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Aula 1 Processo civil IV com TEORIA anotações e Caso Concreto respondido

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV - CCJ0038
Semana Aula: 1
PROCESSO DE EXECUÇÃO. DISPOSIÇÕES GERAIS PARA O CUMPRIMENTO DA SENTENÇA OU PARA A EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL.
Tema
Conceito de execução e sua distinção com o processo ou fase de conhecimento. Características da execução. Princípios. Breves considerações sobre as espécies/procedimentos de execução.
Estrutura de Conteúdo
1. Conceito de execução, em caráter autônomo ou como etapa de cumprimento.
2. Características da execução e sua distinção com o processo ou fase de conhecimento.
3. Princípios que norteiam a execução. 
4. Breves considerações sobre as espécies/procedimentos de execução.
Indicação de Leitura Específica
ARAÚJO, Luís Carlos de, MELLO, Cleyson de Moraes (Orgs). Curso do  Novo Processo Civil. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2015.
HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Novo Código de Processo Civil ? Comparado e Anotado. 1ª Ed. Niterói: Impetus, 2015.
Aplicação: articulação teoria e prática
1a Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
Questão nº 2. (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV)
Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas. 
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções. 
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo. 
d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo. 
Considerações Adicionais
1 – Conceito.
A execução é atividade processual voltada para transformação da realidade prática, por meio de atos processuais destinados a transformar em realidade prática aquele direito, satisfazendo o seu titular.Pode também trazer o resultado prático ou um equivalente, do que produziria se o direito tivesse sido realizado voluntariamente pelo sujeito passivo da relação jurídica obrigacional.
1.1 -Execução autônoma e fase de cumprimento de sentença.
A execução quando fundada em título executivo judicial segue o procedimento denominado de “cumprimento de sentença”, disciplinado pelos artigos 513 ao 538 do CPC de 2015, ao qual aplica-se, subsidiariamente, o disposto no Livro II, da Parte Especial (art. 771 do CPC/2015).Desenvolve-se como fase complementar do mesmo processo onde ocorreu a formação do título judicial (processo de conhecimento).
Há casos em que o cumprimento de sentença é constituído de processo executivo autônomo, conforme prevê os incisos VI ao IX do art. 515 do CPC/2015.
Ocorre naqueles casos que a atividade executiva não é mera etapa contemplar do processo de formação do título executivo, o qual será desenvolvido no âmbito penal (art. 515, VI), arbitral ou perante ao STJ que é competente homologar sentenças estrangeiras e conceder exequatur às cartas rogatórias. Pois que nesses casos, será necessário instaurar o processo autônomo, exigindo-se que o devedor na qualidade de executado seja citado.
Já na execução fundada em título executivo extrajudicial tem-se o processo de execução autônomo, disciplinado no Livro II, Parte Especial do CPC e aplica-se subsidiariamente ao regime estabelecido pelo Livro I da Parte Especial (art. 771, parágrafo único CPC/2015).
2 – Características da execução.
O procedimento executivo destina-se a realizar o crédito em desfecho único, pois a extinção da execução sem que o crédito seja satisfeito é considerada anômala, por isso que se enuncia que a execução se realiza no interesse do exequente. As principais características da execução são:
· A execução tem caráter real, ela incide sobre o patrimônio do executado e não sobre a pessoa do executado. Não existem mais prisões por dívidas no Brasil, exceto sobre pensão alimentícia.
· A execução deve, em regra, ser específica. A execução deve ser liquida e certa, evitando as execuções “genéricas”.
· A execução é disponível, ou seja, pode haver renúncia de direito e transação. 
· A execução deve ser útil para o exequente e não servir como meio de molestar o executado (Arts. 836 e 891 do CPC).
2.1- Distinção entre execução e conhecimento
O professor Alexandre Câmara ensina que no processo de execução o juiz não é chamado a prover o mérito da causa, não havendo nesse tipo de processo julgamento da pretensão do demandante ou declaração da existência do crédito exigido. 
Por isso, o processo de execução não é contraditório, não se trata de um processo dialético por não ser um meio de discutir o direito das partes, mas tão somente um meio de sujeição do devedor à realização do adimplemento forçado.
Com a execução forçada o Estado intervém no patrimônio do devedor para tornar efetiva a vontade sancionatória, realizada à custa do devedor, em geral sem a sua vontade, o direito do credor.
Ocorre, porém, que no processo de execução o juiz é chamado a todo momento, a proferir decisões quanto as questões incidentais como as referentes à presença de condições da ação e dos pressupostos processuais, ou dos requisitos necessários para a prática dos atos executivos.
No mesmo sentido, ensina o professor Rui Portanova que: "Também no processo de execução o devedor tem o direito de receber as informações necessárias e de apresentar as razões de fundo (como exceção de pré-executividade) e de forma (como a impugnação ao valor da avaliação) que são frutos do seu direito ao contraditório".
MinhaAnotação: (O Estado força o devedor a pagar com seus patrimônios a dívida com o credor. O juiz não é provocado para decidir quem faz jus ao direito, mas sim para forçar o pagamento da dívida)
Na fase de conhecimento, o juiz recebe os fatos e os fundamentos jurídicos dos envolvidos na causa para reunir as informações necessárias para análise. Nesta fase, as provas de ambos os lados são apresentadas e, se houver necessidade, há audiências para ouvir as partes e as testemunhas. O objetivo é que, de posse de todos os elementos disponíveis, o magistrado possa proferir a sentença e decidir sobre o conflito.
A fase de execução é o passo seguinte, que se caracteriza pelo cumprimento da decisão judicial, em que o juiz determina a uma das partes - pessoas, empresas ou instituições - a reparação de prejuízos. Nesta etapa, é concretizado o direito reconhecido na sentença ou no título extrajudicial.
3- Princípios que norteiam a execução.
a) NULLA EXECUTIO SINE TITULO 
Primeiramente, quanto ao princípio da nulla executio sine título, ensina Luiz Fux (2007), ministro de nosso Superior Tribunal de Justiça, que não há execução sem título que a embase, uma vez que na execução, além da permissão para a invasão do patrimônio do executado por meio de atos de constrição judicial, o executado é colocado numa situação processual desvantajosa em relação ao exequente (NEVES, 2015). (Minha Anotação: Nula a execução que não tenha título. Precisa ser Judicial ou Extrajudicial)
Ensina ainda o ilustre Araken de Assis(2010) que a execução das prestações pecuniárias baseia-se em título judicial, isto é, não há como executar um sujeito de direito sem pretexto concreto e sedimentado – traduzido no título executivo – capaz de assegurar a existência de um crédito cediço a ser recebido pela pessoa do exequente.
b) DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO   
Quanto à disponibilidade da execução, leciona o art. 775, NCPC: é permitido ao exequente desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva a qualquer momento – ainda que pendentes de julgamento os embargos à execução – não sendo necessária a concordância do executado, presumindo a lei sua aceitação, vez que não há possibilidade de tutela em seu favor. Isto é, “diversamente do que sucede no processo de conhecimento, em que ao réu assiste idêntico direito a um juízo de mérito, visando à eliminação da incerteza a seu favor, a execução só almeja o benefício do credor. Por isso, dela pode desistir sem o consentimento do adversário. (ASSIS, 2010).”
c) MENOR ONEROSIDADE
Este princípio processual vem como garantia de que o executado não sofra mais gravames do que o necessário para a satisfação do direito do exequente. Sempre que for possível a satisfação do direito do exequente por outros meios que sejam menos dolorosos ao executado estes devem ser adotados. A menor onerosidade vem como uma barragem a onda daqueles sujeitos que creem ser a execução um instrumento de vingança.
O art. 805 do Novo Código de Processo Civil prevê que “quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado.”, positivando, assim, o princípio da menor onerosidade no código processualista.
Ao lado disso, outras duas previsões são feitas no código processualista que remetem a ideia da menor onerosidade no cumprimento da dívida ao credor, a ver: arts. 891 e 899, NCPC.
d) PATRIMONIALIDADE
O princípio da patrimonialidade traduz a proibição da execução pessoal, isto é, a execução nunca poderá recair sobre o corpo do devedor como se costumava fazer com a Lei das XII Tábuas, na qual dividir o corpo do devedor em números que correspondessem o número de credores que ele tivesse à espera da satisfação de seu crédito era a regra.
Segundo o mestre Pontes de Miranda (2001) o executar é ir extra, é seguir até onde se quer. Compreende-se que se fale de execução, de ação executiva, quando se tira algo de um patrimônio e se leva para diante, para outro.
Portanto, a partir dos ensinamentos, resta cristalino que com o princípio da patrimonialidade no processo executório a execução passou a ser real, recaindo esta sobre os bens do executado.
 Interessante questionamento surge quanto à prisão civil do devedor de alimentos, não seria esta um tipo de execução pessoal? Respondem os doutrinadores que a prisão civil não passa de uma mera medida de execução indireta por meio de pressão psicológica a fazer com que o devedor satisfaça o direito do exequente. O princípio da patrimonialidade vem como um importante marco na caminhada pelo abandono da execução como forma de vingança privada.
e) UTILIDADE ou MÁXIMO BENEFÍCIO
O princípio da utilidade vem como uma razão de ser do processo de execução, isto quer dizer, o processo de execução deve ter uma utilidade que traga benefícios ao exequente, fulminando com a satisfação do seu direito. Destarte, o processo de execução não tem seu escopo como um ato que vá prejudicar o devedor, mas sim na satisfação do direito do credor. Baseado neste princípio, o magistrado não deve submeter o exequendo às astreintes quando a obrigação é materialmente impossível.
Sendo assim, quando se entender que não há meios de satisfazer o direito do credor, não haverá razão na admissão da execução e na aplicação de meios executivos. Prevê o art. 836 do Novo Código de Processo Civil que “não se levará a efeito a penhora quando evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução.”.
4- Breves considerações sobre as espécies/procedimentos de execução.
Desenvolve-se a atividade executiva através de dois grupos de mecanismos, a saber; os meios de coerção e os meios sub-rogação.
Denomina-se o meio de coerção o mecanismo usado pelo Estado-juiz para constranger e forçar psicologicamente o executado, a fim de que pratique os atos necessários à realização de crédito exequendo.
E, nesta categoria, encontram-se a multa periódica por atraso no cumprimento da obrigação, conhecida como astreinte, a prisão civil do devedor (executado) de alimentos e o protesto de títulos executivos ou a anotação do nome e CPF do executado em cadastros de devedores inadimplentes.
A respeito deste último, estabeleceu o art. 782, § 3º que a requerimento das partes, pode o juiz determinar a inclusão do nome do executado em cadastro de inadimplentes, o que não exclui a possibilidade de o registro do nome do devedor inadimplente ser feito pelo próprio credor e pelo órgão de proteção do crédito, vide o Enunciado 190 do FPPC.
Somente cancela-se a inscrição determinada pelo juiz se e quando for efetuado o pagamento, ou se for garantida a execução, ou ainda, se esta for extinta por qualquer outro motivo (art. 782, § 4º). Trata-se de disposição aplicável tanto à execução de títulos judiciais como extrajudicial (art. 782, § 5º).
Afora isso, prevê o art. 517 que a decisão judicial transitada em julgado que tenha eficácia de título executivo que pode ser levado a protesto depois de transcorrido o prazo indicado no art. 523 para pagamento voluntário.
Para efetivar o protesto, basta o exequente apresentar a certidão de inteiro teor da decisão, conforme o art. 517, § 1º, a qual será fornecida pelo escrivão, no prazo de tríduo, indicando o nome e qualificação do exequente e do executado, o número do processo, o valor da dívida, a data do decurso do prazo para o pagamento voluntário, vide o art. 517, § 2º.
Admite-se o protesto é anotado à requerimento do executado, à sua custa e sob sua responsabilidade de que foi proposta a ação rescisória para impugnação da decisão judicial (art. 517, § 3º).
O protesto só será cancelado mediante ofício expedido pelo cartório expedido a requerimento do executado desde que cabalmente comprovada a integral satisfação da obrigação exequenda (art. 517, § 4º).
Por outro lado, chama-se de meio de sub-rogação são aqueles através dos quais o Estado-juiz desenvolve a atividade que o substitui a atuação do executado, dispensando-a e que se revela capaz de produzir resultado prático equivalente ao que se teria, caso o executado tivesse adimplido a prestação.
Ocorre sub-rogação, por exemplo, quando o órgão jurisdicional promove a apreensão e expropriação de bens do executado para satisfazer o crédito exequendo, ou quando realiza a busca e apreensão de um bem para entregá-lo ao exequente. Tanto os meios de coerção como os meios de sub-rogação compõem os chamados meios executivos.
5- Cumulação de Execuções
· Quando um mesmo devedor deve mais de uma titulo executivo, o credor pode ingressar com apenas uma ação de execução, para preservar a economia processual;
· Lembrando que as partes devem ser as mesmas, a competência para dirimir a lide deve ser a mesma (não posso executar alguém na justiça federal, se a competência é da justiça estadual) e o procedimento seja o mesmo– (artigo 780 do CPC)
· Existe a possibilidade de cumulação indevida. Cabe ao juiz, ao analisar, a inicial ex officio, requer o desmembramento do processo. Se ele não fizer isso, cabe o executado oferecer embargos para pedir o desmembramento. Nesse caso pode ao executado, entrar com a exceção de pré-executividade.
Anotações pela professora:
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transaçãoreferendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
(precisa de um procedimento diferenciado como se fosse um processo autônomo, juntando o processo para que o juiz tenha ciência do procedimento anterior)
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
X - (VETADO).
Caso Concreto:
1a Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado?
R: Sim. O Pleito deve ser deferido. Faz jus trocar o bem de 1 milhão pelo de 10 mil tendo em vista a aplicabilidade do Princípio Dignidade da Pessoa Humana, para garantir o respeito ao devedor. 
Questão nº 2. (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV)
Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas. (Procedimento deve ser idêntico)
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções. (Tem haver com condição da ação ou pressuposto processual. Juiz pode analisar).
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo. (Código diz que deve ter o mesmo devedor)
d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo.
Resposta: Letra D;
Art. 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.

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