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Exercício: CEL0239_EX_A10_201902581441_V3 15/03/2021 Aluno(a): SANDRA REGINA PEREIRA 2021.1 EAD Disciplina: CEL0239 - OFICINA LITERÁRIA 201902581441 1 Questão Leia o poema de Vinícius de Moraes: A rosa de Hiroxima Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas, oh, não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa, sem nada (Vinicius de Moraes. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998, p.381.) Com base no poema acima, assinale a única assertiva que poderia explicar o nome do poema e a comparação que é feita? Compara todos os excluídos com uma rosa sem perfume. Compara o cogumelo da explosão atômica com uma rosa aberta. Compara as crianças vítimas de abuso e o silêncio. Compara o álcool com a cirrose hepática. Compara meninas cegas com pessoas que não enxergam a realidade. Respondido em 15/03/2021 13:34:30 Gabarito Comentado 2 Questão Considere o poema, de Mauro Mota: Arte poética Elabora o poema como a fruta elabora os gomos, a fruta elabora o suco, a fruta elabora a casca, elabora a cor e sobre- tudo elabora a semente. Marque a alternativa que não corresponde a uma possível leitura do poema: A apresentação da teoria poética do autor é feita por meio de uma comparação entre o poeta, que faz o poema, e a fruta, que faz o fruto. A primeira palavra do poema já nos introduz a ideia clara de que o fazer poético é um trabalho. Nos dois últimos versos, cor e semente se referem apenas ao poema. No primeiro verso, o verbo elaborar está no imperativo e o sujeito, na segunda pessoa do singular, tu; isso mostra que o poema é dirigido a alguém, a quem o poeta expõe sua concepção de poesia. Em elaborar, está presente a noção de que arte poética é fruto de uma obra, de um trabalho cuja matéria-prima é a palavra. Respondido em 15/03/2021 13:36:22 Gabarito Comentado Gabarito Comentado 3 Questão Leia o poema Sentimento do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade, e responda o que se pede: Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo, mas estou cheio escravos, minhas lembranças escorrem e o corpo transige na confluência do amor. Quando me levantar, o céu estará morto e saqueado, eu mesmo estarei morto, morto meu desejo, morto o pântano sem acordes. Os camaradas não disseram que havia uma guerra e era necessário trazer fogo e alimento. Sinto-me disperso, anterior a fronteiras, humildemente vos peço que me perdoeis. Quando os corpos passarem, eu ficarei sozinho desfiando a recordação do sineiro, da viúva e do microcopista que habitavam a barraca e não foram encontrados ao amanhecer esse amanhecer mais noite que a noite. Acerca do poema seria inválido afirmar: Os versos da terceira estrofe, indica que apesar da ajuda incompleta dos companheiros de vida (Camaradas), o poeta não consegue decifrar os códigos existenciais e perde, humilde, desculpas. O poeta inicia o poema indicando suas limitações e impotência perante o mundo, nos versos, tenho apenas duas mãos/ e o sentimento do mundo. Sentimento do mundo pode ser entendido também como um poema sobre o próprio fazer literário (minhas lembranças escorrem), onde os poemas ("escravos") surgem como armas. O eu-lírico do poema, apesar de nos revelar que a realidade sempre nos espanta, visto que é dura e desafiante, faz um apelo para que se deixe de sonhar. O poeta revela, neste poema, uma visão de mundo extremamente pessimista, com um amanhecer mais noite que a noite. Respondido em 15/03/2021 13:37:42 4 Questão Os versos abaixo pertencem à canção Brigitte Bardot, do cantor e compositor Zeca Baleiro. a saudade é um trem de metrô subterrâneo obscuro escuro claro é um trem de metrô a saudade é prego parafuso quanto mais aperta tanto mais difícil arrancar a saudade é um filme sem cor que meu coração quer ver colorido. Podemos afirmar que: A letra de algumas canções são também poemas, como vemos em Brigitte Bardot, canção repleta de metáforas sobre a saudade. A relação entre poesia lírica e música é recente, remonta ao século XX. A poesia lírica nasceu identificada com a música, mas depois dissociou-se desta por completo. A poesia lírica foi substituída pela letra das canções no século XXI. Música e literatura não possuem relações entre si. Respondido em 15/03/2021 13:39:20 Explicação: Nem todas as letras de canções podem ser consideradas também poemas. No entanto, muitas delas têm qualidade literária e recursos de construção próprios da lírica, como é o caso dos versos de Brigitte Bardot. 5 Questão Leia atentamente a letra de canção A deusa da minha rua, composição de Jorge Faraj e Newton Teixeira, interpretada por Nelson Gonçalves, abaixo transcrita, e depois escolha a opção que contem uma afirmação incorreta. "A deusa da minha rua / Tem os olhos onde a lua / Costuma se embriagar / Nos seus olhos eu suponho / Que o sol, num dourado sonho / Vai claridade buscar. / Minha rua é sem graça / Mas quando por ela passa / Seu vulto que me seduz / A ruazinha modesta / É uma paisagem de festa / É uma cascata de luz. / Na rua uma poça d'água / Espelho da minha mágoa / Transporta o céu / Para o chão / Tal qual o chão de minha vida / A minh'alma comovida / O meu pobre coração. / Espelho da minha mágoa / Meus olhos / São poças d'água / Sonhando com seu olhar / Ela é tão rica e eu tão pobre / Eu sou plebeu / Ela é nobre / Não vale a pena sonhar." o eu lírico está consciente da impossibilidade da realização do amor e por isso sofre. o amor consegue superar todas as barreiras e convenções sociais. o amor encontra na diferença de classes sociais um obstáculo. a ruazinha modesta é o cenário do amor impossível e do sofrimento do eu lírico. a figura feminina aparece idealizada na letra da canção. Respondido em 15/03/2021 13:42:39 Explicação: A opção que contem uma afirmação incorreta é: o amor consegue superar todas as barreiras e convenções sociais. 6 Questão Na primeira estrofe da letra da canção Que país é esse? de Renato Russo encontramos os seguintes versos: "Nas favelas, no senado / Sujeira pra todo lado / Ninguém respeita a constituição / Mas todos acreditam no futuro da nação / Que país é esse? / Que país é esse? / Que país é esse? / Que país é esse?". O texto manifesta preocupação com a situação do país e uma visão crítica dos problemas enfrentados. Pode-se perceber a ironia com que o texto fala do futuro da nação, que se encontra ameaçado: pela falta de instrução do povo. pelo sectarismo político. pela corrupção generalizada. pela ideologia dominante. pelo fanatismo religioso. Respondido em 15/03/2021 13:43:38 Explicação: A resposta correta é: pela corrupção generalizada. 7 Questão Considere o poema de Gullar transcrito abaixo e marque a alternativa que não está em conformidade com o que diz o poema. Meu povo, meu poema Meu povo e meu poema crescem juntos como cresce no fruto a árvore nova. No povo meu poema vai nascendo como no canavial nasce verde o açúcar. No povo meu poema está maduro como o sol na garganta do futuro. Meu povo em meu poema se reflete como a espiga se funde em terra fértil. Ao povo seu poema aqui devolvo menos como quem canta do que planta. A segunda e a terceira estrofes apresentam um movimento, em que o povo agora é o próprio espaço onde rebenta o poema, é a própria terra nutriente que concebe e alimenta o broto. No título se anuncia o ritmo inicial de cada uma das cinco estrofes do texto, em cujo primeiro verso surge sempre o substantivo povo. Na primeira das cinco estrofes, povo e poema possuem crescimento simultâneo; sua forma de crescer é igual à da árvore que, em forma de semente, de vida potencial, repousa no interior do fruto. Partindo da palavra povo, o poema se constituirá a fim de retornar ao seu ponto de origem. A intenção do autor é clara: colocar a palavra povo no início de cada estrofe, com a mesma função sintática, ou seja, objeto indireto. Respondido em 15/03/2021 13:44:45 Gabarito Comentado 8 Questão Leia, abaixo, o poema de Carlos Drummond de Andrade e assinale a única alternativa que reflete o sentimento do Eu lírico. Os Inocentes do Leblon Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar. Trouxe bailarinas? trouxe imigrantes? trouxe um grama de rádio? Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem. (Carlos Drummond de Andrade - http://drummond.memoriaviva.com.br/alguma-poesia/inocentes-do-leblon/) Crítica ao contrabando Crítica ao tráfico de mulheres Crítica à elite Crítica ao tráfico Crítica à censura
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