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PROTAGONISMO CRISTÃO EMENTA A disciplina nos leva a refletir sobre o papel do protagonista cristão na sociedade, na medida em que ele não deve estar descontextualizado do mundo de seu tempo, pois também é um cidadão e, como tal, ele deve se preocupar e agir diante do seguinte questionamento: “QUE TIPO DE SOCIEDADE EU QUERO AJUDAR A FORMAR?” CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. A Realidade Brasileira no Contexto Latino Americano. 2. Questões Impertinentes e os Desafios Pastorais. 3. Buscas Metodológicas para a Evangelização. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 4. Evangelização e Protagonismo Cristão. 5. O Modus Operandi do Protagonista Cristão. 6. As Fortalezas Medievais do Século XXI. 7. Resiliência. PROTAGONISMO CRISTÃO O cristão é sempre o ator principal. O protagonismo cristão significa, tecnicamente, o cristão participar como ator principal em ações que não dizem respeito à sua vida privada, familiar e afetiva, mas a problemas relativos ao bem comum, na escola, na comunidade, ou na sociedade mais ampla. Outro aspecto do protagonismo é a concepção do cristão como fonte de iniciativa, que é ação; como fonte de liberdade, que é opção; e como fonte de compromissos, que é responsabilidade. O cristão, tem que participar na decisão se vai ou não fazer a ação. O cristão tem que participar do planejamento da ação. Depois tem que participar da execução da ação, na sua avaliação e na apropriação dos resultados. O protagonismo dos cristãos se ilumina na disponibilidade serviçal de Marta e na experiência espiritual de Maria (Lc 10.38-42). E na necessidade de preparação teológica e capacitação específica.O protagonismo cristão se inclui na nova ordem de ser Igreja: a vida inserida no mundo para transformar o mundo é um compromisso da fé e uma responsabilidade evangelizadora dos cristãos. A REALIDADE BRASILEIRA NO CONTEXTO LATINO-AMERICANO Em nossa realidade, trata-se de seguir Jesus, num Continente marcado pelo contraste entre os muitos valores que caracterizam o povo latino-americano e caribenho, tais como a religiosidade, a capacidade de partilha, a alegria, a resistência, a esperança, a solidariedade e, infelizmente, a extrema pobreza em que vive a maioria da população nos diversos países. 1. Uma realidade de contradições e disparidades a) No campo social, verifica-se o crescimento da desigualdade social e o número dos marginalizados preocupa b) No plano econômico, supervaloriza-se o crescimento da produção em detrimento do crescimento humano. c) Os interesses sócio-econômicos levam à concentração de poder nas mãos dos que têm o controle tecnológico e o arsenal bélico, provocando o desemprego estrutural. d) Uma causa da injustiça social é a má distribuição da renda, que gera uma “ordem” econômica mundial perversa. e) Economicamente, não existe mais soberania absoluta: o capital especulativo invade a economia dos países mais frágeis, A Amazônia, por exemplo, pela biopirataria, está na mira de uma internacionalização. f) No campo político, os candidatos manipulam e defraudam a esperança do povo. Os pobres são usados como produto descartável. h) No campo religioso, apresentam-se ofertas religiosas que prometem felicidade baseada na prosperidade material, na saúde física e psíquica, sem compromisso de uma ação transformadora. i) São características da religiosidade atual: o fundamentalismo, ritos e fórmulas, assim como um sentimento religioso light, que se expressa em sincretismos resultando na busca de felicidade imediata. j) Não percamos de vista o valor e a proposta do Evangelho que deve ser colocado a serviço da vida. 2. A Globalização a) A globalização tem seu lado positivo, na medida em que, por exemplo, com a rapidez e fluência dos meios de comunicação, pode levar aos recônditos do planeta a Boa Nova b) Uma evangelização “globalizada”, pode gerar o intercâmbio de Agências Missionárias. c) A globalização propicia uma acelerada integração entre povos e países do mundo. d) Contudo, ela tem seu lado negativo: a cultura materialista por ela veiculada impele as pessoas ao consumismo e a endividar-se com coisas supérfluas, desfazendo lares e gerando dependência de interesses alheios a seu bem-estar. O afã pelo lucro, explora a mão-de-obra e promove a aceleração do fluxo de bens e de capital de modo absurdamente desproporcional à movimentação das forças de trabalho, gerando o problema da mobilidade humana. e) A ciência e a tecnologia da comunicação passam por uma revolução jamais vista. Já não há privacidade, nem para o próprio endereço. f) A mídia TEM transformando o horizonte simbólico das pessoas. g) Entre outros, a globalização altera a identidade cultural dos povos, os quais, vítimas do individualismo, do consumismo e do hedonismo, perdem de vista ideais como os de solidariedade, família, dignidade da mulher, heterossexualidade, casamento e sacralidade da vida. 3. Efeitos da globalização e mazelas históricas A criminalidade que assola todas as classes sociais, a urgência de uma reforma agrária, As migrações são um fenômeno crescente, milhões os que se movem em busca de melhores condições de vida. A crescente segregação econômica, racial e religiosa, bem como de conflitos internos regionais, bem como os presídios que parecem mais universidades do crime do que lugar de recuperação. A discriminação e o preconceito em relação às mulheres e aos indígenas. A desvalorização do trabalhador. 4. Os grandes desafios de nossa realidade A pobreza crescente e os grandes contrastes. A violação dos direitos humanos. Nunca, como atualmente, se teve tanta consciência da dignidade da pessoa humana. A ameaça de um desastre ecológico. Há uma estreita relação entre nossa vida e a vida do planeta. Pluralismo religioso. Sempre houve na América Latina e no Caribe uma variedade de caminhos religiosos. A grande novidade, hoje, é o grande número de pessoas que mudam de religião. Isto exige uma atitude de diálogo respeitoso, como também de profetismo . A massificação e o anonimato no mundo urbano. Nunca estivemos tão próximos uns dos outros e, ao mesmo tempo, tão solitários e incomunicáveis. É a solidão em meio à multidão. A família, célula da comunidade e da sociedade. É fundamental propiciar à família condições de vida digna, que passa por moradia, trabalho, educação, saúde, moradia, assim como pelo respeito à instituição do matrimônio e à vida nele gerada. QUESTÕES IMPERTINENTES E DESAFIOS PASTORAIS Três questões impertinentes que são desafios pastorais para a evangelização. 1. Pluralismo da fé e fenômeno religioso É o conflito entre experiência e doutrina, sentimento e forma, intencionalidade e racionalidade, emoção e essência, sensibilidade e prática. O fenômeno irrompe, espontaneamente, de forma instantânea e livre. Ao mesmo tempo, provoca experiências religiosas afetivas a partir do simbólico e do celebrativo, empregando gestos e imagens. Na outra ponta, existe a importância da doutrina para dar consistência e para legitimar a religião: necessidade da fundamentação teológica. A doutrina da Igreja cristã fundamenta-se na revelação bíblica. No dizer do pensador franciscano Duns Scotus (1266-1308), o fundamento cristão se apóia no tripé: amor, fé e ação. Nos tempos atuais, acentua-se o interesse pelas questões religiosas. Floresce o fenômeno religioso através do surgimento de inúmeras igrejas cristãs independentes, das filosofias devida de inspiração oriental e dos movimentos católicos de espiritualidade carismática. O fenômeno religioso da virada do milênio acentua o subjetivismo da fé, o simplismo ritual, o simbolismo celebrativo e o mercado da fé. Destacam-se, o fundamentalismo, o biblicismo, o intimismo, o fanatismo, o panteísmo e o sincretismo religioso. O fenômeno religioso irrompe e aparece de forma espontânea e instantânea como: Nova Unção, Dente de ouro, Batalha Espiritual, Quebrade Maldições, Dormir no Espírito (cai-cai) e outros. Faz-se necessário, conforme Duns Scotus: o fundamento do coração (fé, graça e intenção) e o fundamento da razão (argumento, doutrina e convencimento). Com a crise da racionalidade conceitual, atesta-se, particularmente, a questão impertinente: a multiplicação do fenômeno religioso em muitas vias e a busca do fundamento religioso através do estudo, da reflexão e da pesquisa no campo da teologia, da Bíblia e da cultura religiosa. E, numa outra ponta, o culto do corpo a emergência do erotismo e o poder da sedução, são questões impertinentes frente aos sujeitos da evangelização. 2. Emergência do erotismo e poder da sedução O erotismo é uma força intrinsecamente humana, move-se de dentro para fora. É uma experiência pessoal, específica e inusitada. Não é instintiva, mas consciente. O erotismo não avança para as fronteiras do pornográfico, a mercadoria das formas, o fetiche do sexo e a transgressão da sexualidade envergonhada. Mas permanece no mistério da consciência. Não rompe com os valores existentes e nem com as normas estabelecidas. Não emprega a violência, o domínio. Não exige a posse. Nem agride o recato e a vergonha. Mas exalta a sedução, a magia e a comunicação, opondo a sexualidade humana à sexualidade animal, através de relações, ligações e mediações complementares, únicas, especiais, protetoras, transformadoras e propulsoras. O jogo erótico, a sedução provocante e a sexualidade divertida provocam e desencadeiam escândalos sexuais, condenações constrangedoras e indenizações elevadas para a Igreja católica em escala mundial. 3. Pecado institucional e desafios pastorais O que fundamenta e solidifica as instituições no tempo, modifica-se com o tempo. É claro, não muda a verdade em si mesma, na sua essência. Mudam as interpretações e as suas formas de expressão. No campo da sexualidade, verifica-se a escalada do orgulho gay, adoção de filhos por parceiras lésbicas, múltiplas formas de união. Portanto, o pecado institucional será superado se houver a superação do pecado pessoal pela conversão, a conquista do bem. BUSCAS METODOLÓGICAS PARA A EVANGELIZAÇÃO As buscas metodológicas para a evangelização começam no evangelizador: fazer a experiência da conversão pessoal continuada, viver uma espiritualidade afetiva abrangente e manter relações amorosas profundas com Deus. A evangelização começa na própria casa, no coração. 1. Experiência da fé e conversão pessoal Deus se revela amorosamente e manifesta seus desejos ao homem. Deus é amor, amável e inefável, toca a alma humana e se aproxima face a face A relação com Deus é uma experiência que brota do coração e se apóia na fé. A evangelização segue passos metodológicos, (creio para entender, viver a fé). A doutrina é o referencial teórico para a vivência da fé e para a experiência evangelizadora. (conheço para crer, entender a fé). Em síntese, a missão de evangelizar envolve o testemunho da fé e o conhecimento do conteúdo da fé. 2.Missão Ética e Profética da Evangelização O evangelizador recebe um mandato apostólico e assume uma missão divina: anunciar, converter, santificar, redimir e salvar em nome de Deus. 2. Missão Ética e Profética da Evangelização O evangelizador recebe um mandato apostólico e assume uma missão divina: anunciar, converter, santificar, redimir e salvar em nome de Deus. A missão de evangelizar se desenvolve em duplo modo. O primeiro modo é o testemunho de vida e o estilo de vida. Ato contínuo, acontece o anúncio evangelizador e profético. Em outras palavras, evangelizar primeiramente pelo testemunho; em seguida, pela palavra (cf. Mt 23.23; Mc 6.7-13). A primeira dimensão é a exigência de saber interpretar corretamente a revelação, os desígnios de Deus na história. A interpretação requer hermenêutica, fé e comunhão com Deus e com sua Igreja. Na outra ponta, encontra-se a dimensão de encorajar, nutrir e alimentar a esperança escatológica, os bens do reino definitivo. A missão de evangelizar exige uma dupla atitude. Primeiramente, a disposição passiva e desinteressada: servo do Senhor e enviado pelo Senhor. A segunda atitude é a adesão ativa do chamado, seguimento, anúncio, pregação e perseguição. Pôr-se a caminho. E, por fim, a missão de evangelizar provoca uma dupla ação. A primeira ação diz respeito ao ardor: provocar entusiasmo pela verdade em Jesus Cristo, como guia da verdade. E a outra ação se desenvolve a partir de uma nova expressão e um novo método: fazer compreender e frutificar a mensagem de Jesus conforme os tempos, lugares e culturas. 3. Dons na ação evangelizadora Os dons não se reduzem a privilégios individuais, mas são recebidos para serem multiplicados e disponíveis. Serviços exercidos em favor da comunidade cristã.(1Co 13.1-13) Na iluminação carismática e na prática ministerial, o ponto de partida é a experiência de Deus. E, a partir da experiência da conversão, o cristão age com a força, a potência e o poder de Deus. A experiência com Deus contagia. Surge da experiência pessoal, fruto da oração, da espiritualidade verdadeira e da adoração.Conseqüentemente, a ação evangelizadora torna-se um culto espiritual e agradável a Deus (cf. Rm 12.1-2), em quatro níveis: mistagogia, (Iniciação aos mistérios na antiga Grécia) teografia, (palavra escrita) profecia (Revelação Divina) e diaconia, (Serviço). EVANGELIZAÇÃO E PROTAGONISMO CRISTÃO É o reconhecimento do papel e da missão do cristão na ação evangelizadora. E, também, a superação do dualismo das linhas de ação: aos clérigos (as questões internas da Igreja) e aos leigos (as questões externas da Igreja). 1. Emergências da ação pastoral A abordagem da ação pastoral deve considerar e pressupor a passagem de uma religião de obrigação e de tradição para uma religião de escolha, uma experiência pessoal, subjetiva que acontece no limite da consciência, na intencionalidade. A religião tornou-se um centro de motivação emocional, acolhida afetiva, atração espetacular e de carisma individual: Deus a serviço dos interesses humanos (presentismo e imediatismo). As emergências da ação pastoral se concentram, então, no diálogo com os novos sujeitos religiosos. o mundo pós-moderno, com uma antropologia urbana, subjetiva. A rigor, é a passagem da pastoral objetiva para a pastoral dialogal com os sujeitos. Em síntese, a religião perdeu o poder de imposição da verdade, da doutrina e da norma. A prática religiosa tornou- se uma adesão emocional e uma escolha pessoal, subjetiva. O prioritário é ser cristão na vida plena e na missão no mundo: ser protagonista da evangelização pelo testemunho de vida, sendo fermento na sociedade e assumindo múltiplos serviços e ministérios. O membro comum (normalmente espectador e não protagonista), o engajado na sociedade civil organizada (nem sempre ético e verdadeiramente cristão), o participante da ação evangelizadora (o protagonista, o ator, que efetivamente atua como sal e luz), e o membro de grupos paraeclesiásticos (ADHONEP, etc.), que atua dentro da visão e filosofia de trabalho do seu grupo específico. 2. Protagonismo Cristão na Ação Evangelizadora O protagonismo cristão na ação evangelizadora sustenta-se na tese de que o leigo é sujeito e não objeto da evangelização. É missão do cristão evangelizar. É missão do leigo evangelizar e não apenas ser evangelizado. É necessário que a igreja veja o leigo como sujeito atuante exercendo ministérios, serviços e funções. Os desafios atuais e emergentes requerem descentralização da prioridade do clero, fortalecer a presença e apoiar as iniciativas dos leigos na missão evangelizadora. De um lado a teologia e seus desdobramentos, liturgia, Bíblia e discipulado. E, do outro lado um desafio ao chamado à santidade por meio do testemunho, vivência, fraternidade, espiritualidade e adoração. Todo cristão é participante da missão da Igreja,dos mistérios da fé, da santidade e da salvação redentora. 3. Missão e Ministério dos Leigos Reconhece duas grandes linhas de atuação e protagonismo dos leigos: ad extra, sendo fermento nas atividades temporais e mundanas; ad intra, sendo sujeito de serviços, ministérios e funções nas comunidades nas quais estão inseridos. (não são conflitivas nem excludentes) Sinalizamos também desafios culturais, éticos e religiosos. E, no campo religioso, destacam- se estes aspectos: intensa busca de espiritualidade e de formação religiosa; clima favorável de ecumenismo e de diálogo entre igrejas e religiões; presença cristã militante na sociedade organizada. No conjunto dos contornos indefinidos, ambíguos, pluralistas e complexos, o sujeito cristão precisa renovar a sua decisão por Jesus Cristo, promover a transformação da totalidade da vida por meio da fé, da amor e da esperança, no exercício de dons, serviços. Ao mesmo tempo, existe uma íntima relação entre carisma e ministério, respectivamente dom e serviço. Em síntese, o serviço é o testemunho e o exercício da fé nas tarefas da construção do mundo. É um agir cristão. Por sua vez, o ministério é uma representação oficial e uma ação pública em nome da Igreja. É um agir eclesial. E, por fim, o protagonismo cristão na ação evangelizadora é provocado pelos desafios do pluralismo religioso, ideológico e cultural, sendo sal da terra e fermento na massa (Mt 5.13; 13.33). O MODUS OPERANDI DO PROTAGONISTA CRISTÃO O protagonista cristão é aquele que sai da arquibancada, que age, que faz as coisas acontecerem, que provocam a reação ao invés de sofrerem a ação. Construa relações de confiança Infelizmente, a Igreja cristã deu muita atenção às dimensões espirituais de sua tarefa, mas não para as sociais. Nós, cristãos, freqüentemente caímos na armadilha de APENAS tratar com o interior do ser, mas não com o resto da vida. Visite os líderes religiosos da sua cidade, visite-os porque são líderes de uma comunidade religiosa organizada (claro, que nosso objetivo último é conquistá-los para Cristo. Contate líderes políticos, comerciais, de educação, prestadores de serviços médicos e sociais à sociedade, sobretudo com as pessoas comuns. Um certo pastor trabalhava em um banco de pedra em frente ao templo. Os transeuntes sentavam-se descansavam e conversavam. O pastor aprendia muito sobre a comunidade por meio destes bate-papos, e podia evangelizá-los também.Outro pastor ia aos bares evangelizar Nas suas visitas, tente aprender três coisas: Primeiro, o que as pessoas vêem como seus problemas - Geralmente, a igreja diz: "O que achamos ser os problemas dessa comunidade? Qual a questão deveríamos tratar? O que deveríamos fazer para resolver o problema?“ O resultado é o desamparo na comunidade. Algumas vezes, a igreja tenta implementar um projeto SEU, mas não é o projeto da comunidade. Então, ambas se desgastam.Nas tais visitas, o objetivo é aprender da comunidade o que eles acreditam ser suas necessidades e como eles escolhem trabalhá-las. Segundo, quem são os verdadeiros líderes Raramente os líderes ou representantes de uma comunidade são seus verdadeiros líderes. Mas existem os verdadeiros líderes em toda comunidade. São as pessoas que fazem com que a comunidade funcione. São os vigias, os que tomam conta dos outros. Uma vez conquistando-se estes líderes para Cristo,a comunidade virá aos pés do Senhor. Terceiro, quem são as pessoas com "fogo nas entranhas“ - pessoas que são profundamente preocupadas com os problemas da comunidade, comprometidas com a comunidade e suas questões. Como você descobre essas três fontes de informação? Simples. Pergunte às pessoas; elas lhe dirão. A grande maioria dos pastores visitam somente os crentes, mas quando os não crentes forem visitados e ouvidos a igreja crescerá muito. Problemas e líderes - Comece com perguntas que revelam os problemas: "Há quanto tempo você vive neste bairro? Ela melhorou? Como era antigamente? Como é hoje? O que o incomoda no que diz respeito a morar aqui? O que você gosta nesta comunidade? O que quebranta os seu coração aqui na comunidade?“ Encontre as raízes do orgulho na comunidade. Pergunte também como a igreja pode se tornar relevante, como ela pode ajudar sua comunidade a mudar, como as pessoas vêem a igreja e como gostariam que ela os ajudasse. Então faça perguntas para descobrir os verdadeiros líderes (não os titulares). Encontre os guardiões. O guardião de uma comunidade é a pessoa que decide se alguém "entra pelos portões" (se é aceita pelas pessoas) da comunidade ou não. Quem são os informantes da comunidade? Finalmente, identifique os intermediadores da comunidade. Como você alcança uma vizinhança? Campanhas de massa? Evangelismo porta-a- porta? Não, construindo relacionamentos pessoais com esses líderes pivôs. Quando você conseguir as pessoas chaves, não precisará evangelizar a comunidade. Eles se tornarão seus melhores evangelistas, porque sua presença na igreja encorajará outros a virem. Isso é o que significa a construção de relacionamentos. Assistentes sociais, policiais, creches, asilos líderes comunitários estão entre as pessoas com as quais podemos criar coalizões, alianças, que poderão abrir excelentes oportunidades para o evangelismo. Visitas a cadeias e hospitais, palestras em escolas, clubes diversos e associações comunitárias são algumas portas que podem se abrir a partir dessas coalizões. Por outro lado o protaqonista cristão pode ceder as dependências do templo para realização de palestras sobre saúde, segurança, e cursos diversos, Alcoólicos e Narcóticos Anônimos. A coalizão com os grupos já citados não corrompem a igreja, pelo contrário, santificam a comunidade, enquanto ganham vidas para o Reino de Deus. Organize-se para a ação 1)Oração e jejum pela cidade 2)Preparo das pessoas para a AÇÃO e EVANGELIZAÇÃO nas cidades 3) Planejamento da ação e organização O que vou fazer? Quando vou fazer? Com quem vou fazer? Quais os recursos necessários? Quando devo começar? Acima de tudo, ser protagonista é um estilo de vida. É assim que se cumprirá a ordem de Jesus de sermos sal e luz. CONCLUSÃO perigos, desafios e tendências. Primeiramente, o perigo da estrutura eclesiástica sufocar a dimensão eclesiática. Significa priorizar o poder, a organização e a disciplina sobre a comunidade, o carisma e o ministério. Ato contínuo, o perigo da Igreja civil, preocupada mais com questões civis do mundo, especialmente a política e a economia, enfraquecendo a mensagem. Outro perigo é a secularização da vida interna da Igreja, quanto à vivência da fé e da espiritualidade, quanto aos ministérios, serviços e funções. Existe, também, o perigo da clericalização do leigo empobrecendo o testemunho que se expressa em quatro sentidos: laicidade do mundo, laicidade do leigo no mundo, laicidade da Igreja e laicidade do leigo na Igreja. E, por fim, o perigo de usar a organização, com fins interesseiros. Quanto aos desafios: Primeiro, é um desafio a consolidação dos ministérios e a formação adequada dos leigos. E, ao mesmo tempo, o fortalecimento da presença do cristão na vida da comunidade. E quanto às tendências:Ministérios ad intra e ad extra, atuação na Igreja e na sociedade. (o dualismo entre vida na Igreja e missão da Igreja no mundo. AS FORTALEZAS MEDIEVAIS DO SÉCULO XXI REFLEXÕES SECULARES ATRAVÉS DA RESPONSABILIDADE PESSOAL O desemprego, a violência urbana,Não basta um ajuste de processo, é necessário um novo modelo.É preciso reinventar a responsabilidade social. É hora de refletir sobre a nossa responsabilidade pessoal em nosso estado de convivência, ou seja, o que estamos fazendo para o desenvolvimento da nossa comunidade, para a nossa cidade e ao nosso País? AS FORTALEZAS MEDIEVAIS DO SÉCULO XXI Entre as artes, a arquitetura é a que melhor representa os desejos, os medos, as condições tecnológicase, sem dúvida alguma, a realidade exatamente como é vivida. Se pararmos para pensar nos “porquês” da construção de um fosso, de um grande muro, de uma ponte elevadiça, das sentinelas ou da torre, verificaremos que nossos edifícios residenciais, em muitas cidades do mundo, não diferem muito dos castelos, a não ser por aspectos estéticos e tecnológicos. As comunidades fecham-se cada vez mais, se protegendo, criando micro-sistemas sociais, tornando-se muito semelhantes à nobreza e burguesia medievail. A classe privilegiada de hoje também anseia por proteção. Temos um bom exemplo, podemos citar o muro de Berlim, sua queda e os acontecimentos posteriores. Muitos acreditavam que, ao derrubar uma barreira física, a guerra fria, a luta ideológica e o conflito bipolarizado de poder, dariam lugar à Paz. A partir daí, o mundo entenderia que a igualdade seria alcançada, através de uma sociedade mais livre, justa e equilibrada. Isso, porém, não aconteceu. OS NOVOS MUROS DE BERLIM Os novos muros de Berlim, visíveis a todos, são aqueles dos prédios, residências, comunidades guardadas; as muralhas que circundam as fábricas; grades que cercam parques as barreiras do racismo e do apartheid, da imigração bloqueada e da intolerância religiosa. De um lado, temos pessoas amedrontadas, procurando se proteger. Do outro, temos aqueles que não têm mais o que perder e buscam, de qualquer forma, uma saída. São indivíduos que perderam sua direção na vida, sua esperança e deixam de viver de acordo com valores aceitos pela sociedade. Passam a viver como fantasmas. Os novos fantasmas da ópera da sociedade do final do Século XX e inicio do XXI são pessoas que também trazem uma marca de deformação social, vivendo em favelas, e debaixo de pontes. A diferença é que a máscara do fantasma de hoje é sua própria cara. A nossa sociedade caminha para um conflito entre privilegiados e excluídos. Não se trata de caridade, nem altruísmo, mas sim de auto-preservação, inteligência social. Dar o peixe sem ensinar a pescar. Essa estratégia mostrou-se ineficaz, causando dependência e aplicação inadequada de recursos. EDUCAÇÃO: REMÉDIO OU VENENO? A educação é um remédio fantástico, mas pode se transformar em veneno, se for prescrita de forma errada, MAS se aplicada em todos os níveis, com a mesma intensidade e qualidade, pode rapidamente transformar uma nação. No mundo globalizado, a competição entre países é cruel. Para a sobrevivência da nação, é exigido um patamar mínimo de conhecimento, de toda a população. A educação, funciona como uma força que coloca todos no mesmo patamar de competição. E aí sim: “Que o vencedor vença por mérito, e não porque seu opositor não teve a oportunidade de se preparar.” A PRAGA DO SÉCULO XXI - O desemprego estrutural parece uma praga . A história mostra que movimentos marcantes de transformação social, têm paralelo na evolução do conhecimento científico. O primeiro movimento, com a introdução de máquinas movidas a água e depois a vapor. O segundo, regido pela eletricidade e pelos motores. O terceiro, foi a revolução da informação, e por volta de 1970, com o “PC”, A altíssima velocidade dessas transformações, atropela a maioria das pessoas habituadas aos modelos tradicionais. No mundo informatizado, o dono do software, da inteligência virtual e das comunicações, é que são os poderosos. Na realidade em que vivemos, perde-se a noção de humanidade. A PUNIÇÃO DO FOSSO A diferença entre a renda das pessoas vem crescendo. Reflexo direto do nível de educação, A democracia dará a esses coitados um direito ao voto, justo do ponto de vista político, mas injusto do ponto de vista humano, pois serão peixes facilmente fisgáveis que desejam o poder. O NOVO PAPEL DAS EMPRESAS, SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA, UNIVERSIDADES E GOVERNO. As empresas que optaram por uma educação e treinamento intensivo da sua equipe, vêm demonstrando uma clara vantagem competitiva e muito mais rapidez de adaptação às transformações. O governo tem que ser forte para fazer o seu papel. Tem que investir pesadamente na educação,para atingir a excelência. A universidade terá que desempenhar um papel de catalisador dos novos pensamentos, unindo os três setores: Estado, mercado e sociedade civil CONCLUSÃO - Quem ousará um prognóstico otimista, se não forem imediatamente reconstruídas as bases de uma democracia para todos? Se não educarmos a criança, estaremos punindo o homem. A omissão da sociedade forçará a troca de professores por guardas. RESILIÊNCIA (inglês resilience) Propriedade de um corpo de recuperar a sua forma original após sofrer choque ou deformação. Capacidade de superar, de recuperar de adversidades.(Aurélio) Essa qualidade, que faz de nós pessoas muito especiais, pode ser desenvolvida. Cultive-a e se torne criativa, resistente às frustrações, hábil na procura de solução para os problemas e capaz de fazer de um limão uma fábrica de limonada. A psicologia tomou emprestada essa imagem para explicar a capacidade de lidar com problemas, superá-los e até de se deixar transformar por adversidades. O resiliente não se abate facilmente, não culpa os outros pelos seus fracassos e tem um humor invejável, age com ética e dispõe de uma energia espantosa para trabalhar. Por que em comunidades atingidas por enchentes, terremotos, algumas pessoas se saem bem e outras não? A partir daí, comprovaram que o homem pode, sim, desenvolver a capacidade de se recuperar e de crescer em meio a sucessivos problemas. Grunspun acredita que é na infância que se aprende melhor esses conteúdos. Ele está lançando o livro A Criança Resiliente: Quando e Como Promover Resiliência para ajudar a criar essa mentalidade desde cedo. Nas escolas de Nova York, foram distribuídos 2 milhões de cartilhas para que alunos entre 8 e 11 anos possam crescer resistentes. (com base na resiliência, adotada com os filhos das vítimas do atentado às torres gêmeas). Mas também é possível desenvolver resiliência na vida adulta. Veja a velocista Ádria Rocha, 29 anos nas paraolimpíadas, com uma coleção de medalhas de ouro e prata. O resiliente NÃO FAZ o papel de juiz. "Ele não julga seus agressores, não classifica como maus os que o atrapalham. e ainda é capaz de compreender por que agiram de forma tão. Fatalismo e a vitimação passam longe dos resilientes. Nunca pensam: "Tudo é difícil", "Não consigo mudar de rumo" ou "Ninguém faz nada por mim". Pelo contrário, arregaçam as mangas, como os Balboni, para reverter a situação indesejável. Os projetos dos resilientes vêm acompanhados de imagens. Quem não consegue se projetar no futuro dificilmente realiza seus desejos." Manual de superação "A crise é representada, no ideograma chinês, por um símbolo que traduz perigo e oportunidade ao mesmo tempo“. Pense no que vai fazer quando sair da crise. Fica mais fácil suportar a dor ao se imaginar no futuro. O tempo que rege o resiliente é o presente. Comece, agora, a mudar a situação indesejada: Valorize as pequenas vitórias. Lembre-se de como as conquistou e veja que pode ousar de novo. Isso traz autoconfiança. Não pense só em você, mas nos que vão se beneficiar da sua conquista ou tomar sua história como exemplo. O MUNDO REDUZIDO A 100 PESSOAS "Em tudo dai graças, pois esta é a Vontade de Deus Pai..." Vamos imaginar uma coisa incrível. Vamos crer que seja possível reduzir a população do mundo inteiro – bilhões de pessoas – em uma pequenina cidade com apenas 100 pessoas; mas vamos manter a mesma PROPORÇÃO e percentual que existe hoje. Manteremos a proporção do povo existente agora no mundo, tal cidadezinha teria a seguinte composição: 57 Asiáticos 21 Europeus 14 Americanos (Norte, Centro e Sul) 8 Africanos 52 seriam mulheres 48 homens 70 não brancos 30 brancos 70 não cristãos 30 seriam cristãos 89 seriam heterossexuais 11 seriam homossexuais 6 pessoas possuiriam 59% da riqueza do mundo inteiroe todos os 6 seriam dos EUA 80 viveriam em casas inabitáveis 70 seriam analfabetos 50 sofreriam de desnutrição 1 estaria para morrer 1 estaria para nascer 1 teria computador 1 (sim, apenas 1 teria um curso superior. Formação universitária) Considerando este mundo global reduzido a apenas 100 pessoas: Veja bem, se você acordou hoje mais saudável que doente, você tem mais sorte que um milhão de pessoas que não verão a próxima semana. Isso mesmo, na próxima semana, 1.000.000 de pessoas vão morrer doentes. Se nunca experimentou o perigo de uma batalha, a solidão de uma prisão, a agonia da tortura, a dor da fome, você tem mais sorte que 500 milhões de habitantes no mundo. E você pode imaginar 500 milhões de pessoas distribuídos HOJE em guerras, prisão, torturas, fome, sofrendo dores. Você pode ir à igreja livremente? Então, se você pode ir à igreja sem o medo de ser bombardeado, preso ou torturado, você tem mais sorte que 3 milhões de pessoas no mundo que não podem exprimir a sua fé livremente pela discriminação religiosa e pela intransigência de governos autoritários. Se você tem comida na geladeira, roupa no armário, um teto sobre sua cabeça, um lugar para dormir, considere-se mais rico que 75% dos habitantes deste mundo. Sabe por quê? Bilhões de pessoas não têm comida na geladeira e uma casa para morar. Então você pode imaginar que Deus tem lhe dado muito. Você tem ou já teve algum dinheirinho num banco? Uma poupança talvez? Ter hoje dinheiro no banco, na carteira ou um trocado em alguma parte, faz de você estar na no grupo de 8% de pessoas com a melhor qualidade de vida no mundo. Pode acreditar, 92 % dos habitantes deste planeta não tem esse privilégio. CONCLUSÃO Então pense agora comigo: Nós temos tanto a agradecer, mas preferimos reclamar, reclamar, reclamar, reclamar e ainda fechamos nossas mãos para aqueles que estão sofrendo ao nosso redor. Responda esta pergunta: Você pode LER esta mensagem ENTÃO você não está entre bilhões de pessoas adultas que ainda não sabem ler. Então veja algumas recomendações: 1) Trabalhe como se não precisasse do dinheiro e que ele não fosse seu senhor. 2) Ame as pessoas como se ninguém nunca o tivesse feito sofrer. 3) Cante como se ninguém estivesse ouvindo e, viva amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. E agradeça a Deus que tem lhe outorgado o privilégio de ajudar aqueles que sofrem. PROTAGONISMO CRISTÃO POWER POINT PREPARADO POR WERNER MAIER MESTRADO SEAMID – CVL – 08/2009
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