Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Histamina: Onde encontramos? Basicamente em todos os tecidos do organismo, contudo está em maior quantidade no pulmão, na pele e o TGI. O motivo de estarem em maior quantidade nesses locais é que eles são portas de entrada do organismo, tendo maior contato com o meio exterior e assim maior chance de entrar em contato com alérgenos. Como a histamina age: Ela age como mediador químico de reações inflamatórias e alérgicas, ou seja, reações de defesa do organismo. Por isso, além de encontrar nas células dos tecidos descritos antes, a histamina também está nas células de defesa: Mastócitos: grânulos de histamina em seu interior como um mediador químico no processo de inflamação Basófilos: grânulos de histamina em seu interior como um mediador químico no processo de inflamação Histaminócitos do estômago: O estomago está em contato direto com o esôfago (cavidade oral e meio externo), logo precisa de histamina para proteger. Neurônios histaminérgicos: nesses neurônios, além da ação de mediador químico, agirá também como neurotransmissor. Além dos grânulos de histamina, as células de defesa como o mastócito e basófilo tem outros mediadores como citocina, interleucina etc. Que possuem 19:53?? Do mesmo modo que temos o sistema adrenérgico, colinérgico, dopaminérgico, serotoninérgico, também temos um sistema chamado de histaminérgico. Como a histamina é produzida? É sintetizada por uma única reação química → descarboxilação (pela enzima histidinadescarboxilase) intracelular do aminoácido histidina, formando a histamina Como é liberada? Sempre durante uma reação alérgica ou inflamatória as células de defesa liberam a histamina. Outra forma de haver essa liberação é através de drogas, como a morfina por exemplo. Mas nesse caso a liberação é SEMPRE um efeito colateral e NUNCA há o pensamento “preciso injetar histamina”, já que ela gera facilmente choque anafilático Uma terceira forma de haver a liberação de histamina é através de uma lesão tecidual, como em traumatismos, ou na coceira (já que o atrito faz liberar ainda mais histamina da pele, um dos sistemas que tem altas concentrações de histamina) Histamina na inflamação: A histamina é um dos mediadores que auxiliam na aparição dos 5 sinais cardiais da inflamação: dor, calor, rubor, tumor e perca de função. Anti-histamínicos Anti-histamínicos “Anti-histamínico é uma classe de fármacos que inibe a ação da histamina, ou seja, é um antagonista de histamina, que bloqueia a ligação com seus receptores, ou inibe a atividade enzimática da histidina descarboxilase, que catalisa a transformação de histidina em histamina.” Ou seja, são as drogas que nós utilizamos principalmente como antialérgicos, ou para enjoo. @white.lauu Receptores da histamina: A histamina age através da ligação com seus 4 tipos de receptores: Funções dos receptores: H1: Vasodilatação gera: rubor, calor Aumento da permeabilidade: edema Broncoconstrição: tosse, catarro (aquela alergia que espirra com tosse e secreção). Resposta imunológica: células de defesa trabalhando H2: Secreção ácida gástrica: estimulação da secreção gástrica → a farmacologia das drogas que usam esse receptor utiliza esse princípio, e o anti-histamínico bloqueia a ativação desse receptor e assim há menos secreção. . Inotropismo positivo: mais força H3 e H4: sem emprego terapêutico e farmacológico, nenhum anti-histamínico bloqueia esses receptores. Locais de ação da histamina: ✓ Inflamação e hipersensibilidade ✓ Nos tecidos (pulmão, pele, estomago), há os mastócitos liberando histamina ✓ Na circulação, quem carrega a histamina são os basófilos Existem dois tipos de liberação de histamina, através dos mastócitos e basófilos: 1. Liberação lenta: Em um processo localizado. Ex: pernilongo picou → coça → incha → vermelho. Quando coça ocorre liberação lenta de histamina pelo atrito, sendo esse um processo localizado (apenas o local da picada). Por mastócito (no tecido) 2. Liberação rápida: processo generalizado (sistêmico). Ex: alergia a um alimento, que causa manifestações em diversas áreas e tecidos de forma muito rápida. E pode inclusive levar ao óbito. Por basófilo (no sangue, que leva esses sinais para todos os sistemas orgânicos). Efeitos da histamina: Além das ações de inflamação e alergias vistas antes, a histamina também participa de funções fisiológicas boas Ela aumenta as secreções exócrinas (não relacionadas a hormônios). Nas secreções gástricas aumenta a produção do ácido clorídrico. Reação de Hipersensibilidade: A hipersensibilidade pode ser conquistada ao longo da vida ou já vir de nascença. A histamina participa fortemente desse processo. Efeitos da histamina no sistema nervoso central: Pelo fato de a histamina também ter ação de neurotransmissor, tem ações fisiológicas. Porém, não coordena nem ações e nem é a principal responsável, ela só ajuda a controlar: Como todo neurotransmissor, depois de exercer sua função, tem que ser degrada/biotransformada/eliminada. Isso é feito pela enzima Monoaminoxidase (MAO) (que faz a biotransformação também das catecolaminas), parando de ativar seus receptores. Anti-histamínicos Essas são as drogas liberam histamina., porém, não têm efeito terapêutico, essa liberação é um efeito colateral: Nunca se deve pensar “vou aplicar x quantidade de histamina no paciente”. Histamina não é droga farmacêutica. Não dá para saber se um paciente é alérgico há uma dessas drogas, tem que testar. Raramente essa hipersensibilidade gera um choque anafilático. Antagonistas do receptor H1: São inibidores competitivos reversíveis: bloqueiam o receptor HI porque competem com o sítio com a histamina. São reversíveis porque não se ligam para sempre. Causam depressão do sistema nervoso central: é uma manifestação vista clinicamente através de pacientes com sono, apáticos etc. Ou seja, é por isso que ao tomar um antialérgico ficamos sonolentos Utilização: Usado em: rinites, dermatites, bloquear processos de hipersensibilidades (alergias). Gerações: PRIMEIRA GERAÇÃO: Antagonistas de receptores H1 são divididos em duas gerações: Ações dos antagonistas h1 de primeira geração: Inibem ações da histamina Depressão do SNC (sono) Cinética das drogas de primeira geração Essas drogas atravessam a barreira hematoencefálica, (uma barreira de proteção que não é passada por qualquer droga), e esse é um processo intracelular. Para isso, ela tem que ser: 1. Lipossolúvel 2. Molécula pequena 3. Molécula leve. Ou seja, todas essas drogas de primeira geração têm essas três características. Além disso, essas drogas de primeira geração têm mais uma característica: são drogas inespecíficas, ou seja, se ligam a vários tipos de receptores Ou seja, além de bloquear H1, se ligam nesses outros receptores descritos acima e geram muitos efeitos colaterais. SEGUNDA GERAÇÃO: Por que fizeram uma segunda geração? → Pois era requerido que houvesse um efeito anti-histamínico, mas sem que desse sono. O sono é causado pela depressão do sistema nervoso central, e para chegar lá a droga tem que atravessar a barreira hematoencefálica. A indústria não pode diminuir a lipossolubilidade (para que as drogas de segunda geração não causassem sono), pois a nível periférico a histamina tem que chegar. Ou seja, a solução foi criar drogas: 1. Lipossolúveis 2. Moléculas grandes 3. Moléculas pesadas Ou seja, as drogas de segunda geração não atravessam a barreira hematoencefálica e não causam sono. São metabolizadas no fígado Algumas são pró drogas (precisa passar pelo fígado para se tornar ativa). Diferente das de primeira geração, essas nãocausam tantos efeitos colaterais, pois são mais específicas. Os dois últimos não se aplicam na medicina veterinária Uso clínico: O Dramim é antagonista H1 de primeira geração, porém, não é utilizado para alergia, e sim como antiemético, já que há receptor H1 no centro do vômito. Além disso, é utilizado também para tratar cinetose (enjoo de movimento) Além disso, há o efeito de sedação, já que seria o “sono” (causado pelos remédio de primeira geração). Antagonistas dos receptores H2: O único efeito terapêutico que eles têm é a inibição da secreção gástrica. Além disso, brigam com a histamina para se ligar no receptor H2, inibindo sua ação. Quem são? A ranitidina, é um antagonista de H2, sendo usado tanto para alergia quanto para diminuir a secreção gástrica no estomago. A cimetidina causa esse efeito de prolongar a ação de outras drogas que estejam associadas a ela, por sobrecarregar a atividade do fígado, já que é uma droga muito difícil de ser metabolizada, assim, o órgão foca apenas nela e aumenta o período hábil da segunda droga.→ muito hepatotóxica Já a ranitidina e nizatidina aumentam os movimentos peristálticos (afeito pró cinético), por isso, deve-se evitar em casos de obstrução do trato gastrointestinal, como em cólicas de cavalo, corpos estranhos etc. Efeitos colaterais: Há drogas que são quebradas no PH ácido do estômago, portanto, é necessário que entrem em contato com esse ambiente, assim, quando chegam ao intestino, são rapidamente absorvidas. Porém, os antagonistas dos receptores H2 diminuem essa secreção gástrica, assim, não são quebradas de maneira eficiente no estômago, e nem absorvidas no intestino, reduzindo a quantidade da droga da fração biodisponível.
Compartilhar