Buscar

EXER CIAMB QUEST 3 (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Thais Rocha Timóteo de Araújo 
	UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
	DISCIPLINA: CIÊNCIAS DO AMBIENTE 
	2020-2
	ATIVIDADE 03
	PROFESSOR: ROBERTO GONÇALVES FREIRE
	QUESTIONÁRIO
	EXERCÍCIO SIMULADO
	
 QUESTÕES 
01 – Sob qual estratégia foi concebida a Política Pública brasileira para atingir as metas de conservação da biodiversidade?
R: As estratégias foram: 
 · Re-estruturação ampla do setor ambiental do governo, buscando o seu fortalecimento político no âmbito do estado, aliado a capacitação técnica de pessoal, a divisão de responsabilidades com os estados e municípios, ampliação dos sistemas de co-gestão com a sociedade civil organizada, e inserção da conservação de biodiversidade nos demais setores do governo, tanto no nível de planejamento como no de execução; 
· Elaboração e manutenção de bancos de dados mutuamente compatíveis, e de um mecanismo sistemático de disseminação de informações sobre a rede de unidades de conservação, pertinentes aos aspectos que dizem respeito à diversidade biológica das áreas protegidas, sua composição e ameaças, e os dados gerais sobre as unidades. 
· Desenvolvimento de um programa de pesquisa de longo prazo nas unidades de conservação para a elaboração e implementação de planos de manejo, que incluam aspectos biológicas, geológicas e sócio-econômicos, e uso sustentável de recursos naturais;
 · Apoio e orientação às comunidades indígenas para delinear planos de manejo, incorporando a preservação da biodiversidade como prioridade no uso racional de seus recursos naturais; 
· Desenvolvimento de programas de educação ambiental e apoio (saúde, educação, infra-estrutura e emprego) às comunidades na circunvizinhança das unidades de conservação.
Outras maneiras mais eficientes de atingir esses objetivos de conservação tem sido os workshops regionais para seleção de áreas e ações prioritárias para a conservação. A técnica dos workshops, desenvolvida por organizações não-governamentais e centros de pesquisa, em particular a Conservation International, envolve uma compilação prévia de dados de biodiversidade, distribuição de áreas naturais, antropizadas e indicadores sócioeconômicos, de forma a resumir os principais condicionantes de decisão sobre a base territorial para as ações de conservação. Além dos aspectos biológicos e sócioeconômicos, são avaliados também a integridade dos ecossistemas e as oportunidades de ações de conservação.
02 – Em relação a projetos de desenvolvimento envolvendo obras de engenharia voltadas para a melhoria da infraestrutura nacional, especifique algumas que não estão mais sujeitas a obrigação da Reserva Legal e qual o instrumento legal que assegura esta condição?
R: Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal. Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas por detentor de concessão, permissão ou autorização para exploração de potencial de energia hidráulica, nas quais funcionem empreendimentos de geração de energia elétrica, subestações ou sejam instaladas linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica. 
O instrumento legal que assegura essa condição é a lei.
03) Qual a área preservação permanente(APP) exigida para cursos d’água de até 10m de largura e para aqueles recursos hídricos do tipo veredas ?
R: Para cursos d’água de até 10m de largura, a APP é de 30m. 
Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória a recomposição das faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e encharcado, de largura mínima de: 
 I - trinta metros, para imóveis rurais com área de até quatro módulos fiscais; e
 II - cinquenta metros, para imóveis rurais com área superior a quatro módulos fiscais. 
 III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).
04 ) O que é Zona de Amortecimento (ZA) de uma unidade de conservação/ Uma obra de engenharia em uma ZA está sujeita a qual tipo de estudo?
R: A Zona de Amortecimento (ZA, também chamada de “Zona Tampão”) é uma área estabelecida ao redor de uma unidade de conservação com o objetivo de filtrar os impactos negativos das atividades que ocorrem fora dela, como: ruídos, poluição, espécies invasoras e avanço da ocupação humana, especialmente nas unidades próximas a áreas intensamente ocupadas.
Pela Resolução CONAMA nº 428, de 17 de dezembro de 2010, atividades que possam afetar a zona de amortecimento só terão seu o licenciamento ambiental concedido após autorização do órgão gestor da unidade de conservação que ela circunda, que fará tal decisão mediante devidos estudos ambientais (EIA/RIMA). Se a Unidade foi estabelecida sem a definição de zona de amortecimento, empreendimentos com capacidade de impacto significativo ao ambiente deverão respeitar uma faixa estabelecida de 3 km de distância e serão obrigados a obter o licenciamento.
05) Como Wunder define PSA ?
R: Para Wunder (2006) um esquema PSA é “uma transação voluntária, na qual, um serviço ambiental bem definido ou um uso da terra que possa assegurar este serviço é comprado por pelo menos um comprador de, pelo menos, um provedor, sob a condição de que o provedor garanta a provisão deste serviço (condicionalidade)”.
06) Segundo a definição de Wunder, que condições são necessárias para que se estabeleça o mecanismo de PSA ?
R: Serviço ambiental definido: Deve existir um serviço ambiental muito bem definido cuja manutenção e/ou suprimento seja de interesse para alguém. Este será o “produto” a ser comercializado.
Pagador/Comprador: Alguém (pessoa, empresa, governo, etc.) tem que estar disposto a pagar por este “produto”, no caso, para a conservação e/ou recuperação do serviço ambiental.
Recebedor: Alguém (uma ou mais pessoas, comunidades, empresas, governos, etc.) recebe um recurso financeiro e em troca deve se comprometer a manter e/ou recuperar este serviço ambiental.
Voluntariedade: A transação de pagar e receber por um serviço ambiental deve ser antes de tudo voluntária, ou seja, os envolvidos na transação devem participar porque querem e não por obrigação.
07) Na conceituação de Muradian o que são PSA ?
 R: Para ele PSA são arranjos institucionais que visam “a promoção de transferências de recursos entre atores sociais objetivando a criação de incentivos econômicos e a compatibilização das decisões de uso de terras de indivíduos e/ou comunidades aos interesses sociais de promoção do capital natural”
08) A partir de quando o conceito de serviços ecossistêmicos começa a ser utilizado? Qual o argumento? Que instrumento publicado facilitou a disseminação do conceito?
R: O conceito de serviços ecossistêmicos (SE) começou a ser utilizado nos anos de 1980 por cientistas da conservação norte americanos, como argumento à favor da conservação da biodiversidade. A disseminação da noção de SE serviu para chamar atenção da opinião pública sobre o valor monetário dos ecossistemas em escala global (CONSTANZA et al., 1997). Com a publicação dos resultados da Avaliação Ecossistêmica do Milênio, em 2005, este conceito se espalhou rapidamente nas arenas políticas e científicas, sobretudo em nível internacional (FROGER et al., 2012).
09) O alcance de um programa de PSA, segundo Seroa da Motta, é dependente de quais fatores ?
R: Segundo Seroa da Motta e Ortiz (2012), o alcance de um programa de PSA depende:
(i) da sua capacidade de focalização, ou seja, que o benefício alcance o agente social que dele precise; 
(ii) da sua compatibilidade – que o montante e a periodicidade do pagamento realmente incentivem a mudança de comportamento dos agentes; e
(iii) da sua abrangência – que o programa atinja o maior número possível de provedores de serviços ambientais.
10) O PSA é considerado uma barganha Coasiana, então quais argumentos sustentam esta afirmação ?
R: em vez de responsabilizados pelas emissõesque causam ao desmatar e levados ao banco dos réus, são tratados como provedores de serviços ambientais em potencial. Esta interação estimula a participação de proprietários rurais, seja sugerindo que desistam de utilizar as florestas para fins produtivos, seja estimulando-os a incorporar melhores práticas de uso do solo, diminuindo, consequentemente, a emissão. Esta grande barganha coasiana é chamada Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).
Além disso, há problemas de insegurança nos contratos: no mercado de carbono, por exemplo, o agente comprador é o único responsável pelo cumprimento do que fora estabelecido com o vendedor dos créditos de carbono com reduções nas emissões. Neste caso, é vantajoso para o vendedor de créditos desmatar e depois dizer “que pena, a queimada na roça vizinha fugiu do controle” - passa a ser problema do comprador buscar uma fonte alternativa de carbono, ou securitizar para cumprir com suas obrigações de redução.
11) O que é o problema do risco moral? Quais as saídas apontadas para o problema do risco moral?
R: No único mercado regulado de carbono que atinge os países em desenvolvimento – aquele motivado pelo Mecanismo do Desenvolvimento Limpo (MDL) – encontra-se principalmente projetos que implicam em redução de emissões na fonte, tipicamente em empreendimentos que envolvem mudança de fonte de energia, ou alteração de processos industriais, e não projetos envolvendo florestas, ou mudanças no uso do solo. É o problema do risco moral.
Há três saídas para o problema do risco moral nos contratos do PSA. O primeiro é da internalização: o próprio comprador do benefício ambiental absorve a provisão dos serviços ambientais como parte do seu próprio negócio. Empresas multinacionais podem reduzir emissões numa região de baixa eficiência, e creditar os ganhos internamente em outro filial. Este mesma estratégia diz respeito ao conceito de permuta de reserva legal (“cota de reserva ambiental” na nova versão do Código Florestal), ou mesmo à comercialização de créditos de
carbono para abater reduções impostos pelo regime do clima.
Em muitos casos, utiliza-se outra solução, que é cada vez mais adotada, de PSA. Nela, o Estado assume as responsabilidades, seja garantindo, ou pagando em ultima instância os benefícios ambientais (Veiga and May 2010).
O ultimo caso se refere à ação voluntária por parte de atores do setor privado. Nestes casos basta uma validação, por uma terceira parte, certificando o cumprimento com o objeto do contrato nos termos da redução de emissões e outros aspectos, como a inserção do projeto nos processos do desenvolvimento local e regional, conservação de biodiversidade e da água.
12) EXERCÍCIO SIMULADO: Vamos discutir a teoria do “U” invertido. Estaria nesta teoria uma solução para mitigar a degradação ambiental? Faremos isso na aula do dia 23/03!.

Continue navegando

Outros materiais