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P á g i n a | 1 P á g i n a | 2 Prefácio O E-book de Anatomia Dental foi criado por Fernanda Keury Silva Rocha, Virginia Gabriela Oliveira Almeida criadoras de conteúdo da página @nossodiariodonto no aplicativo Instagram, Jaíne Tamila de Oliveira Silva, criadora de conteúdo da página @chamego_odonto no aplicativo Instagram e Priscila Oliveira Sobral criadora de conteúdo da página @hellodonto_ no aplicativo Instagram.. O objetivo é auxiliar os acadêmicos do curso de odontologia no estudo da anatomia dental, visto que é um componente curricular muito importante. Será um grande prazer ajudar vocês nessa caminhada de conhecimento, foi realizado com muito carinho para vocês. Ao compartilhar esse conteúdo, se compromete a dar os devidos créditos as autoras da obra (@nossodiariodonto, @chamego_odonto e @hellodonto). Lei n° 9.610/98 (Lei do Direito Autoral – LDA). Bons estudos! “ Não pare até se orgulhar de você. “ P á g i n a | 3 Sumário INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5 ODONTOGÊNESE .................................................................................................................. 5 LÂMINA VESTIBULAR: ........................................................................................................................................................................................................... 6 LÁMINA DENTÁRIA:................................................................................................................................................................................................................ 6 FASES DA ODONTOGÊNESE: ................................................................................................... 6 FASE DE BOTÃO: ..................................................................................................................................................................................................................... 6 FASE DE CAPUZ (CASQUETE): ........................................................................................................................................................................................... 7 FASE DE CAMPÂNULA ( SINO ): ............................................................................................................................................................................................... 8 FASE DE COROA ( APOSIÇÃO ) ................................................................................................................................................................................................. 9 FASE DE RAIZ ( RISOGÊNESE) .......................................................................................................................................................................................... 10 RISOGÊNESE X ERUPÇÃO: .................................................................................................................................................................................................. 11 MUCOSA ORAL: .................................................................................................................. 11 DESENVOLVIMENTO DENTAL: ............................................................................................... 14 CARACTERISTICAS DO DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................................................................. 14 ( IDADE) : .................................................................................................................................................................................................................................. 14 IDADE EM QUE NORMALMENTE OS DENTES ERUPCIONAM: ............................................................................................................................... 15 ERUPÇÃO DENTAL: ............................................................................................................. 17 FASES SUCESSIVAS: ................................................................................................................................................................................................................... 17 EXFOLIAÇÃO DOS DENTES: ............................................................................................................................................................................................... 18 ANATOMIA DENTAL: ........................................................................................................... 19 NOTAÇÃO DENTAL: ...................................................................................................................................................................................................................... 19 FUNÇÕES DOS DENTES: ............................................................................................................................................................................................................ 20 LOCALIZAÇÃO: ....................................................................................................................................................................................................................... 22 DIREÇÃO: ................................................................................................................................................................................................................................. 22 NÚMERO: .................................................................................................................................................................................................................................. 22 DIMENSÕES: ............................................................................................................................................................................................................................... 22 COR: ........................................................................................................................................................................................................................................... 22 FACES DOS DENTES:.................................................................................................................................................................................................................. 23 CLASSIFICAÇÃO (HOMEM): ............................................................................................................................................................................................... 24 FIXAÇÃO DOS DENTES NA BOCA: .................................................................................................................................................................................. 24 GENERALIDADES DOS DENTES: ............................................................................................ 24 ESTRUTURAS DOS DENTES E TECIDOS: ................................................................................................................................................................... 25 P á g i n a | 4 ANATOMIA DO PERIODONTO: ................................................................................................................................................................................................... 26 PERIODONTO DE PROTEÇÃO: .....................................................................................................................................................................................................27 PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO: ............................................................................................................................................................................................. 30 DENTIÇÃO DECÍDUA: .......................................................................................................... 32 ASPECTOS GERAIS: .................................................................................................................................................................................................................. 32 DIFERENÇAS ENTRE AS DENTIÇÕES: ........................................................................................................................................................................................ 33 INCISIVOS E CANINOS: ....................................................................................................................................................................................................... 33 PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR:......................................................................................................................................................................................... 34 SEGUNDOS MOLARES: ........................................................................................................................................................................................................35 PRIMEIRO MOLAR INFERIOR: ...........................................................................................................................................................................................35 DENTIÇÃO PERMANENTE: .................................................................................................... 35 INCISIVO CENTRAL SUPERIOR (11 OU 21) ................................................................................................................................................................................ 36 INCISIVO LATERAL SUPERIOR (12 OU 22) ................................................................................................................................................................................38 INCISIVO CENTRAL INFERIOR (31 OU 41) ................................................................................................................................................................................ 39 INCISIVO LATERAL INFERIOR ( 32 OU 42 ) ................................................................................................................................................................. 40 CANINO SUPERIOR (13 OU 23): ................................................................................................................................................................................................. 41 CANINO INFERIOR (33 OU 43) ................................................................................................................................................................................................. 42 PRIMEIRO PRÉ- MOLAR SUPERIOR ( 14 OU 24 ).................................................................................................................................................................... 43 SEGUNDO PRÉ-MOLAR SUPERIOR (15 OU 25) ........................................................................................................................................................................ 45 PRIMEIRO PRÉ- MOLAR INFERIOR (34 OU 44) ...................................................................................................................................................................... 46 SEGUNDO PRÉ- MOLAR INFERIOR (35 OU 45) ....................................................................................................................................................................... 47 PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR ( 16 OU 26 )............................................................................................................................................................................. 49 SEGUNDO MOLAR SUPERIOR ( 17 OU 27 )............................................................................................................................................................................... 50 TERCEIRO MOLAR SUPERIOR ( 18 OU 28 ) .............................................................................................................................................................................. 52 PRIMEIRO MOLAR INFERIOR ( 36 OU 46 ) ...................................................................................................................................................................53 SEGUNDO MOLAR INFERIOR ( 37 OU 47 ) ...............................................................................................................................................................................55 TERCEIRO MOLAR INFERIOR (38 OU 48) ................................................................................................................................................................................ 56 REFERÊNCIAS: ................................................................................................................... 57 P á g i n a | 5 INTRODUÇÃO . A Anatomia dental é um segmento da anatomia dedicado ao estudo da estrutura dental humana. Sua formação começa antes mesmo do nascimento e sua morfologia é ditada durante este tempo. ODONTOGÊNESE Odontogênese compreende uma série de eventos celulares e moleculares altamente coordenados, os quais culminam com a formação dos elementos dentários. Para entender a odontogênese é necessário conhecer sobre o desenvolvimento facial. Na 3° semana de vida intrauterina forma- se o ectoderma e endoderma. O ectoderma e as suas células irão formar o mesoderma, as linhas primitivas do ectoderma também vão ser responsáveis por formar a notocorda, o estomodeu e o intestino primitivo. O estomodeu irá ser uma boca primitiva, e a boca primitiva na odontogênese vai ser revestida pelo epitélio oral primitivo que vai se proliferar tanto formando assim a banda epitelial primária. A banda epitelial primária é formada no 37° dia de desenvolvimento e será uma banda contínua de epitélio espessado que se forma ao redor da boca. A banda epitelial primitiva também vai ser responsável pelos seus posicionamentos correspondentes ao dos futuros arcos dentários e vai ser em formato de ferradura. Também origina a lâmina dentária e a lâmina vestibular. A lâmina dentária irá se formar primeiro enquanto que a lâmina vestibular vai se formar logo após, mas vai se posicionar na frente da lâmina dentária. A lâmina dentária é responsável pela formação dos dentes, enquanto a lâmina vestibular formará o fundo de saco do sulco vestibular. Fig. 2. Lâmina dentária e lâmina vestibular Lâmina Dentária Arcos Dentários Fig. 1. Banda epitelial primária https://pt.wikipedia.org/wiki/Anatomia https://pt.wikipedia.org/wiki/Morfologia P á g i n a | 6 Lâmina Vestibular Bochechas E Lábios. LÂMINA VESTIBULAR: A lâmina vestibular vai acontecer quando a banda epitelial sofrer uma degeneração das células centrais dando lugar a uma fenda. A lâmina vestibular vai formar o fundo do saco do sulco vestibular que está localizado entre os lábios, bochechas e arcos dentais. LÁMINA DENTÁRIA: A lâmina dentária vai acontecer quando a proliferação celular (proliferação epitelial) leva a formação de crescimentos epiteliais para dentro do ectomesênquima e a partir daí se forma as fases da odontogênese . Fig. 3. Fases da odontogêneseFASES DA ODONTOGÊNESE: ◦ Botão ◦ Capuz ◦ Campânula ◦ Coroa ◦ Raiz FASE DE BOTÃO: A fase de botão começa quando a lâmina dentária começa a apresentar em alguns locais atividades mitóticas diferenciadas, nessa fase ocorre a condensação discreta do ectomesênquima na região em torno ao botão epitelial. A fase de botão se inicia a partir da 8° semana em cada arco originam-se 10 pequenas esférulas que invadem o ectomesênquima, representando o início da formação dos germes dos dentes decíduos. Fig. 4. Fase de botão Obs.: A época de estabelecimento do botão não é necessariamente a mesma para todos. Obs.: A época de estabelecimento do botão não é necessariamente a mesma para todos. P á g i n a | 7 A fase de botão começa com uma discreta diferenciação, porém ela irá começar a condensar muito dando inicio a fase de capuz. FASE DE CAPUZ (CASQUETE): A fase de capuz é caracterizada pela condensação do ectomesênquima (ocorre uma intensa proliferação) e terá um crescimento desigual, que adota ou a forma semelhante a um boné ou de um capuz. Essa condensação ectomesenquimal vai fazer com que essas células sejam ineficazes na separação, ou seja, no centro da sua parte mais profunda o capuz epitelial apresenta uma concavidade em que é observada maior concentração de células ectomesenquimais do que na fase de botão. É provável que essa concavidade do capuz seja criada pela resistência local proveniente dessas células condensadas do ectomesênquima. A porção epitelial que é semelhante ao capuz é o órgão do esmalte e este forma o esmalte do dente. O órgão do esmalte irá se dividir em dois: Epitélio interno do órgão do esmalte. Epitélio externo do órgão do esmalte. Fig. 5. Fase de capuz 1. Epitélio Oral. 2. Lâmina Dentária. 3. Epitélio Externo do Órgão do Esmalte. 4. Retículo estrelado. 5. Epitélio Interno do Órgão do Esmalte. 6. Papila dentária. 7. Folículo dentário. O epitélio interno do órgão do esmalte vai estar na concavidade do capuz e o epitélio externo vai estar na convexidade externa do capuz. Entre o epitélio interno e o epitélio externo do órgão do esmalte, observa- se o retículo estrelado, que serão células que vão estar na região central do órgão Germe Dentário na Fase de Botão em aumento de 20x. Em 1, está o ectomesênquima em proliferação; em 2, epitélio em proliferação. P á g i n a | 8 do esmalte e essas células vão adotar forma de retículo estrelado, na sua grande maioria vão ter substâncias fundamentais e ricas em protoglicanos. A papila dentária vai estar abaixo do órgão do esmalte e vai ser formada pelas células ectomesenquimais condensadas. A papila dentária é responsável pela formação da polpa e da dentina. O ectomesênquima que rodeia o órgão do esmalte quanto à papila dentária se condensa em torno do germe em desenvolvimento, formando uma cápsula que o separa do restante do ectomesênquima da maxila e da mandíbula. Essa condensação periférica chamada de “folículo ou saco dentário” é a responsável pela formação do periodonto de inserção do dente, ou seja, do cemento, ligamento periodontal e do osso alveolar. Capilares penetram no folículo dentário, sendo responsáveis pela nutrição do órgão do esmalte. Existe também o nó do esmalte que não é muito cobrado, ele é formado nas pontas das futuras cúspides dos molares. FASE DE CAMPÂNULA ( SINO ): Na fase de campânula vai ocorrer uma diminuição da proliferação das células epiteliais, ou seja, do crescimento do órgão do esmalte. É nessa fase também que a superfície interna do órgão do esmalte vai se aprofundar ainda mais, dando ao órgão uma forma de sino (campânula) tendo sua concavidade mais acentuada e margens mais aprofundadas. Porém quando diminui a divisão celular tanto no órgão do esmalte quanto nas células ectomesenquimais, ocorre à diferenciação das diversas células do germe dentário, por isso essa fase também é denominada “fase de morfo e histodiferenciação”. Fig. 6. Fase de campânula As principais modificações observadas: aumento do volume do retículo estrelado, pelo acúmulo de água e proteoglicanas; aparecimento do estrato intermediário (duas camadas de células pavimentosas localizadas entre o epitélio interno do órgão do esmalte e o retículo estrelado); as células do epitélio externo tornam-se pavimentosas e as do epitélio interno, P á g i n a | 9 alongadas; aparecimento da alça cervical; evidenciação do folículo dentário; desprendimento do germe dentário em relação ao epitélio oral primitivo devido ao desaparecimento da lâmina dentária; desenvolvimento do osso alveolar (processo alveolar) e formação da cripta óssea alveolar. FASE DE COROA ( APOSIÇÃO ) A fase de coroa também é denominada “fase avançada da campânula” e corresponde à deposição de dentina e esmalte da coroa do futuro dente. Embora nesta fase ocorram também os eventos de diferenciação, estes não se restringem aos locais das futuras cúspides, mas podem ser observados ao longo das vertentes. Quanto mais próxima da cúspide for à região examinada, mais avançada será a diferenciação celular. Vai ser na fase de coroa que os ameloblastos vão produzir uma matriz orgânica do esmalte que vai estar em MORFODIFERENCIAÇÃO A coroa dentária assume sua forma final A divisão celular ocorre por todo o epitélio interno do esmalte, até ser interrompida quando as células se diferenciam em ameloblastos, fazendo com que essa áera represente o local da futura cúspide HISTODIFERENCIAÇÃO Células que irão produzir os tecidos duros da coroa se diferenciam. Há uma inversão de polaridade, até as células transformarem-se em pré- ameloblastos Sobre a influência dessas células, inicia também a diferenciação dos odontoblastos na coroa. As ectomesênquimais são indiferenciadas da papila dentária se dividindo por mitose P á g i n a | 10 contato com a superfície da dentina formada. A matriz vai se mineralizar e fornecer a camada inicial de esmalte na coroa. A fase de coroa caracteriza-se pela deposição de dentina de fora para dentro (centrípeta), e de esmalte de dentro para fora (centrifuga). Esses eventos são denominados dentinogênese e amelogênese. Fig. 7. Fase de coroa FASE DE RAIZ ( RISOGÊNESE) No final da fase de coroa, quando os eventos de diferenciação alcançam a região da alça cervical, os epitélios interno e externo do órgão do esmalte proliferam em direção apical para induzir a formação da raiz do dente. O epitélio resultante dessa proliferação denomina- se de bainha epitelial de Hertwig. Inicia-se a formação da dentina radicular devido à presença dessa bainha que estimula o aparecimento dos odontoblastos a partir das células da papila dentária. As dimensões e a quantidade de raiz do dente em formação são determinadas por uma dobra perpendicular da extremidade da bainha que forma um colarinho, o diafragma epitelial. Essa fase é caracterizada também, pela movimentação do dente em direção à cavidade bucal, erupção dentária pré- oclusal, formação da polpa radicular pela papila dentária e formação dos tecidos de inserção ou sustentação do dente - cemento, ligamento periodontal e o osso alveolar fasciculado - a partir do folículo dentário. Ameloblasto produz esmalte Odontoblasto produz dentina P á g i n a | 11 Fig. 8. Fase de raiz RISOGÊNESE X ERUPÇÃO: Antes da erupção, durante arisogênese, o esmalte está sofrendo maturação pré- eruptiva; O colapso das células do órgão dental origina uma estrutura chamada de Epitélio Reduzido do Esmalte que recobre a coroa até a erupção Após a erupção o ERE fará parte do epitélio juncional da gengiva. MUCOSA ORAL: A mucosa oral reveste a superfície interna da cavidade oral. Por definição a mucosa é composta de epitélio e lâmina própria. Epitélio Oral : O epitélio oral é do tipo estratificado pavimentoso, pois ele possui várias camadas de células epiteliais, de queratinócitos e as células mais apicais na superfície tem um aspecto pavimentoso. QUERATINÓCITOS NÃO – QUERATINÓCITOS Dentro os não- queratinócitos existem os melanócitos, células de Langerhans e as células de Merckel. Também podemos classificar esse epitélio como: QUERATINIZADO O epitélio queratinizado é divido em estratos, são eles: Estrato basal Estrato espinhoso Estrato granuloso Estrato córneo P á g i n a | 12 NÃO -QUERATINIZADO (Não tem queratina na sua superfície) O epitélio não- queratinizado é divido em: Estrato basal Estrato espinhoso Estrato intermediário Estrato superficial O estrato mais próximo da lâmina própria é o estrato basal e o mais na superfície pode ser o estrato córneo se estiver falando de epitélio queratinizado ou pode ser o estrato superficial caso esteja se falando de epitélio não-queratinizado. NÃO - QUERATINÓCITOS : Melanócitos ⇨ produzem melanina que estão presentes na gengiva dando uma coloração mais amarronzada á algumas gengivas. Células de Langerhans : estão em grande quantidade em epitélios permeáveis e são células apresentadoras de antígenos. Células de Merckel : são células receptoras, pois na sua superfície basal encontram-se fibras nervosas amielínicas. Lâmina Própria: É constituída basicamente de tecido conjuntivo frouxo e contém duas camadas: - Papilar: Camada mais superficial, constituída de tecido conjuntivo frouxo + Estrato córneo •Epitélio queratinizado •Células desidratadas, não possuem organelas e nem núcleos. Estrato superficial •Epitélio não- queratinizado •Células com organelas e células nucleadas. Estrato córneo é diferente de estrato superficial. P á g i n a | 13 vasos sanguíneos. Possuem papilas que se interdigitam com as saliências da superfície basal do epitélio. - Reticular: Camada mais profunda, constituída por tecido conjuntivo denso, com presença de fibras elásticas e colágenas. E alta concentração de água devido a grande concentração de substância amorfa. Com relação às células vale destacar os: Fibroblastos: Produzem a matriz extracelular, tem finos prolongamentos citoplasmáticos. São células sintetizadoras de proteínas. Macrófagos: São células FAGOCITÁRIAS originadas a partir de monócitos e participam nas reações imunológicas como células apresentadoras de antígenos. Mastócitos: São células globosas que dentro do seu citoplasma tem uma série de grânulos envolvidos por membrana que contém heparina e histamina, dois mediadores das reações inflamatórias. Na superfície dos mastócitos é possível observar a presença de receptores para IgE e portanto estão relacionados a reações inflamatórias. Tipos de Mucosa: Existem três tipos de mucosa: Mucosa de revestimento Mucosa mastigatória Mucosa especializada P á g i n a | 14 Mucosa de Revestimento: É um tipo de mucosa que contém epitélio não - queratinizado e está presente em regiões onde é necessária elasticidade dos tecidos. Ex: mucosa labial, jugal, alveolar, palato mole, assoalho de boca e porção ventral de língua. Mucosa Mastigatória: É um tipo de mucosa que contém epitélio queratinizado e está presente em áreas diretamente expostas ao atrito durante a mastigação. Ex: gengiva inserida (mucosa gengiva) e mucosa do palato duro. Mucosa Especializada: É uma mucosa que está presente na língua. Está localizada no dorso da língua, nessa área tem atrito durante a mastigação (comprime o alimento) apresenta papilas e botões gustativos; se trata de tecido epitelial estratificado pavimentoso com variações entre queratinizado ou não (depende da papila) e conjuntivo não modelado rico em fibras colágenas. DESENVOLVIMENTO DENTAL: CARACTERISTICAS DO DESENVOLVIMENTO ( IDADE) : 42 A 48 DIAS - Formação da lâmina dental. 55 A 56 DIAS - Estágio de botão: incisivos, caninos e molares decíduos 14 SEMANAS - Estágio de campânula para os dentes. decíduos e estágio de botão para os dentes permanentes 18 SEMANAS -Dentina e ameloblastos funcionais nos dentes decíduos .32 SEMANAS - Dentina e ameloblastos funcionais nos primeiros molares permanentes.. P á g i n a | 15 IDADE EM QUE NORMALMENTE OS DENTES ERUPCIONAM: Dentição Decídua: NÚMERO: DIFIODONTE Dentição decídua – 20 dentes 6 MESES 5 ANOS Dentição Permanente: NÚMERO: DIFIODONTE Dentição permanente – 32 dentes. 6 ANOS P á g i n a | 16 P á g i n a | 17 ERUPÇÃO DENTAL: Processo migratório que conduz os dentes, desde do seu local de desenvolvimento intraósseo, penetrando pela mucosa gengival, até alcançarem a manterem sua posição funcional no arco do dente. Nesse processo migratório, durante a erupção é o resultado do crescimento dental, do crescimento do osso alveolar, do osso de suporte, isto é, da maxila ou mandíbula. O movimento dos dentes em relação a mandíbula ou maxila é denominado erupção ativa. Enquanto a exposição gradual da coroa dental no meio bucal, decorrente da retratação da gengiva devido ao seu deslocamento é chamada erupção passiva. Ocorre mais cedo nas meninas do que nos meninos e o atraso é mais frequente que a aceleração. Vale lembrar que o desenvolvimento e a erupção dos dentes são facetas do crescimento somático e podem ser afetados pelos fatores sistêmicos; somente alguns casos de crescimento somático deficiente, algum problema no organismo, deve- se esperar atraso generalizado dos dentes. Dentre as glândulas endócrinas, a hipófise e a tireoide são que exercem maior controle sobre o desenvolvimento e irrompimento dentais. Fatores locais também acabam interferindo, atrasando ou até mesmo impedir a erupção: Falta de espaço no arco. Presença de cistos. FASES SUCESSIVAS: Fase pré – eruptiva : Movimentação do germe dental; inicia o seu desenvolvimento, no interior do osso em crescimento, colocando uma posição adequada ao movimento da oclusal. O termino da sua fase ocorre quando o coronogênese termina e começa a rizogênese que é a formação da raiz do dente, o Qualquer desequilíbrio no desenvolvimento dessa estrutura pode alterar a movimentação eruptiva ou até mesmo impedir a sua erupção. P á g i n a | 18 estado do germe dental confinado quase inteiramente em uma cripta óssea. Inicialmente, os germes dos dentes decíduos e permanentes ocupam uma cripta óssea comum, mas quando a morfogênese da coroa do decíduo está concluída, hácrescimento de uma lâmina óssea, possibilita que o dente permanente fique na sua própria cripta óssea. Fase pré – funcional: Vai desde o início da rizogênese até o posicionamento do dente no plano oclusal. Quando se inicia a formação da raiz ou das raízes, a coroa começa a ser impulsionada para a mucosa gengival. O primeiro inicio morfológico de que o dente vai se movimentar para a oclusal é a inteira reabsorção do teto da cripta óssea.. É nessa fase que ocorre o irrompimento do dente; assim, a coroa faz seu aparecimento no meio bucal, quando a raiz ainda não está em formação e antes que o osso alveolar tenha atingindo suas dimensões funcionais. Fase funcional: Compreende o período em que, após atingirem o plano oclusal, os dentes continuam tendo movimento para se ajustarem entre si. Estes ocorrem prevalentemente na direção oclusomesial. A velocidade da erupção é muito mais rápida antes do que após o contato oclusal, podendo, entretanto, acelera-se novamente após a perda do antagonista. O ligamento periodontal é tido como uma estrutura capaz de gerar força eruptiva principal. EXFOLIAÇÃO DOS DENTES: Exfoliação = Perda dentária. Consiste na eliminação fisiológica desses dentes, em consequência da reabsorção de suas raízes, antes de sua substituição pelos sucessores permanentes. Cripta óssea: espaço no interior do osso alveolar, que contem germe dental, correspondente ao futuro alvéolo desse em desenvolvimento. P á g i n a | 19 È importante ressaltar que a reabsorção pode acontecer mesmo com a ausência dos germes do dente permanente devido a sobre carga oclusal. Como acontece a Exfoliação? 1. Os germes dentais eles aparecem para contribuir que as raízes dos dentes decíduos sejam reabsorvidas. 2. Os dentes decíduos eles “caem” pois a raiz é reabsorvida devido a presença de fagocitose que é um processo inflamatório. O dente de leite é exfoliado antes do permanente aparecer. 3. Logo após o dente permanente erupciona. É importante ressaltar que a queda do dente decíduo pode acelerar a erupção do sucessor permanente se o espaço for mantido, caso contrario poderá haver atraso ou erupção ectópica que significa fora da sua posição normal. ANATOMIA DENTAL: Ciência que estuda as formas dos dentes, onde o dente é um órgão do corpo humano, importante e complexo, que tem função, sensibilidade e ação motora. Arco superior: dentes de cima Arco inferior: dentes debaixo Dentes anteriores: incisivo central, lateral, canino. Dentes posteriores: 1 pré molar, 2 pré molar, 1 molar, 2 molar, 3 molar. NOTAÇÃO DENTAL: A notação dental é o processo sinóptico para se determinar o número e a situação dos dentes, tendo a vantagem de indicar as falhas, ou extra numerários, as anomalias, fornecendo assim o estado atual dos dentes nos arcos. A notação dental é dada por dois algarismos, onde o primeiro indica o quadrante e o segundo indica o nome do dente. Dente DU, onde: D indica o P á g i n a | 20 quadrante em que está localizado U indica o dente propriamente dito. Ex: unidade 35 – 2 pré molar inferior esquerdo. Nomenclatura dos dentes: FUNÇÕES DOS DENTES: As funções exercidas pelos dentes, são divididas em função ATIVA e função PASSIVA. P á g i n a | 21 Função Ativa: É a mastigação que é responsável por prender, dilacerar, furar. Sendo que cada um possui uma função especifica. Função Passiva : se refere a estética, pronuncias, proteção, fonação. Funções dos dentes: Mastigação: Incisivos: Os Incisivos têm a função de cortar os alimentos. Caninos: Os caninos têm uma ponta aguda, que serve para furar e rasgar os alimentos. Pré - Molares: Possuem uma superfície superior mais larga para esmagar e triturar os alimentos. Molares: Têm a função de mastigar os alimentos. Fonação: Principalmente os anteriores, na pronúncia das consoantes: F, V, T, D, N, S, C; Estética. Acentuação dos sulcos naturais da face. Flexão do nariz para frente e para baixo. Mento para cima. Suporte Facial: Principalmente bochecha e lábios superior e inferior. A ausência dos dentes ocasiona o “Perfil de Polichinelo”. P á g i n a | 22 PERFIL DE POLICHINELO, AUSÊNCIA DE SUPORTE FACIAL. LOCALIZAÇÃO: Normal: Interior da cavidade bucal, sobre os processos alveolares maxilares,dispostos em fileiras. Localização ectópica (fora do lugar normal): palato, assoalho da boca, faringe, esôfago; DIREÇÃO: Direção absoluta: É a direção do dente sozinho. Pode ser retilíneo ou curvilíneo; Direção relativa: É a direção do dente quando relacionado com estruturas vizinhas. Pode ser vestibularizado, distalizado, por exemplo. NÚMERO: Varia de acordo com a espécie: Homem: 20-= dentição decídua 32-= dentição permanente DIMENSÕES: Varia de espécie para espécie. A dentição do Homem é diferente da dentição dos cães , gatos Varia dentro de uma espécie. A dentição dos brancos é diferente da dentição dos negros, que também é diferente da dentição dos amarelos. Varia em uma mesma arcada. Os incisivos são diferentes dos caninos, que são diferentes dos pré-molares, que são diferentes dos molares. Varia em um mesmo dente. O incisivo central difere do lateral. Fatores: Sexo Genética Fatores externos COR: Varia entre: Amarelo Acinzentado Branco Azulado Varia segundo a idade. Arcada: Maxila: + escura Mandíbula: + claro Em um mesmo dente: MANDÍBULA MAXILA P á g i n a | 23 Cervical Médio Incisal ESMALTE – esbranquiçado e translúcido, transparece a cor da dentina. DENTINA – Responsável pela coloração do dente, amarelada. POLPA – Contribui pouco na cor dos dentes. A cor do dente pode modificar-se por falha estrutural de seus tecidos, por absorção de substâncias químicas que chegam até os canalículos dentinários ou por impregnação de substâncias estranhas, dentre elas a nicotina que o fumante insiste em aspirar, seja por irreflexão, seja por ignorância. FACES DOS DENTES: Face livre (vestibular, lingual, ou palatina ): São as faces do dente que não mantém contato com os dentes da mesma arcada, voltado para o lábio e as bochechas (vestíbulo bucal) e para a língua ou palato. Faces proximais ( mesial e distal): São as faces que mantém contato com os dentes da mesma arcada voltada para o plano sagital mediano. Borda Incisal: : Apesar de não ser uma face, é uma característica importante dos dentes anteriores, formado pelo encontro das faces vestibular e lingual. Face Oclusal : É a face dos dentes posteriores voltada para o arco antagonista. Face proximal: divide no meio – mantém contato com o dente da mesma arcada. Face mesial: face mais reta e próxima da linha media Face distal: face mais distante e um pouco arredondada. Face mesial/distal: podem ser chamadas de contato ou proximais. Face borda cervical: divide a coroa da raiz. Face borda incisal ou oclusal: parte cortante do dente. Face vestibular + lingual: borda incisal.P á g i n a | 24 Terços: C: cervical; M: médio; I: incisal; O: oclusal; V: vestibular; L: lingual; Ms: mesial; D: distal CLASSIFICAÇÃO (HOMEM): Braquiodonte: Dentes curtos e de crescimento limitado. Plexodonte: Dentes com tubérculos, cúspides, cristas, sulcos e fóssulas Bunodonte: Visto pela oclusal, apresenta cúspides distintas com ápices arredondados Heterodontes: Vários tipos de dentes. FIXAÇÃO DOS DENTES NA BOCA: O dente fica fixado no osso alveolar pelo ligamento periodontal, e o nome dessa união é chamada de gonfose. Osso alveolar: O osso alveolar corresponde ao tecido ósseo cortical ou compacto que delimita a superfície do alvéolo dental. Ligamento periodontal: É uma estrutura fibrosa do tecido conjuntivo, com componentes nervosos e vasculares, que une o cemento da raiz ao osso alveolar. GENERALIDADES DOS DENTES: Coroa: É a parte superior do dente, e é a única parte visível. Apresenta uma superfície lisa, polida e brilhante. É muito resistente. Parte geralmente visível do dente. 1/3 do comprimento total do dente. P á g i n a | 25 Coroa Clínica: Parte visível da coroa. Coroa Anatômica: Parte recoberta pela Gengiva. Coroa Anatômica Coroa Clínica Colo: O colo é o segmento imediato entre coroa e raiz. Colo Clínico: É a parte visível do colo. Colo Anatômico: Parte que fica recoberto pela gengiva. Raiz: Porção dental implantada nos alvéolos da maxila e da mandíbula. 2/3 do comprimento do dente. Raiz unirradicular: 1 raiz Raiz Birradicular: 2 raízes Raiz Trirradicular/ multirradicular: 3 ou mais raízes . ESTRUTURAS DOS DENTES E TECIDOS : Esmalte: É a camada mais externa do dente, ele recobre a dentina coronária, tecido mais duro e mineralizado do corpo ( 96 - 97 %) resistente ao desgaste, é responsável pelo brilho do dente. Dentina: É um tecido conjuntivo avascular de coloração branca P á g i n a | 26 amarelada. Maior tecido do dente. Se organiza em túbulos e canalículos que tem papel importante na condução de estímulo. Presente na coroa, colo e raiz, Material inorgânico (69%), Coroa revestida pelo esmalte Raiz revestida pelo cemento Interior cavidade pulpar. Polpa: Tecido mole, muito vascularizado, responsável pela vitalidade dos dentes. Situado no centro do dente dentro da cavidade pulpar. Nervos e vasos sanguíneos Sensibilidade. Divide-se em: Câmara Coronária Canal Radicular Canal Radicular: Constituída basicamente de tecido conjuntivo frouxo; Ricamente inervada e vascularizada; Vasos: arteríolas e vênulas; Filetes nervosos: responsáveis pela sensibilidade do dente; Função: defesa Cemento: Camada delgada, coloração amarela, acelular, avascularizada, cobre a raiz do dente . Reveste a dentina radicular. Permite a ligação entre o dente e o osso. Inorgânico (46%). Faz parte do periodonto de inserção. Gengiva: Membrana que reveste os ossos alveolares e o colo dentário. Osso Alveolar: O osso corresponde ao tecido osso cortical ou compacto que delimita a superfície do alvéolo dentário. ANATOMIA DO PERIODONTO: Periodonto é o termo genérico referente aos tecidos de suporte do dente, que são o alvéolo dental, o ligamento periodontal, o cemento e a gengiva .A gengiva é considerada o periodonto de proteção, já os demais tecidos de suporte são chamados de periodonto de inserção. O cemento, P á g i n a | 27 apesar de ser um tecido dental, funcionalmente participa do ligamento periodontal e, portanto, faz parte do periodonto. G: gengiva PL: ligamento periodontal ABP: osso alveolar propriamente dito RC: cemento radicular AP: osso alveolar PERIODONTO DE PROTEÇÃO: O periodonto de proteção divide-se em gengiva livre e gengiva inserida. Entre elas, acentuando a sua divisão, há uma linha chamada ranhura gengival; muitas vezes não é observada a olho nu, diferente da junção mucogengival, divisão entre mucosa alveolar e gengiva inserida, que é sempre bem visível. Gengiva Livre : A gengiva livre circunda os dentes em forma de colarinho. Nas faces de contato, esse colarinho forma a papila interdental, que é mais afilada nos dentes anteriores e mais protuberante nos dentes posteriores, chamada de zona de COL; esta variação ocorre devido à diferença entre os pontos de contato. Entre o dente e a gengiva livre existe uma fenda chamada de sulco gengival, que, no seu interior, é rico em uma substância proteica chamada fluido gengival com funções de defesa. A gengiva livre apresenta consistência firme, superfície opaca e uma coloração rósea (rosa claro), embora variações na cor possam ser observadas dependendo da densidade e da queratinização epitelial, vascularização e pigmentação de melanina. A ranhura gengival livre está presente em apenas 30-40% dos adultos, sendo mais pronunciada pelo lado vestibular, na região de incisivos e pré- molares inferiores. Em molares inferiores e pré-molares superiores, apresentam menor frequência. Ela possui um contorno parabólico – uma extremidade arredondada fina. Esta dá lugar a um pequeno sulco entre o tecido gengival e o dente, de modo a formar uma pequena invaginação entre o dente e a gengiva. P á g i n a | 28 Normalmente, a margem gengival livre fica localizada na superfície do esmalte em torno de 1,5 a 2mm coronariamente à junção cementoesmalte. A gengiva assume sua forma e textura definitivas com a erupção dos dentes. Também fazendo parte da gengiva livre, a papila interdental (ou gengiva interdental) tem seu formato definido pelas formas dos pontos de contatos ou superfícies de contato entre os dentes, a largura proximal dos dentes e pela própria anatomia da junção cemento-esmalte. Nas regiões de incisivos e caninos, a forma da papila é mais piramidal, enquanto que nos pré-molares e molares determina uma papila interdental com uma vertente vestibular e uma vertente lingual, representado por uma área de concavidade, denominada “col”. Essa área de “col” não é ceratinizada e tem muitas semelhanças com o epitélio juncional. Devido à presença da papila interdental, a gengiva livre segue um contorno festonado em toda a dentição. Representação esquemática – área de “col” Gengiva Inserida: A Gengiva Inserida está localizada apicalmente à gengiva marginal, delimitada pela ranhura gengival (quando presente) e quando essa está ausente, pelo plano horizontal que passa pelo nível da junção cemento-esmalte. A gengiva inserida estende-se apicalmente até a junção muco-gengival, onde se torna contínua com a mucosa alveolar. Apresenta textura firme, uma coloração rósea e um pontilhado delicado, lembrando o aspecto de uma casca de laranja. Esta característica – presente em apensa 40% dos adultos -, pode também ser encontrada em indivíduos que não apresentam uma gengiva clinicamente saudável. Essas depressões na superfície da gengiva são oriundas das áreas de fusão entre as várias cristas epiteliais da subsuperfície do epitélio voltada para o tecido conjuntivo. P á g i n a | 29 A gengiva inserida está firmemente aderida ao osso alveolar e ao cemento radicular subjacentes. A ligação ocorre por meio de fibras colágenas do tecido conjuntivo gengival, fazendo com que agengiva permaneça firme, praticamente imóvel quando comparada à mucosa alveolar. A mucosa alveolar, de cor vermelha mais escura, está localizada apicalmente à junção mucogengival e tem uma ligação frouxa com o osso subjacente. Portanto, em contraste com a gengiva inserida, a mucosa alveolar é móvel em relação ao tecido subjacente. A mucosa alveolar apresenta diferença no padrão de queratinização quando comparada à gengiva inserida, pois não é queratinizada e tem uma cor mais avermelhada/escura devido à proximidade dos vasos sanguíneos subjacentes em relação à superfície. A mucosa alveolar termina no fórnice vestibular (ou fundo de saco). Na região do palato não há a linha muco- gengival, pelo fato do palato duro e o processo alveolar da maxila serem cobertos pelo mesmo tipo de mucosa, ou seja, a mastigatória. A largura da gengiva inserida pode variar – de 1 a 9mm. Em indivíduos “saudáveis”, ela tende a aumentar com o avanço da idade em razão do crescimento vertical do processo alveolar. Como a junção mucogengival permanece estável em relação à borda inferior da maxila/mandíbula, o aumento da largura da gengiva sugere que os dentes erupcionam lentamente durante a vida, em consequência do desgaste oclusal que eles sofrem. OBS: na maxila, a gengiva inserida apresenta-se mais larga nas regiões de incisivos e molares, e mais estreita nas regiões de caninos e pré-molares. Na região de bridas ou freios, a largura da gengiva inserida é geralmente reduzida. Já na mandíbula, por lingual, é normalmente mais larga na região de molares e mais estreita na área dos incisivos. P á g i n a | 30 PERIODONTO DE SUSTENTAÇÃO: O periodonto de sustentação é definido como os tecidos que suportam o elemento dentário, basicamente o ligamento periodontal, o cemento radicular e o osso alveolar. Ligamento Periodontal: O ligamento periodontal é o tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e celular, que circunda as raízes dos dentes e une o cemento radicular à lâmina dura ou ao osso alveolar propriamente dito. Em direção coronária, o ligamento periodontal é contínuo com a lâmina própria da gengiva e está separado da gengiva pelos feixes de fibras colágenas que conectam a crista do osso alveolar com a raiz (as fibras da crista alveolar). As principais funções dos ligamentos são: Física: promovem resistência ao impacto e transmissão das forças oclusais para o osso. Além disso, ligam o dente ao seu alvéolo, através de uma articulação denominada de gonfose. Formadora e remodeladora: as células presentes no ligamento periodontal participam da formação e remodelação do osso e do cemento. Nutricional: através do sistema vascular que se sustenta e protege nestas fibras, o ligamento participa da nutrição das células do cemento, osso( através dos canais de Volkman) e gengiva. Sensorial: a presença de células propioceptoras nas fibras, permite que o ligamento tenha função sensitiva, detectando, dentre outras sensações, diferenças de pressão mastigatória. De acordo com a posição que ocupam no interior do alvéolo dentário, as fibras do ligamento podem ser divididas em horizontais, oblíquas (são propriamente as responsáveis pela sustentação do dente), apicais (são ausentes nos casos de rizogênese incompleta) e da crista alveolar. P á g i n a | 31 Ligamento periodontal – linha radiolúcida circundando toda a raiz. Cemento Radicular : É um tecido mineralizado, muito semelhante ao osso, apesar da ausência de remodelação e de vasos e nervos, que reveste a porção radicular da dentina. É formado por uma matriz orgânica, essencialmente fibras colágenas e por cristais de hidroxiapatita, de deposição contínua. Pela ausência de vascularização, o tecido cementário é nutrido pela difusão de substâncias advindas do ligamento periodontal. As fibras que eventualmente constituem o cemento, podem ser denominadas de intrínsecas, quando formadas por cementoblastos, ou extrínsecas, quando secretadas por fibroblastos. As fibras extrínsecas são o grupo mais importante, uma vez que promovem ao sistema uma melhor ancoragem por serem mais calibrosas. Um exemplo de fibras extrínsecas são as fibras de Sharpey.Estas, na sua porção terminal, podem se encontrar mineralizadas. As fibras intrínsecas tendem a percorrer um trajeto mais paralelo em relação ao longo eixo da raiz. O cemento radicular sofre três tipos de classificação: Quanto ao período de formação: Primário (acelular): é o cemento que se forma juntamente com a dentina radicular e na presença da bainha epitelial, portanto, antes mesmo da erupção do dente. A deposição mineral e feita de maneira incremental. Secundário( celular): formado durante o período pós- eruptivo e durante certas exigências funcionais. Quanto a presença de células: Celular: possui cementoblastos, cementócitos e cementoclastos. Os cementoblastos (fibroblastos diferenciados) após a produção de matriz, se encerram em lacunas intercomunicantes, diferenciando-se em cementócitos. Entretanto, com a progressão da deposição mineral, o acesso a nutrientes cessa e estas células morrem, tornando o cemento poroso.É um cemento mais irregular, justante por ser lacunar. É encontrado nas regiões apicais e em áreas de furca. P á g i n a | 32 Acelular: também denominado de cemento primário. Quanto a presença de fibras: Fibrilar Afibrilar Desse modo, podemos ter 4 tipos de cemento: Acelular e afibrilar: reveste as porções coronárias , recobrindo o esmalte Acelular e fibrilar (extrínsecas): reveste os 2/3 cervicais, sendo um cemento mais denso e homogeneamente mineralizado. As fibras de Sharpey são as principais. Celular Estratificado Misto: reveste o 1/3 apical e as áreas de furca. Possui os dois grupos de fibras, entretanto, é poroso e frágil. Celular e fibrila (intrínsecas): sem nenhuma estrutura de ancoragem, localiza-se em áreas de reparo na reabsorção de raízes. Osso Alveolar: O osso alveolar constitui o aparelho de inserção dos dentes, cuja principal função é distribuir e absorver as forças geradas, por exemplo, pela mastigação e por outros contatos dentários. O osso que recobre as paredes do alvéolo, também chamado de osso cortical ou osso compacto e referida algumas vezes como “lâmina dura”, cujos feixes de fibras colágenas do ligamento periodontal estão inseridos. O osso alveolar é um tecido de origem mesenquimal e não é considerado como parte genuína do aparelho de inserção. O osso alveolar propriamente dito, por outro lado, junto com o ligamento periodontal e o cemento, é responsável pela inserção do dente na estrutura óssea. DENTIÇÃO DECÍDUA: Também conhecidos como primeiros dentes, dentes decíduos ou dentes temporários, os dentes de leite são tão importantes quando os dentes permanentes. Eles ajudam as crianças a falar e a mastigar os alimentos, além de manter um espaço no maxilar para o crescimento dos dentes permanentes. As pessoas geralmente têm 20 dentes de leite no maxilar desde o nascimento, e eles começarão a aparecer e a ficar visíveis na boca durante a infância. Os dentes de leite geralmente são substituídos por dentes permanentes quando a criança atinge os seis anos de idade. ASPECTOS GERAIS: Os dentes decíduos são menores. P á g i n a | 33 Grau de atrição maior. Raiz com vida curta. A forma de Incisivos e caninos decíduos copia a dos homônimos permanente. Primeiro molar tem forma própria. DIFERENÇAS ENTRE AS DENTIÇÕES: Coroas mais baixas e largas. Colo com maior constrição. Sulcos e outras depressõessão muito pouco marcadas. Bossa cervicais proeminentes. Esmalte é mais delgado. Raízes mais longa em proporção à coroa e são mais retilíneas. INCISIVOS E CANINOS: Coroas mais baixas e largas. Incisivos e caninos diâmetro mésio-distal predomina sobre o cérvico-incisal. Faces de contato mais convexa. Bossa vestibular mais convexa. Colo estreito. Raiz não se desvia para a distal. 51 52 53 61 62 63 71 72 73 81 82 83 P á g i n a | 34 PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR: Anatomia própria. 4 cúspides. A cúspide disto-lingual frequentemente ausente, disto- vestibular é muito reduzida. Cúspides mesiais bem desenvolvidas. Pode ser considerado como intermediário entre pré-molar e molar . Face Vestibular: Borda oclusal praticamente horizontal. Borda mesial e distal pouco convergente. Tuberculo molar ou tubérculo de Zuckerkandl. Face Lingual : Retangular. Convexa. Terço oclusal inclinado para vestibular. Faces de contato: Mesial (M) maior. Borda vestibular e lingual convergem para oclusal. Face Oclusal: Sulco mésio-vestibular. Convexa. 54 64 P á g i n a | 35 SEGUNDOS MOLARES: Maiores do que os primeiros molares. Modelo do primeiro molar permanente. Colo com nítida constrição devido ao grande desenvolvimento da bossa vestibular. Raízes divergentes para alojar o germe. PRIMEIRO MOLAR INFERIOR: 4 cúspides. Face vestibular: Retangular. Borda mesial e distal paralelas. Inclinada para lingual. Face Lingual: Menor que a vestibular Convexa. Cúspides fazendo pouca saliência na borda oclusal. Faces de contato: Espessas cervicalmente. Face Oclusal: Alongada no sentido mésio- distal Sulcos irregulares. Ponte de esmalte. Fosseta mesial menor que a distal. DENTIÇÃO PERMANENTE: Por volta dos 6 anos de idade, os dentes de leite começam a cair e são substituídos por dentes permanentes. Os primeiros dentes da dentição permanente a aparecerem na boca são os primeiros molares. As descrições feitas a seguir são para dentes sem desgaste. O desgaste 55 65 75 85 74 84 P á g i n a | 36 altera a forma; as cúspides, por exemplo, têm vértices agudos quando erupcionam, mas logo se arredondam com o desgaste mastigatório. INCISIVO CENTRAL SUPERIOR (11 OU 21) Absolutamente indispensável na estética facial. O mais importante na articulação das palavras para a emissão de sons línguo e lábio- dentais. Tem forma de cunha ou de chave de fenda, para cortar alimentos. Face Vestibular: Tem forma trapeizodal. A coroa é estreita no terço cervical e larga no terço incisal. A borda mesial é mais retilínea e continua em linha com a superfície mesial da raiz. A borda distal é mais convexa, mais inclinada, e ao encontrar a superfície distai da raiz o faz em ângulo. Na borda incisal, o ângulo mésio-incisal é mais agudo do que o ângulo distoincisal,que é mais obtuso ou arredondado. Se o mésio-incisal for um pouco arredondado, o disto-incisal será mais ainda. O desgaste excessivo faz desaparecer o arredondamento dos ângulos. Face Lingual: É mais estreita do que a precedente em virtude da convergência das faces mesial e distal para a lingual. Seu terço cervical mostra uma saliência arredondada bem desenvolvida chamada cíngulo. Em seus terços médio e incisai observa-se uma depressão - a fossa lingual - de profundidade variável, dependendo das elevações que a circundam. P á g i n a | 37 Limitando a fossa lingual, as cristas marginais mesial e distai também variam em proeminência em diferentes dentes. As cristas marginais são espessas próximo ao cíngulo e vão perdendo espessura à medida que se aproximam dos ângulos incisais. Sulcos, fossetas ou forame cego não são comuns nesta face do dente. Faces de contato: As vistas mesial e distai deste dente ilustram o seu aspecto de cunha. As faces vestibular e lingual convergem acentuadamente na direção incisal. Ambas as faces têm uma inclinação lingual, de modo que a borda incisal e o ápice da raiz ficam centrados no eixo longitudinal do dente. Face vestibular é convexa, porém, os terços médio e incisal são planos. O diâmetro vestíbulo-lingual é grande no terço cervical, diminuindo l mm ou menos junto à linha cervical. Raiz: Tem forma grosseiramente cónica, mas, na realidade, sua secção transversal é triangular com ângulos arredondados. É mais larga na vestibular do que na lingual. Corresponde a uma vez e um quarto do comprimento da coroa. P á g i n a | 38 INCISIVO LATERAL SUPERIOR (12 OU 22) Pela sua forma, lembra o incisivo central. No entanto, é menor em todas as dimensões, com exceção do comprimento da raiz. Face Vestibular: A coroa tem convexidade mais acentuada no sentido mésio-distal. As bordas mesial e distal são mais convergentes e os ângulos mésio e disto-incisal, mais arredondados. As áreas de contato são mais distantes de incisal do que no incisivo central. Face Lingual: Tem os mesmos elementos arquitetônicos do incisivo central, porém, com cristas marginais geralmente mais salientes e fossa lingual mais profunda. O cíngulo, apesar de alto e bem formado, é mais estreito. Entre o cíngulo e a fossa lingual surge frequentemente uma depressão em forma de fosseta, o forame cego. Faces de contato: São muito parecidas com as do incisivo central, mas a menor dimensão vestíbulo-lingual ao nível do terço cervical faz com que a linha cervical seja de curva mais fechada. A borda incisal coincide com o longo eixo do dente. Raiz: É proporcionalmente mais longa que a do central. Corresponde a uma vez e meia o comprimento da coroa. Comparando ainda com a raiz do incisivo central, ela é mais P á g i n a | 39 afilada, mais achatada no sentido mésio-distal e seu terço apical é mais desviado para a distal. INCISIVO CENTRAL INFERIOR (31 OU 41) É o menor e mais simétrico dente da dentição permanente humana. Seus elementos anatômicos, como sulcos e cristas, são os menos evidentes. Face Vestibular: Sua largura corresponde a dois terços da largura da mesma face do incisivo central superior. É convexa no terço cervical, mas torna-se plana nos terços médio e incisal. As bordas mesial e distal encontram a borda incisai em ângulos quase retos, muito pouco ou nada arredondados. Face Lingual: A face lingual, levemente côncava, é menor que a vestibular em razão da convergência das faces de contato para a lingual e para a cervical. tendendo para triangular. O cíngulo é baixo e as cristas marginais são dificilmente perceptíveis. Raiz: A raiz é retilínea, sem inclinação para qualquer lado, e muito achatada mésio-distalmente. Larga no sentido vestíbulo- lingual,com sulcos longitudinais evidentes, sendo o distai o mais profundo dos dois. P á g i n a | 40 INCISIVO LATERAL INFERIOR ( 32 OU 42 )É muito parecido com o incisivo central inferior, mas ligeiramente maior em todas as dimensões da coroa e da raiz. Até a borda incisai é um pouco mais larga. Face Vestibular: A coroa do incisivo lateral difere da do central por apresentar as bordas mesial e distal mais inclinadas. A borda mesial é ligeiramente mais alta que a distal. Face Lingual: As maiores diferenças com suas homologas do incisivo central estão nas dimensões. O quarto lóbulo é mais desenvolvido e a convexidade do terço médio é mais acentuada. Faces de Contato: A diferença mais significativa entre ambos os incisivos inferiores é a projeção lingual do ângulo disto-incisal. Borda incisal não está em perfeita linha reta Raiz: Comparando-se com a raiz do central, ela é mais longa, mais robusta, com sulcos mais profundos, principalmente o distai, e é geralmente desviada para a distal. P á g i n a | 41 CANINO SUPERIOR (13 OU 23): É o mais longo dos dentes. A coroa tem o mesmo comprimento da coroa do incisivo central superior, mas a raiz é bem mais longa. A forma da coroa dá ao canino um aspecto de força e robustez. Face Vestibular: Difere dos incisivos por ter uma coroa de contorno pentagonal e não quadrangular. Contorno MESIAL amplamente convexo no terço médio, achatando – se no terço cervical. Lado DISTAL forma um “S” raso, convexo no terço médio e ligeiramente côncavo no cervical Declive mesial mais curto que declive distal. Face Lingual: Cíngulo grande e centralizado. Cristas marginais geralmente menos proeminentes que a crista lingual. Atrito oclusal. Faces de Contato: As faces mesial e distai são triangulares, lisas e convexas em todos os sentidos. A face mesial é maior e mais plana. A linha cervical tem uma curva mais aberta e a borda vestibular é mais convexa. P á g i n a | 42 Raíz: É cônica, fortíssima. Longa (pode chegar ao dobro do comprimento da coroa) é reta, raramente se desvia acentuadamente para a distal. Seccionada transversalmente, tem aspecto oval, com maior diâmetro vestibular. É sulcada longitudinalmente nas superfícies mesial e distal. CANINO INFERIOR (33 OU 43) Em comparação com o canino superior, o canino inferior tem a coroa mais longa e estreita. Na realidade, ela habitualmente é só um pouco mais longa, mas a sua reduzida dimensão mésio-distal dá-lhe a aparência de coroa bem alta. Face Vestibular: Lisa e convexa. Lado mesial convexo, tendendo a plano, quase em linha com a face mesial da raiz. Parece haver mais da coroa na distal do longo eixo da raiz (aspecto de inclinação para distal). Face Lingual: Cíngulo baixo, menos volumoso, deslocado para distal. Crista lingual e fossas linguais discretas. Coroa e raiz se afilam da vestibular para lingual. P á g i n a | 43 Faces de Contato: Borda incisal inclinada para distal. Curvatura da linha cervical maior na mesial. Raíz: É l ou 2mm mais curta que a do canino superior e bastante achatada no sentido mésio-distal. Suas superfícies mesial e distal são sulcadas longitudinalmente, particularmente a distal. A raiz inclina-se frequentemente para a distal, ou pelo menos seu terço apical. PRIMEIRO PRÉ- MOLAR SUPERIOR ( 14 OU 24 ) Os pré-molares são dentes muito importantes na mastigação, posicionalmente estão posterior aos caninos e anterior aos molares. Não existem pré-molares decíduos, eles avulsionam na região dos molares decíduos. Face Vestibular: Esta face é semelhante à do canino superior, apesar de ser um quarto menor e ter seus sulcos e convexidades menos desenvolvido Face Lingual: Tem o mesmo contorno da face vestibular, mas é mais lisa, convexa e menor em todas as dimensões. Por ser menor, o contorno da face vestibular pode ser visualizado pelo aspecto lingual. O segmento distal da aresta longitudinal da cúspide lingual é maior que o mesial. Desse modo, o vértice da cúspide acha-se deslocado para a mesial em relação ao ponto médio da coroa. Esta é uma característica diferencial forte do primeiro pré - molar superior. P á g i n a | 44 Faces de Contato: As bordas vestibular e lingual das faces de contato são quase paralelas, mas ainda assim convergem para a oclusal. A borda lingual é mais convexa e inclinada; nela, a maior projeção lingual situa-se no terço médio. Na borda vestibular, a maior projeção fica entre os terços cervical e médio. A linha cervical, de ambos os lados, é em curva bem aberta. A face distal é toda convexa, não tendo depressão no terço cervical. Face Oclusal: Tem forma pentagonal porque a borda vestibular é nitidamente dividida em mésio-vestibular e disto-vestibular As bordas mesial e distal convergem para a lingual, já que a face lingual é menor que a vestibular. Raíz: O primeiro pré - molar superior geralmente tem duas raízes cônicas de inclinação distal, sendo uma vestibular, maior, e outra lingual, menor. São cerca de 3 a 4 milímetros mais curtas que a raiz do canino superior. Em 2% dos casos, a raiz vestibular é dividida em duas, tornando o dente trirradicular. P á g i n a | 45 SEGUNDO PRÉ-MOLAR SUPERIOR (15 OU 25) A coroa é similar à do primeiro premolar, mas é menor em todos os sentidos, além de ter os elementos descritivos (elevações e depressões) menos marcados. Seus ângulos, mais arredondados, dão às faces vestibular e lingual um aspecto ovóide e não angular. É um dente mais simétrico, no qual as cúspides são aproximadamente do mesmo tamanho (a vestibular ainda é ligeiramente maior); os segmentos das arestas longitudinais não têm predomínio de extensão um sobre o outro; o vértice da cúspide lingual não está tão deslocado para a mesial; não há sulco interrompendo a crista marginal mesial e nem há depressão no terço cervical da face mesial. Face Vestibular: Forma pentagonal do coroa. Declive mesial da cúspide vestibular mais curto que o distal. Presença de crista bucal ou crista vestibular. Face Lingual: Face lingual mais estreita que a vestibular. Face Oclusal: Mais largo no sentido vestíbulo- lingual do que no mésio-distal. Vertentes triturantes mesiais e distais. Cristas triangulares (vestibular e lingual) se encontram no sulco central. P á g i n a | 46 Raíz: A raiz única (90% dos casos) é muito achatada mésio- distalmente, com profundos sulcos longitudinais que dão à sua secção transversal a forma de um haltere. Quando não muito profundos, a secção é oval. O terço apical desvia -se distalmente na maioria das vezes. O comprimento das raízes de ambos os pré - molares superiores se equivale. PRIMEIRO PRÉ- MOLAR INFERIOR (34 OU 44) Face Vestibular: A face vestibular lembra a do canino, se bem que é menos alta. É bilateralmente simétrica, com a cúspide situada sobre o longo eixo do dente, o que equivale dizer que os segmentos mesial e distai da aresta longitudinal são de mesmo tamanho. Face Lingual: É bem menor que a vestibular devido à acentuada convergência das faces mesial e distai em direção línguo-cervical e às pequenas dimensões da cúspide lingual. Pelo aspecto lingual do dente vê- se quase toda a face oclusal, e isto é ainda facilitado pelo fato de toda a coroa ser inclinada para a lingual. P á g i n a | 47 Face Oclusal: O aspecto oclusal do dente é ovóide, com pólo maior na vestibular. As bordas mesial e distal convergem para a lingual. A cúspide vestibular domina a face oclusal; seu vértice se encontra no centro dessa face. As cúspides vestibular e lingual são quase sempre unidas por uma ponte de esmalte, que limita de cada lado uma fosseta. A fosseta distal é maior que a mesial e fica em uma posição mais lingual em relação à fosseta mesial, que é mais deslocada para a vestibular Raíz: É achatada mésio-distalmente e, em secção transversal, é oval. Sulcos longitudinais pouco profundos e às vezes quase imperceptíveis marcam a superfície mesial da raiz. SEGUNDO PRÉ- MOLAR INFERIOR (35 OU 45) A coroa desse dente é mais volumosa que a do primeiro pré-molar inferior, e notabiliza-se por possuir uma cúspide lingual de proporções bem maiores. As diferenças anatômicas entre as coroas dos pré-molares inferiores são bem maiores do que as dos superiores. Face Vestibular: A cúspide vestibular é menos pontiaguda, com sua aresta longitudinal mais horizontalizada.. As bordas mesial e distal são menos convergentes para o colo. P á g i n a | 48 A face vestibular inclina-se para a lingual, principalmente os seus terços médio e oclusal. Face Lingual: Essa é mais larga no segundo pré- molar, podendo ser tão larga quanto a face vestibular. A cúspide lingual é central ou um pouco deslocada para a mesial. Faces de Contato: Das faces de contato, a mesial é mais alta e larga. A convergência das bordas vestibular e lingual para a oclusal é menos aguda. Face Oclusal: Tem um contorno circular por causa das grandes dimensões da cúspide e da face lingual. As bordas mesial e distal com as respectivas cristas marginais tendem a convergir para a lingual. Raíz: É aproximadamente cônica; oval em secção transversal; com sulcos longitudinais muito pouco pronunciados. Vista por vestibular, a raiz exibe um desvio distal. P á g i n a | 49 PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR ( 16 OU 26 ) A coroa do primeiro molar é da mesma altura da coroa dos pré-molares do mesmo arco, mas é duas vezes mais larga. Face Vestibular: Seu contorno é trapezoidal de grande base oclusal. Os lados mesial e distal do trapézio convergem a partir das áreas de contato em direção cervical. A área de contato mesial fica entre os terços médio e oclusal e a distal no terço médio. A borda mesial é mais alta, além de ser mais reta, menos convexa.. Na borda oclusal, a cúspide mésio- vestibular é mais alta e mais larga do que a cúspide disto-vestibular. Face Lingual: Sua silhueta é a mesma da vestibular, com a diferença de que é maior. Tem a face lingual da coroa mais larga que a vestibular. Das duas cúspides visíveis por esta face, a mésio-lingual é maior e a distolingual, menor. A face lingual mostra na sua metade mesial o tubérculo de Carabelli. Faces de Contato: São retangulares; mais largas vestíbulo-lingualmente do que altas cérvico-oclusalmente. A face distal é convexa e a mesial achatada, quase plana. A face mesial é maior em todas as dimensões. As bordas vestibular e lingual convergem para a oclusal. Enquanto a borda lingual é uniformemente convexa do colo até a face oclusal, a vestibular é convexa cervicalmente e daí continua como uma linha reta até a oclusal. P á g i n a | 50 Face Oclusal: Seu contorno é losângico; os ângulos agudos são o mésio- vestibular e o disto-lingual, e os ângulos obtusos são o mésio- lingual e o distovestibular. A cúspide mésio-lingual é a maior de todas, seguida em tamanho pela seguinte ordem: mésio- vestibular, disto-vestibular e disto- lingual. As cúspides mesiais são, pois, maiores. É maior, em todos os sentidos, a metade mesial do dente. A cúspide disto-lingual é arredondada, em contraste com as demais, que são típicas pirâmides de base quadrangular. Raíz: O primeiro molar superior tem um bulbo radicular que se divide em três raízes, nas posições mésio-vestibular, disto-vestibular e lingual. A raiz lingual é a maior e mais longa de todas, tem forma cônica e diverge muito das outras devido a sua inclinação lingual. As raízes vestibulares são achatadas mésio-distalmente e a raiz mésio-vestibular é bem mais larga do que a disto-vestibular. O terço apical dessas raízes muitas vezes se curva um em direção ao outro outras vezes ambos se desviam um pouco para a distal. As três raízes não se fusionam. Estão sempre bem separadas uma das outras. SEGUNDO MOLAR SUPERIOR ( 17 OU 27 ) É menor que o primeiro molar em todas as dimensões. P á g i n a | 51 Face Vestibular: Cúspide disto-vestibular é muito menor do que a mésiovestibular, no primeiro molar ela é apenas menor. A grande diferença de tamanho faz com que a borda oclusal se incline cervicalmente de mesial para distal. O sulco que separa essas cúspides é menor e raramente termina em fosseta. Face Lingual: A cúspide dísto-lingual é mais reduzida em tamanho do que aquela do primeiro molar. O sulco lingual, que separa as cúspides linguais, é mais curto e menos profundo. Não há tubérculo de Carabelli. Faces de Contato: São basicamente da mesma forma encontrada no primeiro molar, com a diferença de que não há tubérculo de Carabelli presente. Face Oclusal: Comparando-se com o primeiro molar, nota-se na face oclusal sensível modificação ditada pelo contorno: por ser a cúspide disto-lingual bem menor, a borda lingual desta face é menor que a borda vestibular No segundo molar a convergência das faces livres para a distal é também mais acentuada. Raíz: As três raízes são um pouco menores, mais curtas e menos divergentes do que as do primeiro molar. As raízes vestibulares são paralelas, muito próximas , e se inclinam para a distal. P á g i n a | 52 Coalescência de duas raízes não é incomum, principalmente da mésio-vestibular com a lingual. TERCEIRO MOLAR SUPERIOR ( 18 OU 28 ) Este dente tem aspectos morfológicos muito variáveis, mais do que qualquer outro dente. As modificações geralmente levam a uma simplificação na coroa e na raiz, pela diminuição do número de cúspides e raízes. No todo, é o menor dos molares. Face Vestibular: A forma da coroa lembra aquela do segundo molar tricuspidado, com a face oclusal de contorno triangular. Quando a cúspide disto-lingual está presente, é muito pequena. Outras características da coroa do terceiro molar que a distinguem são as frequentes manchas brancas (hipocalcificação) e a aparência levemente enrugada causada pela presença de diminutas cristas verticais lado a lado, que deixam as faces livres e de contato menos lisas. Faces de Contato: Normalmente,
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