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SOCIEDADE CULTURAL E EDUCACIONAL DE ITAPEVA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E AGRÁRIAS DE ITAPEVA- FAIT CARLA MARIA LOPES CHAPARRA EXAME ANATOMOPATOLÓGICO BIÓPSIA ITAPEVA, SP 2020 1 INTRODUÇÃO A anatomopatologia ou anatomia patológica é um ramo da patologia geral e da medicina que lida com o diagnóstico das doenças baseado no exame microscópico de tecidos e células retiradas do corpo mediante biópsia (FILHO et al, 2019). A biópsia é um procedimento no qual o médico realiza a retirada de um pequeno fragmento do nódulo suspeito para análise em laboratório, chamada de exame anatomopatológico. O exame é relativamente simples, e pode ser realizado no consultório, sem necessidade de internação. Entretanto, utiliza-se anestesia local e é possível que a paciente sinta a pressão no local e, em casos de pessoas mais sensíveis, leve desconforto (CAPONERO, 2019). Quando o médico pede uma biópsia é porque existe a suspeita de que o tecido possui alguma alteração que não pode ser vista em outros exames, e por isso, é necessário realizar o exame prontamente a fim de diagnosticar o problema de saúde para iniciar o tratamento assim que possível (LEMOS, 2019). https://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/513419/biopsia+o+que+e+quando+e+indicada+quais+os+tipos+quais+as+possiveis+complicacoes+como+ela+e+realizada.htm 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Analisar e entender o procedimento de exame anatomopatológico com ênfase em biópsia. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Para o desenvolvimento desse trabalho será necessário desenvolver as seguintes etapas: I. Estudar sobre a importância do exame anatomopatológico e o exame histopatológico. II. Pesquisar sobre o desenvolvimento do câncer. III. Entender como é realizada a biópsia e quais são os principais tipos. 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 O CÂNCER De acordo com INCA (Instituto Nacional do Câncer), o Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas. O câncer surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os proto-oncogenes tornam-se oncogenes, responsáveis por transformar as células normais em células cancerosas. O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo. Entretanto, alguns órgãos são mais afetados do que outros; e cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por tipos diferenciados de tumor, mais ou menos agressivos (INCA, 2019). 3.2 BIÓPSIA Segundo Coudry (2018), a biópsia é um dos primeiros passos para se descobrir a presença e a magnitude de um câncer. Na maior parte dos casos as biópsias são necessárias quando existem suspeitas de alterações nas células, como acontece com as suspeitas de câncer ou quando existe um sinal ou verruga na pele com características suspeitas. Quando existem doenças infecciosas a biópsia pode ajudar a identificar o agente que está na origem da infecção e no caso de doenças autoimunes pode ajudar a identificar se existem alterações nos órgãos ou tecidos internos (LEMOS, 2019). Quando o exame é solicitado, se torna uma parte imprescindível do processo de investigação de uma doença, auxiliando no esclarecimento do diagnóstico. A biópsia também possibilita o diagnóstico, e fornece informações que colaboram para a definição da melhor e mais adequada conduta terapêutica (PARDINI, 2018). 3.2.2 TIPOS DE BIÓPSIA De acordo com Brun (2018), os tipos de biópsias comumente usadas para o diagnóstico do câncer são: I. Excisional Geralmente é feita para lesões circunscritas e de fácil acesso, como linfonodos nas axilas ou nas virilhas. Trata-se de um processo cirúrgico para remoção do tecido suspeito em sua totalidade. II. Incisional Trata-se de um processo cirúrgico, onde é retirada apenas uma parte da lesão a ser analisada. III. Endoscópica É realizada para a coleta de lesões no aparelho digestivo (principalmente colón e estômago) e no pulmão. Fragmentos da lesão são retirados com o auxílio do endoscópio e o uso uma pinça cirúrgica. IV. Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) Feita geralmente para avaliação em nódulos da tireoide e nas mamas. Depois de localizar a lesão por palpação, o médico utiliza uma seringa com agulha fina para aspirar o tecido. V. Agulha Grossa (core biopsy) Utilizada principalmente para lesões em mamas, fígado, rins e pulmão, retira uma amostra do tecido suspeito com uma agulha mais grossa que a PAAF, acoplada a uma pistola especial. VI. Assistida a vácuo É feita com agulhas mais espessas que a core, e colhe fragmentos do tecido suspeito da mama por sucção à vácuo. VII. Guiada por imagem Feita em locais de acesso mais difícil no corpo, trata-se de uma agulha fina ou core que retira fragmentos do tecido e é conduzida por ultrassom ou tomografia. VIII. Aspiração e biópsia de medula óssea A medula óssea é composta por uma parte líquida e outra sólida. Enquanto a líquida é aspirada, a sólida é retirada com o auxílio de uma agulha especial. 3.3 PROCEDIMENTO DE HISTOPATOLOGIA Segundo Filho et al (2019), a Histopatologia ou histologia patológica é o estudo de como uma doença específica afeta um conjunto de células (tecidos). Para ser examinado ao microscópio, o material retirado do corpo deve ainda ser submetido a várias técnicas anatomopatológicas: 1. A coleta de material consiste na retirada de uma amostra de tecido para a investigação, o que pode ser feito por meio de biópsias (amostras de tecido coletadas na área afetada) ou outros recursos como cirurgia ampla, necropsia, esfregaços, punções, aspirações e análise de líquidos cavitários. 2. Ao ser removido qualquer órgão ou tecido de um organismo se inicia um processo de autólise (autodigestão) que destrói o material coletado. Para que isso não aconteça, é necessária a fixação deles com formalina ou líquido de Bouin, que preservam a morfologia do material coletado. 3. A etapa seguinte, a desidratação, consiste na remoção da água dos tecidos, o que geralmente é feito pela adição de álcool. 4. A seguir, a diafanização remove totalmente o álcool usado para desidratação, para que se utiliza o xilol. À medida que o xilol penetra o tecido, em substituição ao álcool, o material se torna mais claro e transparente. 5. Após a fixação e a desidratação, acontece a impregnação do tecido com uma substância de consistência firme (geralmente a parafina), facilitando o corte dele em camadas ultrafinas. Forma-se, então, um bloco de parafina que contém o tecido a ser examinado em seu interior. https://www.abc.med.br/p/exames-e-procedimentos/513419/biopsia+o+que+e+quando+e+indicada+quais+os+tipos+quais+as+possiveis+complicacoes+como+ela+e+realizada.htm 6. O bloco de parafina é então cortado em seções extremamente finas (5 a 15 μm - micrômetros [cada micrômetro é igual a 1/1.000 do milímetro]), que permitem a visualização do tecido ao microscópio, o que é conhecido como microtomia. 7. Os tecidos são então corados (geralmente com hematoxilina e, posteriormente,pela eosina) para possibilitar sua visualização e análise ao microscópio. 8. Finalmente após a coloração, os cortes são protegidos por uma lamínula e podem ser analisados por microscopia. 4 CONCLUSÃO O desenvolvimento dessa presente pesquisa mostrou a importância do exame anatomopatológico e da realização da histopatologia na descoberta de possíveis alterações celulares, podendo assim definir se é um câncer, através de resultados benigno ou maligno. Verificou-se que existem diversos tipos de biópsia, definido a partir de diferentes casos, onde os mais comuns são as biópsias para câncer de mama. Em relação ao procedimento do exame, existem processos nas quais demandam alguns passos a passos, desde a retirada de uma amostra do paciente, a desidratação dessa amostra, a diafanização, a coloração da amostra, a colocação da amostra em lâminas e a verificação do resultado através do microscópio. REFERÊNCIAS CAPONERO, R. Entenda a biópsia e o exame anatomopatológico. 2019. Disponível em: <https://www.femama.org.br/2018/br/noticia/entenda-a-biopsia-e-o-exame-anatomopatologico> Acessado em: 24 mar. 2020. LEMOS, M. O que é e para que serve a biópsia. 2020. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/para-que-serve-a-biopsia/> Acessado em: 24 mar. 2020. FILHO, A; OLIVEIRA, V. O que é e para que serve a anatomopatologia? 2019. Disponível em: <https://www.abc.med.br/p/exames-e- procedimentos/1338543/o+que+e+e+para+que+serve+a+anatomopatologia.htm> Acessado em: 24 mar. 2020. INCA, Instituto Nacional de Câncer. Ministério da Saúde. O que é câncer? 2019. Disponível em: < https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer> Acessado em: 29 mar. 2020. COUDRY, R. Saiba como são feitas as biópsias oncológicas. 2018. Disponível em: <https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/saiba-como-sao-feitas-as-biopsias- oncologicas.aspx> Acessado em: 30 mar. 2020. BRUN, F. Biópsia: conheça os principais tipos e saiba em quais casos o exame é realizado. 2018. Disponível em: < https://www.gazetadopovo.com.br/viver-bem/saude-e-bem- estar/para-que-serve-cada-tipo-de-biopsia/> Acessado em: 30 mar. 2020.
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