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Apostila Maxi Educa - Saúde Pública

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1 
 
 
 
 
 
 
 
Prefeitura de São José do Rio Preto-SP 
Agente Administrativo 
 
 
1. Constituição da República Federativa do Brasil - Saúde .................................................. 1 
2. Evolução das políticas de saúde no Brasil. Sistema Único de Saúde - SUS: conceitos, 
fundamentação legal, financiamento, princípios, diretrizes e articulação com serviços de saúde 
(Lei nº 8.080/90 e Lei nº 8.142/90) ........................................................................................... 4 
3. Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011, que regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o 
planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa ....................... 39 
4. Lei nº 12.401, de 28 de abril de 2011, que altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 
1990, para dispor sobre a assistência terapêutica e a incorporação de tecnologia em saúde no 
âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS ............................................................................. 50 
5. Lei nº 12.466, de 24 de agosto de 2011, que acrescenta arts. 14-A e 14-B à Lei nº 8.080, 
de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e 
recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá 
outras providências, para dispor sobre as comissões intergestores do Sistema Único de Saúde 
(SUS), o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e suas respectivas composições. Epidemiologia, 
história natural e prevenção de doenças ................................................................................ 52 
6. Participação popular e controle social. A organização social e comunitária. Os Conselhos 
de Saúde ................................................................................................................................ 53 
7. Sistema de Informação em Saúde. Processo de educação permanente em saúde. Noções 
de planejamento em Saúde e Diagnóstico situacional ............................................................ 61 
8. Política Nacional de Humanização (PNH) ...................................................................... 86 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Yasmin Fernandes 483.593.058-46
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Olá Concurseiro, tudo bem? 
 
Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua 
dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do 
edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando 
conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você 
tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. 
 
Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail 
professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou 
questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam 
por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior 
aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 
 
01. Apostila (concurso e cargo); 
02. Disciplina (matéria); 
03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 
04. Qual a dúvida. 
 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, 
pois facilita e agiliz a o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até 
cinco dias úteis para respondê-lo (a). 
 
Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! 
 
Bons estudos e conte sempre conosco! 
Apostila gerada especialmente para: Yasmin Fernandes 483.593.058-46
 
1 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 19881. 
 
[...] 
SEÇÃO II 
DA SAÚDE 
 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, 
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita 
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e 
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
§ 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento 
da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços 
públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: 
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser 
inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere 
o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as 
parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; 
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se 
refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: 
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 86, de 2015) 
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a 
progressiva redução das disparidades regionais; 
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, 
estadual, distrital e municipal; 
IV - (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015) 
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e 
agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e 
complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação. 
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para 
os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de 
combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira 
complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso 
salarial. 
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o 
servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate 
às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em 
lei, para o seu exercício. 
 
1 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm Acesso em: 07.08.2019 
1. Constituição da República Federativa do Brasil - Saúde 
 
Apostila gerada especialmente para: Yasmin Fernandes 483.593.058-46
 
2 
 
Art. 199.A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, 
segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
§ 2º - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas 
com fins lucrativos. 
§ 3º - É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência 
à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. 
§ 4º - A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e 
substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento 
e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. 
 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: 
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar 
da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; 
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador; 
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; 
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) 
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como 
bebidas e águas para consumo humano; 
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e 
produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
[...] 
 
Questões 
 
01. (MPE/SP - Analista Técnico Científico - Pedagogo - VUNESP) Nos termos do artigo 196 da 
Constituição Federal de 1988, a saúde, no Brasil, é dever do Estado, garantido mediante 
(A) atendimento especializado, voltado à população em situação de vulnerabilidade econômica e 
social. 
(B) atendimento regionalizado, o mais próximo da residência, a toda a população. 
(C) atendimento diferenciado a cada faixa etária da população. 
(D) acesso universal igualitário às ações e aos serviços voltados à promoção da saúde, à proteção e 
à recuperação. 
(E) política pública centralizada de atendimento à população, com prioridade ao primeiro ano de vida 
 
02. (MPE/SP - Analista Técnico Científico - Pedagogo - VUNESP) A Constituição Federal de 1988 
(art.197) estabelece que são de relevância pública as ações e serviços de saúde pública, cabendo ao 
Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua 
execução ser feita 
(A) diretamente ou por meio de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
(B) por empresas filantrópicas, exclusivamente em convênio com o Governo Federal. 
(C) pelos Estados, que poderão estabelecer convênio, desde que autorizados pelo Governo Federal. 
(D) diretamente pelos serviços terceirizados contratados unicamente pelo Governo Federal. 
(E) por pessoas físicas, desde que credenciadas pelo Ministério da Saúde. 
 
03. (MPE/SP - Analista Técnico Científico - Pedagogo - VUNESP) A Constituição Federal de 1988, 
quando trata do atendimento à saúde, em seu artigo 198, inciso II, estabelece prioridade às atividades 
(A) curativas. 
(B) preventivas. 
(C) coletivas. 
(D) assistencialistas. 
(E) comunitárias. 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Yasmin Fernandes 483.593.058-46
 
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04. (MPE-SC - Promotor de Justiça - MPE-SC) Julgue o item a seguir: 
A Constituição Federal estabeleceu que a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, sendo 
vedada, contudo, a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas 
com fins lucrativos. 
(A) Certo (B) Errado 
 
05. (Instituto Nacional de Câncer - Analista em Ciência e Tecnologia Júnior - IDECAN/2017) 
Segundo a Constituição Federal, em seu Artigo 196, a saúde é direito de todos e dever do Estado 
mediante: 
I. Políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença. 
II. Acesso universal e igualitário. 
III. Serviços de promoção e proteção à saúde. 
Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s) 
(A) I, II e III. 
(B) I, apenas. 
(C) III, apenas. 
(D) I e III, apenas. 
 
Gabarito 
 
01.D/ 02.A/ 03.B/ 04.A/ 05.A 
 
Comentários 
 
01. Resposta: D 
É o que dispõe o art. 196 da CF/88. 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
02. Resposta: A 
É o que dispõe o art. 197 da CF/88. 
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, 
nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita 
diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. 
 
03. Resposta: B 
Dispõe o art. 198, II, da CF/88: As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada 
e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: II - 
atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais. 
 
04. Resposta: A 
É o que dispõe o art. 199, §2º, da CF/88. 
 
05. Resposta: A 
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e 
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila gerada especialmente para: Yasmin Fernandes 483.593.058-46
 
4 
 
 
 
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL 
 
As políticas públicas de saúde no Brasil têm sofrido modificações ao longo dos anos, e tais mudanças 
historicamente têm sido pelo menos aparentemente para adequarem-se aos contextos políticos, 
econômicos e sociais. Somente com a chegada da família real, em 1808, é que algumas normas sanitárias 
foram impostas para os portos, numa tentativa de impedir a entrada de doenças contagiosas que 
pudessem colocar em risco a integridade da saúde da realeza. Em 1822, com a Independência do Brasil, 
algumas políticas débeis de saúde foram implantadas, tais políticas eram referentes ao controle dos 
portos e atribuía às províncias quaisquer decisões sobre tais questões. 
Somente com a Proclamação da República, em 1889, é que as práticas de saúde em nível nacional 
tiveram início. Oswaldo Cruz e Carlos Chagas que estiveram à frente da Diretoria Geral de Saúde pública 
(DGSP), implementaram um modelo sanitarista visando erradicar epidemias urbanas e a criação de um 
novo Código de Saúde Pública, tornando-se responsável pelos serviços sanitários e de profilaxia no país, 
respectivamente. 
O Estado brasileiro teve sua primeira intervenção em 1923, com a Lei Elói Chaves, através da criação 
das Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAPs), que asseguravam aos trabalhadores e empresas 
assistência médica, medicamentos, aposentadorias e pensões. Foram substituídas pelos Institutos de 
Aposentadoria e Pensões (IAPs) passando a abranger uma quantidade maior de trabalhadores(3). 
Conforme refere Figueiredo; Tonini (2007), ao extinguir os IAPs, em 1967, o Instituto Nacional de 
Previdência Social (INPS) foi implantado, atendendo, também, trabalhadores rurais por meio do Fundo 
de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL) e trabalhadores com carteira assinada através do 
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). Somenteno final da década 
de 80 deixou de exigir carteira de trabalho para atendimentos em hospitais, tornando a saúde menos 
excludente e mais universal. 
Na década de 70 surgiu o Movimento da Reforma Sanitária que tinha como objetivo conquistar a 
democracia para mudar o sistema de saúde. O conceito saúde – doença bem como o processo de 
trabalho e a determinação social da doença foram rediscutidos. No final da década de 80 o quadro social 
e político no país era diferente, onde o movimento de redemocratização expandia-se pelos estados 
brasileiros e a oposição ganhava força no Congresso Nacional. Dentro desse contexto ocorria, em 1986, 
a VIII Conferência Nacional de Saúde (CNS) que tinha como presidente Sérgio Arouca e que, pela 
primeira vez, foi verdadeiramente popular refletindo o momento pelo qual o país passava. O grande marco 
da VIII Conferência Nacional de Saúde foi a criação do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS), 
que posteriormente tornou-se Sistema Único de Saúde (SUS) além de ter consolidado as ideias da 
Reforma Sanitária. 
A saúde ganhou espaço a partir de então com a Constituição Federal de 1988 (CF\88) que criou o 
SUS rompendo, dessa forma, com o antigo modelo de saúde que era dominado pelo sistema 
previdenciário. A saúde passou a ser direito de todos e dever do Estado. Os princípios e diretrizes 
estabelecidos foram: descentralização, integralidade, participação da comunidade, regionalização e 
hierarquização. 
O SUS foi regulamentado em 1990, com a Lei Orgânica de Saúde (LOS), a Lei Nº 8.080 e a Lei Nº 
8.142 onde se deu destaque para a construção de um modelo de atenção fundamentado na 
epidemiologia, controle social, descentralização e regionalização com base municipal. A primeira LOS 
regulamenta o SUS em todo o país definindo seus princípios e diretrizes, que contemplam a 
universalidade, a integralidade da assistência, equidade, descentralização e a participação da 
comunidade. Estabelece condições para o norteamento do gerenciamento e sobre as condições para a 
promoção, proteção, recuperação da saúde, organização e funcionamento dos serviços de saúde. A 
segunda regulamenta a participação da sociedade na formulação das políticas de saúde, dispõe sobre 
as transferências intergovernamentais de recursos através do Fundo Nacional de Saúde, que faria o 
repasse de forma regular e automática para cada esfera. 
As Normas Operacionais Básicas (NOB’s) foram instituídas para nortear a operacionalização do 
sistema, sendo a mais importante a NOB\SUS 01-96, pois a partir dela o município tornou-se o principal 
responsável por atender às necessidades do cidadão com requisitos de Gestão Plena da Atenção Básica 
e Gestão Plena do Sistema Municipal, onde o Município passou a ser responsável, dentre outras, pela 
elaboração da programação municipal dos serviços básicos de saúde bem como pelos serviços de 
2. Evolução das políticas de saúde no Brasil. Sistema Único de Saúde - SUS: 
conceitos, fundamentação legal, financiamento, princípios, diretrizes e 
articulação com serviços de saúde (Lei nº 8.080/90 e Lei nº 8.142/90) 
Apostila gerada especialmente para: Yasmin Fernandes 483.593.058-46
 
5 
 
referência ambulatorial especializada e hospitalar; executar ações básicas de vigilância sanitária e 
epidemiológica, de média e alta complexidade; manter os sistemas de cadastros atualizados e avaliar o 
impacto das ações do sistema sobre as condições de saúde da população e do meio ambiente. 
A União passou a normalizar e financiar e os Municípios a executar as ações. Criou a Programação 
Pactuada e Integrada (PPI), que tinha como objetivo alocar recursos de assistência à saúde nos estados 
e municípios, como forma de universalizar o acesso da população a todo tipo de assistência nos três 
níveis de complexidade. Também foi criado o Piso de Atenção Básica (PAB), que alterou o financiamento 
das ações básicas, tornando necessário uma avaliação da aplicação dos recursos e impactos. 
A NOAS – SUS 01\2001 transformou o modelo vigente de gestão em Gestão Plena da Atenção Básica 
– Ampliada (GPAB-A), ampliando o debate sobre a municipalização\regionalização e instituindo o Plano 
Diretor de Regionalização (PDR), que estabeleceu as diretrizes para uma assistência regionalizada, 
organizada, de forma que o território estadual foi dividido em regiões e microrregiões de saúde tendo 
como base critérios sanitários, epidemiológicos, geográficos, sociais, a oferta de serviços e a 
acessibilidade que a população tem aos mesmos, bem como o diagnóstico dos problemas de saúde mais 
frequentes e das prioridades de intervenção. E o Plano Diretor de Investimentos (PDI), que define as 
prioridades e estabelece as estratégias no que se refere a investimentos dos recursos de modo que seja 
prestada assistência em todos os níveis de complexidade. 
Em 2006 com o Pacto pela Saúde, foram extintas essas formas de habilitação, através da Portaria Nº 
399\2006 passando a vigorar o Termo de Compromisso e Gestão (TCG) que contemplava atribuições 
dos entes federados bem como os indicadores de monitoramento e avaliação dos Pactos. Nas suas três 
dimensões, Pacto pela Vida, em Defesa do SUS e Gestão do SUS, foram estabelecidas no primeiro seis 
prioridades representando o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que 
apresentem impacto sobre a situação de saúde da população brasileira, que são: Saúde do Idoso; 
Controle do câncer de colo do útero e da mama; Redução da mortalidade infantil e materna; 
Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endêmicas, com ênfase na dengue, 
hanseníase, tuberculose, malária e influenza; Promoção da Saúde; Fortalecimento da Atenção Básica. 
Em 2008 a Portaria do MS Nº 325\08 criou mais cinco prioridades no Pacto pela Vida passando a 
totalizar onze prioridades. As cinco prioridades estabelecidas foram: Saúde do Trabalhador; Saúde 
Mental; Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência; 
Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência; Saúde do Homem. O Pacto em Defesa do 
SUS expressa os compromissos entre os gestores com a consolidação do processo da Reforma Sanitária 
Brasileira e o Pacto de Gestão do SUS estabelece as responsabilidades dos entes federados para o 
fortalecimento da gestão em seus eixos de ação. 
Já em 2011 com o Decreto Nº 7.508\2011 o TCG foi substituído pelo Contrato Organizativo da Ação 
Pública da Saúde (COAP) tendo como objetivo a organização e a integração das ações e serviços de 
saúde, sob responsabilidade dos entes federativos com a finalidade de garantir a integralidade das ações 
e serviços de saúde a partir da definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, 
desempenho, recursos financeiros. Reconhece a atenção básica como porta de entrada do sistema e 
como eixo principal das Redes de Atenção a Saúde (RAS) que constitui um conjunto de ações e serviços 
de saúde articulados em níveis de complexidade crescente com o intuito de garantir a integralidade tendo 
como porta de entrada para tais ações a atenção primária; urgência e emergência; atenção psicossocial 
e serviços especiais de acesso aberto e a partir destes partem as referências para serviços de atenção 
ambulatorial e hospitalar especializado. 
Por fim, o SUS representa o maior projeto de inclusão social no Brasil, proporcionando aos que antes 
eram excluídos pelo sistema garantia de assistência à saúde. Entretanto a despeito da mesma 
imponência do projeto gigantescas dificuldades são encontradas em sua implementação relacionadas ao 
financiamento, regulação incipiente, precárias condições de trabalho falhas na descentralização. 
Necessitando de um fortalecimento no que se refere à regulação da assistência à saúde no país que 
apesar dos avanços obtidos com a descentralização explicita problemas como leitos insuficientes para 
atender a demanda da população que necessita de atendimentos, principalmente de média e alta 
complexidade, que em sua maioria estão sob o poderdo setor privado complementar e filantrópico. 
 
Questões 
 
01. (SEAP/GO – Técnico de Saúde – SEGPLAN/GO) - O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira, 
no Brasil, ocorreu no final da década de 70. Nasceu na luta contra a ditadura e estruturou-se nas 
universidades, no movimento sindical, em experiências regionais de organização de serviços, com o 
objetivo de: 
Apostila gerada especialmente para: Yasmin Fernandes 483.593.058-46
 
6 
 
(A) garantir a execução das ações e serviços de saúde, privilegiando a atenção básica e a população 
de baixa renda. 
(B) assegurar a saúde como direito de todo o cidadão; garantir o acesso da população às ações de 
cunho preventivo e/ou curativo; promover a descentralização da gestão e o controle social das ações de 
saúde. 
(C) promover a integração das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico. 
(D) desenvolver programas que privilegiem o atendimento individual e as práticas curativas nas áreas 
mais periféricas do território nacional. 
(E) nenhuma das alternativas está correta. 
 
02. (FESF – Enfermeiro – AOCP) - Preencha as lacunas e, em seguida, assinale a alternativa correta. 
Em ___________, aconteceu a 8ª. Conferência Nacional de Saúde (CNS) que tinha como tema 
_________________ e constituiu-se em fórum de luta pela _____________ do sistema de saúde e pela 
implantação de políticas sociais que defendessem e cuidassem da vida. Era um momento chave do 
Movimento ___________ e da afirmação da indissociabilidade entre a garantia da saúde como direito 
social irrevogável e a garantia dos demais direitos humanos e de cidadania. O relatório final da 8ª CNS 
lançou os fundamentos da proposta do __________. 
 
(A) 1988 / Saúde para todos no ano 2000 / descentralização / da reforma sanitária / SUS 
(B) 1987 / Saúde para todos no ano 2000 / centralização / estudantil / INAMPS 
(C) 1986 / Democracia é Saúde / descentralização / da reforma sanitária / SUS 
(D) 1988 / Democracia é Saúde / descentralização / reforma sanitária / INAMPS 
(E) 1986 / Saúde para todos no ano 2000 / descentralização / estudantil / SUS 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.C 
 
Comentários 
 
01. Alternativa B 
A saúde ganhou espaço a partir de então com a Constituição Federal de 1988 (CF\88) que criou o 
SUS rompendo, dessa forma, com o antigo modelo de saúde que era dominado pelo sistema 
previdenciário. A saúde passou a ser direito de todos e dever do Estado. Os princípios e diretrizes 
estabelecidos foram: descentralização, integralidade, participação da comunidade, regionalização e 
hierarquização. 
 
02. Alternativa C 
Na década de 70 surgiu o Movimento da Reforma Sanitária que tinha como objetivo conquistar a 
democracia para mudar o sistema de saúde. O conceito saúde – doença bem como o processo de 
trabalho e a determinação social da doença foram rediscutidos. No final da década de 80 o quadro social 
e político no país era diferente, onde o movimento de redemocratização expandia-se pelos estados 
brasileiros e a oposição ganhava força no Congresso Nacional. Dentro desse contexto ocorria, em 1986, 
a VIII Conferência Nacional de Saúde (CNS) que tinha como presidente Sérgio Arouca e que, pela 
primeira vez, foi verdadeiramente popular refletindo o momento pelo qual o país passava. O grande marco 
da VIII Conferência Nacional de Saúde foi a criação do Sistema Único Descentralizado de Saúde (SUDS), 
que posteriormente tornou-se Sistema Único de Saúde (SUS) além de ter consolidado as ideias da 
Reforma Sanitária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 
 
BASES LEGAIS DO SUS2 
 
Diretrizes 
 
Conforme a Constituição Federal de 1988, o SUS é definido pelo artigo 198 do seguinte modo: As 
ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, e constituem um 
sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
- Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
- Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos 
serviços assistenciais; 
- Participação da comunidade. 
 
Princípios Doutrinários e Organizativos 
 
Universalidade: "A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente, 
entende-se que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos 
sadios por força de lei. Significa que o Sistema de Saúde deve atender a todos, sem distinções ou 
restrições, oferecendo toda a atenção necessária, sem qualquer custo. 
 
Integralidade: a atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os 
individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de 
grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria. 
 
Equidade: todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, 
o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto 
a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político consideram mais importante 
lutar pela equidade do SUS. 
Trata-se da igualdade da atenção à Saúde, sem privilégios ou preconceitos. O SUS deve disponibilizar 
recursos e serviços de forma justa, de acordo com as necessidades de cada um. O que determina o tipo 
de atendimento é a complexidade do problema de cada usuário. 
 
Participação da comunidade: o controle social, como também é chamado esse princípio, foi mais 
bem regulado pela Lei n.º 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de 
Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são 
órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade, 
isto é, enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro 
quarto. 
 
Descentralização político-administrativa: o SUS existe em três níveis, também chamado de esferas 
nacional, estadual e municipal, onde cada uma apresenta comando único e atribuições próprias. Os 
municípios têm assumido papel cada vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços 
de saúde; as transferências passaram a ser "fundo a fundo", ou seja, baseadas em sua população e no 
tipo de serviço oferecido, e não no número de atendimentos. 
 
Resolubilidade: é a exigência de que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge 
um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para 
enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível da sua competência. 
 
Hierarquização: os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível primário deve 
ser oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando 
necessário. 
 
 
2BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Sistema Único de Saúde. Brasília. CONASS, 2011. 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Assistência à Saúde. ABC DO SUS: Doutrinas e princípios. Brasília, 1990. 
BRASIL, Ministério da Saúde. Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. 3. ed. Brasília, 
2009. 
CARVALHO, Antônio Ivo de. Políticas de saúde: fundamentos e diretrizes do SUS. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC. 
[Brasília]: CAPES: UAB, 2010. 
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Regionalização: constitui eixo estruturante do Pacto de Gestão do SUS, o que evidencia a importância 
da articulação entre os gestores estaduais e municipais na implementação de políticas, ações e serviços 
de saúde qualificados e descentralizados. 
Neste processo são identificadas e constituídas as regiões de saúde – espaços territoriais nos quais 
serão desenvolvidas as ações de atenção à saúde, objetivando alcançar maior resolutividade e qualidade 
nos resultados, assim como maior capacidade de cogestão regional. Osprincipais instrumentos de 
planejamento da regionalização são o Plano Diretor de Regionalização (PDR), o Plano Diretor de 
Investimentos (PDI) e a Programação Pactuada e Integrada da Atenção à Saúde (PPI). 
A política de regionalização prevê a formação dos colegiados de gestão regionais que têm a 
responsabilidade de instituir processo de planejamento regional que defina prioridades e pactue soluções 
para organizar a rede de ações e serviços de atenção à saúde das populações locais. 
 
Municipalização: estratégia que reconhece o município como principal responsável pela saúde de 
sua população. Municipalizar é transferir para as cidades a responsabilidade e os recursos necessários 
para exercerem plenamente as funções de coordenação, negociação, planejamento, acompanhamento, 
controle, avaliação e auditoria da saúde local, controlando os recursos financeiros, as ações e os serviços 
de saúde prestados em seu território. 
O princípio da descentralização político-administrativa da saúde foi definido pela Constituição de 1988, 
preconizando a autonomia dos municípios e a localização dos serviços de saúde na esfera municipal, 
próximos dos cidadãos e de seus problemas de saúde. 
 
Complementariedade do setor privado: a Constituição definiu que, quando por insuficiência do setor 
público, for necessária a contratação de serviços privados, isso deve se dar sob três condições: 
- a celebração de contrato, conforme as normas de direito público, ou seja, interesse público 
prevalecendo sobre o particular; 
- a instituição privada deverá estar de acordo com os princípios básicos e normas técnicas do SUS. 
Prevalecem, assim, os princípios da universalidade, equidade, etc., como se o serviço privado fosse 
público, uma vez que, quando contratado, atua em nome deste; 
- a integração dos serviços privados deverá se dar na mesma lógica organizativa do SUS, em termos 
de posição definida na rede regionalizada e hierarquizada dos serviços. Dessa forma, em cada região, 
deverá estar claramente estabelecido, considerando-se os serviços públicos e privados contratados, 
quem vai fazer o que, em que nível e em que lugar. 
 
Dentre os serviços privados, devem ter preferência os serviços não lucrativos, conforme determina a 
Constituição. 
 
Questões 
 
01. (TJ/SP – Enfermeiro Judiciário - VUNESP/2019) A Constituição da República Federativa do 
Brasil estabelece que as ações e serviços públicos de saúde integrem uma rede regionalizada e 
hierarquizada, constituindo um sistema único, que deve ser organizado de acordo com diretrizes, entre 
elas, 
(A) a centralização, com protagonismo do município, por meio das unidades básicas de saúde (UBS). 
(B) a descentralização, com direção única em cada esfera de governo. 
(C) a centralização, com protagonismo da esfera federal representada pelo Ministério da Saúde. 
(D) o atendimento integral, com prioridade para as atividades curativas, sem prejuízo dos serviços de 
atenção primária à saúde. 
(E) a implantação do programa de Saúde da Família como estratégia para a efetivação da atenção 
básica à saúde. 
 
02. (Pref. Guarda Mor/MG – Enfermeiro – REIS & REIS Implica a delimitação de uma base territorial 
para o sistema de saúde, que leva em conta a divisão político-administrativa do país, mas também 
contempla a delimitação de espaços territoriais específicos para a organização das ações de saúde, 
subdivisões ou agregações do espaço político-administrativo. 
(A) Hierarquização dos serviços de Saúde; 
(B) Centralização dos serviços de Saúde; 
(C) Regionalização dos Serviços de Saúde; 
(D) Integralização dos Serviços de Saúde. 
 
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03. (Pref. Apiacá/ES – Enfermeiro-PSF – IDECAN) Em relação aos princípios do SUS, marque V 
para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) Universalidade: o SUS deve atender a todos, sem distinções ou restrições, oferecendo toda a 
atenção necessária, sem qualquer custo. 
( ) Integralidade: o SUS deve oferecer a atenção necessária à saúde da população, promovendo ações 
contínuas de prevenção e tratamento aos indivíduos e às comunidades, em quaisquer níveis de 
complexidade. 
( ) Participação social: o SUS deve disponibilizar recursos e serviços com justiça, de acordo com as 
necessidades de cada um, canalizando maior atenção aos que mais necessitam. 
( ) Equidade: é um direito e um dever da sociedade participar das gestões públicas em geral e da 
saúde pública em particular; é dever do Poder Público garantir as condições para essa participação, 
assegurando a gestão comunitária do SUS. 
 
A sequência está correta em 
(A) V, F, F, F. 
(B) V, V, F, F. 
(C) F, V, V, V. 
(D) F, V, F, V. 
(E) V, F, V, V. 
 
04. (SEMSA - Pref. Manaus/AM - Enfermeiro em Saúde Pública – CETRO) Baseado nos preceitos 
constitucionais, a construção do SUS (Sistema Único de Saúde) norteia-se pelos seguintes princípios 
doutrinários: 
I. universalidade: a garantia de atenção à saúde por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. 
II. integralidade: cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade. 
III. equidade: assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada 
caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras. 
IV. descentralização: a garantia constitucional de que a população usufruirá das unidades e das 
entidades representativas das políticas de saúde em todos os níveis, desde o federal até o local. 
 
É correto o que está contido em 
(A) I e IV, apenas. 
(B) I, III e IV, apenas. 
(C) I, II, III e IV. 
(D) I, II e III, apenas. 
(E) II, III e IV, apenas. 
 
05. (Pref. Piripiri/PI - Enfermeiro – Urgência - INSTITUTO LUDUS) Permitir o acesso à tecnologia 
de alto custo apenas aos cidadãos que possuam seguros privados de saúde contraria um dos princípios 
básicos do SUS e significa ausência de: 
(A) Integridade. 
(B) Hierarquização. 
(C) Universalização. 
(D) Municipalização. 
(E) Equidade. 
 
06. (Pref. Botucatu/SP - Agente de Saúde Pública – CETRO) A garantia de atenção à saúde a todo 
e qualquer cidadão e a implicância do dever de prestação de serviços de saúde por parte dos governos 
municipais, estaduais e federal denominam-se 
(A) Universalidade. 
(B) Integralidade. 
(C) Equidade. 
(D) Descentralização. 
(E) Regionalização. 
 
07. (EBSERH/ HUPAA-UFAL - Técnico em Enfermagem - Saúde do Trabalhador – IDECAN) A 
regionalização, que é um dos princípios do SUS, significa 
(A) dividir o financiamento da saúde pública no Brasil. 
(B) responsabilizar os municípios pela oferta de todos os serviços de saúde do SUS. 
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(C) dividir as responsabilidades fiscais da aplicação dos recursos públicos em saúde. 
(D) organizar os serviços de saúde em cada região para que a população tenha acesso a todos os 
tipos de atendimento. 
(E) estabelecer o total de recursos que os Estados e municípios podem receber pelos procedimentos 
realizados de média e alta complexidade. 
 
08. (EBSERH/ HC-UFPE - Técnico em Enfermagem – IDECAN) O princípio do SUS que se refere à 
direção única em cada esfera de governo é a 
(A) integralidade. 
(B) universalidade. 
(C) participação da comunidade. 
(D) descentralização político-administrativa. 
(E) integração em nível executivo das ações de saúde. 
 
Gabarito 
 
01.B / 02.C / 03.B / 04.D / 05.E / 06.A / 07.D / 08.D 
 
Comentários 
01. Resposta: B 
Conforme a Constituição Federal de 1988, o SUS é definido pelo artigo 198 do seguinte modo: As 
ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada, e constituem um 
sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
- Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
- Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços 
assistenciais; 
- Participação da comunidade. 
 
02. Resposta: C 
A regionalização sãoidentificadas e constituídas as regiões de saúde – espaços territoriais nos quais 
serão desenvolvidas as ações de atenção à saúde. 
 
03. Resposta: B 
A primeira e a segunda afirmativas são verdadeiras. A terceira e a quarta afirmativas foram invertidas, 
o conceito de Equidade foi colocado na Participação da comunidade e vice-versa, portanto são falsas. 
 
04. Resposta: D 
A primeira, segunda e terceira afirmativas são verdadeiras. A quarta afirmativa é falsa, pois o princípio 
da descentralização é preconizar a autonomia dos municípios, isto é, a localização dos serviços de saúde 
estarão próximos dos cidadãos sendo local e não como informado desde o federal até o local. 
 
05. Resposta: E 
Trata-se da igualdade da atenção à Saúde, sem privilégios ou preconceitos. O SUS deve disponibilizar 
recursos e serviços de forma justa, de acordo com as necessidades de cada um. O que determina o tipo 
de atendimento é a complexidade do problema de cada usuário. 
 
06. Alternativa A 
Significa que o Sistema de Saúde deve atender a todos, sem distinções ou restrições, oferecendo toda 
a atenção necessária, sem qualquer custo. 
 
07. Resposta: D 
A regionalização deve orientar a descentralização das ações e serviços de saúde. Neste processo são 
identificadas e constituídas as regiões de saúde – espaços territoriais nos quais serão desenvolvidas as 
ações de atenção à saúde, objetivando alcançar maior resolutividade e qualidade nos resultados, assim 
como maior capacidade de cogestão regional. 
 
08. Resposta: D 
Descentralização político-administrativa: O SUS existe em três níveis, também chamado de esferas: 
nacional, estadual e municipal, cada uma com comando único e atribuições próprias. 
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LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 19903 
 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o 
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a 
seguinte lei: 
 
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR 
 
Art. 1º Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolada 
ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito 
Público ou privado. 
 
TÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições 
indispensáveis ao seu pleno exercício. 
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas 
e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de 
condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, 
proteção e recuperação. 
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. 
 
Art. 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como 
determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio 
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e 
serviços essenciais. (Redação dada pela Lei nº 12.864, de 2013) 
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo 
anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. 
 
TÍTULO II 
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE 
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR 
 
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, 
estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, 
constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). 
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas federais, estaduais e municipais 
de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e 
hemoderivados, e de equipamentos para saúde. 
§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar. 
 
CAPÍTULO I 
Dos Objetivos e Atribuições 
 
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS: 
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a 
observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei; 
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, 
com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. 
 
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): 
I - a execução de ações: 
a) de vigilância sanitária; 
 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8080.htm - Acesso em: 07.08.2019. 
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b) de vigilância epidemiológica; 
c) de saúde do trabalhador; e 
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; 
II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico; 
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; 
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; 
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de 
interesse para a saúde e a participação na sua produção; 
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; 
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; 
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de 
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; 
XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados. 
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir 
riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e 
circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: 
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, 
compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e 
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde. 
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de ações que proporcionam o 
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de 
prevenção e controle das doenças ou agravos. 
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins desta lei, um conjunto de atividades que se destina, 
através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde 
dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos 
aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo: 
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do 
trabalho; 
II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, 
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho; 
III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, 
fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e 
manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde 
do trabalhador; 
IV - avaliaçãodo impacto que as tecnologias provocam à saúde; 
V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de 
acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, 
avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os 
preceitos da ética profissional; 
VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas 
instituições e empresas públicas e privadas; 
VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua 
elaboração a colaboração das entidades sindicais; e 
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de 
máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente 
para a vida ou saúde dos trabalhadores. 
 
CAPÍTULO II 
Dos Princípios e Diretrizes 
 
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que 
integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no 
art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: 
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; 
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II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços 
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de 
complexidade do sistema; 
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; 
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; 
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; 
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo 
usuário; 
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a 
orientação programática; 
VIII - participação da comunidade; 
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: 
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; 
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; 
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; 
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; 
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e 
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos. 
XIV - organização de atendimento público específico e especializado para mulheres e vítimas de 
violência doméstica em geral, que garanta, entre outros, atendimento, acompanhamento psicológico e 
cirurgias plásticas reparadoras, em conformidade com a Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 
2013. (Redação dada pela Lei nº 13.427, de 2017) 
 
CAPÍTULO III 
Da Organização, da Direção e da Gestão 
 
Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), seja 
diretamente ou mediante participação complementar da iniciativa privada, serão organizados de forma 
regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente. 
 
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é única, de acordo com o inciso I do art. 198 da 
Constituição Federal, sendo exercida em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: 
I - no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde; 
II - no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão 
equivalente; e 
III - no âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente. 
 
Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para desenvolver em conjunto as ações e os 
serviços de saúde que lhes correspondam. 
§ 1º Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o princípio da direção única, e os 
respectivos atos constitutivos disporão sobre sua observância. 
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde (SUS), poderá organizar-se em distritos de forma 
a integrar e articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total das ações de saúde. 
 
Art. 11. (Vetado). 
 
Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional 
de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da 
sociedade civil. 
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão a finalidade de articular políticas e programas de 
interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
 
Art. 13. A articulação das políticas e programas, a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em 
especial, as seguintes atividades: 
I - alimentação e nutrição; 
II - saneamento e meio ambiente; 
III - vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; 
Apostila gerada especialmente para: Yasmin Fernandes 483.593.058-46
 
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IV - recursos humanos; 
V - ciência e tecnologia; e 
VI - saúde do trabalhador. 
 
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes de integração entre os serviços de saúde e as 
instituições de ensino profissional e superior. 
Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por finalidade propor prioridades, métodos e 
estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único de Saúde 
(SUS), na esfera correspondente, assim como em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas 
instituições. 
 
Art. 14-A. As Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite são reconhecidas como foros de 
negociação e pactuação entre gestores, quanto aos aspectos operacionais do Sistema Único de Saúde 
(SUS). 
Parágrafo único. A atuação das Comissões Intergestores Bipartite e Tripartite terá por objetivo: 
I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e administrativos da gestão compartilhada do 
SUS, em conformidade com a definição da política consubstanciada em planos de saúde, aprovados 
pelos conselhos de saúde; 
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e intermunicipal, a respeito da organização das redes 
de ações e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança institucional e à integração 
das ações e serviços dos entes federados; 
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito sanitário, integração de territórios, referência e 
contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das ações e serviços de saúde entre os 
entes federados. 
 
Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de 
Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos como entidades representativas dos 
entes estaduais e municipais para tratar de matérias referentes à saúde e declarados de utilidade pública 
e de relevante função social, na forma do regulamento. 
§ 1º O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento geral da União por meio do Fundo 
Nacional de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar 
convênios com a União. 
§ 2º Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) são reconhecidos como entidades 
que representam os entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, 
desde que vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus estatutos. 
 
CAPÍTULO IV 
Da Competência e das Atribuições 
Seção I 
Das Atribuições Comuns 
 
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito 
administrativo, as seguintes atribuições: 
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e de fiscalização das ações e serviçosde saúde; 
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros destinados, em cada ano, à saúde; 
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da população e das condições 
ambientais; 
IV - organização e coordenação do sistema de informação de saúde; 
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade e parâmetros de custos 
que caracterizam a assistência à saúde; 
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões de qualidade para promoção da 
saúde do trabalhador; 
VII - participação de formulação da política e da execução das ações de saneamento básico e 
colaboração na proteção e recuperação do meio ambiente; 
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde; 
IX - participação na formulação e na execução da política de formação e desenvolvimento de recursos 
humanos para a saúde; 
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X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade com o 
plano de saúde; 
XI - elaboração de normas para regular as atividades de serviços privados de saúde, tendo em vista a 
sua relevância pública; 
XII - realização de operações externas de natureza financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo 
Senado Federal; 
XIII - para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações 
de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da 
esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como 
de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização; 
XIV - implementar o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e Derivados; 
XV - propor a celebração de convênios, acordos e protocolos internacionais relativos à saúde, 
saneamento e meio ambiente; 
XVI - elaborar normas técnico-científicas de promoção, proteção e recuperação da saúde; 
XVII - promover articulação com os órgãos de fiscalização do exercício profissional e outras entidades 
representativas da sociedade civil para a definição e controle dos padrões éticos para pesquisa, ações e 
serviços de saúde; 
XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde; 
XIX - realizar pesquisas e estudos na área de saúde; 
XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização inerentes ao poder de polícia 
sanitária; 
XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estratégicos e de atendimento emergencial. 
 
Seção II 
Da Competência 
 
Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete: 
I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição; 
II - participar na formulação e na implementação das políticas: 
a) de controle das agressões ao meio ambiente; 
b) de saneamento básico; e 
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho; 
III - definir e coordenar os sistemas: 
a) de redes integradas de assistência de alta complexidade; 
b) de rede de laboratórios de saúde pública; 
c) de vigilância epidemiológica; e 
d) vigilância sanitária; 
IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão afins, de agravo sobre o 
meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana; 
V - participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e dos 
ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador; 
VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância epidemiológica; 
VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo 
a execução ser complementada pelos Estados, Distrito Federal e Municípios; 
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da qualidade sanitária de produtos, 
substâncias e serviços de consumo e uso humano; 
IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscalização do exercício profissional, bem 
como com entidades representativas de formação de recursos humanos na área de saúde; 
X - formular, avaliar, elaborar normas e participar na execução da política nacional e produção de 
insumos e equipamentos para a saúde, em articulação com os demais órgãos governamentais; 
XI - identificar os serviços estaduais e municipais de referência nacional para o estabelecimento de 
padrões técnicos de assistência à saúde; 
XII - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde; 
XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o 
aperfeiçoamento da sua atuação institucional; 
XIV - elaborar normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços 
privados contratados de assistência à saúde; 
XV - promover a descentralização para as Unidades Federadas e para os Municípios, dos serviços e 
ações de saúde, respectivamente, de abrangência estadual e municipal; 
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XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de Sangue, Componentes e 
Derivados; 
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde, respeitadas as competências 
estaduais e municipais; 
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com 
os Estados, Municípios e Distrito Federal; 
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS 
em todo o Território Nacional em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. (Vide 
Decreto nº 1.651, de 1995) 
Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em 
circunstâncias especiais, como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do 
controle da direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de 
disseminação nacional. 
 
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) compete: 
I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e das ações de saúde; 
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sistema Único de Saúde (SUS); 
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e serviços de 
saúde; 
IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços: 
a) de vigilância epidemiológica; 
b) de vigilância sanitária; 
c) de alimentação e nutrição; e 
d) de saúde do trabalhador; 
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que tenham 
repercussão na saúde humana; 
VI - participar da formulação da política e da execução de ações de saneamento básico; 
VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de trabalho; 
VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e avaliar a política de insumos e 
equipamentos para a saúde; 
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir sistemas públicos de alta 
complexidade, de referência estadual e regional; 
X - coordenar a rede estadual de laboratórios de saúde pública e hemocentros, e gerir as unidades 
que permaneçam em sua organização administrativa; 
XI - estabelecer normas, em caráter suplementar, para o controle e avaliação das ações e serviços de 
saúde; 
XII - formular normas e estabelecer padrões, em caráter suplementar, de procedimentos de controle 
de qualidade para produtos e substâncias de consumo humano; 
XIII - colaborar com a União na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras; 
XIV - o acompanhamento, a avaliação e divulgação dos indicadores de morbidade e mortalidade no 
âmbito da unidade federada. 
 
Art. 18. À direção municipal do Sistema de Saúde (SUS) compete: 
I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços 
públicos de saúde; 
II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e hierarquizadado 
Sistema Único de Saúde (SUS), em articulação com sua direção estadual; 
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes 
de trabalho; 
IV - executar serviços: 
a) de vigilância epidemiológica; 
b) vigilância sanitária; 
c) de alimentação e nutrição; 
d) de saneamento básico; e 
e) de saúde do trabalhador; 
V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e equipamentos para a saúde; 
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde 
humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las; 
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais; 
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VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros; 
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e 
fronteiras; 
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades 
prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução; 
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde; 
XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação. 
 
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas aos Estados e aos Municípios. 
 
CAPÍTULO V 
Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena 
 
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações indígenas, em 
todo o território nacional, coletiva ou individualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei. 
 
Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, componente do Sistema Único 
de Saúde - SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o 
qual funcionará em perfeita integração. 
 
Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos próprios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde 
Indígena. 
 
Art. 19-D. O SUS promoverá a articulação do Subsistema instituído por esta Lei com os órgãos 
responsáveis pela Política Indígena do País. 
 
Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras instituições governamentais e não-governamentais poderão 
atuar complementarmente no custeio e execução das ações. 
 
Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em consideração a realidade local e as especificidades 
da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser adotado para a atenção à saúde indígena, que se deve 
pautar por uma abordagem diferenciada e global, contemplando os aspectos de assistência à saúde, 
saneamento básico, nutrição, habitação, meio ambiente, demarcação de terras, educação sanitária e 
integração institucional. 
 
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena deverá ser, como o SUS, descentralizado, 
hierarquizado e regionalizado. 
§ 1º O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base os Distritos Sanitários Especiais 
Indígenas. 
§ 2º O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, devendo, 
para isso, ocorrer adaptações na estrutura e organização do SUS nas regiões onde residem as 
populações indígenas, para propiciar essa integração e o atendimento necessário em todos os níveis, 
sem discriminações. 
§ 3º As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, em âmbito local, regional e de 
centros especializados, de acordo com suas necessidades, compreendendo a atenção primária, 
secundária e terciária à saúde. 
 
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos organismos colegiados de formulação, 
acompanhamento e avaliação das políticas de saúde, tais como o Conselho Nacional de Saúde e os 
Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso. 
 
CAPÍTULO VI 
DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR 
 
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, o atendimento domiciliar e a 
internação domiciliar. 
§ 1º Na modalidade de assistência de atendimento e internação domiciliares incluem-se, 
principalmente, os procedimentos médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de 
assistência social, entre outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. 
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§ 2º O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por equipes multidisciplinares que 
atuarão nos níveis da medicina preventiva, terapêutica e reabilitadora. 
§ 3º O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser realizados por indicação médica, com 
expressa concordância do paciente e de sua família. 
 
CAPÍTULO VII 
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-
PARTO IMEDIATO 
 
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, da rede própria ou conveniada, 
ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período 
de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. 
§ 1º O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indicado pela parturiente. 
§ 2º As ações destinadas a viabilizar o pleno exercício dos direitos de que trata este artigo constarão 
do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão competente do Poder Executivo. 
§ 3º Ficam os hospitais de todo o País obrigados a manter, em local visível de suas dependências, 
aviso informando sobre o direito estabelecido no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.895, de 2013) 
 
Art. 19-L. (VETADO) 
 
CAPÍTULO VIII 
DA ASSISTÊNCIA TERAPÊUTICA E DA INCORPORAÇÃO DE 
TECNOLOGIA EM SAÚDE” 
 
Art. 19-M. A assistência terapêutica integral a que se refere a alínea d do inciso I do art. 6º consiste 
em: 
I - dispensação de medicamentos e produtos de interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em 
conformidade com as diretrizes terapêuticas definidas em protocolo clínico para a doença ou o agravo à 
saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em conformidade com o disposto no art. 19-P; 
II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes 
de tabelas elaboradas pelo gestor federal do Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território 
nacional por serviço próprio, conveniado ou contratado. 
 
Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas as seguintes definições: 
I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas coletoras e equipamentos médicos; 
II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabelece critérios para o diagnóstico da 
doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos 
apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o 
acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. 
 
Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deverão estabelecer os medicamentos ou 
produtos necessários nas diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, 
bem como aqueles indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de intolerância ou reação 
adversa relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou procedimento de primeira escolha. 
Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos de que trata o caput deste artigo 
serão aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade para as 
diferentes fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo. 
 
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a dispensação será realizada: 
I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor federal do SUS, observadas as 
competências estabelecidas nesta Lei, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na 
Comissão Intergestores Tripartite; 
II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma suplementar,com base nas relações de 
medicamentos instituídas pelos gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será 
pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; 
III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base nas relações de medicamentos 
instituídas pelos gestores municipais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no 
Conselho Municipal de Saúde. 
 
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Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e 
procedimentos, bem como a constituição ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, 
são atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorporação de 
Tecnologias no SUS. 
§ 1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são 
definidos em regulamento, contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho 
Nacional de Saúde e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo Conselho Federal de 
Medicina. 
§ 2º O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS levará em 
consideração, necessariamente: 
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a segurança do medicamento, 
produto ou procedimento objeto do processo, acatadas pelo órgão competente para o registro ou a 
autorização de uso; 
II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às tecnologias já 
incorporadas, inclusive no que se refere aos atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando 
cabível. 
 
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere o art. 19-Q serão efetuadas 
mediante a instauração de processo administrativo, a ser concluído em prazo não superior a 180 (cento 
e oitenta) dias, contado da data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorrogação por 90 
(noventa) dias corridos, quando as circunstâncias exigirem. 
§ 1º O processo de que trata o caput deste artigo observará, no que couber, o disposto na Lei no 9.784, 
de 29 de janeiro de 1999, e as seguintes determinações especiais: 
I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível, das amostras de produtos, na forma 
do regulamento, com informações necessárias para o atendimento do disposto no § 2º do art. 19-Q; 
II - (VETADO); 
III - realização de consulta pública que inclua a divulgação do parecer emitido pela Comissão Nacional 
de Incorporação de Tecnologias no SUS; 
IV - realização de audiência pública, antes da tomada de decisão, se a relevância da matéria justificar 
o evento. 
§ 2º (VETADO). 
 
Art. 19-S. (VETADO). 
 
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) 
I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento, produto e procedimento clínico ou 
cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA; 
II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento e produto, nacional 
ou importado, sem registro na Anvisa.” 
 
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de medicamentos, produtos de interesse 
para a saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo será pactuada na Comissão Intergestores 
Tripartite. 
 
TÍTULO III 
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE 
CAPÍTULO I 
Do Funcionamento 
 
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa 
própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na 
promoção, proteção e recuperação da saúde. 
 
Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. 
 
Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde, serão observados os princípios 
éticos e as normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às 
condições para seu funcionamento. 
 
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Art. 23. É permitida a participação direta ou indireta, inclusive controle, de empresas ou de capital 
estrangeiro na assistência à saúde nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) 
I - doações de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Unidas, de entidades 
de cooperação técnica e de financiamento e empréstimos; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) 
II - pessoas jurídicas destinadas a instalar, operacionalizar ou explorar: (Incluído pela Lei nº 13.097, 
de 2015) 
a) hospital geral, inclusive filantrópico, hospital especializado, policlínica, clínica geral e clínica 
especializada; e (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) 
b) ações e pesquisas de planejamento familiar; (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) 
III - serviços de saúde mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de seus 
empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade social; e (Incluído pela Lei nº 13.097, 
de 2015) 
IV - demais casos previstos em legislação específica. (Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015) 
 
CAPÍTULO II 
Da Participação Complementar 
 
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para garantir a cobertura assistencial à 
população de uma determinada área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços 
ofertados pela iniciativa privada. 
Parágrafo único. A participação complementar dos serviços privados será formalizada mediante 
contrato ou convênio, observadas, a respeito, as normas de direito público. 
 
Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos terão 
preferência para participar do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura 
assistencial serão estabelecidos pela direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no 
Conselho Nacional de Saúde. 
§ 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pagamento da remuneração aludida 
neste artigo, a direção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em 
demonstrativo econômico-financeiro que garanta a efetiva qualidade de execução dos serviços 
contratados. 
§ 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e administrativas e aos princípios e 
diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), mantido o equilíbrio econômico e financeiro do contrato. 
§ 3° (Vetado). 
§ 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou serviços contratados é vedado 
exercer cargo de chefia ou função de confiança no Sistema Único de Saúde (SUS). 
 
TÍTULO IV 
DOS RECURSOS HUMANOS 
 
Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será formalizada e executada, 
articuladamente, pelas diferentes esferas de governo, em cumprimento dos seguintes objetivos: 
I - organização de um sistema de formação de recursos humanos em todos os níveis de ensino, 
inclusive de pós-graduação, além da elaboração de programas de permanente aperfeiçoamento de 
pessoal; 
II - (Vetado) 
III - (Vetado) 
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) constituem 
campo de prática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas conjuntamente com 
o sistema educacional. 
 
Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do Sistema Único de 
Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime de tempo integral. 
§ 1° Os servidores que legalmente acumulam dois cargos ou empregos poderão exercer suas 
atividades em mais de um estabelecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Apostila gerada especialmente para: Yasmin Fernandes 483.593.058-46
 
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§ 2° O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos servidores em regime de tempo integral,

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