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Prática de ensino - Observação e Projeto - POSTAGEM 2 PEOP

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LICENCIATURA EM HISTÓRIA 
PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE:OP) 
 
 
 
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM 
AMBIENTE NÃO ESCOLAR 
 
 
 
Ivan Rogério Costa - 1751447 
 
 
 
 
Indaiatuba 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
PROJETO DE TRABALHO – APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM 
AMBIENTE NÃO ESCOLAR 
 
 
 
Trabalho apresentado à 
Universidade Paulista – UNIP 
INTERATIVA, referente ao curso de 
graduação em História, como um 
dos requisitos para a avaliação na 
disciplina de cunho prático Prática 
de Ensino: Observação e Projeto. 
 
 
 
 
 
Indaiatuba 
2017 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………03 
2. OBJETIVOS………………………………………………………………………04 
2.1 OBJETIVO GERAL…………………………………………………………..04 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS………………………………………………..04 
3. DESENVOLVIMENTO…………………………………………………………..05 
3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA………………………………………………...05 
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS………………………………….06 
3.2.1 Ambientes e Público-alvo………………………………………….07 
3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos……………….07 
3.2.3 Propostas de ação e Estratégias Didáticas…………………….07 
3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma………………….13 
4. AVALIAÇÃO……………………………………………………………...……….15 
4.1 RESULTADOS ESPERADOS……………………………………………...15 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………..15 
REFERÊNCIAS……………………………………………………………………….16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 A sociedade vem vivenciando mudanças radicais nas últimas décadas 
principalmente na política, na economia e na cultura. A velocidade das informações 
e o avanço tecnológico tem contribuído de forma demasiada nessas mudanças, 
trazendo também discussões sobre temas que estavam esquecidos e também os 
que estão na moda popular como drogas, sexualidade, bullyng, corrupção, etc. O 
mundo globalizado não somente aproxima as pessoas mas também destaca 
tendências de pensamentos e comportamentos que influenciam diretamente no 
aluno no que diz respeito à ética e a moral. Complementa Paviani: 
 
Hoje os valores são instáveis, substituíveis por novos valores, apesar de 
haver grupos de resistência a essas transformações. Mais do que nunca, 
vivemos numa sociedade que pratica a total inversão de valores (…). Nesse 
sentido, retomar a questão dos valores, sejam econômicos, sociais, 
políticos, morais, estéticos e religiosos, no sentido sociológico e/ou 
filosófico, parece ser uma necessidade moral (Paviani, 2016, p. 64). 
 
Tais questões e discussões estão cada vez mais inseridas nas rodas de reuniões, 
sejam empresariais, escolares ou populares. Nesse sentido, torna-se imprescindível 
o desenvolvimento de um projeto de trabalho que vise administrar as informações e 
as ações dos alunos, não só passivamente absorvendo informações, mas 
interagindo nesse processo para a resolução dos problemas. Além da ética e da 
moral, tomados aqui como temas transversais, há também a questão do meio 
ambiente. Como está a situação ambiental na cidade em que se vive? Como cada 
pessoa ou grupo pode colaborar para melhorar esse espaço? Segundo Fantin e 
Maria Eneida, não há outra direção senão defender o ambiente ao nosso redor, 
incitando as pessoas a participar, a agir e a passar adiante essa consciência (2014, 
p. 65). Daí a importância para a elaboração de atividades fora da escola. Além de 
promover a diversificação da rotina escolar, o aluno tem a oportunidade de viver a 
pesquisa, buscando-se diagnósticos (as causas dos acontecimentos) e possíveis 
soluções. 
Esse trabalho também tem como finalidade fazer com que o educando discorra 
sobre os mais variados acontecimentos históricos que ajudaram a formar a 
4 
 
sociedade em que está inserido, observando as características das edificações 
(arquitetura), a expressão cultural dos moradores, as formações geográficas, ou 
seja, conhecer o lugar em que vive para a construção da própria identidade (Singer, 
2015). 
Para tal, propõe-se a utilização do chamado Marco Zero da cidade de Salto/SP para 
aproveitamento pedagógico por se tratar de um espaço onde abrange os principais 
pontos turísticos da cidade e também o local de sua origem e formação. Apesar da 
riqueza de fatos e atrações que podem ser abordados nesse espaço por diversas 
disciplinas do currículo escolar, as pesquisas e estudos serão direcionados para 
História, Geografia e Ciências aos alunos do Ensino Fundamental II da Escola 
Sagrada Família. 
 
2 OBJETIVOS 
 
 2.1 OBJETIVO GERAL 
 
 Os estudantes deverão buscar suas próprias identidades nesse projeto, 
buscando o conhecimento da sociedade em que vivem. Através dos diversos pontos 
turísticos que abrangem o chamado Marco Zero, serão coletadas as informações 
envolvendo as 3 disciplinas (História, Geografia e Ciências) e abordagens sobre os 
temas transversais (Ética e Meio Ambiente). Essas informações, até então locais, 
deverão ser relacionadas aos notáveis fatos históricos, geográficos e científicos de 
uma forma geral, podendo até encontrar alguns pontos em comum. Um exemplo 
para a disciplina de História: a cidade de Salto abrigou as primeiras indústrias têxteis 
do estado de São Paulo. Portanto, o grupo pode discorrer sobre a Revolução 
Industrial, sobre a imigração italiana, e assim por diante. 
 
 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
5 
 
 Conhecer a origem da cidade, sua fundação e povoamento, o início das 
atividades comerciais e industriais; 
 Compreender a importância do Rio Tietê para a região, o quanto contribuiu 
para o início das primeiras fábricas e como chegou em seu estado atual de 
degradação; 
 Absorver as informações científicas de como a poluição das águas, dos 
solos e do ar alteram o ecossistema; 
 Perceber a importância de cuidar do espaço em que vivemos e assimilar 
os processos de recuperação do ambiente; 
 Desenvolver noções de observação da paisagem geográfica, relacionando 
suas principais características; 
 Associar as informações observadas, pesquisadas e coletadas com fatos 
históricos que revolucionaram a sociedade ao longo dos tempos; 
 
3 DESENVOLVIMENTO 
 
 3.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
 A educação ambiental surge como uma estratégia para além da escola. Entender 
que a sobrevivência da humanidade depende da manutenção dos recursos oriundos 
do ambiente é fundamental para uma mudança de comportamento na busca de um 
novo modo de vida nas relações entre o homem e a natureza (Fantin, 2014, p. 89). 
De um modo geral, família e escola devem compartilhar o trabalho de reflexão sobre 
os valores contemporâneos e as sociabilidades infanto-juvenis, bem como a relação 
que estes mantêm com o consumo. Nesse sentido, devem ambas, escola e família 
constituir-se como espaços de estímulo para outras experiências de troca e de 
consumo cultural (Dourado e Belizário, 2012, p. 26). 
Ressalta-se na legislação atual o estabelecimento do exercício de práticas 
educativas participativas, por meio do projeto pedagógico da escola. Assim, 
as instituições de educação básica devem adotar o modelo de gestão 
democrática tendo como princípio fundamental a participação. A gestão do 
projeto pedagógico da escola supõe o aprendizado da tomada de decisão 
6 
 
coletiva e consciente, definindo a intencionalidade educativa 
contextualizada histórica e geograficamente (Eyng, 2012, p. 68). 
 
 Ao longo da história, o homem transformou-se pela modificação do meio 
ambiente, criou cultura, estabeleceu relações econômicas, modos de comunicação 
com a natureza e com os outros. Mas é preciso refletir sobre como devem ser essasrelações socioeconômicas e ambientais, para se tomar decisões adequadas a cada 
passo, na direção das metas desejadas por todos: o crescimento cultural, a 
qualidade de vida e o equilíbrio ambiental (Brasil, 1997). A formação de valores 
pessoais e de valores sociais parece não ser um tema predominante nos estudos 
pedagógicos atuais. Entretanto, por diversos motivos sociais e históricos, a questão 
é relevante e precisa ser examinada especialmente sob a perspectiva do conceito de 
formação e não apenas de educação escolar (Paviani, 2016, p. 63). 
Compreender a Geografia do local em que se vive significa conhecer e apreender 
intelectualmente os conceitos e as categorias, tais como: o lugar, a paisagem, os 
fluxos de pessoas e mercadorias, as áreas de lazer, os fenômenos e objetos 
existentes no espaço urbano ou rural. (…) Torna-se relevante compreendê-la como 
um lugar que abriga, produz e reproduz culturas, como modo de vida materializado 
cotidianamente (Brasil, 2006, p. 50). 
História e memória se complementam, porque a história é o conhecimento e a 
organização dessa memória. Mas, ter memória nem sempre é ter consciência da 
história. Uma pessoa que não a tenha achará uma “casinha” tombada como 
patrimônio histórico e cultural “bonitinha”, apenas. Ter consciência histórica é olhar 
para um lugar de memória e ver os silêncios e os conflitos que ocorreram naquele 
local. Os patrimônios de uma cidade não são simples pontos turísticos e precisam 
ser estudados como um lugar vivo de memória da sociedade (Zanoni, 2012, p. 92). 
Em meados do século XIX, muitas cidades acabaram estagnadas durante décadas 
por terem recusado, por exemplo, a passagem de estradas de ferro, ao contrário de 
outras que, por terem uma estação de bifurcação e de triagem, passaram a gerir 
economicamente uma região (Garbossa e Silva, 2016, p. 29). 
 
 
 3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
7 
 
 3.2.1 Ambientes e Público-alvo 
 
 
 A escolha do local é o chamado Marco Zero da Estância Turística de 
Salto/SP, e se faz pertinente às propostas desse trabalho pedagógico 
multidisciplinar devido à sua complexidade histórica e cultural, para os estudantes 
do Ensino Fundamental II da Escola Sagrada Família. 
O Marco Zero tem como localização principal a Praça Antônio Vieira Tavares – 
Centro, praça que leva o nome do fundador da cidade e tutor da construção da 
Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat. 
A Escola Sagrada Família está no Convívio D. Pedro II, 804 – Centro. 
 A região do Marco Zero se encontra logo na entrada principal da cidade de 
Salto/SP que tem o Rio Tietê e o Rio Jundiaí como “portais”. São vários os cenários 
dessa região que estão vinculados com o Complexo da Cachoeira do Salto, como 
o Pavilhão das Artes, a Ilha dos Amores (que tem vista privilegiada pro Rio Tietê e 
uma praça totalmente arborizada), a Ponte Pênsil, o Memorial do Rio Tietê, a antiga 
Brasital e a vila operária. 
 
 
 3.2.2 Disciplinas, conteúdos e conceitos envolvidos 
 
 História – História de Salto e sua relação com grandes fatos que 
mudaram a sociedade. 
 Geografia - Características das paisagens do local escolhido para a 
realização das atividades. 
 Ciências – Características do ambiente do local escolhido. 
 
 Além destas, serão inseridos aos trabalhos os Temas Transversais (definidos 
pelo Ministério da Educação nos Parâmetros Curriculares Nacionais) Ética e Meio 
Ambiente. 
 
 
 3.2.3 Propostas de Ação e Estratégias Didáticas 
 
8 
 
 Fase inicial 
 
 É necessário que o início das atividades aconteça em sala de aula para 
apresentação do projeto, como e quando este se desenvolverá e o que se espera 
de cada estudante. A observação e a pesquisa serão fundamentais para o 
cumprimento das tarefas envolvendo as 3 disciplinas e serão critérios de avaliação 
ao final do projeto. 
 
 - Proposta: 
- A classe será dividida em 4 grupos de aproximadamente 10 alunos. 
- Discussão entre os integrantes: relação dos conhecimentos prévios de cada 
membro em relação as atividades e aos locais que serão visitados. Organização: 
distribuição de funções (ninguém deve ficar “distante” do trabalho). 
- Coleta de material pra pesquisa (livros, revistas, jornais, sites, etc). 
- Para cada disciplina, serão relacionados alguns assuntos (temas) escolhidos por 
seus respectivos professores. Esses assuntos não serão relatados aos alunos 
nessa reunião em sala. Porém, através de sorteio, cada grupo terá que abordar 2 
assuntos de cada disciplina. Estes temas sorteados serão de cunho obrigatório. 
- Além da abordagem dos temas obrigatórios, o grupo deverá inserir ao projeto, pelo 
menos, outros 2 temas pertinentes às disciplinas. 
- Mapeamento (roteiro) dos pontos a serem observados pelos grupos. 
- Os temas serão sorteados no início das atividades em algum ponto do local 
escolhido para observação e pesquisa. Isso se faz necessário para que a surpresa 
gere discussão e planejamento. 
 
 
 Fase de execução – Reunião na região do Marco Zero 
 
Já com o ponto de reunião definido por professores e alunos, o sorteio será 
realizado por cada professor da respectiva disciplina. De uma forma geral, segue o 
exemplo: 
- Professor de História sorteia 1 tema para o grupo A. Depois sorteia 1 tema para o 
grupo B, logo depois para o C e para o D, finalizando a primeira rodada. Na 
sequência, seguindo o mesmo esquema realiza-se a segunda rodada sorteando o 
9 
 
próximo tema. Isso será feito da mesma forma com os dois professores restantes. 
Com seus respectivos assuntos em mãos, os grupos terão um tempo para debate e 
reflexão dos temas sorteados. Destaca-se aqui um momento de descontração, 
interação, participação e concentração para a realização da etapa seguinte. 
 
 Sugestão e o porquê: Propõe-se a reunião no ponto principal do Marco Zero 
da cidade que fica na Praça Antônio Vieira Tavares. Trata-se de uma praça bem 
arborizada, rodeada pelo Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio 
(CEUNSP) e pela Igreja Matriz de Nossa Senhora do Monte Serrat. O local é o 
ponto de partida para o surgimento da cidade no final do século XVII, onde ficava o 
sítio Cachoeira de propriedade do Capitão Antônio Vieira Tavares, sobrinho do 
famoso bandeirante Raposo Tavares. A propriedade foi obtida por duas escrituras 
de cartas de sesmarias por volta de 1690 (Zanoni, 2012). Um local de inspiração 
para início dos trabalhos. 
 
 
Figura 1 – Praça Antônio Vieira Tavares em 1903 e atualmente. Nota-se a casa dos operários ao 
lado na época da entrada da indústria têxtil. 
 
 
 
 Sobre os assuntos propostos pelos professores 
 
A respeito dos assuntos que serão abordados nos trabalhos, os alunos deverão 
relatar, através da observação e da pesquisa, relações com fatos marcantes 
embasados nas 3 disciplinas. Como isso acontecerá? Quais temas poderiam ser 
inseridos para sorteio? Podemos descrever algumas situações (exemplos) que 
sejam pertinentes com o local estudado: 
10 
 
 
 - Geografia: o professor dessa disciplina poderá sugerir assuntos seguindo 
alguns pontos dessa região: 
 
 Geomorfologia ou Geologia – Salto é uma cidade que se destaca pela 
quantidade de rochas. Passando pela Ponte Pênsil, uma das principais 
atrações turísticas da cidade, é possível descer próximo ao Rio Tietê sobre 
as pedras. Um ótimo local de observação e coleta de dados; 
 Glaciologia – efeito das geleiras sobre o clima, a contribuição das geleiras 
para a erosão e a Geomorfologia; 
 Hidrografia – esse mesmo espaçopode ser aproveitado para discorrer sobre 
o Rio Tietê, ou aproveitar a bela vista se adentrando na Praça dos Amores. 
Aqui o grupo poderá falar da importância do Tietê, principalmente para o 
estado de São Paulo, e interligar o tema sobre outros grandes rios como o 
Paraná, o Paranapanema, o Itararé; 
 Geografia Populacional (Demografia) – campo da Geografia Humana que 
estuda a dinâmica populacional: natalidade, mortalidade, taxas de 
crescimento, etc. A imigração também foi um fator importantíssimo para a 
formação social e cultural da cidade; 
 
A categoria de espaço geográfico deve ter um tratamento didático que 
possibilite a interação dos alunos. Por um lado, a compreensão do espaço 
geográfico será trabalhada sempre que se estudar a paisagem, o território e 
o lugar; por outro, a questão da representação espacial, no contexto dos 
estudos, é um caminho importante para compreender a espacialidade dos 
fenômenos (ampliando a noção de espaço), para entender a função social 
da linguagem gráfica, bem como os processos histórico-sociais de sua 
construção (Brasil, 1998, p. 140). 
 
 
 - Ciências: o campo das ciências é muito complexo. Assuntos que integram a 
Botânica, qualidade da água, poluição do solo, coleta seletiva do lixo, por exemplo, 
podem ser abordados: 
 
 Hidrosfera – composição da água, os tipos de água, propriedade físico-
química da água e o seu ciclo na natureza; 
 Vida e Ambiente – observar a vegetação, plantas, fungos e animais; 
11 
 
 Tecnologia e Sociedade – misturas e processos de separação, reciclagem, 
coleta seletiva de lixo; 
 Questão do Meio Ambiente – trabalhar a conscientização da preservação do 
espaço onde se vive. Observar a quantidade de lixo que se encontra nas 
ruas, nas praças, nos parques e que só mostram a falta de comprometimento 
humano com a biodiversidade; um verdadeiro atentado à qualidade de vida 
atual e das futuras gerações. No caso do espaço estudado, o mais 
preocupante é o Rio Tietê. Nessa questão, os alunos poderão fazer uma 
análise da situação da água, os níveis de poluição, de onde vem a maior 
parte do lixo e esgoto que é lançado diariamente no rio e o que essas 
cidades fazem a respeito, o desequilíbrio ambiental que a poluição causa, 
quanto a economia do país perde por não aproveitar o rio com a navegação e 
a pesca; 
 
À medida que os ambientes possam ser compreendidos como um todo 
dinâmico, o estudo de qualquer aspecto ou problema particular poderá 
suscitar questionamentos e investigações acerca de outros. Conhecimentos 
de importância universal podem ser trabalhados pelo professor com seus 
alunos em diferentes abordagens. Entretanto, garantir estudos sobre o 
ambiente onde vive o aluno é um recurso essencial à cidadania (Brasil, 
1998, p. 67). 
 
 
 
 - História: associar os locais observados e posteriormente pesquisados, com 
fatos históricos marcantes: 
 
 História do Brasil Colônia – ao pesquisarem a fundação de Salto, os grupos 
logo perceberão as semelhanças dos acontecimentos ao estudo da 
colonização do Brasil. A presença dos índios Guaianazes (tupi-guarani) na 
região, a apropriação do sítio Cachoeira por carta de sesmarias pelo capitão 
Tavares, o bandeirantismo que repeliu ou aprisionou esses índios; 
 Revolução Industrial no Brasil – acontece no final do século XIX e início do 
século XX. A Brasital S/A foi formada com capital brasileiro e italiano, 
proporcionando uma enorme mudança na sociedade saltense. Cabe aqui 
relacionar a chegada das primeiras indústrias têxteis, os imigrantes italianos 
que primeiramente vieram para integrar as plantações de café, a chegada da 
ferrovia, os direitos trabalhistas; 
12 
 
 Era Glacial – como já relatado na disciplina de geografia, a cidade tem uma 
quantidade enorme de rochas sedimentares comprovando que São Paulo 
também foi coberto de gelo. Inclusive, Brasil (Salto) e Austrália são os únicos 
lugares do mundo que possuem uma espécie de granito róseo, chamado aqui 
de Moutonneé. 
 
O estudo do meio envolve uma metodologia de pesquisa e de organização 
de novos conhecimentos, que requer atividades anteriores à visita, 
levantamento de questões a serem investigadas, seleção de informações, 
observação de campo, confrontação entre os dados levantados e os 
conhecimentos já organizados por pesquisadores, interpretação, 
organização de dados e conclusões. Possibilita o reconhecimento da 
interdisciplinaridade e de que a apreensão do conhecimento histórico ocorre 
na relação que estabelece com outros conhecimentos físicos, biológicos, 
geográficos, artísticos (Brasil, 1998, p. 93). 
 
 
 Sequência e dinâmica das atividades 
 
Depois do tempo de absorção dos assuntos a serem observados, é hora de partir 
para os locais pré-determinados em sala de aula. É importante o bom 
aproveitamento do tempo pois será um único dia de visitação. Para uma boa 
dinâmica é interessante a distribuição de funções, estabelecer quem vai anotar as 
informações, ou fotografar, ou quem serão os observadores. 
Cada grupo deve ser acompanhado de um líder. Nesse caso poderão ser os três 
professores e um coordenador. Os grupos não ficarão todos juntos na mesma hora 
e lugar, cada um estará trabalhando num ponto diferente. Após o término do tempo 
proposto e pré-determinado em sala de aula, os grupos deverão realizar o rodízio. A 
importância do rodízio ajudará no desenvolvimento das atividades, evitando tumulto, 
e também que os integrantes observem a forma de trabalho uns dos outros. Tudo 
isso para que as ideias sejam distintas ou próximas, e posteriormente haja debate. 
Passado o dia da visita, o próximo passo será juntar todas as informações e 
processar o trabalho. Nesse ponto, a probabilidade de novas pesquisas será 
inevitável. A pesquisa inicial se fez necessário para uma abordagem de 
reconhecimento do trabalho proposto. A partir do dia posterior às atividades fora da 
escola, nos relatórios elaborados pelos alunos, constarão novas informações de 
tudo aquilo que foi observado e considerado relevante pelo grupo fazer parte do 
13 
 
conteúdo. Para isso, é sensato que haja mais atividades de pesquisa no 
cronograma pela complexidade e para atender não uma, mas três disciplinas. 
 
 
Não existe uma fórmula pronta para orientar todas as pesquisas: você terá 
de gastar algum tempo pesquisando e lendo, até descobrir onde está e para 
onde vai. Perderá tempo em situações sem saída, mas acabará aprendendo 
mais do que seu trabalho exige. No final, porém, o esforço extra irá 
compensar, não apenas porque você fará um bom relatório, mas também 
porque verá aumentada sua capacidade de lidar mais eficazmente com 
problemas novos (Booth, 2005, p. 34). 
 
 
 3.2.4 Tempo de duração do projeto e cronograma 
 
A previsão de conclusão das atividades é de 07 dias letivos obedecendo ao 
cronograma: 
 
1ª Semana: 
 
 Segunda-feira – apresentação da proposta de trabalho pelos professores de 
cada disciplina, exibindo o planejamento, a divisão dos grupos, os objetivos, 
as ideias, o cronograma e o mapeamento dos pontos a serem estudados; 
 
 Terça-feira – reunião dos integrantes do grupo em classe para levantamento 
das informações, conhecimentos prévios, fontes de pesquisa, planejamento; 
 
 Quarta-feira – dia da visita. 
 13:40 as 14:20 – sorteio dos temas de cada disciplina para os 4 
grupos, conforme relatado em “fase de execução” na página 08; 
 14:20 as 14:40 – discussão e planejamento dos grupos sobre os 
temas sorteados; 
 14:40 as 15:20 – os grupos partem, ao mesmo tempo, para os seus 
pontos de estudo e observação determinados no cronograma; após 40 
minutos de atividades será feito o 1ºrodízio; 
14 
 
 15:20 as 16:00 – realizado o rodízio. Os grupos devem estar em 
pontos diferentes conforme cronograma; após 40 minutos de 
atividades será feito o 2º rodízio; 
 16:00 as 16:40 – realizado o rodízio. Mais uma vez os grupos devem 
trocar os espaços conforme cronograma; após 40 minutos de 
atividades será feito o 3º rodízio; 
 16:40 as 17:20 – realizado o rodízio. A troca dos espaços é feita 
novamente pelos grupos; após 40 minutos de atividades será feito o 4º 
e último rodízio; 
 17:20 as 18:00 – Fim das atividades. 
 
 Obs: O tempo para deslocamento dos grupos nos rodízios leva em 
média 5 minutos. Sendo assim, o tempo de trabalho será de 35 minutos 
aproximadamente por local visitado. 
 
 Quinta-feira – os estudantes deverão se reunir, juntar todo o conteúdo 
coletado e realizar toda a montagem e processamento do projeto. É uma fase 
importantíssima do trabalho, pois exigirá muita atenção e trabalho em equipe 
nas divisões de tarefas; 
 Sexta-feira – nesse ponto, depois de ter todas as informações ordenadas, 
passa-se para a segunda etapa de pesquisas. É de se esperar que haja 
novas informações para pesquisa depois do que foi observado e relatado no 
ambiente externo, somando-se as pesquisas de conhecimento no início do 
projeto; 
 
 2ª Semana: 
 
 Segunda-feira – depois das pesquisas, os grupos terão mais um dia para 
finalizar o trabalho e programar a apresentação; 
 Terça-feira – apresentação dos grupos. Os estudantes terão a liberdade de 
montar a apresentação e utilizar os instrumentos que achem necessário para 
expô-lo da melhor maneira: uso de slides, montagem de murais ou painéis 
explicativos, etc. 
 
15 
 
 
4 AVALIAÇÃO 
 
 A avaliação será feita sobre o comportamento do aluno durante todo o projeto. O 
ponto principal de avaliação será sobre a sua participação, o quanto esse aluno se 
envolveu no projeto e colaborou para que este fosse cumprido. Apesar da nota final 
ser de todo o grupo, será feita a avaliação individual para detecção de possíveis 
dificuldades que o aluno possa apresentar, como a não assimilação de alguma parte 
do trabalho, a falta de envolvimento, dificuldade de comunicação com os demais 
alunos; e desta forma diagnosticar, inserir esse estudante o mais breve possível ao 
grupo e recuperar a sua autoestima. 
 
 4.1 RESULTADOS ESPERADOS 
 
 Espera-se dos alunos uma compreensão favorável dos assuntos estudados e dos 
objetivos específicos relacionados na página 05 deste trabalho. Mas, 
principalmente, que tenham entendido a verdadeira essência dessa mobilização 
educativa, assimilado o valor do conhecimento de suas origens, do seu espaço, da 
sua história. Que o aluno passe a encarar as responsabilidades com uma visão 
ampla, adquirindo habilidades para a resolução de problemas e sendo solidário com 
os que estão à sua volta, desenvolvendo a personalidade, a ética e o respeito. 
 Dessa forma, teremos propaladores dispostos a defender o seu espaço. 
Disseminar a consciência de preservação de seus recursos naturais cada vez mais 
devastados pela ação humana e cidadãos formadores de opinião. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Este projeto propõe o desenvolvimento cognitivo dos alunos sobre temas 
relacionados às disciplinas de História, Geografia e Ciências, buscando relações 
com locais sugestivos e convidativos à pesquisa. Através da técnica da observação, 
o aluno terá a oportunidade de pesquisar a relação pedagógica existente em um 
ambiente não escolar, ampliando a sua visão de mundo e construindo novos 
conceitos da realidade. Busca também a preparação do aluno para a resolução de 
16 
 
problemas, desenvolver capacidades de pesquisa e a se relacionar ativamente 
dentro de um grupo que também procura alcançar objetivos similares. 
Torna-se pertinente o estudo do seu próprio espaço, passando a entender a causa 
de várias questões que envolvem a sua cidade, sejam políticas, sociais, econômicas 
ou ambientais. Os Temas Transversais (Ética e Meio Ambiente) são inseridos aqui 
não como novas áreas pedagógicas, mas como uma atuação consciente na 
educação de valores e atitudes em todas as áreas (Brasil, 1997). Deve-se dar cada 
vez mais ênfase na questão ambiental em atividades escolares de base. A 
consciência de preservação e respeito com o meio começa no seu próprio espaço e 
deve ser ampliado com afinco para que criemos uma geração que realmente abrace 
uma causa que é de interesse universal. 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. 
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Impactos e desafios de uma nova urbanização. Curitiba: InterSaberes, 2016. 
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cidade.html e atual http://www.qualviagem.com.br/salto-menos-famosa-que-a-
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http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/visite-a-cidade-de-salto-e-
aprenda-tudo-sobre-o-rio-tiete/

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