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Resumo 3 - Direito Empresarial I

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Faculdade de Ciências Econômicas – FACEM 
Departamento de Ciências Contábeis - DCC
Disciplina: Direito Empresarial I
Docente: Prof. Giovanni Weine Paulino Chaves
Turma: Ciências Contábeis – 5º Período – Noturno 
RESUMO[footnoteRef:1] [1: RAMOS, André Luiz Santa Cruz. Teoria Geral do Direito Societário; Sociedades Contratuais; Sociedade Anônima. In: ______. Direito Empresarial. Vol. 25. Salvador: Editora jusPODIVM. 2018. p. 37-96. ] 
	Discente: Wanderson Igor de Mendonça
	
No âmbito do Direito Empresarial existem vários tipos de empresário, bem como de configurações para uma determinada empresa. No que concerne às sociedades, é correto afirmar que são empresas administradas em conjunto, exceto o caso da EIRELI (que permite o empresário ter uma sociedade individual), porém, é preciso clarificar alguns aspectos referentes ao Direito Societário. Neste resumo, buscar-se-á elencar alguns fatores concernentes a este ramo do direito, são eles: Teoria Geral do Direito Societário: Sociedades; conceito; característica; classificação; Tipos societários; Sociedades Personificadas; Sociedades Contratuais; e Sociedades Anônimas. 
Teoria Geral do Direito Societário
	Em consonância com o texto de Ramos (2018, p. 119) é possível conceituar a sociedade, como uma união de duas ou mais pessoas, que contribuem de maneira recíproca com bens ou serviços para exercício de alguma atividade econômica, e, partilha dos resultados da atividade. Vale ressaltar que a maior diferença entre uma sociedade e uma associação é justamente as motivações e características que fazem ambas funcionarem, pois as sociedades visam o intuito lucrativo e a finalidade econômica, enquanto a associação não possui fins lucrativos, nem partilha de lucros entre seus associados. Outro ponto a ser mensurado é quanto ao tipo da sociedade, segundo Ramos (2018, p. 121) a principal classificação das sociedades é a que leva em conta seu objeto social. 
Assim, o traço distintivo entre as sociedades simples e as sociedades empresárias é o objeto social delas: na sociedade empresária, o objeto é o exercício de uma empresa (atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços); na sociedade simples, uma atividade econômica não empresarial (por exemplo, o exercício de profissão intelectual dos sócios que a integram). (RAMOS, 2018, p. 123)
	
Deste modo, é correto dizer que as sociedades empresárias o objetivo é produzir e exportar bens ou serviços, e nas simples, o exercício profissional (exceto se este tiver ligação com os bens da empresa). Por conseguinte, torna-se necessário evidenciar outras três classificações das sociedades seguindo três critérios, a primeira diz respeito às responsabilidades dos sócios, neste caso as sociedades podem ser ilimitadas, limitadas ou mistas. Sobre o regime de constituição e dissolução, as sociedades podem ser contratuais ou institucionais; E quanto à composição, as sociedades podem ser compostas por pessoas ou por capitais. 
No entanto, a legislação criou cinco tipos societários para convencionar as sociedades empresárias, são eles: sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade limitada, sociedade anônima e sociedade em comandita por ações. Vale a ressalva de que estes tipos societários não se aplicam necessariamente às sociedades simples, haja vista que as sociedades simples que não seguem esses modelos são denominadas como “sociedade simples pura”.
 
Sociedades Não Personificadas
No início do capítulo supracitado do texto de Ramos (2018), o autor problematiza este termo, argumentando que a expressão “sociedade não personificada” é contraditória, tendo em vista que a sociedade é uma espécie de pessoa do direito privado, sugerindo que o termo seja “ente não personificado”. No âmbito das sociedades não personificadas, existem dois tipos, que são: Sociedade em comum e Sociedade em conta de participação. A sociedade em comum é aquela união de sócios que ainda não está funcionando efetivamente, por não ter escrito seus atos constitutivos no órgão responsável (Junta comercial para sociedades empresárias, e o Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, para sociedades simples). Outrossim, a sociedade em comum não possui personalidade jurídica, pois trata-se de um ente que ainda está em processo de construção. Quanto a sociedade em conta de participação, segundo Ramos (2018, p. 150): “Trata-se, na verdade, não de uma sociedade propriamente dita, mas de um contrato especial de investimento que o sócio ostensivo (geralmente um empresário individual ou sociedade empresária) faz com os sócios participantes, a fim de desenvolver determinado negócio específico.” Assim, é válido acrescentar que esta sociedade é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria exclusividade.
 
Sociedades Contratuais
	As sociedades contratuais são denominadas desta maneira pois são instituídas através de um contrato social, logo estas sociedades correspondem aos seguintes tipos societários: sociedade simples “pura”, sociedade em nome coletivo e sociedade em comandita simples. A respeito das especificidades do contrato, Ramos (2018, p. 156) postula que: “O contrato social deve ser feito por escrito porque deverá ser registrado no órgão competente: Cartório, quando se tratar de sociedade simples; Junta comercial, quando se tratar de sociedade empresária)”. Após isto, a sociedade terá o prazo de trinta dias para registrar os seus atos constitutivos no órgão competente, para que a empresa adquira caráter e personalidade jurídica e possa exercer suas atividades efetivamente. Vale a ressalva de que as sociedades contratuais podem possuir sócios tanto pessoas físicas, quanto pessoas jurídicas, o que não ocorre com a sociedade em nome coletivo, que só pode ter sócios pessoas físicas. “A qualificação dos sócios é importante porque permite a verificação, pelo órgão de registro, da existência de eventuais impedimentos legais à participação na sociedade” (RAMOS, 2018, p. 158). 
Sociedades Anônimas
Este capítulo do livro, trata das empresas construídas em sociedade, cujo capital é dividido em ações, sendo denominadas de sociedades anônimas (ou S/A), além da denotação de companhia, que algumas empresas utilizam a abreviação “Cia.”. Estas sociedades, geralmente se dedicam a empreendimentos de grande porte, sobretudo em função do autofinanciamento (RAMOS, 2018, p. 205). No que concerne aos aspectos históricos das S/As, Ramos (idem) afirma que: 
Os estudiosos costumam dividir a história das sociedades anônimas em três fases: (i) outorga, quando a sua constituição era um privilégio concedido pelo Estado; (ii) autorização, quando a sua constituição deixou de ser um privilégio dependente de outorga do poder público para se constituir em uma faculdade aberta aos investidores interessados em constituílas, dependendo eles apenas de uma autorização estatal; e (iii) regulamentação, quando a sua constituição deixou de depender até mesmo de uma autorização, sendo necessário, tão somente, o registro prévio no órgão competente e a submissão a um regime legal específico.
Desse modo, é correto dizer que as sociedades anônimas passaram por um longo percurso histórico, até o seu reconhecimento de fato como parte da constituição. Por conseguinte, torna-se necessário evidenciar algumas características a respeito das S/As: sua natureza capitalista, tendo em vista que a S/A é uma sociedade de capital; sua essência empresarial; sua identificação exclusiva por denominação, pois a S/A só pode utilizar nome social; e a responsabilidade limitada dos seus acionistas, pois os sócios da S/A respondem somente pela integralização de suas ações. Vale a ressalva de que além disso, as sociedades anônimas podem ser classificadas como companhia fechada e companhia aberta, de modo que a companhia fechada tem a autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para negociar seus valores mobiliários no mercado de capitais, enquanto a aberta não possui essa autorização.
Assim, é correto inferir que as sociedades empresárias obedecem ao código civil, e cada tipo segue um conjunto de normas e regras específicos, bem como de configuração da sociedade, as características e as finalidades, e independentemente do tipo ou classificação, todas as sociedades devem necessariamente ser registradas nos órgãos competentes (seja na junta comercial em caso de sociedade empresária, seja no cartório em caso de sociedade simples).

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