partido Comunista, de K. Marx e F. Engels. A última frase da seção I do Manifesto ("Burgueses e Proletários", p. 7-27) afirma: "A burguesia produz, sobretudo, seus próprios coveiros. Sua queda e a vitória do proletariado são igualmente inevitáveis". Explique a frase acima, abordando os seguintes pontos: - a relação entre o desenvolvimento dos meios de produção e as formas de dominação; - o caráter revolucionário da burguesia; - a posição dos trabalhadores na sociedade burguesa. A relação entre o desenvolvimento dos meios de produção e as formas de dominação: O direito da propriedade dos meios resultantes do trabalho humano no capitalismo pertence à minoria; o trabalhador é compelido a ceder mediante pagamento, sua força de trabalho aos membros desta classe em troca de um salário. O vínculo de produção capitalista fundamenta-se na propriedade particular dos meios de produção pela burguesia, que substituiu a propriedade feudal, e no trabalho assalariado, que substituiu o trabalho servil do feudalismo Trata-se de uma produção essencialmente voltada à acumulação e à obtenção de lucros, com base na exploração dos trabalhadores, os quais se encontram obrigados, pelas determinações da economia de mercado, a vender sua força de trabalho para sobreviver. Observa-se, porém que existem basicamente duas classes sociais: a burguesia e os trabalhadores assalariados. A crescente competitividade entre as empresas, a necessidade permanente de investimento em produtividade e de criação de novas formas de dominação sobre os trabalhadores, em decorrência do acirramento da luta de classes, foram responsáveis pelo aparecimento de cada vez mais sofisticados sistemas gerenciadores da produtividade. As atividades consideradas veneráveis em sua totalidade, como o médico, o jurista, o poeta, se transformaram em servidores assalariados. A burguesia rasgou o véu de sentimento que envolvia as relações de socialismo, familiaridade, amizade, a simples relações monetárias, revolucionou os instrumentos e as relações de produção, e, também, todas as relações sociais antigas e cristalizadas, motivada pela necessidade de mercados novos, com isso, invade o mundo, imprime uma qualidade dominante na produção e ao consumo por todas as nações. O caráter revolucionário da burguesia: O caráter revolucionário da burguesia através de um novo modelo de desenvolvimento dos meios de produção mostra que as indústrias são substituídas por outras que não empregam mais matérias primas do próprio lugar; agora tudo vem de regiões mais distantes e cujos produtos se consomem em todas as partes do mundo, criando um intercâmbio universal, uma interdependência das nações, tanto na produção material como à produção intelectual. Não existe mais o estreitamento e o exclusivismo nacional, os preços baixos são a artilharia pesada, obrigando todas as nações a adotarem o modo burguês de produção e civilização. Em consequências disto grandes centros urbanos foram criados, aglomerou as populações, e concentrou a propriedade nas mãos de poucos, com um só desejo e um governo centralizador. A posição dos trabalhadores na sociedade burguesa: A sociedade burguesa produziu homens a fim de manejar as armas ensinadas e introduzidas por ela mesma. A essa altura não existem mais diferenças entre idade e sexo para a classe operária, todos podem aprender. A antiga classe média dos pequenos industriais, comerciantes, cai nas fileiras do proletariado que vão passando por fases distintas, que da luta isolada, começa a organizar diferentes grupos e se fortalecer para lutar contra o burguês que o explora diretamente, esforçando-se para reconquistar a posição perdida. A burguesia para atingir seus próprios fins políticos de dominação é levada a pôr em movimento todo o proletariado que cresce com sua força e adquire maior consciência dela, daí ocorre choques entre o operário e o burguês. Os trabalhadores operários atuam em defesa de seus salários e esta união é cada vez maior. A burguesia em sua guerra perpétua tem que apelar para o proletariado, arrastando-o para o movimento político onde cada vez mais lhes mostra e ensina a manejar as armas com as quais estes irão lutar cada vez mais fortes e preparados, pois o operário moderno desce cada vez mais abaixo das condições de sua classe e a burguesia cresce ainda mais rapidamente que a população e a riqueza, assim a posição do trabalhador só pode ser a de lutar sempre e, portanto a burguesia vem construindo no decorrer da história, um exército que irá exterminá-la, porque, sua ruína é algo que não poderá ser evitado.
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