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15
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE:OP)
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
PROJETO DE TRABALHO - APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR
PAULO WELLYNTON ALMEIDA DOS SANTOS – RA: 0566918
POLO MACAPÀ lll
2020
PAULO WELLYNTON ALMEIDA DOS SANTOS – RA: 0566918
PROJETO DE TRABALHO – 
APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM AMBIENTE NÃO ESCOLAR
Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP EaD, referente ao curso de graduação Licenciatura em História, como um dos requisitos para a avaliação na disciplina Prática de Ensino: Observação e Projeto.
POLO MACAPÀ lll
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 04 
2 OBJETIVOS ...........................................................................................................06
2.1 OBJETIVO GERAL ..............................................................................................06
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...............................................................................06
3 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................06
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................06
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................11
4 AVALIAÇÃO ...........................................................................................................13
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................13
6 REFERECIAS .........................................................................................................15
1 INTRODUÇÃO 
Quando se fala em conteúdos escolares da disciplina história, sabe-se que o primeiro eixo temático proposto pelos PCNs de História é “História local e do cotidiano”, logo, este é um tema recorrente nos currículos e livros didáticos de História como nos materiais de Geografia entendendo que:
A realidade brasileira é diversa, plural e complexa, com diferenças regionais marcantes, geografias variadas e níveis sociais, econômicos e culturais distanciados. O que nos une? Um território, uma pátria, uma língua, um Estado, uma nação, uma constituição. Neste mundo contemporâneo, o que significa falar em nação, identidades locais, regionais e mesmo identidade nacional? (BERRUTI e MARQUES, 2009, p. 115).
O meio no qual vivemos traz as marcas do presente e de tempos passados. Nele encontram-se vestígios, monumentos, objetos, imagens de grande valor para a compreensão do imediato, do próximo e do distante. O local e o cotidiano como locais de memórias são construtivos, ricos de possibilidades educativas, formativas. De acordo com Fonseca (2010):
A história local requer um tipo de conhecimento diferente daquele focalizado no alto nível de desenvolvimento nacional e dá ao pesquisador uma ideia muito mais imediata do passado. Ele a encontra dobrando a esquina e descendo a rua. Ele pode ouvir os seus ecos no mercado, ler o seu grafite nas paredes, seguir suas pegadas nos campos (FONSECA, 2010, p. 117).
Essa afirmação conduz, necessariamente, a uma série de questionamentos que podem ser sintetizados na seguinte pergunta: se a história pode ser encontrada, ouvida, lida nos muros, nas ruas, nos quintais, nas esquinas, nos campos, como tem sido esse processo de ensino? Isto leva a repensar as relações entre produção e difusão de saberes históricos; entre currículos prescritos e vividos, construídos no cotidiano escolar; entre memória e identidade; entre local e global. Os PCNs de História do ministério da Educação reforçam que
[...] o ensino e a aprendizagem de História estão voltados, inicialmente, para atividades em que os alunos possam compreender as semelhanças e as diferenças, as permanências e as transformações no modo de vida social, cultural e econômico de sua localidade, no presente e no passado, mediante a leitura de diferentes obras humanas. (BRASIL - PCNs, 1997, p. 49).
Apesar dos consensos construídos acerca da importância da problematização e do estudo do local para a formação histórica dos indivíduos, é possível ainda deparar, no cotidiano escolar, com uma serie de dificuldades para a concretização desses objetivos, como principalmente a falta de fontes de estudo e documentos disponíveis aos professores.
As dificuldades no tratamento da história local e regional são também recorrentes na pesquisa. Apesar das tentativas, dos esforços e das novas produções, é possível ainda afirmar que a história local continua circunscrita a um grupo de entusiastas e embora escrita como um trabalho de amor é repetitiva e sem vida. (FONSECA, 2010, p. 120).
Isso se deve à natureza dos documentos, que variam de um lugar para outro e, em geral, registram atos dos governos locais, o que é denominado como “tendência administrativa dos documentos” por R. Samuel (1989). Outra dificuldade é a própria noção de história local como uma entidade distinta e separada, fenômeno único, como um conjunto cultural específico e periodização própria. Então se pergunta, como as diretrizes oficiais e os materiais didáticos têm tratado essa temática?
 A LDB de 1996 explica o que o estado brasileiro considera necessário transmitir aos alunos nas aulas de História: “Art. 26 § 4. O ensino de História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia” com as mudanças incorporadas (Art. 26-A), em 2008, tornando obrigatório o ensino das temáticas afro e indígena (redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008). 
O texto dos PCNs reafirma a importância do ensino de História desde os primeiros anos de escolaridade. Assim, alguns dos objetivos gerais do ensino de História traçados nesse documento são:
· Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que estabelecem com outros tempos e espaços;
· Reconhecer mudanças e permanências nas vivências humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distintas, no tempo e no espaço;
· Questionar sua realidade, identificando alguns de seus problemas e refletindo sobre algumas de suas possíveis soluções (BRASIL - PCNs, 1997, p. 14).
Ensinar e aprender a história local e do cotidiano é parte do processo de (re)construção das identidades individuais e coletivas e é algo fundamental para que os sujeitos possam se situar, compreender e intervir no espaço local em que vivem como cidadãos críticos. No atual contexto histórico é desafiador relacionar local/global, singular/plural, universal/diverso em sala de aula. O local e o cotidiano dos indivíduos constituem e são constitutivos de importantes dimensões do viver – logo, podem ser problematizados, tematizados e explorados no dia a dia da sala de aula, com criatividade, a partir de diferentes situações, fontes e linguagens.
Nesse sentido, este projeto tem por objetivo apresentar um pouco da história local do município de Breves por meio do acervo encontrado na Casada Cultura “Márcio Furtado”.
2 OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL 
· Fazer com que os alunos conheçam um pouco da história local do município de Breves por meio do acervo encontrado na Casada da Cultura “Márcio Furtado”.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
· Conceituar a história local e do cotidiano por meio de estudos e pesquisas bibliográfica contextualizando-a com a realidade do município de Breves.
· Identificar o processo de criação, implementação e efetivação da Casa da Cultura “Marcio Furtado” neste município.
· Evidenciar aspectos da história e cultural por meio do acervo exposto na Casa da Cultura “Marcio Furtado”.
3 DESENVOLVIMENTO 
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Se a história nos ajuda a compreender nosso modo de vida atual, por que devemos estudar o passado e não o presente? O tempo presente deve ser o ponto de partida para o estudo de um determinado tema, pois são as inquietaçõesdo mundo contemporâneo que norteiam a busca de possíveis respostas no estudo do passado. Mas quem faz a história? Para se responder essa pergunta essa pergunta, precisa-se fazer uma diferenciação entre a história vivida, que é aquela que foi vivida pela humanidade num determinado tempo e em um determinado espaço e a história escrita, ou seja, o conhecimento histórico, registro do que foi vivido pela humanidade.
A história vivida é construída, cotidianamente, por todos os homens [...]. A construção da história vivida é na verdade, um processo decorrente das necessidades do próprio homem. Afinal, todos nós precisamos nos alimentar, nos vestir e estabelecer relações sociais. (BERRUTI e MARQUES, 2009, p. 35)
Os estudantes e seus parentes, amigos, vizinhos, colegas de sala e professores, entre outras pessoas, participam e ajudam a construir a História. São pessoas que trabalham e se relacionam umas com as outras, estudam, se divertem, consomem, transmitem conhecimentos e conhecem outras culturas. Enfim, todas elas são sujeitos da História já que a História é a disciplina que se refere, principalmente aos homens, a tantos homens quanto possível, a todos os homens do mundo enquanto se unem entre si em sociedade, e trabalham, lutam e se aperfeiçoam a si mesmos através da vivência cotidiana.
Já em relação à história escrita, isto é, ao conhecimento histórico produzido, a resposta à pergunta inicial dependerá da concepção de História e do historiador. Mesmo restringindo a análise aos períodos mais recentes, a resposta será múltipla.
Para alguns, em especial os da linha positivista do século XIX, a resposta será “os grandes homens e os heróis”. Para outros, como os materialistas, a resposta será “todos os homens”. Portanto, múltiplas respostas [...] poderão ser obtidas em função das diferentes maneiras de conceber a História surgidas ao longo do tempo. (BERRUTI e MARQUES, 2009, p. 36).
Diz-se que a “a História é filha de seu tempo”. Com isso se pretende afirmar que em cada época os estudiosos formulavam questões pertinentes ao seu tempo e, por isso, novos conceitos de história são concebidos pelos historiadores que também são filhos do seu tempo, forjando, assim, mentalmente, seu universo de estudo e pesquisa, ou seja, os conteúdos.
Uma das grandes dificuldades para o ensino da História local e do cotidiano é a deficiência das fontes de estudo, de documentos disponíveis aos professores que em geral são constituídos de dados, textos, encartes, materiais produzidos pelas prefeituras, órgãos administrativos locais, e mais, com o objetivo implícito ou explícito de difundir a imagem de grupos detentores do poder político ou econômico.
Assim, professores e alunos, muitas vezes, têm como fontes de estudo evidências que visam à preservação de grupos da elite local evidenciando que as pesquisas educacionais, historiográficas e as práticas pedagógicas indicam a necessidade de novas configurações do ensino e aprendizagem da História local e do cotidiano. (FONSECA, 2010, p. 119-120).
Os livros didáticos são importantes fontes para o estudo do local e do regional. No entanto, sabe-se que o que o professor ensina ou deixa de ensinar, o que o aluno aprende ou deixa de aprender, transcende os limites das propostas curriculares e dos materiais didáticos que são elaborados a partir das diretrizes legais, demandas e critérios localizados fora da escola: órgãos do Estado, universidades, editoras e meios de comunicação. Isso requer o pensamento sobre as mediações entre o conhecimento histórico, alunos, professores, as mudanças sociais e culturais, o impacto das novas tecnologias na produção de novas informações, novos conhecimentos e a construção de novas identidades coletivas. Para Manique e Proença (1994) apud Fonseca
Uma identidade constrói-se a partir do conhecimento da forma como os grupos sociais de pertença viveram e se organizaram no passado, mas também da verificação da forma como se estruturaram para fazer face aos problemas do presente, tendo como componente que aponta para o futuro, pelo modo como este se prepara através da fixação de objetivos comuns. (FONSECA, 2010, p. 123).
Assim, o ensinar e o aprender História não é algo externo, a ser proposto e difundido com uma metodologia específica, mas sim algo a ser construído no diálogo, na experiência cotidiana, em um trabalho que valorize a diversidade e a complexidade de forma ativa e crítica, pois uma das dificuldades no estudo da história local é a fragmentação dos espaços, tempos e problemas que acaba dificultando a compreensão dos alunos.
Nesse sentido, cabem algumas considerações, buscando “fugir às armadilhas”. Assim, a fragmentação entre o local, o regional, o nacional e até mesmo o universal pode ser evitada na medida em que vários temas possibilitam a análise de diversos níveis e dimensões, como por exemplo, trabalhar o índice de desenvolvimento humano de nossa cidade comparado com o mesmo fator em outro país.
E no espaço local do município de Breves, temos a Casa da Cultura ”Márcio Furtado”, um espaço público que guarda registros que desbravam a memória quanto à história deste município com o desenvolvimento de um trabalho de arte-intuição-sensibilidade-percepção-criação que são elementos indissociáveis, sinônimos talvez, que ocorrem simultaneamente no processo criativo, somam-se ao contexto cultural do seu criador deixando a critério do seu fruidor/observador a possibilidade de inúmeras interpretações de um mesmo objeto ou imagem, provocando outras leituras, releituras, questionamentos e devaneios. 
Ao observarmos as esculturas naturais existentes na Casa da Cultura selecionadas e trabalhadas pela Professora Nazaré Oliveira despertam-se interesse e curiosidade suscitando-nos alguns questionamentos a respeito do ato criativo no fazer artístico de Nazaré Oliveira, como por exemplo: Como surgiram essas ideias? De onde ela busca inspiração? Que materiais e técnicas são utilizados nessas produções? Qual o impacto causado em seu trabalho e nas outras pessoas envolvidas neste processo? Qual o significado dessa produção artística para a comunidade local, na época em que foram elaboradas e na atualidade? E finalmente, dependendo de nossa identidade cultural, como somos afetados visualmente por essas imagens? 
Talvez possamos concluir algumas respostas a estas indagações através de seu próprio relato (depoimento em dezembro de 2012) rememorando alguns diálogos com crianças no início do desenvolvimento do Projeto Raízes, que ela coordenou na Divisão de Cultura de Breves quando era diretora, ressaltando detalhes de como atuava e organizava esta atividade e que levou para a Casa da Cultura: 
Eu via aqueles meninos na rua e aquilo me deixava tão agoniada, peguei tirei seis meninos e seis meninas e levei lá para a secretaria de cultura, ali eu colocava eles para fazer o que eu sabia fazer. As meninas pintavam e bordavam... a dona Maria do Cuiú cansou de ir lá me ajudar a ensinar pintura para elas [...] Aí eu fiquei pensando “o quê que eu vou colocar esses meninos para fazer? Vamos procurar raízes! 
 
Intuição, percepção e sensibilidade são elementos presentes nas ações aqui descritas por Nazaré Oliveira. Como ser consciente-sensível-cultural (Ostrower, 2013, p.11) ela foi dando formas novas a objetos descartados pela natureza e ao mesmo tempo transformando o modo de agir e pensar de seus educandos, oferecendo-lhes um novo olhar ao induzi-los a resignificar materiais bastante comuns em seu cotidiano e meio ambiente trazendo reflexões sobre a própria história dos espectadores. 
 
Com este projeto que associava arte-prazer-trabalho-história, Nazaré Oliveira idealizou uma ação que atendesse à crianças, adolescentes e jovens com pouquíssimas perspectivas de crescimento intelectual, social e cultural. Compartilhou com seus educandos inspirações, ideias e motivação despertando neles, habilidades inerentes a qualquer ser humano que seja estimulado pela linguagem da arte, pois como afirma Ostrower (2013, p. 09) “o ato criador abrange, portanto, a capacidade de compreender;e esta, por sua vez, a de relacionar, ordenar, configurar, significar.” Sobre alguns detalhes deste evento vejamos o depoimento, obtido em janeiro de 2013, do teatrólogo e arte/educador Marcos Maranhão, que trabalha neste setor – hoje Secretaria de Cultura, Turismo e Eventos – desde o período em que Nazaré Oliveira o chefiava: 
Existia na Secretaria o projeto raízes, onde fazia-se o cadastramento de crianças carentes em todos os bairros periféricos da cidade. Através deste projeto ela deu ensinamento através do teatro, do bordado, de confeccionar flores e artesanato em geral. Havia até o aprendizado de sala de aula, de português, de comportamento e de conduta. [...] Havia beneficiamento de raízes onde a professora Nazaré orientava as crianças e adolescentes deste projeto. Ela estava sempre á frente coordenando os trabalhos, sempre presente. Final do mês eles recebiam cestas básicas, tinham acompanhamento médico, enfim, ela dava toda a assistência necessária para as crianças. 
 
Assim, compartilhamos as imagens de algumas das raízes, galhos e outros elementos naturais em formatos bastantes sugestivos selecionadas por Nazaré Oliveira durante a montagem para a exposição permanente da Casa da Cultura “Márcio Furtado” na cidade de Breves, em meados do ano 2000. Atualmente o prédio encontra-se em reforma, sendo parte de seu acervo resguardado pela Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Eventos que funciona no mesmo local. 
Trazer à tona a figura desta marajoara de coração, desvela um fragmento de uma pesquisa que se alimenta com depoimentos e memórias buscando valorizar ações artístico/estéticas/históricas, a construção de saberes e o imaginário individual e coletivo de Nazaré e de quem com ela conviveu, além de ressonâncias de sua ação. Sua presença como mediadora cultural e histórica, produziu e continua produzindo comportamentos e atitudes, o que esperamos ampliar no estudo e investigação de suas múltiplas facetas. Na continuidade desta pesquisa, esperamos levantar também os processos de mediação cultural vividos por Nazaré Oliveira, entendido como “provocativo, instigante ao pensar e ao sentir, à percepção, e à imaginação” como nos diz Mirian Celeste Martins (2012, p. 29). 
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Para a elaboração deste trabalho foram realizadas entrevistas, Prezei os relatos de memória dos entrevistados, preferencialmente aqueles fragmentos que falavam sobre as experiências vivenciadas no espaço em que residem. Ao longo da pesquisa busquei compreender as experiências sociais e culturais dos entrevistados, analisando as suas histórias subjetivas.
Para o embasamento teórico foi realizada pesquisa bibliográfica na busca de referências em estudos atuais e fontes teóricas da história oral, norteado, sobretudo, nos escritos de Berruti e Marques (2009) e Fonseca (2010)
Com base nessas análises, proponho-me a desenvolver este trabalho sobre a casa da cultura em Breves, com o intuito de possibilitar uma compreensão do saber histórico sobre cidade a partir dos relatos de memórias e por meio de documentos e informações fornecidas pela secretaria da casa da cultura.
Dessa forma, busca-se compreender a relação existente entre os aspectos culturais e a reprodução da memória histórica e social da cidade, considerando que através das experiências e relatos, assim como nas informações obtidas no decorrer da pesquisa, é possível evidenciar aspectos históricos associados à cultura, ao saber deste povo.
 
3.2.1 Ambientes e público-alvo
· Casa da Cultura “Márcio Furtado”
· Alunos do Ensino Médio.
3.2.2 Disciplinas e conteúdos envolvidos
· História: A história local e do cotidiano, a história do município de breves, a história da Professora Nazaré Oliveira.
· Língua Portuguesa: textos, pesquisas e estudos sobre os temas acima mencionados.
· Matemática: datas e períodos relacionados aos conteúdos acima mencionados.
· Sociologia: aspectos pertinentes aos impactos da história e da arte no cotidiano.
· Arte: artesanato, fotografia, registros, esculturas.
3.2.3 Tempo de duração do Projeto e Cronograma
Período: uma semana.
	Atividades 
	Seg
	Ter
	Qua
	Qui
	Sex
	Pesquisa bibliográfica 
	x
	x
	
	
	
	Pesquisa de campo: entrevistas
	
	x
	x
	
	
	Visitação ao prédio da Casa da Cultura
	
	
	x
	
	
	Troca de experiências com funcionários do espaço
	
	
	
	x
	x
	Coleta de dados e registros no espaço
	
	
	
	x
	x
	Seminário de apresentação dos resultados
	
	
	
	
	x
4 AVALIAÇÃO 
4.1 Resultados esperados
A avaliação ocorrerá em dois formatos e em dois momentos distintos. No primeiro formato, a avaliação será contínua, acompanhando cada aluno individualmente pela sua postura, dúvidas e observações ao longo de todas as atividades do projeto. 
No segundo formato serão avaliados os trabalhos finais produzidos e a apresentação desse material para o público (fechamento do projeto), buscando identificar modificações no comportamento dos alunos a partir das informações disponibilizadas ao longo do projeto. Os dois processos, juntos, devem disponibilizar aos professores um diagnóstico de incorporação dos conceitos apresentados e definir se os objetivos propostos foram alcançados ou não.
Ao final do projeto espera-se que os alunos tenham aprimorado o aprendizado nos conteúdos teóricos e práticos das disciplinas desenvolvidas nesse projeto, participando das atividades propostas com curiosidade e empenho. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A avaliação deste projeto buscará verificar tanto o processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno como as intervenções praticadas dentro dos aspectos inseridos no processo educativo requerendo identificar os problemas e avanços bem como redimensionar a ação educativa, considerando-se a totalidade dos aspectos nele inseridos. Logo, desde a formulação do projeto serão previstos alguns momentos e instrumentos específicos de avaliação tendo em conta o trabalho a ser desenvolvido atentando-se para a necessidade de outros avaliativos que certamente virão.
Com relação aos objetivos estabelecidos no processo, ao concluir a sequencia das etapas do projeto, serão organizados momentos específicos de avaliação do processo vivido, retornando ao ponto de partida, às questões que as originaram. Entende-se que as expectativas de aprendizagem levantadas na problematização devem direcionar a ação avaliativa com toda a turma para possíveis posicionamentos com relação aos conhecimentos construídos evidenciando uma avaliação diagnóstica que pode indicar outros caminhos a serem percorridos.
Deve-se considerar que o trabalho com projetos constitui uma possibilidade metodológica que potencializa o desenvolvimento de estudos e pesquisas, numa perspectiva inter, multi e interdisciplinar, capaz de redimensionar a gestão do processo de ensino e ressignificar a concepção de aprendizagem em História.
6 REFERENCIAS 
BERRUTI, Flávio. MARQUES, Adhemar. Ensinar e aprender história: Quem são os sujeitos da história?. Editora RHJ. Belo Horizonte: 2009.
FONSECA, Selva Guimarães. Fazer e ensinar história: o estudo da história local e do cotidiano. Editora Dimensão. Belo Horizonte: 2010.
LDB, Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: 1996.
MARTINS, Mirian Celeste; PICOSQUE, Gisa. Mediação Cultural para Professores Andarilhos na Cultura. São Paulo: Intermeios, 2012. 
 
OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. Petrópolis: Vozes, 2013. 
PCNs, Parâmetros Curriculares Nacionais: História do cotidiano e História local. Brasília: 1997.

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