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SEPARAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS ÍONS MAGNÉSIO, BÁRIO, CÁLCIO E ESTRÔNCIO GOIÂNIA JANEIRO - 2017 1. INTRODUÇÃO A química analítica qualitativa preocupa-se com o estudo dos constituintes de uma amostra pré- determinada, tornando possível a identificação dos elementos contidos na mesma. Na análise qualitativa, classificam-se os cátions em cinco grupos e cada um desses grupos reagem de forma característica a reagentes específicos, assim, através de uma marcha analítica torna-se viável a análise da amostra, onde identificamos a presença ou ausência de cátions do grupo estudado. Os elementos escolhidos para estudo foram: Magnésio (Mg), Bário (Ba), Cálcio (Ca) e Estrôncio (Sr), todos eles pertencentes ao grupo 2 da tabela periódica que, segundo Atkins (2012), tem como característica marcantes a semelhança das propriedades químicas dos seus elementos. O Magnésio é o metal que apresenta as propriedades mais diferenciadas do restante do grupo. Os íons de magnésio apresentam-se incolores em soluções e seus sais possuem caráter iônico branco ou incolor e são altamente solúveis devido ao seu pequeno tamanho. O hidróxido de magnésio acaba sendo um de seus compostos menos solúveis. O cálcio é o elemento mais abundante dos metais alcalinos terrosos e seus compostos menos solúveis são os carbonatos e oxalatos. O estrôncio possui propriedades intermediárias entre o cálcio e o bário, o que é esperado devido a sua posição na tabela periódica. E por fim, o bário é o elemento mais pesado entre os quatro elementos estudados e seus íons são muito tóxicos. Assim, através de uma observação cuidadosa das reações ocorridas em cada etapa do procedimento experimental, provaremos a presença, ou não, dos cátions Mg 2+ , Ba 2+ , Ca 2+ e Sr 2+ . 2. OBJETIVOS Analisar, separar e identificar os cátions Mg 2+ , Ba 2+ , Ca 2+ e Sr 2+ , confirmando ou não sua presença na amostra apresentada, por meio de reações por via úmida. 3. MATERIAIS E REAGENTES Estante com seis tubos de ensaio; Chapa para banho-maria; Centrifuga; Béquer 300 mL; Papel indicador de pH; Pipeta graduada de 5,0 mL; Cloreto de Magnésio 0,25 mol/L; Cloreto de Estrôncio 0,25 mol/L; Cloreto de Magnésio 0,25 mol/L; Cloreto de Bário 0,25 mol/L; Oxalato de Amônio 0,25 mol/L; Hidróxido de Amônio 0,1 mol/L; Cromato de Potássio 0,1 mol/L; Carbonato de Amônio 1,5 mol/L; Acetato de Sódio 3,0 mol/L; Sulfato de Amônio 2,5 mol/L; Fosfato de Sódio 1,0 mol/L; Acido Acético 6,0 mol/L; 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Em um béquer, foi feita uma mistura de substâncias desconhecidas formando assim a solução problema que deveria ser identificada. I – No tubo 01 foram adicionadas 30 gotas da solução problema. Em seguida adicionou- se 10 gotas de NH4OH 0,1 mol/L sob agitação até o meio se tornar básico, o que foi verificado posteriormente com papel indicador. II - Aqueceu-se o tubo 1 em banho-maria por 5 minutos, onde foi observada a formação de um precipitado branco gelatinoso. Mais 30 gotas de carbonato de amônia 1,5 mol/L foram acrescentadas no tubo, sob agitação, para homogeneizar a mistura. Aqueceu-se novamente por aproximadamente 5 minutos e em seguida o tubo foi levado para a centrífuga. Por fim, o sobrenadante foi transferido para o tubo 02, que foi reservado. III - No tubo 02 verificou-se se ainda haveria formação do precipitado branco gelatinoso e se o mesmo era quantitativo, adicionando duas gotas de carbonato de amônio. Onde, se houvesse , o procedimento anterior deveria ser repetido novamente até não haver formação de precipitado com a adição de carbonato de amônio. IV – Lavou-se o precipitado do tubo 01 com 1,0 mL de água destilada quente. O tubo 01 foi novamente centrifugado e o sobrenadante foi transferido para o tubo 03, que foi reservado. Adicionaram-se, então, no tubo 01, gotas de ácido acético a 6,0 mol/L até a dissolução completa de seu conteúdo. Diluindo-se em seguida, com 2,0 mL de água destilada, a solução do tubo 01. Adicionou-se10 gotas de cromato de potássio 0,1 mol/L, sob agitação. O tubo foi levado para aquecimento em banho-maria e centrifugado para verificação de precipitado amarelo (BaCrO4), que confirmaria a parecença de Ba2+. O sobrenadante foi transferido para o tubo 04. V – No tubo 02, foi adicionado fosfato de sódio 0.1 mol/L para a confirmação da presença de Mg2+ . VI – No tubo 03 foram adicionadas 3 gotas de hidróxido de amônio e 10 gotas de sulfato de amônio 2,5 mol/L, sob agitação, o mesmo foi levado ao banho-maria para aquecer até o ponto de ebulição. Procedimento realizado para a confirmação da presença de Sr2+. VII – No tubo 04 foram adicionadas 3 gotas de oxalato de amônio 0,25 mol/L, sob agitação e o tubo foi centrifugado em seguida. Procedimento realizado para a confirmação de Ca2+. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES I – Após a adição de hidróxido de amônio a solução tornou-se básica, o que pode ser verificado analisando o papel indicador que confirmou um pH 12. II – A formação do precipitado branco gelatinoso no tubo 01 indicou a presença dos íons de magnésio, na forma de hidróxido de magnésio. III – No tubo 02, ainda houve formação de precipitado com a adição de carbonato de amônio. O tubo 02 foi levado novamente ao banho-maria e centrifugado, tendo sido transferido o seu sobrenadante para outro tubo. Onde dessa vez, com a adição de carbonato de amônio, o líquido permaneceu com a coloração transparente e não houve formação de precipitado. IV – A adição de cromato de potássio confirmou a presença de Ba 2+ ao formar um precipitado de coloração amarela (BaCrO4). V – Com a adição de fosfato de sódio no tubo 02 confirmou-se a presença de íons Mg 2+ pois formou-se um precipitado branco cristalino (MgNH4PO4.6H2O). VI – A adição de hidróxido de amônio 0,1 mol/L e sulfato de amônio 2,5 mol/L confirmaram a ausência de Sr 2+ na amostra, pois não houve formação de precipitado branco de SrSO4. VII - A adição de oxalato de amônio 0,25 mol/L confirmou a presença de Ca 2+ . Pois houve a formação de um precipitado branco de CaC2O4. Logo, foi possível notar a presença dos seguintes íons na solução problema: Ba 2+ , Mg 2+ e Ca 2+ . 6. CONCLUSÃO Com todas as reações observadas nos tubos 01 a 04, percebeu-se diversos aspectos relevantes a respeito dos íons do Grupo 2. E através do procedimento experimental comprovou-se a eficácia dos métodos descritos bibliograficamente, usados como orientação durante os experimentos. A técnica de separação e identificação de íons, apesar de trabalhosa, é possível de ser realizada, desde que seja feita com atenção e método. 7. BIBLIOGRAFIA ATKINS, P. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente / Peter Atkins, Loreta Jones; tradução técnica: Riccardo Bicca de Alencastro, - 5. Ed. – Porto Alegre: Bookman, 2012. SOARES, P. Técnicas experimentais de análises qualitativas inorgânicas. 2012. Disponível em: < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAVrYAE/analise-quimica- qualitativa?part=2 > Acesso em: 16, jan, 2017. VOGEL, A. I, Química analítica qualitativa. 5ª ed. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1981.
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