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biossegurança aplicada a depilação

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HABILIDADES E 
TÉCNICAS DE 
DEPILAÇÃO E 
EPILAÇÃO
Letícia Priscila 
Fogliatto
 
Biossegurança aplicada 
à depilação
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Identificar os riscos associados às técnicas de depilação e epilação.
  Aplicar os processos de controle e riscos.
  Definir os processos de gerenciamento de resíduos.
Introdução
Atualmente, a área da estética é uma das que mais cresce no mundo. 
Com isso, prestadores de serviços estéticos devem enquadrar-se nas 
exigências da Vigilância Sanitária. Os profissionais da área devem estar 
cientes da existência dos riscos físicos, químicos e biológicos que as ativi-
dades podem acarretar na sua saúde e na de clientes. É importante que 
os prestadores de serviços trabalhem de forma transparente, seguindo 
todas as medidas preventivas básicas de biossegurança. 
 Neste capítulo, você vai identificar os riscos associados às técnicas de 
trabalho, os processos de controle e as dinâmicas corretas de descarte 
de resíduos dentro de um estabelecimento de estética. Além disso, co-
nhecerá as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa).
Processos de biossegurança na profissão 
de estética
Assim como todas os profi ssionais da área da saúde, aqueles que trabalham 
na área estética devem presar pela prezar pela segurança de clientes e demais 
trabalhadores. Nesse sentido, ações preventivas de biossegurança têm ocorrido 
em estabelecimentos como salões de beleza e clínicas de estética. 
A profissão da estética ainda é relativamente nova. A partir da sanção da 
Lei nº 12.592/12 (BRASIL, 2012), foram reconhecidos os profissionais da área, 
sendo eles os cabelereiros, barbeiros, maquiadores, esteticistas, depiladores, 
manicures e pedicures. É importante destacar que essa lei menciona que os 
profissionais da área da beleza devem seguir todas as normas estabelecidas 
pela Anvisa. Ademais, devem utilizar materiais esterilizados em atendimentos 
em cabines. 
Ainda que a área da beleza esteja em crescimento, é possível afirmar que 
existem profissionais atuando sem muitos conhecimento. Isso acontece pela 
falta de qualificação desses indivíduos, o que envolve riscos. É imprescindível 
possuir capacidades técnicas para atuar na área. Por meio de um conhecimento 
da anatomia da pele, o profissional deve saber identificar qualquer alteração 
antes de realizar algum procedimento. Muitos são os microrganismos que 
podem ser transmitidos e disseminados por serviços de beleza por vias de 
transmissão como a pele e mucosas. 
O profissional que pretende iniciar uma carreira empresarial dentro do 
ramo da estética precisa, primeiramente, fazer uma visita junto à prefeitura 
ou Sebrae de sua cidade. Lá, deve obter um CNPJ para que depois se iniciem 
os processos de vistorias de bombeiros para obtenção de um licenciamento 
de funcionamento e de um alvará sanitário da Vigilância Sanitária. Nessas 
vistorias, será observado se o profissional possui capacitação para exercer 
sua função. Outro aspecto importante são as medidas de biossegurança, 
como a disposição física do local, uma boa iluminação e ventilação. Essas 
são algumas das exigências da Vigilância para qualquer empreendimento. 
A exigência de uso de equipamentos de proteção individualal (EPIs) e equi-
pamentos de proteção coletiva (EPCs) podem variar de acordo com a cidade 
e estado. 
Biossegurança aplicada à depilação2
Os EPIs são equipamentos que os profissionais devem utilizar durante um atendimento 
para evitar a contaminação por microrganismos. São eles: 
  luvas descartáveis; 
  toucas descartáveis;
  máscaras descartáveis;
  jaleco de tecido resistente;
  óculos de proteção. 
Mesmo que o profissional faça uso de luvas, é indispensável que lave as mãos antes 
e depois de qualquer procedimento. 
Os EPCs são equipamentos de uso coletivo. Profissionais e clientes devem estar 
em locais de tamanho adequado, com paredes claras e pisos laváveis, iluminação e 
ventilação. Deve haver extintores e placas de sinalização, lixeiras com pedal e, caso 
sejam necessárias, caixas para itens perfurocortantes. Deve haver, também, uma pia 
para lavagem dos materiais e das mãos. 
Fonte: Moreno (2015).
Conforme Tonetta e Agostini (2017, p. 2-3),
A Anvisa (2014) determina como normas de biossegurança para qualquer serviço 
de salão de beleza, cabelereiro, barbeiro e afins: ser independente de residência, 
possuir local próprio para a lavagem de materiais, estar sempre limpo e arejado, 
limpar a cada cliente pentes, escovas, bobies, etc., utilizar toalhas limpas a cada 
cliente, utilizar somente produtos com registro na Anvisa, manter cadeiras e col-
chões de maca revestidos com material impermeável, possuir licença sanitária, não 
utilizar produtos contendo formol e manter rotina de esterilização de materiais.
Diferentes técnicas de depilação e epilação 
e suas características 
Na área da beleza, existem profi ssionais que fazem diferentes tipos de ati-
vidades, seja dentro de um salão de beleza, clínicas de estética, spas ou em 
atendimentos domiciliares. Dentre esses profi ssionais, destacam-se os de-
piladores: sua função é retirar os pelos indesejáveis dos clientes, sendo eles 
homens ou mulheres. 
3Biossegurança aplicada à depilação
A depilação é uma prática antiga. Segundo pesquisas, no antigo Egito as 
mulheres eram adeptas da depilação. Nesse contexto, com a mistura de alguns 
ingredientes, fazia-se a remoção dos pelos. 
Diz-se que as egípcias teriam sido as primeiras a utilizar o extrato de sân-
dalo, a argila e o mel de abelha. Esses ingredientes dariam origem à depilação 
com ceras que conhecemos hoje. Segundo crônicas dos anos 2000 a.C., cidadãs 
da Grécia antiga também não suportavam pelos. Elas inventaram o primeiro 
instrumento de depilação de que se tem notícia: o estrigil, uma varinha de 
16 a 30 cm de comprimento, com a ponta curva (SERVIÇO NACIONAL DE 
APRENDIZAGEM COMERCIAL, 2010). 
As práticas da depilação e da epilação possuem a mesma finalidade: eli-
minar os pelos do corpo. A única diferença entre elas é que a depilação faz 
a retirada superficial do pelo (lâminas e cremes depilatórios) e a epilação 
faz a remoção total (ceras, pinças, luz pulsada ou laser), tendo o efeito mais 
duradouro (RIBEIRO, 2010). 
Independentemente da prática que for utilizada para remoção dos pelos, 
sempre haverá riscos. Em um processo remoção com cera quente, o pelo 
pode vir a encravar e até mesmo causar uma foliculite. Geralmente, a cera 
quente é aquecida em panelas elétricas ou micro-ondas. Em qualquer um 
desses processos, deve-se ter um cuidado em relação à temperatura, para 
que não haja queimaduras no cliente. A temperatura da cera deve perma-
necer em torno de 40°C. O processo para remoção pode ser feito por meio 
de uma faixa ou apenas com um palito de madeira ou pau de laranjeira. A 
cera deve ser aplicada na região a ser depilada, no sentido em que o pelo 
cresce, sendo retirada em sentido contrário. Quando se trabalha com cera 
quente, deve-se ter alguns cuidados básicos quanto à higiene. Como o aque-
cimento é realizado por panela elétrica, o ideal é utilizar um revestimento 
de plástico próprio para aquecimento, separando a quantidade adequada 
de cera para aquele cliente. Com isso, evita-se a contaminação por bacté-
rias. As espátulas utilizadas devem ser descartáveis. A cera quente não é 
indicada para pessoas com peles muitos sensíveis, pois o calor pode vir a 
causar queimaduras e dilatar os vasos sanguíneos. Além disso, pode causar 
inflamações locais e deixar cicatrizes. Deve haver muita cautela quando se 
trabalha com cera quente (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM 
COMERCIAL, 2010).
O processo de epilação com cera fria é um método mais fácil de realizar, 
pois são vendidas ceras prontas em bandas à base de sacarose. Deve-se 
ter cuidado na hora da aplicação para não arrebentar o pelo. A cera fria 
deve ser utilizada sobre regiões com pele resistente, como pernas e braços.Biossegurança aplicada à depilação4
Para outras regiões, o método não é indicado (SERVIÇO NACIONAL DE 
APRENDIZAGEM COMERCIAL, 2010). 
O aparelho roll-on é outra técnica utilizada para o aquecimento da cera. 
Geralmente, essa técnica é utilizada nas regiões das pernas, costas, peito e 
glúteos. A temperatura do aparelho roll-on pode variar entre 36°C e 38°C. 
O aparelho mantém-se nessa temperatura, evitando o risco de queimaduras. 
Esse processo pode oferecer vantagens, pois a cera é espalhada em uma 
área grande de maneira rápida, em camadas finas e uniformes. Mesmo que 
o roll-on tenha suas vantagens, deve-se ter cuidados: o roll-on jamais deve 
ser utilizado diretamente sobre a pele, pois pode ocorrer a contaminação 
do refil. Esse refil, após utilizado em um cliente, deve ser imediatamente 
descartado. Jamais deve ser utilizado em outra pessoa, pois houve contato 
direto com a pele.
Para a utilização de lâmina, é ideal que a pele seja umedecida com água e 
algum produto espumante, para não haver irritações ou infecções nas regiões 
depiladas. Esse método utilizado sobretudo em homens para a remoção dos 
pelos da barba. Entretanto, muitas mulheres ainda fazem o utilizam, já que 
se trata de um método econômico. Em mulheres, a lâmina é empregada nas 
regiões das axilas, virilhas e pernas.
O processo com luz intensa pulsada consiste na liberação de cores pela 
luz, provocando o aquecimento da raiz do pelo e a coagulação das proteínas 
do bulbo. Isso causa uma atrofia, fazendo com que haja a destruição total do 
pelo. Essa técnica possui um feixe de luz não contínuo. Sendo assim, ele age 
no pigmento do pelo, com durabilidade de 6 a 8 meses. A epilação com laser 
é o método mais eficaz para a remoção dos pelos. Trata-se de uma técnica 
que emite um feixe de luz intenso e contínuo por meio de disparos, agindo 
diretamente sobre a raiz do pelo (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZA-
GEM COMERCIAL, 2010).
Riscos associados a práticas de depilação 
e epilação 
A cada novo cliente, o profi ssional deve deixar preparada a sala de atendimento, 
com todos os instrumentos de trabalho próximos, limpos e próprios para uso 
imediato. Sobre a maca, deve haver um lençol descartável. O cesto de lixo 
deve possuir pedal para acionamento de abertura e um saco plástico de cor 
branca leitosa identifi cado com o símbolo e frase de risco biológico. Deve 
ser utilizado para o descarte dos resíduos de cera e materiais descartáveis 
5Biossegurança aplicada à depilação
utilizados naquele procedimento. Jamais deve haver reaproveitamento de 
cera depilatória, pois a reutilização traz riscos de contaminação por fungos 
e bactérias. Do mesmo modo, as espátulas de madeira e os lençóis devem 
ser descartáveis. A cada novo cliente, todos os procedimentos de higiene e 
assepsia devem ser repetidos (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM 
COMERCIAL, 2010). 
 Um cuidado importante no processo de epilação com cera: a pele precisa 
estar totalmente limpa, sem oleosidade, cremes ou desodorantes. No entanto, 
o profissional deve ter em sua cabine um produto pré-depilatório para fazer a 
higienização da área, podendo ser um gel, loção ou sabonete líquido. Após a 
epilação, usa-se um produto para remoção de resíduos de cera na pele, além de 
uma loção adstringente para fechar os poros. Evita-se, assim, possíveis infec-
ções. O cliente deve ser informado que, após a epilação nas axilas, não deve 
fazer o uso de desodorante por 24 horas. O desodorante pode causar irritação 
em função do álcool na composição. Em outras regiões, deve-se orientar o 
cliente a fazer uso de hidratantes para reduzir os riscos de irritação e ajudar 
a prevenir dermatites de contato. Além desses cuidados, alguns profissionais 
utilizam talco para proteger a pele, pois ele ameniza o calor da cera. Entretanto, 
esse talco deve ser antisséptico para evitar alergias (SERVIÇO NACIONAL 
DE APRENDIZAGEM COMERCIAL, 2010).
A lâmina é um método muito conhecido e prático. Ao contrário do que 
muitos pensam, a lâmina não engrossa o fio: como é cortada a haste do pelo, 
ao crescer a sensação é de os fios estarem grossos. Existem lâminas de dife-
rentes tipos, com formatos e cores femininas e masculinas. É recomendado 
que, após o uso, a lâmina deva ser descartada, não podendo ser reaproveitada, 
mesmo que seja de uso próprio. 
A depilação com cremes depilatórios geralmente é um procedimento do-
méstico. Basta aplicar o creme sobre a região, aguardar um período e fazer a 
retirada. Essa técnica é mais utilizada por aquelas pessoas que são sensíveis 
à dor. Por ser um processo com substancias químicas, consiste em destruir 
o pelo. Uma das vantagens é que não há dor e o crescimento do pelo é mais 
lento. Porém, esses cremes depilatórios possuem substâncias químicas em 
sua formulação que não devem ser aplicadas sobre a face ou sobre peles com 
problemas dermatológicos. O recomendado é fazer um teste de sensibilidade, 
pois essas substancias podem alterar o pH da pele, causando irritação ou 
alergia (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL, 2010). 
A epilação com fio, também chamada de epilação egípcia, é um procedi-
mento que não tem contra indicações. Por tratar-se de um método delicado, 
Biossegurança aplicada à depilação6
geralmente esse processo é realizado na região da face. É qual para a retirada 
de pelos curtos. A linha deve ser 100% algodão para evitar possíveis lesões. 
De preferência, deve ter cor branca para que o profissional possa identificar 
os pelos a serem retirados. Podemos dizer que esse método é o mais indicado, 
pois não provoca alergias: não utiliza nenhum produto químico, não provoca o 
aparecimento de manchas, bolhas, cortes ou queimaduras. Além disso, trata-se 
de uma técnica higiênica (SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM 
COMERCIAL, 2010).
O método com a luz intensa pulsada envolve alguns cuidados importantes. 
Sua eficácia depende dos fototipos: uma pele bronzeada não apresenta bons 
resultados, podendo haver hipopigmentação (manchas claras) ou hipercromias 
(manchas escuras). Outras complicações podem surgir, como a dor. Eritema 
e edema podem regredir após algumas horas. Também há risco de bolhas, 
crostas e erosões. Essa técnica é uma boa opção para quem sofre de foliculite, 
pois age diretamente sobre a raiz do pelo. 
A Figura 1 ilustra a proteção que os EPIs oferecem ao cliente e ao pro-
fissional. O Quadro 1 traz os cuidados e as contraindicações para uso da luz 
intensa pulsada.
Figura 1. No procedimento de depilação a laser, profissional e cliente devem 
estar devidamente protegidos com EPIs. 
Fonte: Pinheiro (2018).
7Biossegurança aplicada à depilação
Fonte: Adaptado de Borges (2012).
Cuidados Contraindicações 
Utilizar protetor solar e evitar 
ao máximo expor-se ao sol 
durante o tratamento. 
Não se expor ao sol por pelo menos 
quatro semanas antes do tratamento. 
Em caso de eventuais bolhas ou 
queimaduras, utilizar pomada 
à base de hidrocortisona. 
Sinais de infecção e inflamação de 
pele, doenças inflamatórias na pele. 
Hidratação diária sobre a pele. Gestantes e lactantes. 
Evitar deixar cair água muito 
quente sobre o local no 
mesmo dia da aplicação. 
Pacientes com diabetes descontrolada 
e com distúrbios hormonais. 
Não utilizar maquiagem para evitar a 
formação de crostas ou descamação. 
Pigmentação irregular e que não seja 
por lúpus eritematoso sistêmico. 
Quadro 1. Cuidados e contraindicações no procedimento com luz intensa pulsada
Para uma epilação eficaz e sem danos, o profissional deve realizar uma 
anamnese (avaliação) criteriosa do cliente. A seguir, devem ser avaliadas 
cor, espessura do pelo e fototipo para que se possa estabelecer qual a me-
lhor potência e tempo de cada disparo sobre a região. Tanto o profissional 
quanto o cliente devem estar utilizando EPIs, como óculos de proteção 
(BORGES, 2010).
No aparelho de depilação a laser, as ponteiras de resfriamento que entram 
em contato com a pele do cliente são descartáveis. Portanto, a cada cliente, 
devem ser trocadas. Devem ser manuseadascom a utilização de luvas para não 
haver a criação de impressões digitais ou resíduos que podem contaminar o 
dispositivo plástico. Durante o procedimento, deve-se estar atento ao dispositivo 
plástico a cada cinco a dez disparos, pois pode haver presença de resíduos 
ou danos. É indicada a limpeza com gaze umedecida em álcool 70%. Caso a 
ponteira não possa ser limpa com álcool 70%, a mesma deve ser trocada por 
uma nova (LUMENIS, 2009). 
O laser pode acarretar algumas complicações caso não se realize uma 
anamnese detalhada do cliente ou por um mal manuseio do aparelho. Portanto, 
o profissional que trabalha com esse procedimento deve ter um conhecimento 
de pele, entender a fisiologia e anatomia do pelo, bem como saber identificar 
Biossegurança aplicada à depilação8
as contraindicações. Outro item importante, nessa área, é a manutenção dos 
aparelhos, para que haja um resultado satisfatório. 
Algumas complicações e intercorrências podem acontecer durante o pro-
cedimento, como a formação de crosta. Essa é uma das complicações mais 
comuns, mas geralmente as crostas desaparecem em duas semanas. Coceira 
durante o procedimento, bolhas, sensação de calor, púrpura, hiperemia e 
edema entre também podem ocorrer.
Quando feita utilizando-se o procedimento a laser, a epilação diminui muito 
a densidade pilosa, mas não acaba com os pelos. Conforme a região do corpo, 
a cor da pele e do pelo, é possível atingir 90% de remoção pilosa com a média 
de cinco sessões. O resultado a longo prazo é favorecido com a característica 
dos pacientes (conforme cor de pele e pelo) e pela escolha certa do fluxo de 
energia — ou seja, a potência maior que 20 J/cm2 (BORGES, 2012). 
Todo e qualquer aparelho estético deve ter um registro da Anvisa (Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária) para que possam estar a venda no mercado, 
com isso certifica-se que os mesmos estão em conformidade a normas que 
se aplicam, além de ter certificação do Instituto Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) (SILVA, 2014). 
Descarte correto de resíduos em processos 
de depilação 
Após um atendimento de depilação, é necessário fazer o descarte dos re-
síduos de ceras e materiais utilizados no processo. Para que isso seja feito 
de forma correta, o profi ssional precisa estar atento às normas da Anvisa e 
saber que tipos de resíduos produziu. Todo e qualquer descarte produzido 
por profi ssionais é de responsabilidade total do estabelecimento. Ainda 
que não haja uma regulamentação específi ca para a área da beleza sobre o 
gerenciamento de resíduos, houve uma adaptação, seguindo o regulamento 
da área da saúde. 
“O controle dos resíduos e do descarte final de produtos e insumos é res-
ponsabilidade direta do estabelecimento. Cabe a ele providenciar o treina-
mento dos participantes, planejar e distribuir as tarefas comuns de coleta de 
resíduos, controlar a limpeza e a desinfecção de equipamentos e ambientes” 
(HIRATA; MANCINI FILHO, 2002 apud WARMELING; MOREIRA, 2008, 
p. 4). A destinação correta dos resíduos é uma das ferramentas primordiais 
para externar uma boa imagem do estabelecimento perante seu público e à 
comunidade (WARMELING; MOREIRA, 2008, p. 4).
9Biossegurança aplicada à depilação
Podemos classificar o gerenciamento de resíduos em grupos biológicos, 
químicos, comuns, descartáveis e perfurocortantes. 
Grupo A — Resíduos biológicos: podem causar riscos de infecção, como os que 
têm fungos, bactérias e vírus. 
Grupo B — Resíduos químicos: derivados de substâncias químicas, podendo ser 
inflamáveis, corrosivos, reativos e tóxicos. 
Grupo C — Resíduos radioativos: materiais que contêm radionuclídeos. Encontram-se 
em laboratórios, serviços de medicina nuclear, radioterapia e lâmpadas utilizadas em 
camas de bronzeamento artificial. 
Grupo D — Resíduos comuns: não apresentam riscos químicos e biológicos. São de 
uso doméstico que incluem os resíduos orgânicos e recicláveis. 
Grupo E — Resíduos perfurocortantes: têm pontas capazes de cortar ou perfurar.
O descarte desses resíduos gerados em estabelecimentos de beleza faz parte 
da biossegurança. A Anvisa determina que o manejo de resíduos são ações 
que devem seguir etapas de segregação, acondicionamento, identificação, 
transporte interno, armazenamento (o recolhimento deve ser feito por uma 
pessoa treinada para tal função, os resíduos devem ser devidamente acondi-
cionados em sacos específicos amarrados e devem ser levados até uma sala 
de armazenamento temporário, aguardando o transporte externo) coleta e 
transporte externo (é realizado semanalmente por profissionais de empresas 
ternadas e veículos identificados para tal atividade). Todo e qualquer resíduo 
deve estar em sacos de acondicionamento devidamente identificados, em 
recipientes para coleta interna e externa de fácil visualização. Lembrando que 
toda e qualquer lixeira deve possuir pedal para que não haja contato manual 
(GARCIA; MOSER, 2006).
Podemos observar que as formas de depilação e epilação são muitas, e 
cada uma possui suas características individuais, vantagens e desvantagens. 
Portanto, cabe ao profissional analisar o cliente para indicar o melhor método. 
Devem estar claros os processos a ser realizados, desde a anamnese até o 
pós-procedimento. Em um processo com cera, laser ou luz intensa pulsada, o 
profissional deve seguir todas normas exigidas pela Anvisa, como o descarte 
correto de materiais descartáveis. Não se deve reutilizar cera, no intuito de 
evitar contaminação bacteriana.
Biossegurança aplicada à depilação10
Independentemente de onde o profissional atua, a Anvisa determina que deve 
haver um local próprio para a lavagem de materiais, que deve estar sempre limpo 
e arejado. A cada atendimento, todos os materiais utilizados devem ser descartados; 
além disso, toalhas limpas devem ser utilizadas a cada novo cliente. Somente pro-
dutos com registro na Anvisa podem ser utilizados. Manter cadeiras e colchões de 
maca revestidos com material impermeável e apresentar licença sanitária também 
são requisitos, além de não utilizar produtos contendo formol. Manter rotina de 
esterilização dos materiais em procedimentos invasivos é, também, uma necessidade 
(TONETTA; AGOSTINI, 2017). 
1. No Brasil, existe uma fiscalização em 
estabelecimentos da área da beleza. 
Desse modo, todos os profissionais 
precisam estar atentos às normas 
da Anvisa. Marque a resposta que 
contenha duas dessas normas esta-
belecidas.
a) Jaleco resistente e conhecimento 
da anatomia da pele.
b) Local próprio para lavagem de 
materiais e utilização produtos 
com registro na Anvisa.
c) Licença Sanitária e utilização de 
produtos artesanais.
d) Não utilizar produtos com formol 
e trocar as tolhas ao final do 
expediente..
e) Local limpo e arejado e lixeiras 
com tampa.
2. Dentre as profissões da beleza que 
mais crescem no mercado, desta-
camos a depilação. São muitos os 
métodos utilizados por depiladores. 
Há, porém, uma diferença entre depi-
lação e epilação. Marque a principal 
diferença entre essas duas técnicas.
a) Epilação faz a remoção total do 
pelo utilizando cremes depila-
tórios.
b) Depilação faz a remoção superfi-
cial utilizando pinça.
c) Depilação faz a remoção parcial 
utilizando a luz pulsada.
d) Epilação faz a remoção total do 
pelo com cera quente.
e) Depilação faz a remoção total 
utilizando lâmina.
3. Um profissional faz um processo de 
epilação com cera em um cliente. 
Sabendo das normas da Anvisa 
sobre o descarte dos resíduos de 
cera, marque a opção correta.
a) As espátulas de madeira podem 
ser reutilizadas, pois não há riscos 
de contaminação.
b) A reutilização de cera traz riscos 
de contaminação por fungos e 
bactérias.
c) Os procedimentos de higiene e 
assepsia devem ser feitos pelo 
menos uma vez ao dia.
11Biossegurança aplicada à depilação
d) O cesto de lixo deve possuir 
pedal para acionamento de aber-
tura e um saco plástico preto.
e) Os lençóis não precisam ser 
trocados a cada cliente se não 
houve resíduos.
4. A epilaçãocom luz intensa pulsada 
ou laser emite feixes de luz, pro-
vocando um aquecimento da raiz 
do pelo, atrofiando-o e fazendo 
com que haja sua destruição total. 
O profissional deve estar atento a 
cada tipo de epilação e cada cliente. 
Assim sendo, identifique as possíveis 
complicações entre as duas técnicas.
a) Laser pode provocar uma hipo-
pigmentação; luz intensa pulsada 
pode provocar dor.
b) A luz intensa pulsada pode 
provocar coceira após o proce-
dimento; laser provoca edema 
durante o procedimento.
c) Laser pode vir acompanhado de 
dor; luz intensa pulsada pode 
provocar coceira durante o 
procedimento.
d) A fotodepilação pode causar hi-
percromias; laser pode provocar 
a formação de crostas durante o 
procedimento.
e) Laser pode vir acompanhado de 
coceira durante o procedimento; 
luz intensa pulsada pode pro-
vocar a formação de púrpura.
5. O gerenciamento e o descarte de 
resíduos produzidos por um estabe-
lecimento é de sua inteira responsa-
bilidade. Uma das ferramentas para 
manter a boa imagem do estabeleci-
mento perante a comunidade é seu 
bom gerenciamento. Sabendo disso 
e considerando a classificação de 
gerenciamento de resíduos, marque 
a alternativa correta.
a) Resíduos biológicos podem 
causar riscos de infecção, pela 
presença de fungos, bactérias e 
vírus. 
b) Resíduos químicos são aqueles 
de uso doméstico, o que inclui 
resíduos orgânicos e recicláveis.
c) Resíduos comuns podem ser 
inflamáveis, corrosivos, reativos 
ou tóxicos. 
d) Resíduos perfurocortantes são 
materiais que contêm radionu-
clídeos.
e) Resíduos radioativos são objetos 
que possuem pontas capazes de 
cortar ou perfurar.
BORGES, F. dos S. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 
2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Phorte, 2010.
BRASIL. Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012. Dispõe sobre o exercício das ativida-
des profissionais de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador 
e Maquiador. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 20 jan. 2012. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12592.
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Biossegurança aplicada à depilação12
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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