Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade de Brasília – UnB Instituto de Física EXPERIMENTO V Lei do Resfriamento Relatório nº 5 Amanda Cristina Ferreira de Lima – Matrícula: 13/0100269 Lívia Batalha Mendonça – Matrícula:13/0120952 Willian Junior Peres de Pinho – Matrícula: 13/0138053 1. DATA DE REALIZAÇÃO: 16/05/2014 2. COMPONENTES DO GRUPO QUE EFETIVAMENTE PARTICIPARAM DA CONSTRUÇÃO DO RELATÓRIO: - Grupo 8: Amanda Cristina Ferreira de Lima Lívia Batalha Mendonça Willian Junior Peres de Pinho 3. OBJETIVOS: O presente relatório teve como objetivo verificar a lei do resfriamento estudada e modelada por Newton através de análise gráfica. 4. INTRODUÇÃO TEÓRICA: A Lei do Resfriamento de Newton consiste em um modelo matemático simples para descrever o comportamento temporal da temperatura de um corpo exposto ao ambiente externo. Desde que a temperatura ambiente seja diferente da temperatura do corpo, é razoável esperar que ocorram trocas de calor entre os dois sistemas, de forma que a temperatura do corpo experimente variações ao longo do tempo de exposição. O sentido do fluxo de calor é determinado pelas temperaturas do corpo e do ambiente. De acordo com a 2ª Lei da Termodinâmica, o fluxo de calor entre dois sistemas é orientando daquele de maior temperatura para o de menor temperatura. O modelo proposto por Newton para descrever matematicamente esse comportamento afirma que a taxa de variação temporal da temperatura de um corpo é proporcional ao oposto da diferença entre a temperatura do corpo e a temperatura externa do ambiente no qual ele se encontra. Essa afirmação pode ser traduzida pela equação diferencial 𝑑𝑇 𝑑𝑡 = −𝑏 𝑇 − 𝑇! (1) em que 𝑇 é a temperatura do corpo como função do tempo 𝑡, 𝑇! é a temperatura do ambiente no qual o corpo se encontra e 𝑏 > 0 é uma constante de proporcionalidade denominada coeficiente de transmissão de energia térmica. A solução particular da Eq.(1) requer uma condição inicial para a temperatura do corpo. Dessa forma, consideremos que 𝑇(0) = 𝑇! é a temperatura do corpo no instante 𝑡 = 0. Consideremos que o coeficiente de transmissão de energia 𝑏 é independente do tempo e da temperatura, constituindo uma constante absoluta. Finalmente, consideremos ainda que a temperatura ambiente 𝑇! permanece praticamente constante durante as trocas de calor entre o corpo e o ambiente externo. Essa aproximação é razoável para corpos de pequenas dimensões se comparados ao ambiente externo. Assim sendo, façamos uma separação de variáveis na Eq.(1), de forma que vale a relação 𝑑𝑇 𝑇 − 𝑇! = −𝑏 𝑑𝑡 (2) Integrando ambos os membros da Eq.(2) com os limites de integração adequados e aplicando a condição inicial descrita anteriormente obtemos a solução particular do problema, dada por 𝑇 𝑡 = 𝑇! + 𝑇! − 𝑇! 𝑒!!" (3) Assim, é possível verificar que a temperatura 𝑇 de um corpo exposto ao ambiente externo de temperatura constante 𝑇! apresenta um comportamento exponencial ao longo do tempo. Esse modelo pode ser aplicado tanto para processos de aquecimento como para processos de resfriamento de corpos experimentais. Para isso, basta notar que o sinal da diferença entre a temperatura inicial do corpo e a temperatura ambiente é o responsável por determinar o comportamento da função como crescente ou decrescente. Uma análise importante da Eq.(3) consiste em verificar a temperatura do corpo muito tempo após o início da experiência. A função exponencial negativa determina uma temperatura limite máxima ou mínima para o corpo, dependendo do comportamento da função. Nessa situação, fazendo 𝑡 → ∞ obtemos 𝑇 𝑡 = 𝑇!. Esse resultado demonstra a tendência do corpo em atingir o equilíbrio térmico com o ambiente externo após um longo tempo de exposição. Nessa situação limite não haveria mais trocas energéticas na forma de calor entre o corpo e o ambiente externo. 5. PROCEDIMENTOS: Primeiramente verificamos se todos os materiais necessários à realização do experimento encontravam-se na bancada. Após a verificação, aquecemos um pouco de água até aproximadamente a temperatura de ebulição (a qual foi conferida com um termômetro) no aquecedor de água. Medimos a temperatura ambiente (T0) e colocamos a água com a temperatura desejada em um béquer para realização do experimento. A temperatura foi medida na escala Celsius. A medição dos dados foi feita da seguinte maneira: 1) Logo após colocar água no béquer colocamos um termômetro dentro e medimos a temperatura da água no primeiro instante, dado o qual foi anotado na tabela 2. 2) Contamos no relógio 1 minuto e conferimos a temperatura dada pelo termômetro e anotamos na tabela 2. 3) Após mais um minuto, conferimos novamente a temperatura e anotamos na tabela 2. 4) Repetimos o procedimento de medição da temperatura a cada minuto até a passagem de mais ou menos 20 minutos. Os dados anotados foram utilizados para fazer um gráfico de ln (T-To) versus tempo no programa Grace. Após colocar os dados no programa, foi feita uma regressão linear. 6. MATERIAIS UTILIZADOS: - Kit nº 8: 01 béquer de 80 ml; 01 termômetro de precisão 1ºC; 01 relógio analógico de pulso de precisão 0,5s; 01 aquecedor de água; 01 computador; Editor de texto Kwrite; Programa GRACE; Computador com sistema operacional Linux. 7. DADOS EXPERIMENTAIS: (I) Temperatura Ambiente: Tabela 1: Temperatura ambiente Temperatura Ambiente (ºC) Erro experimental 26º 1º (II) Temperatura e tempo transcorrido: Tabela 2: Temperatura e tempo transcorrido Observação: i) Tanto o relógio, quanto o termômetro, utilizados eram analógicos. (III) Cálculo do ln T – T0: Tabela 3: ln T-To (T – T0) (ºC) Ln (T – T0) ∆Ln (T – T0) 57,0 4,04 0,02 54,0 3,98 0,02 51,0 3,93 0,02 48,0 3,87 0,02 45,0 3,81 0,02 42,5 3,75 0,02 40,5 3,70 0,02 38,5 3,65 0,03 37,0 3,62 0,03 35,5 3,57 0,03 34,0 3,53 0,03 32,5 3,48 0,03 30,0 3,40 0,03 Temperatura (T) (ºC) Tempo (s) ∆𝑇 (ºC) ∆𝑡 (𝑠) 83,0 0 1 0,5 80,0 60 1 0,5 77,0 120 1 0,5 74,0 180 1 0,5 71,0 240 1 0,5 68,5 300 1 0,5 66,5 360 1 0,5 64,5 420 1 0,5 63,0 480 1 0,5 61,5 540 1 0,5 60,0 600 1 0,5 58,5 660 1 0,5 56,5 720 1 0,5 56,0 780 1 0,5 55,0 840 1 0,5 54,0 900 1 0,5 53,0 960 1 0,5 52,0 1020 1 0,5 51,5 1080 1 0,5 50,5 1140 1 0,5 29,0 3,37 0,03 28,0 3,33 0,03 27,0 3,30 0,04 26,0 3,26 0,04 25,5 3,24 0,04 24,5 3,20 0,04 Observação: i) O erro do ln T – To foi calculado através da seguinte fórmula: ln 𝐴 + ∆𝐴 = ln𝐴 + ln(1+ ∆𝐴 𝐴 ) ≅ ln𝐴 + ∆𝐴 𝐴 Sendo A= T – To e ∆𝐴 = 1. (IV) Gráfico de ln T- To vs Tempo: 8. ANÁLISE DE DADOS: (I) Análise do gráfico do logaritmo natural (T- To) versus Tempo (s): O gráfico foi plotado com base na lei do resfriamento descrita pela equação T(t) = T0 +(T0 + T) e-bt. Para facilitar a compressão calculamos o ln de T- T0 e utilizamos a regressão linear. Se o gráfico não tivesse em escala logarítmica (ln T – T0) seria necessário fazer uma regressão do tipo exponencial pois o decaimento da temperatura é exponencial. Ao analisar a curva dos dados experimentais e da regressão gerada pelo Grace, podemos afirmar que a curva ajustou bem os dados considerando os erros sistemáticos que podem ter ocorrido durante a realização do procedimento pois, aparelhos utilizados eram analógicos para conferência tanto da temperatura quando do tempo. A temperatura do equilíbrio térmico não foi medida experimentalmente pois não seria necessário o gasto de tempo e visto que já tínhamos mais de 20 temperaturas,seria possível inferir sobre ela através do gráfico feito. 9. CONCLUSÃO: Logo, pode-se dizer que o objetivo do experimento foi atingido pois, foi possível verificar a lei do resfriamento de Newton, graficamente, e que o resultado foi dentro das incertezas experimentais. 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: - Notas de aula; - Halliday, D. ; Resnick, R. ; Walker, J. ; Fundamentos de Física, Volume 2, 4ª Edição, LTC, (1996). - Tipler, Paul A. ; Mosca, Gene ; Física para cientistas e engenheiros, Volume 1, 6ª Edição, LTC.
Compartilhar