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a historia da educação modulo 4

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DEFINIÇÃO 
Neste tema, estudaremos as características do pensamento iluminista e sua repercussão 
na Europa e na América, especialmente no que se refere à Educação. Também 
conheceremos como o Iluminismo influenciou a Reforma Pombalina e seu consequente 
impacto na Educação. Por fim, identificaremos as principais mudanças sociais e, 
consequentemente, educacionais que o Brasil passou com a chegada da família real 
portuguesa. 
PROPÓSITO 
Este tema tem como finalidade a compreensão do processo histórico que fundou a 
educação pública a partir do Iluminismo. Compreender a estrutura educacional brasileira, 
na forma como foi instituída ao longo de nossa história, torna-se essencial para aquele 
que quer entender a educação contemporânea. Somente sobre estas bases é possível 
assumir uma postura efetivamente crítica e produtiva na ação docente. 
OBJETIVOS 
Módulo 1 
Identificar as premissas do 
pensamento iluminista 
Módulo 2 
Reconhecer os impactos do 
Iluminismo na Educação 
com destaque para a 
Reforma Pombalina 
Módulo 3 
Descrever o processo de 
modernização da Educação 
implementado pela família 
real portuguesa 
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O PENSAMENTO ILUMINISTA 
A Idade Contemporânea, na qual vivemos, começa com uma série de eventos que podem 
ser resumidos nas revoluções no fim do século XVIII, que são: Revolução Industrial 
Inglesa, Revolução Francesa e Revolução Americana*. Mas, além dessas, outra revolução 
foi fundamental naquele momento e afetou diretamente a Educação: o Iluminismo! 
*Revolução Industrial Inglesa, Revolução Francesa e Revolução Americana: A Era das 
Revoluções foi um conjunto de movimentos de cunhos diversos, influenciados pelas 
ideias iluministas, e que se materializaram nas demandas locais com o objetivo comum 
de "superar o Antigo Regime". Dentre as muitas revoluções, podemos destacar: 
Revolução Industrial Inglesa 
Essa revolução permitiu que se articulasse um novo conjunto de práticas. Dentre elas, 
podemos citar: os movimentos que fomentavam a economia (balança comercial 
favorável); a melhora das condições das corporações de ofício; a transição das 
manufaturas para a utilização de novas técnicas de produção mais inovadoras. Todas 
essas mudanças contribuíram para o desenvolvimento da indústria, a exemplo dos teares 
mecânicos, dos navios e trens a vapor. 
Revolução Francesa 
Essa revolução teve início com um processo de contestação dos poderes da Igreja, da 
nobreza e da monarquia. Esse processo foi gerado por uma crise econômica que levou a 
revoltas no campo e na cidade em virtude do crescimento da fome. As tentativas de 
resolver o problema foram desastrosas, uma vez que os ministros da economia não 
conseguiam mediar um estado sustentado pela burguesia. O resultado é que, diante da 
circulação das ideias iluministas, iniciou-se um conjunto de movimentos contra a 
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monarquia. A Revolução Francesa teve como lema Liberdade (todos os homens são livres 
para dispor de seu corpo e de suas próprias faculdades sem serem obrigados ou 
restringidos a não ser pelo bem comum); Igualdade (todos são iguais perante a lei); 
Fraternidade (todos os homens têm direito à livre associação). 
Revolução Americana 
Também é conhecida como a Independência dos Estados Unidos (na prática das 13 
colônias). No final do século XVIII, a Inglaterra, na busca de manter sua balança comercial 
favorável, ampliou as suas fontes de renda e, para a manutenção de seus monopólios, 
aumentou a taxação dos americanos. Como forma de resistência a esse movimento, a 
aristocracia local se uniu com o objetivo de romper com o domínio inglês. Os americanos, 
apoiados pelos franceses, iniciaram uma sangrenta batalha que, em 1783, culminou com 
a independência das 13 colônias. Essas 13 colônias se associaram e passaram a se 
chamar Estados Unidos, no entanto, mantendo o princípio do Federalismo, com 
autonomia entre eles. 
 
O Iluminismo foi um movimento intelectual francês do século XVIII, denominado também 
de “Esclarecimento”. Esse movimento foi liderado por filósofos e políticos, que pregavam 
a necessidade de se “trazer luz/ esclarecimento” à sociedade, combatendo, 
especificamente, o absolutismo* e a religião, entendidos como entraves ao livre pensar. O 
Iluminismo teve a sua maior representação na Revolução Francesa (1789), mas já havia 
expandido suas ideias na Europa bem antes disso. 
*Absolutismo: Absolutismo é um termo histórico utilizado para descrever o momento 
político na Europa em que os monarcas concentraram poderes na formação dos Estados 
Modernos. Foi chamado também de Antigo Regime em contraposição a República. Sua 
principal característica era que o monarca tinha poderes capazes de anular as demais 
manifestações de poder como justiça ou conselhos. 
 
Em qual contexto o Iluminismo se estabeleceu? 
 
 
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No século XVI, período conhecido como 
Antigo Regime, um acordo de governo foi 
estabelecido entre a burguesia e a 
nobreza. Nesse acordo, a Igreja era a 
base ideológica, responsável por 
legitimar o poder do rei e por educar os 
burgueses sobre a ordem natural do 
mundo. Nesse contexto, por um lado, o 
rei era visto como uma figura divina e 
ungida por Deus; por outro, era 
responsável pela manutenção da ordem 
e da lei, fazendo justiça e guerra, quando 
necessário. 
A ilustração de Luís XVI* e Maria 
Antonieta com o povo de Paris ilustra 
essa visão da divindade do rei. Observe 
que, à frente deles, está o povo junto 
com anjos ajoelhados e, por trás de Luís 
XVI e Maria Antonieta, há uma cruz, 
caracterizando o poder divino concedido ao rei. 
*Luís XVI: Luís XVI nasceu em Versalhes, França, no dia 23 de agosto de 1754. Em 1765, 
tornou-se herdeiro do trono após a morte do seu pai. Casou-se com Maria Antonieta de 
Habsburgo, filha da imperatriz Maria Teresa da Áustria, tendo, com ela, quatro filhos. Luís 
XVI assumiu o trono da França em 1774 após a morte de seu avô. Foi o último rei da 
França antes da Revolução Francesa. 
Fonte: Frazão, 2019. 
Desde o Humanismo*, o pensamento 
racionalista instaurou-se buscando superar 
o regime anterior, apresentando a razão 
humana como única necessária e capaz de 
dar aos homens condições plenas de vida. 
No século XVIII, o Iluminismo manifestou 
esse racionalismo de forma radical. 
Um exemplo concreto ocorreu na França, 
que passava por uma grande crise política, 
inflamando o povo contra o absolutismo do 
rei Luiz XVI, que foi deposto durante a 
Revolução Francesa e executado no ano 
seguinte. Observe, na ilustração, uma 
representação do momento em que Luís 
XVI foi preso. 
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*Humanismo: Filosofia que defendia o fim da visão teocêntrica medieval (compreensão 
do mundo a partir de pressupostos religiosos) e a instauração de uma visão 
antropocêntrica (compreensão do mundo a partir das experiências e necessidades 
humanas, ainda que não necessariamente, contrárias à religião). 
 
Como vimos, o Iluminismo atingiu seu apogeu na luta contra a monarquia 
absolutista durante a Revolução Francesa, que tinha como lema Liberdade, Igualdade e 
Fraternidade. Nesse contexto dois elementos se destacam: 
Valorização da razão 
como único guia dos 
desejos e vontades 
iluministas 
Kant*, filósofo alemão, 
contemporâneo àquele 
movimento, chega a afirmar 
que, até aquele momento, 
as pessoas viviam como 
que em uma “infância da 
racionalidade”. Ou seja, não 
haviam chegado 
à maturidade do 
conhecimento humano. 
 
Declaração dos Direitos 
do Homem e do 
Cidadão* (1789) 
Caracteriza a fundação das 
ideias iluministas, pois 
acreditava estabelecer leis 
gerais que protegeriam tod
o homem de qualquer forma 
de exploração social; 
especialmente de um 
governo absolutista, como 
aquele que seria destituído 
pela Revolução Francesa. 
Essa declaração inspirará 
a Declaração Universal dos 
Direitos Humanos*, 
proclamada na ONU, em 
1948. 
*Kant: Immanuel Kant (1724-1804) nasceu em Königsberg, na Prússia Oriental, estudou 
Teologia e tambémmostrou interesse por Filosofia, Matemática e Física. Foi fundador da 
Filosofia Crítica, que procurava determinar os limites da razão humana. 
Veja como ele definia o Iluminismo: 
“lluminismo é a saída do homem da sua imaturidade de que ele próprio é culpado. A 
imaturidade é a incapacidade de se servir do entendimento sem a orientação de outrem. 
Tal imaturidade é por culpa própria, se a sua causa não residir na carência de 
entendimento, mas na falta de decisão e de coragem em se servir de si mesmo, sem a 
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guia de outrem. Sapere aude! Tem a coragem de te servires do teu próprio entendimento! 
Eis a palavra de ordem do Iluminismo”. (KANT: 1995, p. 11) 
Fonte: Frazão, 2019. 
*Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: Esse documento foi elaborado após a 
Revolução Francesa e tinha como base os ideais dessa revolução: liberdade, igualdade e 
fraternidade. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão representou o primeiro 
passo para a elaboração de uma Constituição da República Francesa. 
*Declaração Universal dos Direitos Humanos: Essa declaração foi elaborada por 
representantes de diferentes países, que eram especialistas de áreas jurídica e cultural. 
Ela foi proclamada na Assembleia Geral nas Nações Unidas em Paris, no dia 10 de 
dezembro de 1948. 
O desejo dos iluministas era iluminar as trevas, pois consideravam que o pensamento 
religioso era equivocado e obscuro. Por isso, o século XVIII ficou conhecido como 
o Século das Luzes. Foi nesse período que ocorreu o apogeu da razão, que combatia 
o teocentrismo da Idade Média. Nesse sentido, cabia à razão – e somente a ela 
– responder as indagações humanas. Qualquer outra concepção, inclusive advinda da 
Teologia, atrapalhava o desenvolvimento da humanidade. 
O Iluminismo, então, colocou o homem como centro do universo. 
Essa exaltação à razão convidava ao desprezo de qualquer outra forma 
explicativa ou especulativa da verdade. Nesse sentido, somente através da razão seria 
possível chegar ao conhecimento verdadeiro. É nesse contexto que a ciência racional se 
estabelece, tendo como base o antropocentrismo*. O pensamento, então, era de que no 
homem, pelo homem, com o homem e somente nele estava a possibilidade de progresso, 
que aconteceria pela valorização exclusiva da razão. 
*Antropocentrismo: O Antropocentrismo está embasado na ideia de que o homem é o 
centro de tudo. Essa concepção se desenvolveu com o objetivo de superar o pensamento 
teocêntrico. Durante o período medieval, a Igreja era o espaço de maior produção 
intelectual, fosse nos mosteiros ou nas universidades, pois existia um predomínio do 
pensamento religioso cristão. A ideia central era de que tudo se explicava a partir de Deus. 
Quando os primeiros pensadores começaram a questionar essa ideia, o objetivo não era 
apagar o papel de Deus, mas afirmar a capacidade racional do homem, entendida como a 
principal engrenagem de transformação do mundo. No período do Renascimento, esse 
pensamento ganha força e a partir desse momento, passa-se a negar o papel de Deus e 
da religião na sociedade. 
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Apesar de ter sido construído no período do Renascimento, o desenho “O homem 
Vitruviano” de Leonardo da Vinci* ilustra bem essa concepção do homem como 
centro de tudo. Observe: 
*Leonardo da Vinci: Pintor do período da Renascença, nasceu na aldeia de Vinci, Itália, no 
dia 15 de abril de 1452. Foi aprendiz de Andrea del Verrocchio, pintor e escultor florentino. 
Uma das obras mais conhecidas de Leonardo da Vinci é “Mona Lisa”. 
Fonte: Frazão, 2019. 
O Homem Vitruviano 
Na composição do desenho “O 
Homem Vitruviano“ podemos 
observar a dinâmica da proporção 
áurea – o exercício humano de 
perceber a proporção divina e 
alcançar a verdade sobre a 
composição humana. 
Assim, o desenho de Da Vinci visa 
demonstrar três perspectivas: 
• O homem é um ser divino por 
essência, assim concebido 
desde sua criação; 
• O homem é racional por 
essência, capaz de compreender 
tal proporção e sua relação com 
a natureza; 
• O homem é divino por ser capaz 
de transformar, criar, com o seu 
conhecimento e interpretação. 
PRINCIPAIS REPRESENTANTES DO ILUMINISMO 
Perceba que o Iluminismo influenciou de forma significativa a sociedade, promovendo 
mudanças políticas, econômicas e sociais. No entanto, apesar de trazer um discurso de 
liberdade e de garantia de direitos, muitas das práticas dos iluministas eram 
contraditórias. Dentre essas incoerências internas, podemos destacar: 
 
 
O Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci. 
http://ftp.novatech.net.br/hmlg.repo.h/projeto_de_educacao_iluminista/
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O rei Luiz XVI e a rainha Maria 
Antonieta foram guilhotinados em 
praça pública em 1793. 
Apesar do artigo 11 da Declaração 
dos Direitos do Homem e do 
Cidadão. 
 
“ 
Art. 11º. A livre comunicação 
das ideias e das opiniões é um 
dos mais preciosos direitos do 
homem. Todo cidadão pode, 
portanto, falar, escrever, 
imprimir livremente, 
respondendo, todavia, pelos 
abusos desta liberdade nos 
termos previstos na lei. 
 
 
Dezesseis religiosas carmelitas de 
Compiègne* foram guilhotinadas 
em 1794. 
Apesar do artigo 10 da Declaração 
dos Direitos do Homem e do 
Cidadão. 
 
“ 
Art. 10º. Ninguém pode ser 
molestado por suas opiniões, 
incluindo opiniões religiosas, 
desde que sua manifestação 
não perturbe a ordem pública 
estabelecida pela lei.” 
 
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*Religiosas carmelitas de Compiègne: “Venho descrever acontecimentos já do domínio 
público. Compreendes que se entrara, então, no período das lutas pelo que se chamava de 
‘organização civil do clero’. Lutas, ao curso das quais a revolução passou, 
insensivelmente, a uma perseguição declarada contra a Igreja”. (LE FORT: 1988, p. 57) 
Esse é um trecho do romance da renomada escritora alemã, Gertrud von Le Fort, escrito 
em 1931. Ela narra o processo de perseguição e execução das religiosas de Compiègne. 
O príncipe Delfim, filho de Luiz XVI e 
Maria Antonieta, morreu desnutrido 
e doente, em um calabouço, aos 
dez anos, em 1795. 
Apesar do artigo 8 da Declaração dos 
Direitos do Homem e do Cidadão. 
 
“ 
Art. 8º. A lei apenas deve 
estabelecer penas estrita e 
evidentemente necessárias e 
ninguém pode ser punido 
senão por força de uma lei 
estabelecida e promulgada 
antes do delito e legalmente 
aplicada.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. O Iluminismo foi um movimento intelectual do século XVIII que influenciou 
sobremaneira a sociedade. Analise as alternativas a seguir e marque a que apresenta as 
ideias centrais defendidas pelos iluministas: 
a) O Iluminismo buscava reafirmar o poder da monarquia à medida que, por meio de 
técnicas de ensino, buscava esclarecer os homens sobre a necessidade da manutenção 
da estrutura social da época. 
b) O Iluminismo tinha como objetivo iluminar a razão humana, com o objetivo de conduzir 
o homem à conformação social, por meio de métodos de coação. 
c) O Iluminismo combatia a religião em certa medida, pois considerava que o homem 
somente seria completo uma vez que estivesse em contato direto com Deus, por meio da 
igreja. 
d) O Iluminismo tinha como objetivo “trazer luz/esclarecimento” à sociedade, 
combatendo, especificamente, o absolutismo e a religião, entendidos como entraves ao 
livre pensar. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa D está correta. 
Não à toa, o século XVIII foi considerado o século das luzes, pois o Iluminismo tinha como 
objetivo trazer à “luz” a sociedade. Para isso, combatia o poder absolutista e a religião, 
colocando o homem como centro de tudo. A visão teocêntrica, então, deixa de existir e dá 
lugar à visão antropocêntrica. 
 
 
 
 
 
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2. O Iluminismo influenciou significativamente a sociedade, tendo grandes defensores que 
buscaram, em suas práticas, refletir os ideais iluministas. Dentre eles, podemos destacar 
Jean Jacques Rousseau, que desenvolveu um projeto de educação tendo como ideia 
central: 
a) A importância de se construirbases educacionais sólidas com o objetivo de tornar o 
homem capaz de atuar em sociedade, reproduzindo os ideais propostos pela monarquia. 
b) A necessidade de se criar um novo homem-cidadão, com o objetivo de formar uma 
nova sociedade. Para isso, era necessário educar as crianças de acordo com a natureza, 
desenvolvendo os seus sentidos para a promoção da razão. 
c) A importância de se iluminar a razão humana por meio de métodos de repetição e 
análise para que o homem seja capaz de reconhecer como natural as relações de poder 
que eram estabelecidas. 
d) A necessidade de se desenvolver cidadãos embasados na razão, por meio de métodos 
de experimentação, para a promoção da conscientização da ordem natural das coisas. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
Rousseau foi um dos principais teóricos do Iluminismo. Ele escreveu várias obras que 
estabeleceram as bases da Educação proposta pelo Século das Luzes, mas também 
possibilitaram a organização social que se estabelecia naquele momento. A Educação, 
assim, constitui-se em um importante elemento da formação política do cidadão. 
 
 
 
 
 
 
 
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A INFLUÊNCIA DO ILUMINISMO NA EDUCAÇÃO 
Como vimos, o Iluminismo transformou a sociedade de maneira significativa, afetando 
diretamente a Educação. Nesse campo, o propósito era romper drasticamente com o 
modelo de educação tradicional anterior (monárquico, religioso), denominado pelos 
iluministas de obscuro e oposto à verdade. Veja o que disse o iluminista Condorcet* a 
esse respeito: 
*Condorcet: Condorcet (1743-1794), matemático e filósofo que liderou a Revolução 
Francesa, tinha como uma de suas bandeiras a inserção dos ideais iluministas no campo 
da Educação. 
Fonte: Ferrari, 2009. 
“ 
Seja que se trate de corpos de ordens monásticas, 
de congregações semimonásticas, de 
universidades, de simples corporações, o perigo é o 
mesmo. A instrução que eles irão ministrar terá 
sempre por objetivo, não o progresso das luzes, 
mas o aumento de seu poder. Não de ensinar a 
verdade, mas de perpetuar os preconceitos úteis a 
suas ambições, as opiniões servem a sua vontade.” 
(CONDORCET apud PRIOZZI: 2016, p. 340) 
 
 
 
13 / 32 
 
De maneira prática, quais foram as mudanças que o Iluminismo trouxe para a 
Educação? 
Para compreender esse processo de mudança, trouxemos o modelo de ensino proposto 
por marquês de Pombal. Mas, antes, vamos entender em qual contexto essa mudança se 
desencadeou. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Despotismo Esclarecido: Estratégia de governo de reinos absolutistas que buscavam 
realizar transformações sociais (reais ou meramente aparentes), que minimizassem o 
impacto das ideias iluministas. Assim, o déspota (rei absolutista), buscava apresentar-se 
como esclarecido (assumindo ideias iluministas). 
*Jesuítas: Os jesuítas eram o maior símbolo de uma estrutura que Portugal queria 
superar, pois eles possuíam muita autonomia (não estavam diretamente ligados ao 
14 / 32 
 
déspota) e, obviamente, defendiam um discurso religioso. Eles organizaram um complexo 
sistema de ensino que se expandiu largamente por meio das missões de evangelização. 
*Companhia de Jesus: Fundada por Santo Inácio de Loyola (1491-1556), a Companhia de 
Jesus era uma ordem religiosa que tinha como objetivo construir regras disciplinares para 
a vida religiosa e difundi-las em missões de evangelização. 
 
 
Conta a história que o rei José I sofreu um 
atentado quando voltava da casa da 
marquesa de Távora, com quem mantinha 
uma relação amorosa. Quando a família 
Távora tomou conhecimento da relação 
dos dois, uniu-se ao Duque de Aveiro para 
planejar um atentado a D. José I, que não 
foi bem sucedido. O processo de 
investigação transcorreu em sigilo até que 
em uma madrugada de dezembro os 
Távoras foram presos. No dia 12 de 
janeiro de 1759 saiu a sentença que os 
condenava pelo crime de traição e rebelião 
contra o rei. Todos foram executados. 
 
 
 
 
15 / 32 
 
Com a expulsão dos jesuítas, o que mudou? 
Com a expulsão dos jesuítas, não só em Portugal, mas em todas as suas colônias, 
inclusive no Brasil, houve mudanças significativas, principalmente no campo da 
Educação. Isso, em decorrência do fato de que todo o sistema de ensino da época era 
jesuíta. Elencamos, a seguir, as principais consequências da expulsão dos jesuítas no 
campo da Educação: 
 
Grandes prejuízos para 
os aldeamentos 
indígenas 
Eliminação dos 
métodos de ensino 
Agressão à identidade 
jesuítica em suas 
comunidades religiosas 
 
Proibição do exercício 
do ministério 
sacerdotal 
Proibição de 271 
missões em todo o 
mundo 
Permanência da 
Companhia de Jesus 
como oculta e inativa 
durante 41 anos 
REFORMA EDUCACIONAL DE MARQUÊS DE POMBAL 
Após a expulsão dos jesuítas, marquês de Pombal precisou criar um novo modelo de 
ensino, tendo como base os ideais iluministas. Seu principal objetivo era formar uma elite 
econômica portuguesa preparada para o comércio. Para isso, ele criou a Escola de 
Comércio e a Escola Náutica, nas quais se aprendia caligrafia, contabilidade, escritura 
comercial e línguas modernas. Assim, a estrutura deixada pelo sistema único de 
educação dos jesuítas foi destruída pela reforma educacional de Pombal. 
No dia 28 de junho de 1759, Pombal decretou, por meio do alvará régio, a suspensão das 
escolas jesuíticas de Portugal e de todas as colônias. Também criou as aulas régias* ou 
avulsas de Latim, Grego, Filosofia e Retórica, oferecendo um esquema completamente 
diferente do que era oferecido pela pedagogia jesuítica. Estabelece-se, assim, a Educação 
Pública, que, vale destacar, naquele momento, não correspondia a uma educação 
direcionada a todas as pessoas, mas a uma educação que é mantida pelo governo, ou 
16 / 32 
 
seja, marquês de Pombal estruturou um modelo de educação vinculado aos Governos 
Gerais e suas províncias. 
*Aulas régias: Regia vem de regida, ou seja, na estrutura das aulas régias havia a 
presença de um regente, que deveria implementar aquilo que era determinado pela 
estrutura governamental. As pessoas que tinham acesso às aulas régias eram 
provenientes da classe média, que atuariam como funcionários públicos e agentes do 
governo. As aulas régias também poderiam ser frequentadas por filhos da elite, com o 
objetivo de prepará-los para seguir com os estudos na Europa. 
Quais são os principais pontos da reforma educacional de marquês de Pombal? 
A reforma educacional empreendida por Pombal, com a expulsão dos jesuítas do Brasil, 
se baseou nos seguintes aspectos: 
• Criação das aulas régias gratuitas de Gramática latina, 
Grego e Retórica, junto com o decreto que expulsou os 
jesuítas. 
• Centralização do ensino com a criação do cargo de 
diretor-geral dos estudos, que tinha a função de fazer 
cumprir as disposições do diploma, ficando a ele 
subordinados todos os professores régios das disciplinas 
citadas. 
• Estabelecimento de cadeiras de retórica* e dos 
chamados Estudos Menores, que incluíam, também, o 
estudo de Filosofia com quatro professores: um para 
Lisboa, um para Coimbra, um para Évora e um para o Porto. 
• Estabelecimento da educação laica, definida 
como responsabilidade do governo. Assim, a Educação 
passou a ser controlada pelo Estado, com currículo 
centralizado. 
• Ensino feito exclusivamente em português, mesmo para 
os índios, aos quais era oferecido na língua tupy pelos 
jesuítas. 
• Instituição do subsídio literário, uma espécie de 
imposto, para gerar recursos para o pagamento dos 
professores. 
*Cadeiras de retórica: Dessas cadeiras, quatro foram estabelecidas em Lisboa, duas em 
Coimbra, duas em Évora, duas no Porto e uma em cada cidade e vila que eram cabeça de 
comarca. 
 
17 / 32 
 
Para atender a essa nova demanda, diversos professores foram nomeados. Aqueles que 
foram direcionados para atuar no Brasil provavelmente não tinham a formação específica 
para lecionar na área a qual foram designados. Apesar do esforçode marquês de Pombal, 
houve inúmeras perdas com o desmantelamento de um aparato educativo que já 
funcionava há mais de duzentos anos, que era o modelo de educação jesuíta. Um 
exemplo que ilustra essa perda é o fato de que as aulas régias, isoladamente, não 
conseguiram suprir o conjunto de aulas e disciplinas que eram aplicadas pelos jesuítas. 
Sobre isso, reflita: 
Será que o modelo de educação jesuítica de fato era tão danoso para a sociedade? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VERIFICANDO O APRENDIZADO 
3. Um dos principais pontos da Reforma Educacional de marquês de Pombal foi a criação 
das aulas régias. Analise as alternativas a seguir e marque a que apresenta as disciplinas 
que compõem essa proposta de ensino: 
a) Latim, Grego, Filosofia e Retórica. 
b) Latim, Gramática, Línguas estrangeiras e Retórica. 
c) Artes, Grego, Latim e Retórica. 
d) Latim, Grego, Teologia e Filosofia. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa A está correta. 
As aulas régias, embora não tenham substituído a estrutura da educação jesuítica, foram 
importantes naquele contexto por representarem a proposta iluminista de instrução: 
pública e laica. Dessa forma, Pombal cumpria (ou acreditava cumprir) seu papel de trazer 
as luzes ao modelo anterior na metrópole e na colônia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Sabemos que, com a expulsão dos jesuítas, Pombal precisou criar um novo modelo de 
ensino. Marque a alternativa que apresenta um dos aspectos da Reforma Pombalina: 
a) Descentralização do ensino, dando autonomia para as instituições de gerir o seu 
modelo de ensino e definir o seu currículo padrão. 
b) Definição do português como língua padrão para se lecionar as aulas, podendo, em 
casos específicos, ocorrer a utilização de outras línguas. 
c) Estabelecimento da educação laica, definida como responsabilidade do governo. 
Assim, a educação passou a ser controlada pelo Estado, com currículo centralizado. 
d) Estabelecimento de cadeiras de retórica e dos chamados Estudos Menores, que 
incluíam, também, o estudo de Artes e Filosofia. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa C está correta. 
Como forma de quebrar a influência da religião no ensino, marquês de Pombal criou a 
educação laica, colocando-a sob a responsabilidade do governo e, iniciando, assim, a 
educação pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A MODERNIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO 
A estrutura educacional instituída pelo marquês de Pombal, posteriormente, foi 
modernizada com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. Mas, antes de 
abordarmos essa mudança na Educação, vamos entender o que motivou a vinda da 
família real ao território brasileiro. 
 
O ano é 1799 
 
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A tradição de coroação dos imperadores 
determinava que o imperador deveria se 
ajoelhar diante do representante da igreja, 
que colocaria a coroa em sua cabeça. 
Essa ação, mostrava que o imperador 
estava em uma posição de submissão ao 
poder religioso. Napoleão Bonaparte, em 
sua coroação, mudou essa tradição. Não 
permitiu que o papa Pio VII colocasse a 
coroa sobre a sua cabeça. Antes, decidiu 
que se coroaria imperador da França. Com 
essa atitude, Napoleão, influenciado pelos 
ideais iluministas, estava dizendo que o 
seu poder estava acima da Igreja.
 
 
A primeira medida de D. João VI ao chegar ao Brasil foi a abertura dos portos às nações 
amigas. Essa atitude foi de crucial importância para reverter a condição do Brasil de 
colônia de Portugal, pois rompeu com o monopólio comercial da metrópole portuguesa 
até então existente. A partir de então, todos os países poderiam negociar livremente em 
portos brasileiros. Ao retornar a Portugal em 1821, D. João deixa seu filho D. Pedro no 
comando do Brasil. Em 1822, D. Pedro assume o governo brasileiro, agora como D. Pedro 
I. Sua breve administração se encerra em 1831, quando abdica do trono. Como sucessor, 
ele deixou seu filho, D. Pedro II, que ainda era uma criança. Inicia-se, assim, o Período 
Regencial no Brasil. Considerando esses três períodos – Período Joanino (1808 - 1821), 
Primeiro Reinado (D. Pedro I) e Período Regencial (1831 - 1840) - elencamos, a seguir, 
algumas mudanças implementadas nos âmbitos social, político e econômico, e 
na Educação. 
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PERÍODO JOANINO 
 
Criação da Imprensa Régia 
A importação de máquinas permitiu, pela primeira vez, a impressão oficial e a circulação 
de ideias na corte do Rio de Janeiro. No mesmo ano, surgiu o primeiro jornal impresso no 
Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro. 
Criação do Jardim Botânico 
A extensa variedade de exemplares da flora tropical atraiu uma série de pesquisadores e 
estudiosos estrangeiros. 
Criação de uma biblioteca com quase 60 mil volumes trazidos nos navios 
Essa biblioteca daria origem à futura Biblioteca Nacional, localizada no Rio de Janeiro, 
uma das maiores do mundo. 
Criação das escolas de ensino superior na Bahia e no Rio de Janeiro 
Essas escolas foram criadas com o objetivo de atender às necessidades de instrução dos 
filhos da nobreza e da aristocracia brasileira. Até então, uma colônia não poderia ter 
cursos de educação superior. A criação dessas escolas foi um dos marcos do processo 
de desenvolvimento de uma identidade própria do Brasil. Esse processo se estendeu até 
1810. 
 
Missão cultural francesa 
Teve como principal destaque o artista Jean Baptiste Debret*, que, em suas telas, retratou 
modos e costumes da vida urbana da cidade do Rio de Janeiro. 
*Jean Baptiste Debret: Pintor, desenhista, decorador e professor francês, que, em 1785, 
ingressou na Academia Real de Pintura e Escultura da França. Em 1798, passou a 
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colaborar em trabalhos decorativos para edifícios públicos e residências particulares com 
arquitetos, como Percier e Fontaine. 
Debret, em 1806, iniciou um projeto de criação de obras que ilustrassem as vitórias de 
Napoleão. Dentre essas obras, destaca-se “Napoleão homenageia a coragem infeliz”. Por 
essa obra, Debret recebeu uma menção honrosa do Instituto de França. 
Debret chegou ao Brasil em virtude de uma convocação de Lebreton, secretário da Escola 
de Artes da França, que, atendendo a uma solicitação de D. João, estava criando uma 
Escola de Artes e Ofícios no Brasil. Era a chamada “Missão Francesa”. 
Fonte: Frazão, 2019. 
 
Criação do Museu Real 
O acervo do museu, mais tarde, daria origem ao Museu Nacional. 
 
PRIMEIRO REINADO 
 
Constituinte de 1823 é dissolvida 
O imperador decidiu dissolver a constituinte de 1823, entre outras razões, por apresentar 
um projeto de constituição em que as ideias liberais eram predominantes, o que limitava o 
poder do imperador. 
 
Primeira constituição do Brasil 
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A outorga da primeira Constituição do Brasil pode ser entendida como um ato autoritário 
e conservador por parte de D. Pedro I e do grupo de portugueses que o apoiava. 
 
Proposta de adoção do método Lancaster* em escolas primárias 
*Método Lancaster: Também conhecido como sistema monitorial, foi desenvolvido por 
Andrew Bell e Joseph Lancaster, na Inglaterra, no final do século XVIII. 
Esse método foi desenvolvido no contexto da Revolução Industrial. 
A Inglaterra estava passando por um processo de urbanização, impulsionado pela 
industrialização dos meios de produção. 
O método Lancaster consistia em transmitir o conhecimento técnico de forma mais 
rápida à nascente classe operária, com o objetivo de torná-los aptos a atuar nas 
indústrias. 
Para isso, eram selecionados os melhores alunos (decurião) das turmas para que 
atuassem como monitores dos demais (decúria). Garantia-se, assim, a formação do maior 
número de operários com menos recursos. 
Esse foi o primeiro método oficial de ensino implementado no Brasil, que marca o início 
da descolonização e da instituição do Estado nacional. Nesse ano, também foram criados 
dois cursos jurídicos, em São Paulo e no Recife. Além disso,ocorreu a transformação de 
alguns cursos superiores em faculdades isoladas. 
 
PERÍODO REGENCIAL 
 
Ato adicional 
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Em pleno período regencial, ocorreu uma reforma na constituição que deixou marcas na 
Educação. O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar, o secundário e a formação de 
professores seriam responsabilidade das províncias. O Ensino Superior ficaria a cargo do 
poder central. Oficializou-se a descentralização do ensino. 
 
Primeira escola normal 
Em Niterói, então província do Rio de Janeiro, é fundada a primeira escola normal do país. 
Em seguida, surgiram as escolas normais de Minas Gerais. 
 
Escola normal da Bahia 
Nesse ano, ocorreu a fundação da escola normal na Bahia. 
 
Definição do Pedro II como escola modelo 
O colégio Pedro II passou a ser o estabelecimento-modelo do estudo secundário. A 
suposta descentralização de 1834 foi desrespeitada com a criação da escola pelo regente 
Araújo Lima para atender aos filhos daqueles que faziam parte da elite intelectual do país. 
 
Saiba mais 
No Segundo Reinado (1840-1889), no governo do imperador D. Pedro II, as mudanças 
seguiram inexpressivas. Para saber qual era o cenário educacional desse período, leia o 
texto “A educação de D. Pedro II, imperador do Brasil” de Marli Quintanilha e Celina 
Murasse. 
 
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Como você percebeu, mesmo depois da Abdicação de D. Pedro I (1834), o Período 
Regencial continuou realizando mudanças no cenário educacional brasileiro. No entanto, 
apesar dessas medidas terem representado uma modernização da estrutura educacional 
implementada por Pombal, as mudanças ocorridas não atenderam às reais necessidades 
da população brasileira. Mesmo no Segundo Reinado (1840-1889), governado pelo 
Imperador D. Pedro II, as medidas no campo educacional foram inexpressivas. Isso 
mostra que, em quase 400 anos de história, não havia sido criada no país uma estrutura 
escolar sólida que permitisse à população plena formação e, consequentemente, 
fornecesse condições de um desenvolvimento que atendesse a todos os cidadãos. 
Quais foram as instituições criadas nesses períodos que resistiram a todas essas 
mudanças de governo, durando até os dias de hoje? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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VERIFICANDO O APRENDIZADO 
5. A partir de 1808, diversas medidas foram implementadas por D. João no campo da 
Educação. Uma delas marcou o início do desenvolvimento de uma identidade própria do 
Brasil. Marque a alternativa que corresponde a essa medida: 
a) Adoção do método Lancaster nas escolas primárias. 
b) Criação das escolas de ensino superior na Bahia e no Rio de Janeiro. 
c) Criação de uma biblioteca com quase 60 mil volumes trazidos nos navios. 
d) Decreto do Ato Nacional com a descentralização do ensino. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa B está correta. 
 
De fato, com a chegada da Família Real, em 1808, as transformações ocorridas na Colônia 
foram contrastantes com aquela realidade encontrada. Uma colônia, por exemplo, não 
poderia ter escolas de ensino superior, pois somente a metrópole poderia fornecer esse 
nível de instrução. O príncipe regente, D. João, quis que estas mudanças pudessem dar 
condições à Corte de se sentir menos impactada por viver longe de seu país, Portugal. Por 
isso, criou as escolas de ensino superior na Bahia e no Rio de Janeiro, com o objetivo de 
atender às necessidades de instrução dos filhos da nobreza e da aristocracia brasileira. 
Inicia-se, assim, o processo de independência do Brasil, ainda que, obviamente, não fosse 
o interesse da monarquia. 
 
 
 
 
 
 
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6. Em 1834, durante o período regencial, foi criado o Ato Adicional, medida que afetou 
diretamente a Educação. Em que consistia essa medida? 
a) O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar, o Secundário e a formação de 
professores seriam responsabilidade das províncias. O Ensino Superior ficaria a cargo do 
poder central. 
b) O Ato Adicional implementou as aulas régias no Ensino Primário e definiu que a 
formação de professores seria responsabilidade das províncias. 
c) O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar, o Secundário e a formação de 
professores seriam responsabilidade central da Metrópole. 
d) O Ato Adicional definiu que o Ensino Elementar seria responsabilidade da metrópole e 
incluiu nesse nível de instrução as disciplinas régias. 
 
Comentário 
Parabéns! A alternativa A está correta. 
O Ato Adicional correspondeu a uma reforma na constituição que deixou marcas na 
Educação. Essas medidas oficializaram o processo de descentralização do ensino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Como vimos, o projeto de educação iluminista nasceu no contexto das transformações 
ideológicas (Iluminismo), econômicas e de produção (Revolução Industrial), políticas e 
sociais (Revolução Francesa), que marcaram o fim do século XVIII, dando origem à Idade 
Contemporânea. Tendo como principal objetivo o combate ao modelo educacional 
anterior, baseado na autoridade religiosa e sob tutela da monarquia, esse projeto trouxe 
uma proposta de educação laica e pública. 
O Estado, a partir de então, assumiria a responsabilidade de educar o cidadão, tendo 
como base a chamada “razão iluminista”. Eles tinham como objetivo formar plenamente o 
homem contemporâneo a partir da construção de um conhecimento baseado fortemente 
em princípios científicos e longe de qualquer influência religiosa. Esse projeto de 
Educação, no entanto, não conseguiu oferecer à população brasileira a educação 
necessária para uma formação efetiva. Foi necessário esperar um pouco mais para que 
essa proposta de uma educação efetiva começasse a ser delineada. 
REFERÊNCIAS 
AZEVEDO, Fernando. O sentido da educação colonial. In: A cultura brasileira. Rio de 
Janeiro: Serviço Gráfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1943. 
FERRARI, Márcio. Condorcet, a luz da Revolução Francesa na escola. 
FRAZÃO, Dilva. Immanuel Kant. 
FRAZÃO, Dilva. Jean-Baptiste Debret. 
FRAZÃO, Dilva. Leonardo da Vinci. 
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FRAZÃO, Dilva. Luís XVI da França. 
KANT, I. Resposta à pergunta: o que é o Iluminismo. In: KANT, I. A paz perpétua e outros 
opúsculos. Lisboa: Edições 70, 1995. 
LE FORT, G. A última do cadafalso. Petrópolis: Vozes, 1988. 
PRIOZZI, P. Rousseau e Condorcet: educação pública versus educação estatal. Educação 
e Sociedade. Campinas, v. 37, nº. 135, p.337-348, abr.-jun., 2016. 
SOËTARD, M. Jean-Jacques Rousseau. Recife: Massangana, 2010. 
ROUSSEAU, J. Emílio ou da educação. São Paulo: Martins Fontes, 1995. 
TRIGUEIROS, A. O negócio jesuítico e o papel da política regalista portuguesa. In: Revista 
Brotéria. v. 169, 2009. p. 149-168. 
EXPLORE MAIS 
• Notas sobre o Iluminismo na escola, de Ana Paula Rosendo 
• A introdução do método Lancaster no Brasil: História e Historiografia, de André Paulo 
Castanha 
• Contextos, práticas e instituições: o Ensino Secundário e a organização de repertórios 
pedagógicos no Segundo Reinado, de Carlos Eduardo Dias Souza. 
• Resposta à pergunta: “O que é o Iluminismo?”, de I. Kant. 
• Quem foi Marquês de Pombal? 
CONTEUDISTAS 
Joana Darc Venancio 
Antonio Sergio Giacomo Macedo

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