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FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO (RESUMO DA 13ª ED. DO GUYTON) ( DIFERENÇAS COM O S. R. F.: Não há ciclicidade; Não existe andropausa. )FUNÇÕES REPRODUTIVAS E HORMONAIS MASCULINAS Funções Reprodutoras: · Espermatogênese; · Desempenho do ato sexual masculino; · Regulação das funções reprodutoras por meio dos hormônios; · Características sexuais. ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO ( Estão fora da cavidade abdominal – relacionado à temperatura ótima da espermatogênese. ) · Pênis – órgão de cópula; · 2 corpos cavernosos. · Testículo – produção de espermatozóides; · COMPOSIÇÃO: · Túbulos Seminíferos – produção do espermatozóide; · Rede Testicular – condução do espermatozóide; · Ductos Eferentes – condução do espermatozóide; · Epidídimo – armazenamento e amadurecimentos dos espermatozóides; · Ficam inativos, viáveis por até um mês; · Ainda não possuem capacidade de motilidade. · Ducto Deferente – condução do espermatozóide para a uretra. · CÉLULAS: · Células de Leydig: · Produz testosterona a partir do colesterol; · Inibe produção de FSH e LH. · É estimulada pelo LH; · Promove a conversão de androstenediona em testosterona. · Células de Sertoli: · Suporte estrutural ao epitélio testicular; · Promove barreira hematotesticular; · Separação dos estágios de desenvolvimento da célula germinativa masculina. · É estimulada pelo FSH; · Produz proteína de ligação de andrógeno (ABP); · Mantém a testosterona por perto. · Possui a enzima aromatase; · Converte andrógeno em estrógeno. · Responsável pela redução do citoplasma do espermatozóide; · Produz hormônios antimulleriano; · Regride ductos mullerianos; · Induz desenvolvimento da gônada masculina. · Produz inibina. · Inibe produção de FSH. · Glândulas Acessórias – composição do sêmen; · Uretra – condução do sêmen para a genitália feminina. ESPERMATOGÊNESE · CGP migram em direção a gônada em desenvolvimento; · Sofrem diversas divisões mitóticas e se transformam em espermatogônias (2n = 46); · Situadas próximas à membrana basal dos túbulos seminíferos, entre as células de Sertoli. · Na puberdade, sob ação dos hormônios gonadotrópicos, essas espermatogônias vão sofrer mitose, crescendo e alargando, formando o espermatócito primário (2n = 46); · Perpassa a barreira hematotesticular. · Esse espermatócito primário, por sua vez, vai sofrer o processo de meiose I, formando dois espermatócitos secundários (2n = 46); · Esses espermatócito secundário sofre meiose II, formando duas espermátides (n = 23); · As espermátides sofrem um processo de diferenciação denominado espermiogênese, formando, então os espermatozóides maduros (n = 23); · ESPERMIOGÊNSE: · Formação do flagelo por estruturas microtubulares; · Redução do tamanho do núcleo e condensação da cromatina; · Formação do acrossomo, formado pelo complexo de Golgi. · Situadas próximas à membrana apical dos túbulos seminíferos, entre as células de Sertoli. · Todo o período de transformação de espermatogônia a espermatozóide leva cerca de 74 dias. O ESPERMATOZÓIDE · Cabeça – núcleo condensado e presença do acrossoma; · Cauda – presença de mitocôndrias e microtúbulos. FATORES HORMONAIS QUE ESTIMULAM A ESPERMATOGÊNESE · GnRH · ( APÓS OS 50 ANOS: Declínio na produção dos espermatozóides; Redução de sensibilidade das células de Leydig ao LH. )Estimula adenohipófise; · Promove a divisão precoce das espermatogônias; · Controla funções metabólicas basais. · LH · Secretado pela adenohipófise; · Estimula as células de Leydig a secretar testosterona. · FSH · Secretado pela adenohipófise; · Estimula as células de Sertoli, que influenciam na espermiogênese. · TESTOSTERONA · Secretada pelas células de Leydig; · Essencial para crescimento e divisão das células germinativas; · Induz produção de estrógeno sob estímulo de FSH, influencia na espermiogênese. MATURAÇÃO DO ESPERMATOZÓIDE Espermiação – processo pelo qual há a remoção do excesso de citoplasma, convertendo a espermátide em espermatozóide. Estocagem do Espermatozóide nos Testículos · Cerca de 120 milhões de espermatozóides são produzidos por dia, em humano adulto; · É importante lembrar que nesse momento os espermatozóides ainda não possuem grande motilidade; · Eles são, em sua maioria, armazenados no epidídimo e podem continuar viáveis por pelo menos um mês; · Após passar até 24h no epidídimo, os espermatozóides adquirem capacidade de mobilidade reduzida, uma vez que há muitas proteínas inibitórias no líquido epididimário; · O espermatozóide leva muitos dias para passar pelo túbulo do epidídimo; · Após a ejaculação, o espermatozóide passa por um processo de maturação. · Células de Sertoli e Epitélio Epididimário secretam líquido nutriente; · Esse líquido contém hormônios (testosterona e estrógeno), enzimas e nutrientes especiais (frutose). Fisiologia do espermatozóide maduro · Espermatozóides maduros são capazes de realizar movimentos flagelares; · Velocidade de 1 a 4 mm/min; · Possuem velocidade aumentada em meio neutro ou ligeiramente alcalino (básico); · Um meio muito ácido pode provocar a morte do espermatozóide; · Possuem atividade e metabolismo aumentados com a elevação da temperatura. · Possuem um longo período de vida (até 1 mês) quando reprimido nos ductos genitais masculinos; · Uma vez ejaculados, no trato genital feminino, eles sobrevivem por cerca de 1 a 2 dias. FUNÇÕES DA VESÍCULA SEMINAL (60% - ASPECTO DE MUCO) · Produz material mucoso rico em: · Frutose (nutrição); · Ácido cítrico (nutrição); · Outras substâncias (nutrição); · Protaglandinas (auxilia na fertilização); · Reage com o muco cervical feminino, tornando-o mais receptivo aos espermatozóides; · Induzindo contrações peristálticas no útero e nas tubas uterinas, movendo os espermatozóides em direção ao ovócito secundário. · Fibrinogênio (reage com uma enzima prostática). · Esse muco aumenta consideravelmente o volume do sêmen. FUNÇÕES DA PRÓSTATA (30% - ASPECTO LEITOSO) · Produz líquido ralo e leitoso com pH alcalino; · Aumenta mobilidade e fertilização do espermatozóide; · Faz com que o pH do sêmen atinja valores próximos de 7. · Esse líquido é rico em: · Cálcio; · Citrato; · Fosfato; · Enzima de coagulação (vai reagir com o fibrinogênio liberado pela vesícula seminal); · Pró-fibrinolisina. FUNÇÃO DA GLÂNDULA BULBOURETRAL · Produz líquido que lubrifica e limpa a uretra. O SÊMEN Composição: · Espermatozóides e líquido do canal deferente (10%); · Líquido Prostático (30%); · Aparência leitosa. · Líquido das Vesículas Seminais (60%); · Aspecto de muco. · Líquido das Glândulas Bulbouretrais. · Aspecto de muco. Observações: · A reação da enzima de coagulação (próstata) com o fibrinogênio (vesícula seminal) forma um coágulo fraco de fibrina, fazendo com o sêmen aderir às regiões mais profundas da vagina (colo uterino); · A pró-fibrinolisina (próstata) forma a fibrinolisina que é responsável por romper o coágulo de fibrina; · Uma vez que esse coágulo é dissolvido o espermatozóide fica muito move. O PROCESSO DE FERTILIZAÇÃO DO OVÓCITO SECUNDÁRIO · Quando os espermatozóides são ejaculados no trato genital feminino, eles ainda não estão aptos a fertilizar o ovócito; · Para que ocorra a fertilização é preciso que ocorra 3 etapas: 1. Processo de Capacitação: · Fluidos da vagina e do útero entram em contato com os espermatozóides. · Eliminar os fatores inibitórios provenientes do sêmen; · Deteriorizar a camada de glicoproteína (colesterol) que recobre o acrossomo; · Fusão da membrana acrossômica com a membrana do espermatozóide; · A membrana do espermatozóide fica mais sensível aos íons cálcio (presente no líquido prostático); · Cálcio penetra o espermatozóide. · Altera atividade flagelar; · Permite liberação das enzimas proteolíticas do acrossoma (Reação Acrossomica). 2. Reação Acrossomica: · Liberação de enzimas; · Hialuronidase – degenera células da coroa radiada; · Acrosina – reconhecida pela ZP3 da zona pelúcida. · Espermatozóide em contato com a zona pelúcida do ovócito secundário; · Reconhecimento da acrosina, liberada pelo acrossoma dos espermatozóides, pela proteína ZP3; · Espermatozóideperpassa a zona pelúcida; · Fusão das membranas do espermatozóide e do ovócito secundário. · Todo o material genético do espermatozóide vai adeentrar o citoplasma do ovócito; · Indução da finalização da meiose II do ovócito; · Duplicação dos cromossomos masculinos e femininos. · Combinação do material genético (FECUNDAÇÃO). · Reação da Zona. 3. Reação da Zona: · Uma vez que um espermatozóide perpassa pela zona pelúcida ocorre: · Proteínas ZP e ZP2 provocam uma alteração conformacional da proteína ZP3; · A ZP3 não reconhece mais a acrosina de nenhum outro espermatozóide. · Íons Cálcio (provenientes do líquido prostático do sêmen) se difundem pela membrana do ovócito. · Liberação, por exocitose, de grânulos corticais do oócito para o espaço perivitelínico. · Grânulos permeiam toda a zona pelúcida e impede ligação da acrosina com a ZP3. · Não permite a passagem de nenhum outro espermatozóide. OBS.: TEM MAIS ALGUMAS COISINHAS EXTRAS PRA LER NO LIVRO O ATO SEXUAL MASCULINO ESTÍMULO NEURONAL PARA O DESEMPENHO DO ATO MASCULINO · Glande do pênis possui órgãos sensoriais que transmite a sensação sexual para o SNC; · Outras regiões adjacentes ao pênis também podem enviar impulsos de sensação sexual para o SNC; · Epitélio anal, saco escrotal, estruturas perianais; · Áreas da uretra, bexiga, vesícula seminal e próstata. · Transmissão do impulso sexual: · ESTÍMULO → SENSÇÃO SEXUAL → NERVO PUDENDO → PLEXO SACRAL → MEDULA ESPINHAL → SNC Elemento Psíquico do Estimulo Sexual Masculino: estímulos psíquicos podem aumentar, ou diminuir, a capacidade de realização do ato sexual. Integração do Ato Sexual Masculino na Medula Espinal: apesar do estímulo psíquico ter influência no estimulo sexual ele, nem sempre, é necessário. O ato sexual masculino resulta de mecanismos inerentes, integrados a medula espinal sacral e lombar, portanto, a estimulação sexual real do órgão sexual já é suficiente para o ato sexual. ESTÁGIOS DO ATO SEXUAL MASCULINO Ereção Peniana – é causada por estímulo parassimpático e é proporcional ao grau de estimulação, seja físico ou psíquico. · IMPULSOS PARASSIMPÁTICOS → REGIÃO SACRAL DA MEDULA → NERVOS PÉLVICOS → PÊNIS; · FIBRAS PARASSIMPÁTICAS LIBERAM: · ÓXIDO NÍTRICO (NO) - Ativação da enzima guanilil ciclase; · Formação do GMPc (monofosfato cíclico de guanosina) · Redução do cálcio intracelular provoca relaxamento das artérias do pênis e das malhas trabeculares das fibras de musculatura lisa. · Aumenta fluxo sanguíneo peniano, provocando liberação de óxido nítrico e vasodilatação. · Provoca enchimento do tecido erétil do pênis, fazendo com o que o pênis fique duro e alongado. · Oclusão das veias penianas. · PEPTÍDEO INSTETINAL VASOATIVO; · ACETILCOLINA – estimula liberação de óxido nítrico e promove contração muscular. Lubrificação – é causada por estímulo parassimpático em que há a indução da secreção mucosa das glândulas acessórias. · A lubrificação é de extrema importância para o ato sexual satisfatório; · A maior parte da lubrificação sexual é realizada por órgãos sexuais femininos. Emissão – é provocada por estímulos simpáticos e consiste o processo pelo qual há “formação” do sêmen e a condução do sêmen para a uretra. · Estímulo sexual intenso → Centro reflexo da medula emitindo impulsos simpáticos; · IMPULSOS SIMPÁTICOS (medula) → PLEXOS NEROSOS SIMPÁTICOS (hipogástricos e pélvicos) → ÓRGÃO GENITAL; · IMPULSOS SIMPÁTICOS (órgão genital): · Contração do canal deferente → expulsão dos espermatozóides; · Contração prostática e da vesícula seminal → liberação de líquidos → forçam espermatozóides para frente; · SÊMEN chega a uretra interna → início do processo de EJACULAÇÃO. Ejaculação – é provocada por estímulos simpáticos e consiste na expulsão do sêmen para a genitália feminina. · Uretra interna preenchida por sêmen provoca sinais sensoriais; · SINAIS SENSORIAIS → NERVOS PUDENDOS → REGIÃO SACRAL DA MEDULA → SNC (sensação de plenitude) · Contrações rítmicas dos órgãos genitais internos; · Contrações dos músculos isquiocavernoso e bulbocavernoso; · Comprime tecido erétil peniano. · Aumenta pressão do tecido erétil, dos ductos genitais e da uretra. · Expulsão do sêmen. · Ao mesmo tempo: contração dos músculos pélvicos e do tronco, provocando propulsão do tronco e do pênis, de forma que o sêmen encontre recessos profundos da vagina. Resolução – ocorre após cerca de 2 min do orgasmo masculino (emissão + ejaculação), consiste o desaparecimento da ereção peniana. HORMÔNIOS SEXUAIS MASCULINOS SECREÇÃO, METABOLISMO E QUÍMICA DOS HORMÔNIOS SEXUAIS MASCULINOS · Os testículos secretam andrógenos; · Testosterona; · A maior parte é convertida em di-hidrotestosterona (hormônio ativo); · É transportada no sangue ligada à albumina plasmática ou à betaglobulina; · É transferida para os tecidos ou é degradada. · DEGRADAÇÃO: testosterona → androsterona ou desidroepiandrosterona → glicuronideos ou sulfatos → excretados pela bile ou urina. · Di-hidrotestosterona; · Androstenediona. · As células de Leydig secretam a testosterona; · Essas células são praticamente inexistentes durante a infância; · São numerosas no RN e na vida adulta. · Os andrógenos são compostos esteróides. · Podem ser produzidos a partir do colesterol ou da acetil coenzima A. FUNÇÕES DA TESTOSTERONA · Responsável pelas características que diferenciam o corpo masculino; · É secretada no período embrionário pelas células de Leydig sob estímulo do B-HCG; · Produzida a partir da 7ª semana; · Cromossomo Y possui fator SRY; · SRY faz com que a células da crista genital se diferenciem em células de Leydig; · SRY também promove a formação dos testículos; · Testosterona promove o desenvolvimento da genitália masculina e dos órgãos sexuais masculinos; · Testosterona promove a descida dos testículos para o saco escrotal. · É secretada na puberdade pelas células de Leydig sob estímulo do GnRh; · Testosterona induz crescimento de pêlos; · Testosterona provoca o aumento do órgão masculino; · Testosterona pode provocar calvície devido à herança genética e a sobreposição do excesso de produção de hormônios androgênicos; · Testosterona provoca hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe; · Testosterona provoca o aumento de glândulas sebáceas e aumenta a espessura da pele; · Testosterona é responsável pela função erétil e pela libido; · Testosterona provoca aumento do volume de sangue e líquido extracelular; · Aumenta reabsorção de sódio nos túbulos distais renais. · Testosterona possui efeito de anabolismo protéico. · Desenvolvimento da massa muscular; · Aumenta a matriz óssea e induz a retenção de cálcio; · Pois é convertida em estrógeno pela aromatase. · Sensibilidade à insulina; · Aumenta HDL e reduz LDL. · Aumenta a taxa metabólica basal. · Aumento na quantidade de hemácias. · Controla níveis de LH e FSH por feedback negativo ao hipotálamo. MECANISMO INTRACELULAR BÁSICO DE AÇÃO DA TESTOSTERONA · Uma vez que a testosterona chegar ao tecido ela se transforma em di-hidrotestosterona; · Influência da enzima 5a-redutase; · Liga-se a proteína receptora citoplasmática. · Complexo chega ao núcleo da célula, se liga a uma proteína e induz transcrição de DNA em RNA; · Ativação da RNA polimerase e produção de proteínas celulares. CONTROLE DAS FUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS PELOS HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS E DA HIPÓFISE ANTERIOR · A maior parte do controle das funções sexuais começa pela secreção de GnRH, pelo hipotálamo; · O GnRH é secretado de forma pulsátil; · A intensidade do estímulo hormonal vai depender de: · Freqüência dos ciclos de secreção; · Quantidade GnRH liberada em cada ciclo. · O GnRH estimula a adenohipófise, fazendo com que essa secrete os hormônios gonadotrópicos LH e FSH; · LH → estimula secreção de testosterona pelas células de Leydig; · Secretado de forma cíclica, seguindo padrão pulsátil de GnRH. · É regulado, por feedeback negativo, pelos níveis de testosterona. · FSH → estimula espermatogênese. · Aumenta e diminui ligeiramente com flutuações de GnRH. · É regulado pela produção de espermatozóides (espermatogênese), por meio da inibinasecretada pelas células de Sertoli. · Importante lembrar que só há espermatogênese na presença de FSH e testosterona. OBS.: TEM MAIS COISA PRA LER NO LIVRO 11 FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO (RESUMO DA 13ª ED. DO GUYTON) FISIOLOGIA FEMININA ANTES DA GRAVIDEZ E HORMÔNIOS FEMININOS Funções reprodutivas femininas: 1. Preparação para concepção e gravidez; 2. Gestação. ANATOMIA FISIOLÓGICA DOS ÓRGÃOS SEXUAIS FEMININOS · Genitália Externa; · Vagina; · Útero – local de abrigo do embrião; · Cérvice ou Colo; · Corpo; · Fundo; · Tubas Uterinas; · DIVISÃO ANATÔMICA: · Istmo – local de fecundação e armazenamento dos espermatozóides; · Ampola; · Infundíbulo; · Fímbrias – captação do oócito secundário. · DIVISÃO HISTOLÓGICA: · Endossalpinge – presença de células ciliadas e secretoras; · Miossalpinge – aumento do tônus; · Perissampilge. · Ovários – produção e amadurecimento dos gametas femininos. OOGÊNESE E DESENVOLVIMENTO FOLICULAR NOS OVÁRIOS · Inicia-se no período embrionário; · CGP migra para a gônada em desenvolvimento e sofre diversas ações mitóticas; · CGP migram para o córtex ovariano, aonde vai se transformar em oogônia; · Oogônia sofre diversas ações mitóticas, se transformando em oócito primário; · Esse oócito primário entra em meiose, porém fica paralisa na prófase I; · CGP → Oogônia → Folículo Primordial (Oócito Primário + Células Foliculares Achatadas) · Células Foliculares Achatadas ou Células da Granulosa – provenientes do estroma ovariano - produzem Inibidor da Meiose Ovariana (IMO). · Quando a menina nasce, seu ovário contém cerca de 2 milhões de folículos primordiais; · Reserva de oócitos. · A continuação da meiose I se dá apenas na puberdade, sob ação do hormônio GnRH, produzido pelo hipotálamo; · Na puberdade permanecem apenas 300 mil oócitos, dos quais apenas alguns se desenvolvem; · Os folículos que não se desenvolverem se tornarão atrésicos. SISTEMA HORMONAL FEMININO, CICLO OVARIANO E FUNÇÃO DOS HORMÔNIOS GONADOTRÓPICOS · PERÍODO EMBRIONÁRIO: · CGP → Oogônia → Folículo Primordial (Oócito Primário + Células Foliculares Achatadas) · NA PUBERDADE: GnRH estimula a adenohipófise a produzir os hormônios gonadotrópicos FSH e LH; · FSH → estimula desenvolvimento folicular; · Reconhecido pelas células foliculares do folículo primordial; · Células foliculares se desenvolvem; · Induzem produção de glicoproteína (zona pelúcida) pela membrana do oócito; · Induzem a formação das tecas (teca folicular); · Teca Externa → TCF · Teca Interna → possui células secretórias → produz testosterona sob estímulo do LH · Produzem enzima aromatase; · Transforma testosterona em estrógeno. · Folículo Primordial (recoberto por células achatadas) → Folículo Primário (recoberto por células cubóides). · ESTRÓGENO → formação da camada funcional do endométrio + desenvolvimento do folículo de Graaf + pico de LH · Ativa os receptores de FSH presentes nas células da granulosa; · Estrógeno induz a formação da camada funcional do endométrio. · Camada Funcional possui vasos sanguíneos e glândulas que produzem muco rico em mucina e glicogênio. · Estrógeno induz a produção de fluido entre as células da granulosa, formando, então o antro; · Folículo Primário → Folículo Antral ou Vesicular Maduro ou de Graaf · Em combinação com o FSH promove a ativação de receptores de LH; · Aumenta produção de LH. · A grande produção de estrógeno induz o pico de LH. · LH → cessa produção do IMO + induz formação do estigma ovariano + provoca secreção de progesterona (cerca do 14º dia) · Cessa produção de IMO → completa a meiose I · Folículo Antral (oócito primário, recoberto por células da granulosa, com presença do espaço antral, recoberto pelas tecas)→ Oócito secundário + Corpo Polar · Estigma ovariano é acariciado pelas fímbrias, induzindo a rotura folicular (OOCITAÇÃO); · Produção de progesterona pelas tecas; · Teca interna → libera enzimas proteolíticas que degeneração do estigma e enfraquecimento da parede folicular; · Tecas → secreção de prostaglandinas (vasodilatação); · Transudação do plasma para o folículo → dilatação + degeneração do estigma → rotura folicular · Liberação do oócito secundário, que vai para terço distal da tuba uterina; · Formação do corpo lúteo, que permanece no ovário; 1. Proliferação; 2. Aumento; 3. Secreção; 4. Degeneração. · CORPO LÚTEO = TECA EXTERNA + TECA INTERNA + CÉLULAS DA GRANULOSA · Produz inibina, que inibe a produção de FSH; · Quando há sua involução, retorna a produção normal de FSH e LH. · Teca interna → produz progesterona; · Mantém a camada funcional do endométrio. · Células foliculares → produzem pequena quantidade de estrógeno. · É mantido pela B-HCG, quando há fecundação; · Oócito secundário termina a meiose II no momento de fusão das membranas do espermatozóide e do oócito; · Formação do zigoto. · ZIGOTO → MÓRULA → BLASTOCISTO · O citotrofoblasto, parte do blastocisto, produz o B-HCG. · Na ausência de fecundação ele involui, dentro de 14 dias, formando o corpo albicans. · Interrompe a produção de progesterona; · Inibe produção de FSH e LH. · Estimula liberação do GnRH (reinicia o ciclo). · Necrose da camada funcional do endométrio (MENSTRUAÇÃO). FUNÇÕES HORMONAIS OVARIANAS – ESTRADIOL E PROGESTERONA · ESTRÓGENO → promove proliferação e desenvolvimento de células específicas, além de ser responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundarias femininas. · b-estradiol → secretado pelos ovários; · Principal e mais potente estrogênio. · estrona → secretada pelos tecidos periféricos (córtex da adrenal + teca ovariana); · Secretada em pequenas quantidades pelos ovários. · estriol → produto da metabolização dos outros dois pelo fígado. · OBS.: na gestação, a placenta produz grande quantidade de estrógeno. · PROGESTERONA → prepara útero para gravidez e mamas para lactação. · Produzida pelo corpo lúteo na segunda metade do ciclo ovariano; · Produzida em grandes quantidades pela placenta durante a gestação. · A produção de ambos os hormônios se dá por derivação do colesterol. · CÉLULAS DA TECA → produzem andrógenos a partir do colesterol. · CÉLULAS DA GRANULOSA → produzem progesterona a partir do colesterol e, também, transformam os andrógenos em estrógenos por meio da enzima aromatase. FUNÇÃO DOS ESTROGENOS – SEUS EFEITOS NAS CARACTERISTICAS SEXUAIS FEMININAS PRIMARIAS E SECUNDÁRIAS · Causar proliferação celular e crescimento de tecidos relacionados com a reprodução; · Promovem o aumento dos órgãos sexuais como tubas, útero e vagina; · Promove deposito de gordura no monte pubiano e nos lábios genitais; · Altera o epitélio vaginal de cubóide para estratificado; · Maior resistência a traumas e infecções. · Promove alterações no endométrio uterino sob influencia do estrógeno; · Formação da camada funcional do endométrio; · Proliferação do estroma e desenvolvimento das glândulas. · Promovem o aumento do numero de células ciliares na tuba e intensifica o movimento dessas células; · Promove o desenvolvimento da mama e do aparato produtor de leite; · Desenvolvimento dos tecidos estromais; · Crescimento do sistema de ductos; · Depósito de gordura nas mamas. · Inibe a atividade osteoclástica nos ossos e, por isso, estimula tanto o crescimento ósseo, quanto a união das epífises; · PROBLEMA PÓS MENOPAUSA – OSTEOPOROSE · Nenhum estrógeno secretado leva a uma maior atividade osteoclastica; · CONSEQUENCIA: Diminuição da matriz óssea e da deposição de cálcio e fosfatos ósseos. · Promove aumento ligeiro de depósito de proteínas; · Aumenta o metabolismo corporal e o deposito de gordura (mamas, monte pubiano, tec. Subcutâneo, glúteos e coxas); · Promove a vascularização mais acentuada da pele e, também, dá a textura macia e lisa; · Promove maior retenção de sódio e água nos túbulos renais (altera equilíbrio eletrolítico). FUNÇÕES DA PROGESTERONA · Promove alterações secretoras no endométrio uterino; · Prepara o utero para implantação. · Diminui a freqüência e intensidade das contrações uterinas; · Impedir expulsão do óvulo implantado. · Aumenta secreção de muco pelas tubas uterinas;· Nutrição do ovócito secundário – parado em metáfase II; · Promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas; · Proliferação e crescimento alveolar; · Provoca inchaço das mamas – acumulo de líquido. OBS.: hormônios esteróides NÃO transportam livremente no sangue, mas ligados à albumina. CICLO ENDOMETRIAL MENSAL E MENSTRUAÇÃO O endométrio passa por 3 fases distintas sob ação dos hormônios gonadotróficos e ovarianos: 1. FASE PROLIFERATIVA OU FASE ESTROGÊNICA – fase folicular · Ocorre antes da oocitação e depois da menstruação; · Descamação do epitélio endometrial; · Apenas camada basal do endométrio. · Sob influencia do estrógeno produzido pelo ovário há a proliferação das células endometriais (4 a 7 dias); · Teca Interna sob influencia do LH produz andrógeno; · Androgeno convertido em estrógeno pela aromatase das células da granulosa. · O endométrio fica bem espesso; · 3 a 5 mm de espessura; · Crescimento progressivo de glândulas e vasos. · MUCO CERVICAL: abundante, fluido, alcalino, com grande capacidade de elasticidade e com cristalização arboriforme. · Formam canais que se alinham para guiar o espermatozóide da vagina ao útero. 2. FASE SECRETORA OU FASE PROGESTACIONAL – fase lútea · Ocorre após a oocitação e antes da menstruação; · Sob influencia dos hormônios produzidos pelo corpo lúteo, o endométrio se prepara para a implantação do embrião; · Progesterona → inchaço e desenvolvimento secretor, manutenção do endométrio funcional, prover nutrição ao embrião; · Glândulas aumentadas, com excesso de substâncias secretoras; · MUCO CERVICAL: grosso, sem filância, escasso, espesso, ácido e sem cristalização. · Ambiente hostil aos espermatozóides. · Grande depósito de glicogênio e lipídeo nas células estromais; · Aumento do fornecimento sanguíneo. · Estrógeno → proliferação celular no endométrio. 3. FASE DE DESCAMAÇÃO OU MENSTRUAÇÃO · Ocorre após a oocitação, quando não há fecundação; · Ocorre devido à involução do corpo lúteo e, conseqüentemente, da redução de secreção de progesterona e estrógeno; · Ausência de estrógeno → redução da estimulação endometrial; · Involução de glândulas e vasos. · Ausência de progesterona → não há manutenção da camada funcional do endométrio. · Ocorre a necrose tecidual do endométrio, que concomitantemente a secreção de prostaglandinas (contração e vasoconstricção), provocam a menstruação. · 48h após surgir a menstruação todo o endométrio já foi descamado; · Aproximadamente 40mL de sangue + 35mL de liquido seroso são eliminados em uma menstruação normal; · Há a liberação de leucócitos em grande quantidade; · Efeito protetor, útero resistente a infecções. · Também é liberado fibrinolisina, que impede a coagulação sanguínea; · Se isso ocorrer é devido a um fluxo muito intenso ou doença uterina. · A menstruação dura cerca de 4 a 7 dias. · Tempo suficiente para reconstituição da camada funcional do epitélio endometrial. REGULAÇÃO DO RITMO MENSAL FEMININO – INTERAÇÃO ENTRE OS HORMÔNIOS OVARIANOS E HIPOTALÂMICO-HIPOFISÁRIOS · O Hipotálamo secreta GnRH de forma pulsátil, estimulando a adenohipófise de forma pulsátil; · Pulsos a cada 1 ou 2h, com duração de 5 a 25min; · Se disponível o tempo todo perde a capacidade de liberar FSH ou LH; · Induz a liberação de LH a cada 90 min. · O Hipotálamo é estimulado pelo sistema límbico e, também, controla grande parte da atividade sexual feminina; · Por este motivo fatores psíquicos influenciam tanto a função sexual feminina. · O estrógeno tem capacidade de inibir a produção de LH e FSH e, também, de reduzir a produção de GnRH; · A inibina, secretada pelas células da granulosa do corpo lúteo, tem capacidade de reduzir a secreção de FSH e LH; · O estrógeno e a progesterona têm efeito positivo sobre a adenohipofise, induzindo o pico de LH; · A secreção pós ovulatória dos hormônios ovarianos provoca depressão dos níveis de FSH, LH e até mesmo GnRH, cerca de 3-4 dias antes da menstruação; · 2-3 dias antes da menstruação à regressão do corpo lúteo; · Havendo, então, redução estrógeno e progesterona; · Provocando efeito positivo sobre a adenohipofise, que volta a secretar FSH e LH; · Há proliferação de novos folículos e produção de estrógeno; · Provoca queda de FSH e LH; · Alta concentração de estrógeno provoca secreção de pico de LH, e em menor concentração de FSH. · Pico de LH provoca a oocitação e a formação do corpo lúteo. · Reinicio do ciclo. CICLOS ANOVULATORIOS – CICLOS SEXUAIS NA PUBERDADE Produção insuficiente de LH → Não há oocitação (ciclo anovulatóio) → não há produção de progesterona → ciclo encurtado por vários dias, porém com ritmo continuo. PUBERDADE E MENARCA · O hipotálamo não secreta quantidades significativas de GnRH durante a infância; · POSSIBILIDADE: imaturidade do sistema límbico. · Durante a puberdade há a produção significativa GnRH, que estimula a adenohipófise que, por sua vez, vai secretar os hormônios gonadotróficos que vão estimular o desenvolvimento dos gametas. · Ocorrência da menarca – primeira menstruação. CLIMATÉRIO E MENOPAUSA · O climatério é caracterizado pela redução progressiva da atividade gonadal da mulher; · Esgotamento da reserva folicular; · Ao longo da vida reprodutiva (menacme) da mulher, há a liberação de cerca de 400 ovócitos, os restantes se tornam atrésicos. · Com a redução da atividade gonadal feminina, há também a queda da produção de estrógenos e progesterona; · SINTOMAS: 1. Fogachos; 2. Sensação de dispnéia; 3. Irritabilidade; 4. Fadiga; 5. Ansiedade; 6. Redução da calcificação óssea. · TRATAMENTO: Reposição hormonal com estrógeno. · PRECOCE: reduz risco de desenvolver doença cardiovascular; · TARDIO: aumenta risco de desenvolver doença cardiovascular. · A redução dos hormônios gonadais impede o feedback negativo da produção de FSH e LH. · Não há produção de inibina (células do foliculo); · FSH e LH são encontrados elevados nessa época (menopausa), porém não atuam mais nos folículos, uma vez que estão atrésicos. O ATO SEXUAL FEMININO ESTÁ INCOMPLETO. · Inervação da parede Vaginas pelo Nervo Pudendo; · Clitóris (semelhante ao pênis). 12
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