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PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS: VEGETATIVAS Práticas Conservacionistas • Como recomendar práticas de conservação do solo? • Controle integrado da erosão • Diversidade de condições de propriedades no Brasil • Conhecimento da propriedade • Solo • Culturas • Topografia • Clima local ou regional • Condições econômicas e culturais do agricultor PRÁTICAS DE CARÁTER VEGETATIVO • Densidade de cobertura vegetal é o princípio fundamental para proteger o solo contra erosão através das práticas vegetativas. • Vegetação proporciona cobertura e evita a desagregação do solo • FUNÇÕES DA VEGETAÇÃO • proteção direta contra o impacto das gotas de chuva; • dispersão da água – gota da chuva se divide em várias, diminuído a Ec; • decomposição das raízes das plantas, formando canalículos no solo, ↑ a infiltração de água; • melhoramento da estrutura do solo pela adição de MO, ↑ capacidade de retenção de água; • ↓ da velocidade de escoamento da enxurrada ↑ do atrito na superfície (rugosidade) e > infiltração. 1. Florestamento e Reflorestamento • É indicado para terras de baixa capacidade de produção; • Áreas já degradadas pela erosão hídrica; • Terras muito suscetíveis à erosão, locais com alta declividade (relevo acidentado); • Pode também ser utilizada com a finalidade de repovoar áreas marginais ou inaptas à produção agrícola ou protegidas pela legislação (mananciais de água) • Indicado para o controle de voçorocas (cabeceiras e barrancos) • Espécies aconselháveis: eucalipto, erva mate, tipuana, amoreira, maricá, cinamomo, canafístula, timbaúva, pinus, angico ... REFLORESTAMENTO 2. Pastagem • Terrenos de baixa produção; • Áreas com alta suscetibilidade à erosão; • Fornecem grande proteção ao solo contra os estragos pela erosão. • O MANEJO pode afetar grandemente seu valor como revestimento do solo contra a erosão. Escolha da espécie Estabelecimento Manejo do pastejo Manejo da pastagem Adubação de manutenção 3. Plantas de cobertura • Essas plantas destinam a manter o solo coberto durante o período chuvoso, a fim de reduzir os efeitos da erosão e melhorar as condições físicas e químicas do solo. • As leguminosas são bastante usadas: • Mantém o solo coberto no período chuvoso • Evita o efeito da erosão • Melhora as propriedades físicas, químicas (fixação de N, MO) e biológicas do solo. • Reciclagem de nutrientes • Retém a umidade do solo • Melhora a aeração do solo Custo alto das sementes dificulta a utilização dessas plantas Não devem ser hospedeiras de patógenos. Plantas de cobertura: leguminosas (crotalária, feijão guandu, feijão de porco, mucuna, etc.), gramíneas (milheto, braquiárias, etc) • Como a relação C/N influencia? 4. Culturas em faixas • Consiste na disposição das culturas em faixas de largura variável, de tal forma que a cada ano se alternem plantas que oferecem pouca proteção ao solo com outras de crescimento denso. • Prática complexa: combina plantio em contorno, a rotação de culturas, as plantas de cobertura e, em alguns casos o terraço; É o mais eficiente no controle da erosão eólica e hídrica; • Deve ser orientada no sentido das curvas de nível do terreno (erosão hídrica); • Deve ser colocada na direção contrária dos ventos dominantes (erosão eólica). • Se utilizado isoladamente, o cultivo em faixas só é recomendado para terrenos com declives de cerca de 3 a 5%. • De maneira geral, a espessura das faixas de cultivo varia de 20 a 40 metros. • Tipos: • Faixas de exploração contínua: culturas nelas existentes permanecem de um ano para o outro na mesma posição. • Faixas de rotação: anualmente todas as culturas mudam de posição, segundo um plano pré-estabelecido de rotação. • • Bertoni & Lombardi Neto (1993) classificaram algumas plantas (culturas) quanto a proteção oferecida contra a erosão em quatro grupos: 5. Rotação de culturas • Consiste em alternar, no tempo, no espaço e em sequência definida, culturas com exigências e sistemas radiculares diferentes. • Objetivos da rotação de culturas: • Otimizar a fertilidade do solo • Proporcionar maior cobertura, mesmo que temporária, do solo • Adição de materiais orgânicos de qualidade diferenciada • Impedir a disseminação de pragas e doenças proporcionadas pela monocultura • Controlar as ervas daninhas com o mínimo de gastos – efeitos alelopáticos. • Obter melhores resultados econômicos 6. Cordões de Vegetação Permanente ou Faixas de Retenção • São fileiras de plantas perenes e de crescimento denso, dispostos com determinado espaçamento horizontal e sempre em contorno e geralmente sobre terraços de base estreita • Podem diminuir em até 80% as perdas de solo por erosão. • REQUISITOS PARA PLANTAS USADAS NOS CORDÕES: • apresentar de preferência algum valor econômico; crescimento rápido e denso; durabilidade; não possuir caráter invasor para as terras de cultura adjacente; não fornecer abrigo para doenças e pragas • VANTAGENS: • aumentam resistência dos terraços; diminuem velocidade da enxurrada; podem servir de alimentação para os animais da propriedade. • ESPÉCIES RECOMENDADAS: • Capim-elefante, Cana-de-açúcar, Capim cidreira, Citronela, capim Vetiver. • Os cordões de vegetação devem ter de 2 a 3 m de largura, podendo chegar a 4m. • A vegetação deverá agregar valor econômico para a propriedade, pois há perda de área a ser cultivada pela cultura principal. • Solução em solos onde não é possível construir terraços (textura arenosa) • Vantagens sobre os terraços: • (a) simplicidade e facilidade de execução, mesmo sem grande precisão terão eficiência satisfatória, • (b) facilita o emprego pelos agricultores que disponham de poucos recursos técnicos. • Os cordões de vegetação permanentes serão mais eficientes se formados em contorno. PRÁTICAS MECÂNICAS PRÁTICAS VEGETATIVAS TERRAÇOS CORDÕES EM CONTORNO FAIXAS DE RETENÇÃO* X Cultura Permanente Cultura Anual Cultura Permanente Cultura Anual Gradiente Nível Gradiente Nível Gradiente Nível Nivelados alta alta 1,5 média média 2,0 baixa alta baixa 2,5 média 3,0 baixa alta 3,5 média alta 4,0 baixa alta média 4,5 média baixa alta 5,0 baixa média 5,5 baixa 6,0 Tabela 1 - Valores de “X” de acordo com as práticas conservacionistas, tipos de cultura e resistência do solo à erosão. Fonte : Pires & Souza (2003) com modificações *Cordão de Vegetação Permanente CÁLCULO PELA FÓRMULA DE BENTLEY: EV = (D/X +2) x 0,305 D = declividade (%) 7. Alternância de capinas • Consiste em fazer as capinas sempre pulando uma ou duas ruas, e, depois, passado algum tempo, voltar para capiná-las, deixando, assim, sempre uma ou duas ruas com mato imediatamente abaixo de outras recém- capinadas. • A terra perdida pelas ruas limpas de mato será retida pelas ruas com mato que ficam imediatamente abaixo, cria com isso um obstáculo para o escorrimento superficial. • É utilizado em culturas perenes • VANTAGENS: • O solo perdido pelas ruas limpas de mato será retida pelas ruas com mato que ficam imediatamente abaixo. • Custo praticamente nulo e operação muito simples Capina não alternada solo exposto 8. Ceifa do mato • Consiste no corte das ervas daninhas a uma pequena altura da superfície do solo, deixando intactos os sistemas radiculares dessas ervas e das plantas perenes e uma pequena vegetação protetora de cobertura. • É uma maneira eficiente de controlar a erosão. • A frequência das ceifas para o controle das ervas daninhas numa cultura perene dependerá das seguintes condições: • condições locais de fertilidade do solo; • do grau de infestação e espécies predominantes de ervas daninhas; • da distribuição das chuvas. • O corte do mato nas culturas perenes, como em pomares, café, cacau, deixa intacto o sistema radicular, sem movimentação do solo. • Esta prática proporciona controle da erosão devido: • não ocorrer desagregação da camada superficial dosolo • não haver mutilação das raízes (não há comprometimento da produção) • diminui impacto da gota de chuva (diminui Ec) • sombreamento solo, diminui decomposição da matéria orgânica. VANTAGENS: não há a desagregação da camada superficial do solo que facilita a erosão; não há a mutilação das raízes superficiais das plantas perenes cultivadas, com sacrifício da produção; não se elimina totalmente a vegetação de cobertura do solo; manutenção da matéria orgânica do solo. 9. Cobertura morta • A cobertura morta com restos de culturas consiste em uma das mais eficientes práticas de controle da erosão, como a eólica e a hídrica. • VANTAGENS: • Protege o solo contra o impacto das gotas de chuva; • Faz diminuir o escoamento da enxurrada; • Incorpora ao solo a matéria orgânica que aumenta a sua resistência ao processo erosivo; • No caso da erosão eólica – protege o solo contra a ação direta dos ventos e impede o transporte das partículas; • Contribui para a conservação do solo; • Diminui a temperatura do solo; • Diminui as perdas por evapotranspiração; • Melhora a estrutura do solo (camada superficial). • Estimula a atividade microbiana do solo. • DESVANTAGENS: • Exige área próxima destinada a produção de capim; • Gasto com mão-de-obra; • Transporte, corte e distribuição da palha de capim sobre o terreno. • Risco de fogo. 10. Faixas de bordadura e quebra-ventos • Faixas de bordaduras: consistem em faixas estreitas formadas com plantas de porte baixo e vegetação cerrada para conter os excessos de enxurrada que possam escorrer sem provocar danos. • Com largura de 3 a 5 m, são formadas na margem dos campos cultivados, ao lado dos caminhos e dos canais escoadouros. • FINALIDADE: controlar a erosão das bordas dos terrenos de cultura. • Quebra-ventos: Segundo Volpe e Schoffel (2001), o quebra- ventos é um sistema aerodinâmico, natural ou artificial, que serve como anteparo para atenuar o padrão de velocidade média e da turbulência do vento, proporcionando melhorias às condições ambientais através do controle do microclima da área protegida. • Do ponto de vista menos formal, os quebra-ventos são barreiras de árvores e arbustos para proteger solos e culturas dos efeitos danosos dos ventos. • A função principal do quebra-ventos é reduzir a velocidade e direcionar os ventos. No caso da agricultura, os produtores os utilizam na proteção dos seus cultivos, especialmente os plantios de fruteiras, hortaliças e grãos. • Quanto aos benefícios ambientais, destacam-se: a) proteção do solo da erosão eólica e conservação da umidade; b) conservação da fauna e uso no manejo integrado de pragas; c) embelezamento da paisagem e conforto dos animais silvestres e pecuários; e d) aumento na polinização das árvores silvestres e cultivadas, em função da maior incidência de insetos, sobretudo, de abelhas. 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