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Aula 02 - Procuração e Petição Queixa Crime - Prática Simulada III Penal

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PROCURAÇÃO AD JUDICIA
PEDRO, nacionalidade, engenheiro, estado civil, portador da Cédula de Identidade nº (...),
inscrito no CPF/MF sob nº (...), residente e domiciliado no endereço (...), Nº (...), bairro de Icaraí,
Niterói, CEP (...), Rio de Janeiro, nomeia e constitui como seu procurador o advogado (NOME
DO ADVOGADO), inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº (...), nacionalidade, estado
civil, portador da cédula de identidade nº (...), inscrito CPF/MF sob nº (...), com escritório
profissional no endereço (...), Nº (...), bairro (...), cidade (...), CEP (...), estado (...), a quem concede,
com aval do art. 44 do Código de Processo Penal, PODERES ESPECIAIS PARA INGRESSAR
EM JUÍZO COM QUEIXA CRIME contra HELENA, nacionalidade, profissão, estado civil,
portador da Cédula de Identidade nº (...), inscrito no CPF/MF sob nº (...), residente e domiciliado
no endereço (....), Nº (...), bairro Icaraí, Niterói, CEP (...), Rio de Janeiro, porque, há menos de 6
(seis) meses, precisamente no dia 19 de abril de 2016, ao tomar conhecimento do propósito de
comemoração do aniversário do outorgante, através de rede social na internet, de alcance
inimaginável, proferiu palavras ofensivas a sua dignidade e reputação, claramente com o propósito
de atingir a sua honra, rotulando-o de “idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha”, que
“trabalha todo dia embriagado e vestindo saia”, além disso que “cambaleava bêbado no horário
de expediente” não havendo por isso motivos para comemoração de seu aniversário. Fato
presenciado por amigos e familiares do outorgante, assolado pelo ataque a sua honra. Tendo assim,
HELENA, ex-namorada do outorgante, praticado contra o mesmo os crimes de DIFAMAÇÃO
E INJÚRIA, previstos no art. 139º e 140º, c/c art. 141º, III do Código Penal Brasileiro, motivando
a presente Ação Penal Privada.
NITERÓI, 18 DE AGOSTO DE 2016
_________________________________________
PEDRO ....
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO __º JUIZADO
ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO.
QUEIXA CRIME – DIFAMAÇÃO E INJÚRIA
PEDRO, (nacionalidade), (estado civil), engenheiro, (RG), (CPF), (endereço) da cidade de Niterói
- RJ, por meio de seu advogado que a esta subscreve, cujo o instrumento de procuração com
poderes especiais segue anexo (documento 01), vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, oferecer QUEIXA-CRIME, com fundamento legal no artigo 30 do Código de
Processo Penal e no artigo 100, parágrafo 2º do Código Penal, em face de HELENA,
(nacionalidade), (estado civil), (profissão), (RG), (CPF), (endereço) da cidade de Niterói - RJ,
pelos motivos a seguir expostos:
DOS FATOS:
Pedro, planejando comemorar seu aniversário, que acontecera no dia 19 de abril de 2016, numa
famosa churrascaria situada na cidade de Niterói – RJ, convidou seus familiares e amigos por meio
de uma conta pessoal em uma rede social.
Helena, sua vizinha e ex-namorada, tomou conhecimento da comemoração do aniversário do
querelante, por meio do mesmo grupo da rede social de Pedro, o qual, também é participante.
Desconhecendo a motivação, porém indubitavelmente, com a intenção de ofender o querelante,
Helena, por meio de seu computador, instalado em sua residência, localizada na cidade de Niterói,
tornou público as seguintes mensagens no perfil de Pedro:
“não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco,
irresponsável e sem vergonha”, além disso, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês
passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do
expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo”.
Pedro, em seu apartamento, na companhia de seus amigos Marcos, Miguel e Manuel, ao visualizar
as mensagens por meio de seu tablet conectado à rede social, sentiu-se devastado pelas ofensas
desmotivadas e assolado pelo ataque injusto a sua honra.
Importante ressaltar, que publicação e divulgação destas mensagens causou em Pedro grande
transtorno emocional, de tal maneira que esse constrangimento o levou a cancelar a festa.
Por tamanho dano à sua dignidade e reputação, o querelante instaurou inquérito policial para
maiores averiguações.
DO DIREITO:
A honra, bem jurídico tutelado pela Constituição Federal em seu artigo 5º inciso X, é o conjunto
de atributos ou condições de uma pessoa que lhe conferem consideração social (honra objetiva) e
estima própria (honra subjetiva). Sua violação deprecia a imagem do ofendido e agride a sua
dignidade.
A respeito dispõe o artigo. 140º, caput, do Código Penal o seguinte:
“Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
De acordo com o referido artigo, a atribuição de uma qualidade ou conceito negativo que atinja a
honra subjetiva de uma pessoa, ou seja, sua dignidade ou decoro, constitui crime contra honra.
Helena, ao se dirigir a Pedro com as ofensas: “idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem
vergonha” praticou o tipo penal destacado causando danos a auto estima do querelante.
Outro motivo, o art. 139º, caput, do Código Penal expressa:
“Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo a sua reputação:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 ano, e multa.”
Este artigo tipifica como crime, a simples imputação de fato ofensivo, verdadeiro ou não, que
venha macular a reputação do ofendido perante a sociedade. Helena, prosseguindo seu comentário
declarou maldosamente: “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele
cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que
a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo”. No momento em
que Pedro visualizou a postagem, estava na companhia de seus amigos Marcos, Miguel e Manuel,
que também tomaram conhecimento, consumando assim também o crime de difamação.
Não há dúvida quanto dolo de dano e intenção de ofender de Helena ao iniciar seu comentário
declarando: "Não sei o motivo da comemoração ".
Vale ressaltar ainda que nas disposições comuns sobre os crimes contra honra, no art. 141º, caput,
e inciso III do Código Penal, assim destaca:
“Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes
é cometido:
II - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação
ou da injúria.”
Em razão dos comentários terem sido feitos pela internet em uma rede social, acessível aos seus
amigos, parentes e colegas de trabalho, e de alcance inimaginável, estamos diante dos crimes de
injúria e difamação na forma qualificada.
Além disso, ambos os crimes são classificados como de menor potencial ofensivo estabelecendo-
se, portanto conforme o artigo 61 da lei 9.099/95, a competência para julgar a estação o Juizado
Especial Criminal.
Portanto, indubitavelmente, Helena praticou os crimes tipificados nos artigos 139º e 140º, do
código penal brasileiro, com agravante de utilizar-se de meios que facilitam a sua divulgação
conforme o artigo 141º, III do mesmo código.
DO PEDIDO:
1 - Ante o exposto, requer à Vossa Excelência, após a manifestação do Ministério Público, o
recebimento, processamento e autuação da presente queixa-crime, citando-se a querelada para
responder aos termos da presente ação penal, sob pena de revelia e ao final seja condenada nos
termos do artigo 139 do Código Penal, tendo sua pena aumentada em 1/3, como dispõe o artigo
141, inciso III do mesmo Código.
2 - Requer, também, a produção de todas as provas admitidas em direito e a intimação das
testemunhas do rol abaixo.
3 - Pleiteia, por fim, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Penal, que seja
ao final fixado valor mínimo de indenização à querelada.
Termos em que,
Pede deferimento.
Niterói, 18 de outubro de 2016.
_____________________________________
Nome do Advogado
(OAB ___)
_____________________________________
Pedro
(CPF ___)
ROL DE TESTEMUNHAS1. MARCOS – (RG, CPF, ENDEREÇO);
2. MIGUEL – (RG, CPF, ENDEREÇO);
3. MANUEL – (RG, CPF, ENDEREÇO).
O último dia de prazo para propor a Queixa Crime no caso Concreto é dia 18 de OUTUBRO de
2016.

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