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Filosofia 2

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FILOSOFIA
Concepção Cristão Medieval
· Prevaleceu na cultura ocidental (VI).
· O grande medo do homem: não ser salvo.
· Concepção teológica: teo=Deus.
· Fontes de sustentação: Sagrada Escritura (vetero-antigo e neo-novo testamento) – Apóstolo Paulo influencia.
· O tempo inteiro o homem tenta se livrar do pecado e da culpa, pois ele é feito a imagem e semelhança de Deus.
· Seleto grupo de pessoas que interpretava a Sagrada Escritura (alto clero), esses possuíam a habilidade, interpretavam como queriam. Os outros não tinham habilidade de leitura, compreensão dos signos, por isso, seguiam as interpretações apresentadas.
· A origem do homem é uma narrativa: Livro Primeiro de Genesis.
· Homem pensado na perspectiva de salvação (sotereológica): Deus (presente) e homem (aceitação –ações a favor da palavra de Deus – e recusa –ações contrarias).
· Traços:
a) Unidade radical do homem: itinerário (todo caminho que leva à salvação). Estágios:
· Carne: corporeidade (corpo enquanto pecado) – fragilidade (o corpo é que leva o homem a cometer o pecado) e transitoriedade (como meu corpo frequenta o mundo, como as ações são praticadas) reveladas.
· Alma: fragilidade e transitoriedade são compensados pelo vigor físico (livrar do pecado através do autoflagelo, quanto mais castigo eu fizer ao meu corpo, mais me livro do pecado).
· Espírito: sede do conhecimento (faculdade de conhecer está no espírito), estabelece uma relação com Deus.
· Coração: sede do afeto e da paixão (de todos os sentimentos)
b) Manifestação progressiva do destino do homem
· Visão Agostiniana do homem
a) O homem é diferente das outras criaturas em virtude da racionalidade. Faz releitura das obras de Platão (neoplatonismo) – deixar de lado os prazeres carnais.
b) Alma imortal: responsável por governar nossa racionalidade e a questão do desejo e paixão – faculdades mentais. O homem é o encontro entre corpo e alma.
c) Origem do homem em Deus: único capaz de preencher as expectativas terrenas que temos.
d) Conceito: Sagradas Escrituras. O homem é animal racional feito a imagem de Deus que o tempo inteiro busca salvação e estabelecer uma relação com Deus.
e) Pecado original: me livro desse pecado através do batismo, o homem nasce pecador, porque somos frutos de uma sexualidade (relação de superioridade, pois a mulher nasceu do homem). Sujeito falho, o tempo inteiro peca, me livro desse através da intensa relação com Deus.
· Homem interior: me volto para Deus, relação que estabeleço com ele.
· Homem exterior: impulsos, paixão, emoção e desejo.
· A questão da felicidade: a verdadeira felicidade é estar em uma relação consensual com Deus. Estado permanente da alma, busca interior.
· Livre-arbítrio: herdada de apóstolo Paulo, capacidade de escolha, como praticar as ações, mas sempre com Deus em primeiro plano.
· Traços:
a) O homem como ser itinerante: percorre caminho existencial com único objetivo, a salvação.
b) O homem como ser para Deus: feito imagem e semelhança. Ser uno: único e capaz de servir a palavra de Deus.
Antropologia Moderna
· Final da Idade Média: Descartes e Pascal. Revolução impar na história da humanidade.
· Moderno: etimologia parece vir do “advérbio latino modo”, tudo que faz referência ao agora, aqui, neste momento.
· Modernidade: palco de revolução ímpar na história da humanidade, homem enquanto animal racional.
· Progresso: ciência ativa coloca a razão a seu serviço, move a existência, método (melhor caminho para me compreender).
· Ruptura com a tradição Cristão Medieval, com o antigo, com a fé, retorno a antropologia Clássica (razão).
· Fatores:
a) Pluralidade cultural: as várias culturas tentam explicar o que é o homem, não existe uma forma de cultura, a forma de processar a ideia de fé era diferente, descoberta das Américas, cultura totalmente diferente.
b) Renascimento: retorno à antropologia clássica, lema sofistica (Protágoras), valorização da subjetividade, homem enquanto sujeito único, livre e isento, fazer minhas escolhas através da racionalidade. Obras que voltam a ter como tema central o homem e não Deus.
Protágoras: “o homem é a medida de todas as coisas” (volta a ser o centro).
Humanismo renascentista: antropologia de ruptura e transição.
Concepção Racionalista do Homem
· Antropologia racionalista: prolonga a ideia de homem enquanto animal racional, explicação mecanicista (acrescenta um novo conceito, corpo comparado a uma grande máquina, relógio, porque o corpo funciona da mesma forma e da mesma maneira – Descartes).
· Método (caminho): ponto de partida, melhor caminho para entender o homem é o método matemático geométrico – Descartes - o homem é um cogito, devo duvidar de tudo que é apresentado, que parte da experiência sensível, percepção. O pensamento é isento de qualquer dúvida. “Cogito, ergo sum”.
a) Evidência: ocultar como claro e evidente aquilo do qual não tenho dúvida.
b) Análise: dividir a dúvida em várias partes.
c) Síntese: caminho mais simples para o mais complexo.
d) Enumeração: ou verificação, repetição do processo para ter certeza que a dúvida foi sanada.
· Traços fundamentais (substâncias, não dependem uma da outra, independentes):
a) Subjetividade do espírito: capacidade que o homem tem de pensar, Res Cogítons (coisa pensante). Não preciso do corpo para capacidade pensante e vice-versa.
b) Exterioridade: corpo (coisa semovente), Res Extensa (coisa extensa).
· Antropologia de Descartes: se fundamente nas duas substâncias. O homem é uma espécie de encontro de dois mundos (Res Cogítons e Res Extensa). É no homem que as duas substâncias se encontram (glândula pineal).
· Mundo é uma grande máquina: razão é o que permite ver o mundo como grande máquina, modelo matemático explico/vivencio o mundo pela matemática.
· Corpo externo/biológico é igual ao do animal, coisa semovente, navio à deriva. Somente a presença do espírito (pensamento que se manifesta na linguagem) é que torna o homem diferente do animal. O pensamento se encerra na linguagem, vem antes dela.
· Antropologia Racionalista: o corpo exprime tudo aquilo que a gente sente.
· Paixões da Alma:
a) Fisiológicas: corporeidade, o corpo transmite tudo o que a gente pensa, sensação impõe a lei ao sujeito, determina o que eu sinto, o que o corpo registra.
b) Psicológicas: sujeito/objeto. Ex: matemática, relação de amor e ódio.
c) Morais: afirmam e realizam a conduta humana, toda ação que pratico incide na minha existência, em consonância com o conjunto de normas estabelecidas, minha existência é afirmada.
· Guia do homem: o que deve guiar as nossas escolhas é a razão e não emoção, o guia existencial deve ser constituído pela razão, pois é primordial na existência, certas emoções desviam o homem da atividade intelectual, a razão tem o poder de rejeitar/acolher.
· Sentimentos: o homem carrega dois sentimentos, a tristeza (devo evitar, rejeita) e alegria (devo cultivar).
· Sabedoria: adoção de ideias claras e distintas (pensamento) – viver e conhecimento.
Blaise Pascal
· O homem é feito para pensar, a filosofia tem obrigação de se debruçar no homem, de tentar explicar o que ele é, porque é um prodígio.
· Realidade: prodígio (estado permanente de devir, não está pronto/acabado, em construção), complexo (difícil compreensão), enigmático. Realidade percebida tendo como parâmetro a racionalização, essa permite que eu perceba a realidade que eu vivo.
· Erro natural: não tem supremacia, sentidos enganam a razão, assim como a razão engana os sentidos (mútuo). Sentidos enganam através das falsas aparências.
· Paixões da Alma (crítica à Descartes): impressões falsas, capacidade de simular a realidade nem sempre demonstra o que eu sinto.
· Grandeza e Miséria da condição humana (da nossa existência):
a) Pensamento: dignidade e função, permite perceber que sou ser existente. O homem é feito para pensar (capacidade de acumular experiências).
b) Grandeza: pensar (fato que eu penso, sentido positivo, reconheço enquanto ser de existência, posso me realizar enquanto sujeito) e miséria (complexo enigmático, penso nos meus problemas existências, a razão permite que eu tenha
uma única certeza, a morte).
· Pensamento diferencia o homem dos outros animais. O homem é ser cana pensante, a fraqueza do homem está no fato de que ele pensa, torna ele o mais fraco da natureza, possui capacidade de acumular experiências.
· Sinais da miséria: quando o sujeito não está satisfeito com a realidade, cria vidas imaginárias para suprir as mazelas. “Ficamos continuamente estudando como embelezar e conservar o ser imaginário que esquecemos do verdadeiro”. 
· Homem: presunçoso e vaidoso. A vaidade está arraigada no coração do homem, devido à necessidade de reconhecimento.
· Miséria ontológica: existencial, inquietação sem resposta, o que nós somos? Não tenho certeza de nada além da morte. “Nada em relação ao infinito e tudo em relação ao nada, algo intermediário entre o tudo e o nada”. Minha existência é insignificante, sou um mero número, muito pequeno em relação a natureza, acho que sou melhor que tudo.
· Condição humana: “o homem é um ser instável e incerto” “o homem não é anjo nem animal”.
· Diversão: fuga lúcida dos meus pensamentos.
O estar do homem no mundo
Fenomenologia e existencialismo
· Corrente filosófica de Hussel, junção entre três ciências (matemática, filosofia e psicologia).
· Existência: o mundo existe antes de nossa chegada e vai sobreviver com nossa partida, pressupõe que o tempo inteiro somos conhecidos como sujeitos em detrimento do objeto, aberto as várias possibilidades, não estamos presos a nada, o homem é um mero ator que o tempo inteiro desempenha papéis.
· Existencialismo: compreensão da realidade vivida percebida por intermédio da consciência, descrevo a maneira como ela se apresenta à minha consciencia sem colocar os juízos de valores, bases para o existencialismo (Kiekegard, Nietzsche e fenomenologia).
· Facetas da Fenomenologia e Existencialismo:
a) Experiência: experencio o mundo através da minha consciência, da forma como ele se apresenta.
b) Mundo vivido.
· Consciência intencional: descrição de experiências vividas (sempre intencional).
· Existir: devir, é estar em estado permanente de mudança, mutabilidade, pois minha vida é aberta às várias possibilidades. Solicitudade/outrem é o cuidado que eu tenho em relação ao outro, estado permanente de solicitude.
· Existencialismo: entender o sujeito como ser no mundo.
a) Homem: ser finito (morte).
b) Definição: mazelas existências fazem parte do cotidiano, corrente filosófica que se afirma após a Primeira Guerra Mundial e se consolida na Segunda Guerra Mundial. Liberdade suprimida, é condicionada.
Soren Kierkegard (1813-1855)
· Considerado o primeiro existencialista, procura analisar a existência.
· Centrada no subjetivismo, descreve a existência a partir das experiências vivenciadas
· Problemática central: salto no escuro, insegurança, escolhemos na irracionalidade, o tempo inteiro fazemos escolhas, no primeiro momento a escolha pode ser certa, mas depois de um tempo, pode não ser.
· Facetas:
a) Estético: prazer, viver o agora, esse momento, tirar o máximo de prazer, a vontade se sobrepõe à responsabilidade, consequência, estado permanente de feitura.
b) Ético: seguir as normas, regras, deixo a vontade de lado (segundo plano), saio da irresponsabilidade para a responsabilidade.
c) Religioso: fazer o que a religião ordena, angústia latente da não realização de projetos (Deus).
· Angústia: reconhecimento da finitude, de que a gente é um ser para morte, medo daquilo que pode acontecer, de sair do conforto, comodidade e certeza e ir para um mundo incerto. Silêncio de Deus (para onde eu vou? Ser salvo ou não). 
· Possibilidade angústia e desespero: existência, devir, aquilo que se transforma o tempo inteiro. “O homem é o que escolhe ser, é o que se torna”.
· Angústia e Futuro: liberdade de escolha, não tenho garantia da melhor escolha, da escolha certa.
· Angústia: pecado: livrar do pecado através da intensa relação com Deus (pecamos o tempo inteiro), medo de pecar novamente
· Angústia: se manifesta na relação do homem com o mundo, porque tenho que escolher.
· Desespero: relação consigo mesmo, o que eu vou fazer? Como vai ficar se eu escolher? Como vou escolher?
· Paradoxo de Kiekergard: compreende-se, explica-se pela fé o que é incompreensível pela razão, porque vou morrer, relação com Deus.

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