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DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DE EFLUENTE DE SALÃO DE BELEZA

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SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
1.1. PROBLEMÁTICA	4
2.	REVISÃO DA LITERATURA	5
2.1. QUALIDADE DA ÁGUA	5
2.2. PARÂMETROS FÍSICOS	5
2.2.1.	Temperatura, Cor e Turbidez, Sólidos Totais, Sólidos Fixos e Voláteis	5
2.2.2.	Turbidez	6
2.2.3.	Cor	6
2.2.4.	Temperatura	7
2.3	PARÂMETROS QUÍMICOS	7
2.3.1	Acidez e Alcalinidade	7
2.3.2	pH e condutividade	7
3.	MATERIAL E MÉTODOS	9
3.1. PARÂMETROS FÍSICOS	9
3.1.1.	Sólidos Totais, Sólidos Fixos e Voláteis	9
3.2. PARÂMETROS QUÍMICOS	11
3.2.1.	Acidez e Alcalinidade	11
3.2.2.	Cloreto e Dureza	15
3.2.3.	Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio	18
3.2.4.	Óleos e Graxas	20
4.	RESULTADOS E DISCUSSÃO	21
4.1. PARÂMETROS FÍSICOS	21
4.1.1.	Sólidos Totais, Sólidos Fixos e Voláteis	21
4.2. PARÂMETROS QUÍMICOS	22
4.2.1.	Acidez e Alcalinidade	22
4.2.2.	Cloreto e Dureza	23
4.2.3.	Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio	25
4.2.4.	Óleos e Graxas	27
4.3. CONSIDERAÇÕES FINAIS	29
5.	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	30
29
INTRODUÇÃO
PROBLEMÁTICA
Os salões de beleza são espaços de grande importância na sociedade atual. Em função da mudança nos hábitos de consumo e aumento do poder aquisitivo da população, além da cultura da beleza e novos produtos e tecnologias no mercado, esse segmento apresentou uma expansão ao longo dos anos. Os variados serviços oferecidos pelos salões, muitas vezes requerem a utilização da água, que consequentemente geram o efluente, as águas residuárias. 
O efluente de salão de beleza tem uma composição bem complexa, em função dos produtos utilizados. Muitos desses produtos possuem compostos químicos contaminantes e perigosos, como amônia, metais pesados e hidróxido, que contribuem na diminuição da eficiência no tratamento dos efluentes e também na autodepuração dos corpos d’água, quando lançados diretamente sem tratamento.
Através da análise dos parâmetros físicos e químicos, é possível verificar o potencial poluidor que o efluente de salão de beleza possui, e consequentemente por meio dessas análises, determinar o melhor tratamento que o efluente deve ser submetido. É comum o destino de efluente de salão juntamente com efluente doméstico para tratamento, ou mesmo o seu despejo diretamente em corpos d’água, sem levar em conta os impactos e prejuízos que esse despejo causa ao meio ambiente. Entretanto, essa prática é totalmente inadequada, porque o sistema de tratamento de esgoto doméstico não é projetado para tratar o efluente de salão, em razão de sua composição complexa.
No Brasil não há legislação que estabelece parâmetros para o lançamento de efluentes de salão de beleza. Porém, muitos trabalhos acadêmicos comparam o efluente de salão com efluentes industriais, porque estes possuem uma composição química bem diversificada. Desse modo, o efluente de salão passar por um tratamento primário, antes de ser lançado na rede de esgoto ou nos corpos d’água. 
REVISÃO DA LITERATURA
QUALIDADE DA ÁGUA
“A qualidade da água é resultante de fenômenos naturais e da ação do Homem. De maneira geral, pode-se dizer que a qualidade de uma determinada água é função das condições naturais e do uso e ocupação do solo na bacia hidrográfica” (VON SPERLING, 2005, p.15). 
Por ter uma característica de ser um solvente universal, e capacidade de transportar partículas, a água traz para si inúmeras impurezas, que definem a qualidade da água (VON SPERLING, 2005, p.15). 
PARÂMETROS FÍSICOS
Temperatura, Cor e Turbidez, Sólidos Totais, Sólidos Fixos e Voláteis
Os principais parâmetros utilizados para caracterizar fisicamente as águas naturais são a cor, a turbidez, os níveis de sólidos em suas diversas frações, a temperatura (PIVELLI; KATO,2005). 
Sólidos totais
Em saneamento, sólidos nas águas correspondem a toda matéria que permanece como resíduo, após a evaporação secagem ou calcinação de amostra a uma temperatura estabelecida durante um determinado tempo fixado. 
De acordo com a Portaria 2 914//2011 do Ministério da Saúde, A concentração de sólidos dissolvidos na água para abastecimento público tem valor máximo permitido de 1000 mg/L. 
O padrão potabilidade no que se refere aos sólidos totais dissolvidos indica um limite de 1000 mg/L (Portaria 2914//2011 do Ministério da Saúde), já que essa parcela reflete a influência de lançamento de efluente no corpo hídrico, além de afetar a qualidade organoléptica dá água. 
Definições das diversas frações
Resíduos Totais: resíduo que resta na cápsula após a evaporação em banho-maria de uma porção de amostra e sua posterior secagem em estufa a 103-105°C até peso constante (NBR ABNT 10664). 
Resíduo fixo ou resíduos fixos: é a porção dos sólidos (resíduo total, filtrável ou não filtrável) que resta após a ignição ou calcinação da amostra a 550-600°C, durante uma hora (NBR ABNT 10664). Nessas condições, toda matéria orgânica é transformada em CO2 e água, restando, apenas os sólidos inorgânicos (MARÇAL).
Resíduo Sedimentável ou Resíduos Sedimentáveis: é a porção dos sólidos em suspensão que se sedimenta sob a ação da gravidade durante um período de uma hora, a partir de um litro da amostra mantida em repouso em um cone Imhoff (NBR ABNT 10561). 
As definições e importância de alguns parâmetros serão apresentadas a seguir, sendo estes os mais utilizados na determinação de elementos e compostos orgânicos e inorgânicos presentes em aguas naturais e residuais, segundo (Manual de Procedimentos de Amostragem e Análise Físico-química de Água). 
Turbidez 
Turbidez é uma medida que identifica a presença de partículas em suspensão na água, desde tamanhos grosseiros até os coloides. Os principais causadores da turbidez na água são areia, argila e microrganismos. Em geral, quanto menor for a turbidez da água filtrada mais eficiente será o processo de desinfecção (DMAE- Departamento Municipal de Água e esgoto de MG). 
Cor
A cor indica a concentração de sólidos dissolvidos, principalmente material em estado coloidal orgânico e inorgânico. Também os esgotos sanitários se caracterizam por apresentarem predominantemente matéria em estado coloidal. Para os problemas de lançamento de efluentes industriais, deverá ser levada em consideração a necessidade de atendimento aos padrões de cor do corpo receptor. (PIVELLI; KATO,2005). 
Temperatura 
A temperatura é uma condição ambiental muito importante em diversos estudos relacionados ao monitoramento da qualidade de águas. No Estado de São Paulo, por exemplo, é imposto como padrão de emissão de efluentes a temperatura máxima de 40° C, lançados tanto na rede pública coletora de esgotos como diretamente nas águas naturais. (PIVELLI; KATO,2005). 
2.3 PARÂMETROS QUÍMICOS 
2.3.1 Acidez e Alcalinidade
Acidez de uma água pode ser definida como sua capacidade de reagir quantitativamente com uma base forte até um valor de pH, devido à presença de ácidos fortes, ácidos fracos orgânicos e inorgânicos e sais que apresentam caráter ácido. 
Tem origem natural do CO2 absorvido da atmosfera ou resultante da matéria orgânica; gás sulfídrico. 
A alcalinidade é a medida total das substâncias presentes na água, e capazes de neutralizarem ácidos. Em outras palavras, é a quantidade de substâncias presentes na agua e que atuam como tampão. Se numa água quimicamente pura (pH =7) for adicionada pequena quantidade de um ácido fraco seu pH mudará instantaneamente (UFRJ, Limnologia). 
2.3.2 pH e condutividade 
	O potencial hidrogeniônico (pH) é o cologarítimo da concentração de íons hidrogênio em uma amostra, expresso em mol/L. Seu valor varia de 0 a 14, onde água com pH menor que 7 é considerada ácida; com valor acima de 7 é considerada básica ou alcalina; e, com valor igual a 7 é considerada como uma água neutra. 
	A condutividade indica a quantidade de sais presentes na água, fornecendo uma medida indireta da concentração de poluentes e uma indicação das modificações na composição do corpo d’água. Concentrações acima de 100µS/cm (micro Siemens/cm) geralmente indicam ambientes impactados. (Guia Nacional de Coleta, 2012). 
2.3.3 Dureza e cloretos 
	A dureza de uma água é causada pelapresença de sais minerais dissolvidos, primariamente cátions bivalentes incluindo cálcio, magnésio, ferro, estrôncio e zinco. A dureza total é calculada como sendo a soma das concentrações de íons cálcio e magnésio na água, expressos como carbonato de cálcio, expressa em mg/L CACO3 (Qualidade da Água FUNASA,2009). 
	Todas as águas naturais, em maior ou menor escala, contém íons resultantes da dissolução de minerais, indicando o a presença de cloretos na água (Qualidade da Água FUNASA,2009). Os despejos domésticos ou industriais, águas utilizadas na irrigação, podem são fatores que contribuem para o aumento da concentração de cloretos na água. Concentrações altas de cloretos podem restringir o uso da água em razão do sabor que eles conferem e pelo efeito laxativo que eles podem provocar (Qualidade da Água FUNASA,2009).
2.3.4 Demanda Bioquimica (DBO) e Demanda Quimica de Oxigenio (DQO) 
	Segundo a (NBR ABNT 12614), DBO é quantidade de oxigênio necessária para a oxidação biológica e química das substâncias oxidáveis contidas na amostra, nas condições do ensaio. O teste de DBO é empregado para determinar os níveis de poluição, para avaliar cargas poluidoras e para avaliara eficiência de um determinado sistema de tratamento. 
A DQO corresponde a oxidação química da matéria orgânica por um oxidante forte (dicromato de potássio) em meio ácido. Segundo a (NBR ABNT 10357) é a medida da quantidade de agente oxidante químico enérgico necessário para oxidar a matéria orgânica de uma amostra, expressa em unidades equivalentes a mg de O, por litro.
2.3.5 Óleos e Graxas 
	Consiste num conjunto de substâncias que um determinado solvente consegue extrair da amostra e que não se volatiliza durante a evaporação do solvente a 100 °C. 
2.3.6 Oxigênio Dissolvido 
	O oxigênio se dissolve nas águas naturais proveniente da atmosfera, devido à diferença de pressão parcial (PIVELLI, 2005). Utilização mais frequente do parâmetro: controle operacional de estações de tratamento de esgotos; caraterização de corpos d’água. É vital para os seres aquáticos aeróbios. O OD é o principal parâmetro de caracterização dos efeitos da poluição das águas por despejos orgânicos.
2.3.7 Fósforo 
	 Segundo a (NBR ABNT 12 772), o fósforo é largamente distribuído no meio ambiente como fosfato inorgânico e combinado organicamente. Como fonte de fosfatos, incluem-se áreas de aplicação de fertilizantes, produtos de água de lavagem, descarte de águas de caldeiras, águas de tratamento industriais. Como o fósforo é nutriente para organismos fotossintéticos, é importante seu controle nos descartes para o meio ambiente.
MATERIAL E MÉTODOS 
PARÂMETROS FÍSICOS 
Sólidos Totais, Sólidos Fixos e Voláteis
· Princípio de determinação 
- Sólidos totais
Consiste na determinação do peso da matéria sólida que a 103-105 °C permanece em uma cápsula de evaporação previamente tarada e seca em mufla.
- Sólidos fixos
Consiste na determinação do peso da matéria sólida que a 550-600 °C permanece em uma cápsula de evaporação previamente tarada e seca em mufla.
- Sólidos Voláteis
Consiste na determinação do peso da diferença entre o resíduo total e o resíduo fixo.
- Sólidos Sedimentáveis
Consiste na determinação das partículas que se sedimentam no intervalo de 1 hora em cone ihmhof, sob a ação da gravidade, à temperatura ambiente.
· Procedimento 
- Sólidos Totais
Inicialmente, a cápsula de porcelana (130 mL) foi calcinada na mufla a 550-600ºC por uma hora e resfriada em dessecador. Pesou-se com precisão de 0,1 mg, deixando-a secar no dessecador até o momento do seu uso, antes do qual a mesma foi pesada, obtendo-se a massa 1. Retirou-se uma alíquota da amostra, que foi colocada em um béquer de 500 mL, mantendo a amostra sob agitação por 15 minutos. Posteriormente, a cápsula com resíduo foi seca em estufa à temperatura de 103-105ºC até que seu peso não variasse mais, sendo pesada em seguida com precisão de 0,1 mg, obtendo-se a massa 2. Esse procedimento foi realizado 3 vezes, e o resultado adotado foi a média dessas 3 pesagens. O resíduo total foi encontrado por meio da equação 1:
 (Equação 1)
Onde:
m2 = massa da cápsula com resíduo total, em mg;
m1 = massa da cápsula vazia, em mg.
- Sólidos fixos
O resíduo total foi submetido à calcinação em mufla a temperatura de 550-600°C por uma hora e resfriado, posteriormente, em dessecador à temperatura ambiente. Em seguida, seu peso foi obtido com precisão 0,1 mg, encontrando-se a massa 3. Esse procedimento foi realizado 3 vezes, e o resultado adotado foi a média dessas 3 pesagens. Os sólidos fixos foram encontrados por meio da equação 2:
 (Equação 2)
Onde:
m3 = massa da cápsula com resíduo total, em mg;
m1 = massa da cápsula vazia, em mg
- Sólidos voláteis
Após determinados o resíduo total e o resíduo fixo, a equação 3 foi utilizada para determinar os sólidos voláteis.
 (Equação 3)
- Sólidos Sedimentáveis
Aamostra homogeneizada foi transferida para o cone de Imhoff até a marca de 1000 mL e deixada para a água a decantar por 45 minutos. Com um bastão, deslocou-se delicadamente as partículas aderidas à parede do cone através de movimentos circulares, deixando decantar por mais 15 minutos. Depois disso, fez-se a leitura do material sedimentado em ml. O resultado foi obtido seguindo os critérios de arredondamento presentes na Tabela 1:
Tabela 1 – Critério de arredondamento para expressão do resultado
	Para valores de (mL)
	 Arredondar para o valor
	0 a 2 
	Do múltiplo de 0,1 mais próximo
	2 a 10 
	Do múltiplo de 0,5 mais próximo
	10 a 20 
	Da unidade mais próxima
	20 a 100
	 Do múltiplo de 2 mais próximo
	100 a 1000
	 Do múltiplo de 50 mais próximo
PARÂMETROS QUÍMICOS
Acidez e Alcalinidade
Acidez:
· Princípio de determinação
A determinação deste parâmetro aconteceu por meio do método titulométrico, que consiste na neutralização de substâncias ácidas presentes na amostra (geralmente CO2), com adição de solução alcalina padronizada, até que o titulado reaja completamente com o titulante (ponto de equivalência).
· Procedimento
- Solução Estoque de NaOH 0,1 N
Considerando que a massa molar de NaOH é de 39,999731 g/mol, e que a pureza da substância é de 97%, a massa de NaOH presente em 1 litro de solução foi obtida por meio da equação X.
 (Equação 4)
- Solução Indicadora de Fenolftaleína 1%
A solução de fenolftaleína foi obtida pela dissolução de 5g de fenolftaleína em álcool etílico 95%, avolumado para 500 ml.
- Solução de Biftalato de Potássio 0,05 N
Considerando que o biftalato possui uma massa molar igual a 204,2244 g/mol, para gerar uma solução a 0,5 N foram dissolvidos 10,2122 deste em 1 litro de água (livre de CO2) entre 50 e 70 °C.
- Solução Padrão de NaOH 0,02 N
Para determinar o volume de solução de NaOH que deveria ser transferida para 1 litro de água destilada (livre de CO2) para que a solução final tivesse uma concentração de 0,02 N, foi utilizada a equação X:
 (Equação 5)
- Padronização da Solução de NaOH 0,02 N
	A bureta foi lavada com água destilada e ambientada com a solução de NaOH 0,02 N. Posteriormente, a mesma foi preenchida com a solução de NaOH 0,02 (titulante). Utilizando uma pipeta volumétrica de 10,0 mL, foi transferido esse volume da solução de biftalato de potássio 0,05 N para o erlenmeyer. Adicionou-se 50 mL de água destilada livre de CO2 e 3 gotas de fenolftaleína. Enfim, foi adicionada gradualmente a solução de NaOH da bureta à solução de biftalato de potássio 0,05 N, contida no erlenmeyer, agitando-a com movimentos circulares, até o momento da viragem, com mudança de cor para uma tonalidade rósea. Esse procedimento foi realizado 3 vezes, e o resultado adotado foi a média dessas 3 titulações. Além disso, foi aferido o valor do branco, ou seja, a acidez para a água destilada sem biftalato de potássio. Posteriormente, foi calculado o fator de correção, por meio da seguinte equação:
 (Equação 6)
Onde Normalidade Encontrada foi determinada da seguinte maneira:
 (Equação 7)
- Determinação da acidez da amostra
Em um béquer, foram pipetados 20 mL da amostra em 100 ml de água destiladamedidos em proveta. Para retirar o cloro residual, foram adicionadas duas gotas de solução tiossulfato de sódio (Na2S2O3) 0,1 M. Juntou-se à solução 6 gotas de fenolftaleína e titulou-se com hidróxido de sódio 0,02 N, até a viragem para o róseo, permanente por 30 segundos. Esse procedimento foi realizado 3 vezes, e o resultado adotado foi a média dessas 3 titulações. Além disso, foi aferido o valor do branco, ou seja, a acidez para a amostra sem biftalato de potássio. A acidez foi calculada com a seguinte equação:
(Equação 8)
Onde:
Volume gasto (mL) = volume (médio) em mL de NaOH 0,02 N gasto na titulação da amostra (mL de NaOH);
NNaOH = normalidade esperada do NaOH 0,02 N
fc = fator de correção do NaOH 0,02 N
50 = equivalente grama do CaCO3
Alcalinidade:
Para determinação da alcalinidade total, deve-se colocar em um erlenmeyer de 250 mL, 25 mL da amostra (pipeta volumétrica) e adicionar 100 mL de água destilada medidos em proveta, se necessário adicionar duas gotas de solução tiossulfato de sódio (Na2S2O3) 0,1 M de, para eliminar o cloro residual total (CRT). E então juntar de 3 a 4 gotas de alaranjado de metila. Feito isso, titular com H2SO4 0,02 N devidamente padronizado até a viragem do amarelo para o vermelho e anotar o volume gasto da solução. Fazer a determinação em triplicata. 
Para a determinação de alcalinidade hidróxida foi adicionado en um erlenmeyer de 250 mL, 5 mL da amostra (pipeta volumétrica) e 100 mL de água destilada medidos em proveta. Foi adicionado duas gotas de solução tiossulfato de sódio (Na2S2O3) 0,1 M para eliminar o cloro residual total (CRT). Adicionou-se 10 mL da solução de cloreto de bário 10% e 3 gotas de fenolftaleína. Titulou0se com HCl 0,02 N devidamente padronizado até a viragem do rosa para incolor e anotar o volume gasto da solução. E então foi feita a determinação em triplicata.
i. Cálculo de Alcalinidade
Realizou-se a determinação do fator de correção do ácido sulfúrico (𝐻2𝑆𝑂4), através da seguinte maneira:
𝑉𝑁𝑎2𝐶𝑂3 𝑥 𝑁𝑁𝑎2𝐶𝑂3 = 𝑉𝐻2𝑆𝑂4 𝑥 𝑁𝐻2𝑆𝑂4
10 𝑚𝐿 𝑥 0,02 𝑁 = 𝑉𝐻2𝑆𝑂4 𝑥 𝟎, 𝟎𝟐 𝑵
𝑉𝐻2𝑆𝑂4 = 𝟏𝟎 𝒎𝑳
Se o consumo da bureta for de 10 ml da solução de 𝐻2𝑆𝑂4 0,02N, o fator de correção se estabelece igual a 1, senão: 
𝑁𝐻2𝑆𝑂4 = 		𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜 = 
Sendo que o volume do ácido súlfurico utilizado no cálculo foi referente a média da triplicada das titulações do branco. Para se calcular, efetivamente a alcalinidade total se utilizou a seguinte fórmula: 
𝐴𝑙𝑐𝑎𝑙𝑖𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (𝑚𝑔 𝐶𝑎𝐶𝑂3𝐿 −1 ) =
Onde:
N𝐻2𝑆𝑂4 = Normalidade do 𝐻2𝑆𝑂4 0,02 N 
F.c. = Fator de Correção do 𝐻2𝑆𝑂4 0,02 N 
50 = equivalente grama do CaCO3
Cloreto e Dureza
Cloreto
Para a determinação de cloreto foi utilizado o Método de MOHR (Argentometria). Iniciando, em um erlenmeyer de 250 mL, pipetou-se 50 mL da amostra (pipeta volumétrica) e adicionou-se 100 mL de água destilada medidos em proveta. Verificou-se se o pH da solução estava entre 7 e 10. Adicionou-se no erlenmeyer, 1 mL da solução indicadora de K2CrO4 a 0,2575 N, logo após colocou-se uma folha de papel branco sob o erlenmeyer para facilitar a visualização do ponto de viragem. Adicionou-se gradualmente a solução de AgNO3 0,0141N da bureta à amostra, contida no erlenmeyer, agitando-o continuamente com movimentos circulares. Por fim, titulou-se até a mudança de cor para do amarelo para o vermelho tijolo, comparando com a cor obtida com a titulação do branco padrão. Realizou-se o procedimento em triplicata.
Cálculo do Cloreto 
Realizou-se a determinação do fator de correção da solução de nitrato de prata (𝐴𝑔𝑁𝑂3) 0,041N da seguinte maneira:
𝑉𝑁𝑎𝐶𝑙 𝑥 𝑁𝑁𝑎𝐶𝑙 = 𝑉𝐴𝑔𝑁𝑂3 𝑥 𝑁𝐴𝑔𝑁𝑂3
10 𝑚𝐿 𝑥 0,041 𝑁 = 𝑉𝐴𝑔𝑁𝑂3 𝑥 𝟎, 𝟎𝟏𝟒𝟏 𝑵
𝑽𝑨𝒈𝑵𝑶𝟑 = 𝟏𝟎 𝒎𝑳
Se o consumo da bureta for de 10 ml da solução de 𝐴𝑔𝑁𝑂3 0,041 N, o seu fator será igual à 1, senão:
 𝑉𝑁𝑎𝐶𝑙 𝑥 𝑁𝑁𝑎𝐶𝑙 = 𝑉𝐴𝑔𝑁𝑂3 𝑥 𝑁𝐴𝑔𝑁𝑂3 
10 𝑚𝐿 𝑥 0,0141 𝑁 = 𝑉𝐴𝑔𝑁𝑂3 𝑥 𝑁𝐴𝑔𝑁𝑂3 
𝑵𝐴𝑔𝑁𝑂3 = 
𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒄𝒐𝒓𝒓𝒆çã𝒐 = 
 
Sendo que o volume de nitrato de prata utilizado foi a média da triplicata das titulações. Para se calcular, efetivamente, a concentração de cloreto, utilizou-se a seguinte equação:
 𝐶𝑙𝑜𝑟𝑒𝑡𝑜 (𝑚𝑔𝐿 −1 ) =
 
Onde: 
Volume gasto (ml) = ml 𝐴𝑔𝑁𝑂3 0,01421 N gasto na titulação da amostra; 
N𝐴𝑔𝑁𝑂3 = Normalidade do 𝐴𝑔𝑁𝑂3 0,0141 N;
 F.c. = fator de correção do 𝐴𝑔𝑁𝑂3 0,0141 N;
 35,45 = equivalente grama do NaCl.
Dureza
Dureza total e do teor de cálcio e magnésio
· Princípio de determinação 
- Dureza total
Consiste na determinação da concentração de íons de cálcio e magnésio através do quelante etilenodiaminotetracético sal dissódico (EDTA) que quando em contato com certos metais forma um complexo.
- Dureza de cálcio 
Consiste na determinação da concentração de íons de cálcio somente, sendo necessário o ajuste do pH para 12 induzindo a precipitação do magnésio como hidróxido.
- Dureza de magnésio
Consiste na determinação da concentração de íons de magnésio, sendo obtida pela diferença entre a dureza total e a dureza de cálcio. 
· Procedimento 
- Dureza total
Inicialmente, a bureta foi lavada com agua destilada e ambientada com EDTA 0,025 N (três porções) após isto encheu-se a bureta com a solução de EDTA a 0,025 posteriormente retirou-se uma alíquota de 50 mL da amostra utilizando uma pipeta volumetrica, que foi colocada em um erlenmeyer de 250 mL sendo adicionada 100 mL de agua destilada, 2 mL da solução tampão de dureza e uma pitada (aproximadamente 0,1 grama) do indicador preto de eriocromo T, a solução foi agitada para dissolver o indicador e tornar a solução homogênea. Depois foi adicionando –se gradualmente a solução de EDTA da bureta para o erlenmeyer ate ocorrer a viragem de cor da solução de vermelho para azul e registrando o volume de EDTA gasto, o procedimento fora realizado em triplica e prova em branco. O resíduo total foi encontrado por meio da equação 1:3
 
Onde:
 Volume gasto (mL) = média dos três volumes em mL de EDTA 0,025 N gasto nas titulações da amostra – volume em mL de EDTA 0,025 N gasto com a titulação do branco;
NEDTA = normalidade do EDTA 0,025 N; 
fc = fator de correção do EDTA 0,025 N;
100 = equivalente grama do CaCO3
Dureza de cálcio 
	Inicialmente, a bureta foi lavada com agua destilada e ambientada com EDTA 0,025 N (três porções) após isto encheu-se a bureta com a solução de EDTA a 0,025 posteriormente retirou-se uma alíquota de 50 mL da amostra utilizando uma pipeta volumetrica, que foi colocada em um erlenmeyer de 250 mL sendo adicionada 100 mL de agua destilada, adicionando-se solução de NaOH 6 N até o pH estar na faixa de 12 e adicionar indicador murexida, agitar para dissolver indicador e homogeneizar a solução. Depois foi adicionando –se gradualmente a solução de EDTA da bureta para o erlenmeyer ate ocorrer a viragem de cor da solução de vermelho para azul e registrando o volume de EDTA gasto, o procedimento fora realizado em triplica e prova em branco. O resíduo total foi encontrado por meio da equação:
Onde:
 Volume gasto (mL) = média dos três volumes em mL de EDTA 0,025 N gasto nas titulações da amostra – volume em mL de EDTA 0,025 N gasto com a titulação do branco;
NEDTA = normalidade do EDTA 0,025 N; 
fc = fator de correção do EDTA 0,025 N;
100 = equivalente grama do CaCO3.
Dureza de magnésio
	A determinação do teor de magnésio é obtida pela diferença entre a dureza total e a dureza de cálcio.
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio
· Determinação da – DBO
Materiais:
· Béquer;
· Pipeta volumétrica (diferentes volumes);
· Pipetador Pi-Pump;
· Frasco de DBO;
· Água de diluição;
· Multiparâmetro;
· Incubadora;
Métodos:
· Acondicionar um volume conhecido de amostra em um béquer de 500 mL e deixar sedimentar por 1 hora. Retirar o sobrenadante e utilizá-lo como a semente;
· Adicionar a amostra (semente) ao frasco preparado de DBO, e fazer, pelo menos, 4 diluições diferentes. Anotar o número e o volume do frasco (se necessário, adicionarinibidor de nitrificação);
· Pipetar a semente para o frasco (juntamente com o inibidor de nitrificação) e adicionar água de diluição e medir OD inicial (ODi) e completar o volume do frasco com água de diluição evitando a formação de bolhas e turbulências; 
· Levar à incubadora e após 5 dias desencubar e medir OD final (ODf). Algumas condições a serem respeitadas, tais que ODi - ODf ≥ 2mg L-1 e 1 ≤ ODf ≤ 6 mg L -1 .
Onde:
= concentração de oxigênio dissolvido (mg O2 L -1 ) medido com o oxímetro inicial; 
= concentração de oxigênio dissolvido (mg O2 L -1 ) medido com o oxímetro após 5 dias; 
Volume da amostra = volume da amostra (semente) em mL.
· Determinação da DQO:
O primeiro passo é a rinsagem dos frascos de digestão e de suas tampas com solução de ácido sulfúrico, que consiste em lava-los com o ácido para prevenir contaminação. Na bancada, através de um dispenser adicionou-se 1,5 ml da solução de digestão (dicromato de potássio e sulfato de mercúrio) e 3,5 ml da solução catalítica (ácido sulfúrico e sulfato de prata) ao tubo de DQO, sendo o tubo mantido em posição inclinado, aproximadamente 45º, na adição das soluções e amostra. Posteriormente, realizou-se a adição de 2,5 ml da amostra no tubo e apertou-se a tampa do tubo para evitar a evaporação da amostra e da água deionizada. Após a adição dos reagentes, o tubo foi colocado no reator HACH pré-aquecido a 150ºC e mantido por 2 horas. Logo após, esperou-se o tubo atingir uma temperatura de 120ºC e retirou-se o mesmo do bloco de digestão, e colocou-se em uma estante para que atingisse a temperatura ambiente. Após estes procedimentos, realizou-se a leitura do tubo no espectofotômetro. 
Óleos e Graxas
Materiais:
· Funil de separação;
· Béquer;
· Suporte Universal;
· Garra;
· Pipeta Volumetrica;
· Pipetador Pi-Pump;
· Éter (solvente)
· Estufa;
Métodos:
· Com a amostra homogeneizada, transferir para funil de separação 100 mL da amostra e 30 mL do solvente éter e aguardar o tempo necessário para a separação das duas fases; 
· Desprezar a água e transferir para o béquer previamente seco e pesado (P0) a fração éter + óleos e graxas; 
· Levar para a estufa a uma temperatura de 105ºC até peso constante. Deixar esfriar em dessecador e pesar novamente determinando o P1.
A determinação de óleos e graxas pode ser feita por meio da seguinte equação:
Onde: 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
PARÂMETROS FÍSICOS 
Sólidos Totais, Sólidos Fixos e Voláteis
Sólidos Totais
Segundo Pivelli (2006), em saneamento, sólidos nas águas correspondem a toda matéria que permanece como resíduo, após evaporação, secagem ou calcinação da amostra a uma temperatura pré-estabelecida durante um tempo fixado. A Tabela 2 mostra a quantidade em massa de resíduos totais e fixos obtidos para a amostra analisada.
Tabela 2 – Massa em mg de resíduos totais e fixos obtidos para a amostra analisada.
	 
	Massa de Resíduo (mg)
	
	Béquer 1
	Béquer 2
	Total
	0,5
	0,31
	Fixo
	0,64
Todos os contaminantes, com exceção dos gases dissolvidos, contribuem para a carga de sólidos e, por isso, os sólidos nas águas são estudados separadamente (Von Sperlin, 1996). Por isso, para a amostra estudada foram aferidos os sólidos totais, fixos, voláteis e sedimentáveis, para os quais foram encontrados, respectivamente, o valores de 4,05 mg/L, 0,64 mg/L, 3,41 mg/L e 58 ml/L.
Percebe-se que a maior parte dos sólidos presentes na amostra evaporou à temperatura de 550-600 °C. Segundo Von Sperlin (1996), a essa temperatura os sólidos orgânicos se volatilizam e, portanto, os sólidos voláteis representam uma estimativa da matéria orgânica presente na amostra. Assim, verifica-se que a maior parte da matéria sólida no efluente de salão corresponde a matéria orgânica.
A matéria orgânica, de acordo com Von Sperlin (1996), é a causadora do maior problema de poluição das águas: o decaimento do oxigênio dissolvido, pois sua degradação química e biológica leva ao consumo de OD (oxigênio dissolvido), diminuindo a concentração deste no corpo hídrico, pelo aumento da DBO.
Os sólidos dissolvidos na água contribuem para a diminuição do OD, também, por aumentarem a saturação do meio aquoso, diminuindo o espaço útil para a diluição do oxigênio. Além disso, aos sólidos dissolvidos aumentam a turbidez e a cor do meio, parâmetros que podem diminuir as taxas de fotossíntese e, consequentemente, de OD. 
De acordo com a Portaria 430 do CONAMA de 2011, o padrão para sólidos sedimentáveis é de até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff. O efluente de salão apresentou 58 ml/L, valor em desconformidade com a legislação, indicando que o efluente em questão necessita de tratamento para diminuir a quantidade de sólidos sedimentáveis em sua constituição.
PARÂMETROS QUÍMICOS
Acidez e Alcalinidade
Acidez
A Tabela 3 mostra a quantidade de NaOH gasto na padronização da solução e na titulação com a amostra. Nesta, verifica-se que o volume gasto na padronização foi bastante elevado, enquanto que o volume gasto na amostra foi baixo. 
Tabela 3 – Quantidade de NaOH utilizado na padronização da solução de NaOH e na titulação da amostra.
	 
	Padronização NaOH
	Volume de NaOH Gasto na amostra
	Branco
	0,3
	0,5
	Balão 1
	68,3
	1,9
	Balão 2
	68,4
	1,8
	Balão 3
	68,3
	1,7
De acordo com Von Sperlin (1996), a acidez é a capacidade da solução de resistir às mudanças de pH causadas por bases. Além disso, segundo o mesmo autor, a acidez tem pouco significado sanitário, mas pode causar a corrosão de tubulações, além de estar relacionada aos valores de pH, que são muito significantes do ponto de vista sanitário, atuando como padrão de qualidade das águas. 
A acidez encontrada para a água de salão foi de 23,89 CaCO3, o que indica que a amostra possui baixa acidez. A acidez da água não é tida como parâmetro padrão de lançamento de efluentes, mas, como já dito, seu valor relaciona-se ao de pH, podendo deixa-lo abaixo do intervalo permitido, o qual, segundo a Portaria 430 Conama de 2011, está entre 5 e 9. 
Alcalinidade
Os resultados obtidos para a variável de alcalinidade total, foi 1441,02 mg/L de CaCO3 e a hidroxida 64,77 CaCO3. As Resoluções CONAMA n° 357/2005 e n° 430/2011 não apresentam padrões mínimos de alcalinidade porém na avaliação de Von Sperling (2005), valores elevados na alcalinidade, além de acarretarem no gosto desagradável da água, podem causar alguns danos à saúde, devido seu efeito laxativo, além de ser um indicativo de despejo de efluente doméstico, uma vez que a decomposição da matéria orgânica aumenta a produção de gás carbônico, elevando a alcalinidade do meio aquático.
Cloreto e Dureza
Cloreto
Resultado:
Cor aparente: 352,475Hz
Cor verdadeira: 147,945 Hz
1 ml de cromanto
10 ml de NaCl
138 Mtu 
Branco: 1 ml
1: 10.8 ml
2: 10,8 ml
3: 10,8 ml
1 ml de cromanto
50 ml de NaCl
Branco: 0,95 ml
1: 44,9 ml
2: 44,7 ml
3: 44,5 ml
Os resultados obtidos para a variável de cloreto, foi 455,98 mg/L.
Para cloreto, estabelece-se padrão máximo de 250 mg L-1 , estando em concordância com a legislação.
Dureza
Segundo Von Sperling (1996), Dureza – É a capacidade da água em consumir sabão e formar incrustações. Deve-se principalmente à presença de compostos de cálcio e magnésio, em geral sob a forma de carbonatos, sulfatos e cloretos. Segundo Custódio & Llamas (1983) as águas com dureza total inferior a 50 mg/L CaCO3 são do tipo brandas, de 50 a 100 mg/L CaCO3 são pouco duras, de 100 a 200 mg/L CaCO3 são duras e acima de 200 mg/L CaCO3 são muito duras
Tabela 4 - Padronização do EDTA
	Amostra
	Volume gasto (mL)
	Branco
	0
	1
	7,4
	2
	8,3
	3
	8,4
Tabela 5 Volume gasto na determinação de dureza total
	Amostra
	Volume gasto (mL)
	Branco
	0
	1
	16,9
	2
	15,9
	3
	14,7
Tabela 6 - Volume gasto na determinação de dureza de calcio
	Amostra
	Volume gasto (mL)
	Branco
	0
	1
	5,7
	2
	5,7
	3
	6,2
Segundo os cálculos o valor para dureza total foi de 791,5 ppm de CaCO3/L podendo ser considerada como muito dura segundo a legislação. E o teor de cálcio é igual a 293,0 ppm de CaCO3/L, logo o teor de magnésio é igual a 498.5 ppm de MgCO3.
DemandaBioquímica de Oxigênio (DBO) e Demanda Química de Oxigênio
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
A determinação da DBO é de grande importância para identificar como o efluente irá impactar o corpo receptor diminuindo a concentração de oxigênio disponível, podendo afetar de forma drástica a sobrevivência dos seres vivos no local. Dessa forma realizar a determinação da DBO no efluente que não se enquadra como efluente doméstico e nem como industrial tem-se a dificuldade de comparar os valores na legislação, por não possuir uma específica para este tipo de efluente que aponte condições para lançamento.
A tabela 7 mostra os volumes de amostra utilizadas, assim como os valores de Oxigênio Dissolvido inicial e final, além dos valores de DBO520. Entretanto como os valores de ODf foram menores que 1 estes dados não são válidos, pois não obedecem uma das condições para realizar determinação de DBO especificadas anteriormente. A figura ? mostra como altera a demanda de oxigênio em diferentes concentrações da amostra, apresentando assim valores maiores de DBO para concentrações menores da amostra, mas com oxigênio dissolvido final menor do que 1 têm-se um aumento considerável na DBO determinada. O motivo para que isso ocorra, além de possíveis erros no preparo, tem-se a possibilidade dos frascos não estarem bem fechados e leitura após os 5 (cinco) dias determinados como padrão.
Tabela 7 : Valores de OD inicial e final da amostra do efluente de salão em diferentes concentrações.
	Volume da amostra (mL)
	ODi
	ODf
	DBO520
	5
	7,48
	0,5
	418,8
	11
	7,54
	0,32
	196,91
	15
	7,86
	0,63
	144,6
	20
	7,35
	0,44
	103,65
	22
	7,48
	0,8
	91,09
Figura 1: DBO 5 dias a 20 °C em relação à diferentes concentrações;
A tabela 8 mostra os valores máximos permitidos de DBO de acordo com a Resolução CONAMA 357/2005 para águas doces nas classes 1, 2 e 3. Além disso a Resolução CONAMA 430/2011 também determina como condição para lançamento do efluente em corpos receptores a remoção de 60% da DBO. 
Tabela 8: Valores de DBO520 – CONAMA 357/2005.
	Águas doces
	DBO520
	Classe 1
	3 mg/L O2;
	Classe 2
	5 mg/L O2;
	Classe 3
	10 mg/L O2;
Desta forma, como os resultados obtidos não são satisfatórios para junto a legislação averiguar a situação de regularidade para lançamento e corpos receptores, sendo necessário refazer a determinação.
A tabela 9 a seguir apresenta os resultados obtidos da análise de DQO nas aulas práticas, sendo 8 análises da amostra bruta do efluente, e 10 análises da amostra diluída. 
Tabela 9 – resultados das análises de DQO
	Amostra Bruta (mg O2/L)
	Amostra diluída (mg de O2/L)
	1
	803,8
	3
	395
	2
	833,6
	5
	398,7
	4
	874,9
	8
	472,6
	7
	878,1
	9
	389,3
	14
	811,4
	10
	459,8
	20
	865,8
	15
	420,2
	21
	887,2
	16
	456
	22
	827,5
	17
	427
	
	
	18
	396,9
	
	
	19
	455,6
A DQO é definida como a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica presente no efluente, através de um agente químico. Os resultados obtidos revelam um valor elevado da DQO, evidenciando uma elevada concentração de matéria orgânica no efluente de salão, e consequentemente um baixo valor de oxigênio. A legislação vigente, respectivamente as resoluções CONAMA 357, 410 e 430 não estabelecem o limite da DQO para o lançamento de efluentes em um corpo d’água. Porém, através da DQO é possível determinar o melhor tratamento que o efluente deve ser submetido: tratamento biológico ou tratamento físico-químico. 
Óleos e Graxas
Outro parâmetro analisado foi OG, realizando a determinação de óleos e graxas presentes na amostra após a pesagem dos béqueres submetidos à estufa numa temperatura de 105°C até obter peso constante, a tabela 10 mostra os valores dos pesos (P0 correspondendo ao peso do béquer seco e P1 correspondendo ao peso do béquer com o resíduo que permaneceu após passarem pela estufa, mostra também os valores de óleos e graxas obtidos. Percebe-se diferenças obtidas significativas nos resultados devido a possíveis erros grosseiros, ficando ainda mais perceptível na figura 2. 
Tabela 10 : Valores das massas do béquer seco e com resíduo.
	Béquer
	P0
	P1
	mgMSH/L
	42
	50,9828
	54,7094
	37,266
	39
	62,4455
	63,7041
	12,586
	13
	36,1169
	37,2616
	11,447
	9
	45,4922
	46,617
	11,248
	18
	58,5533
	59,6675
	11,142
Figura 2: Resultados de MSH do efluente de salão de beleza.
A presença de OG em ambiente aquáticos faz com que ocorra a formação de filme flutuante que dificulta a troca gasosa e oxigenação. De acordo com a Resolução CONAMA 357/2005 as águas doces de classes 1,2 e 3 devem ter ausência de óleos e graxas, sendo que a classe 4 toleram-se iridescências. E segundo a Resolução CONAMA 430/2011 os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretamente no corpo receptor desde que obedeçam as condições e padrões, sendo que o pH deve estar entre 5 e 9, e os teores de óleos e graxas em: óleos minerais: até 20 mg/L; óleos vegetais e gorduras animais: até 50 mg/L. 
Sabendo que o pH da amostra é de 8,23 e que a técnica realizada não é possível especificar as substâncias presentes, não pode-se dizer ao certo que o efluente atende a legislação, pois é possível ver no figura 2 que uma das amostras apresentou valor acima do que seria permitido, considerando a condição de óleos minerais com limite de 20 mg/L, mas não é possível saber se essa fração está relacionada a óleos minerais, vegetais ou animais. No entanto nenhuma das amostras ultrapassou os 50 mg/L de óleos vegetais e gorduras animais colocados pela legislação. Assim, ressaltando a deficiência em determinar as substâncias presentes e proximidade da maioria das amostras com valores adequados a legislação, no quesito óleos e graxas o efluente estaria respeitando as condições para ser lançado no corpo receptor mediante a confirmação dos demais parâmetros. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Segundo as análises desenvolvidas durante o semestre pode-se afirmar que o efluente analisado não atende a grande parte dos parâmetros analisados segundo a Portaria 430 do CONAMA de 2011, apresentando alta potencialidade para causar impacto ambiental, que nos remete a afirmar a necessidade da existência de legislação especifica para empreendimento deste tipo, haja vista que as características deste efluente não permite que seja tratado como efluente doméstico através das vias de tratamento convencionais e ao mesmo tempo não se caracterizam como empreendimentos de perfil industrial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VON SPERLING, Marcos. Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias – Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos, v.02. Minas Gerais: ABES, 1996.
VON SPERLING, M. Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Universidade Federal de Minas Gerais; 1995.ental 
DANIEL, Giovana Matté. Tratamento físico-químico por flocodecantação de efluente de salão de beleza. 2013. 40 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Ambiental, UPF, Passo Fundo, 2013. Disponível em: <usuarios.upf.br>. Acesso em: 15/09/2016.
PIVELI, R. P.; KATO, M. T. Qualidade das águas e poluição: aspectos físicos e químicos. São Paulo: ABES, 2006. 285p.
GUIMARÃES; CARVALHO E SILVA, Apostila Saneamento Básico. Cap.04, pg. 201. Agosto, 2007. Disponível em:< http://www.ufrrj.br/>. Acesso em: 09 de set. 2016.
5	11	15	20	22	418.8	196.91	144.6	103.65	91.09	Volume das amostras (mL)
DBO 5 dias a 20°C
MSH	42	39	13	9	18	37.265999999999998	12.586	11.446999999999999	11.247999999999999	11.141999999999999	Béqueres
MSH

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