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Metodologias e técnicas de ensino em enfermagem

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- -1
MÉTODOS E TÉCNICAS DO ENSINO - 
ENFERMAGEM
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA EDUCAÇÃO
André Luiz Fidelis Lima
- -2
Olá!
Você está na unidade . Conheça aqui metodologias e técnicas do ensinoIntrodução ao Estudo da Educação
direcionadas à área da saúde, especialmente ao enfermeiro que, desde a sua formação inicial, é posto como líder
e educador da equipe de enfermagem, além de estar em linha de frente promovendo educação e saúde nos
diversos ambientes do cuidar. A docência é uma área que exige do profissional enfermeiro o exercício do
magistério, ou seja, o ato de ensinar, escutar e transmitir conhecimento. Para tal situação, se faz necessário o
conhecimento técnico científico e histórico da educação e das políticas públicas educacionais para englobar
aspectos que abrangem, desde conceitos simples até planejamento, elaboração das aulas até métodos
pedagógicos que facilitem a compreensão do conhecimento em sala de aula. Entenda que as ações desenvolvidas
por um docente em sala de aula para atingir um determinado objetivo de aprendizado são múltiplas, requerendo
métodos diferentes diariamente, mas, atualmente, é preciso investir em técnicas diferenciada para o ato de
ensinar. Compreender a educação dos profissionais de saúde no Brasil, associado às políticas públicas, aplicando
as tendências pedagógicas e ao conhecimento da didática, é função primordial para o enfermeiro docente. Além
disso, o docente precisa planejar e elaborar projetos educativos, que envolvam o alunado com situações clínicas,
gerenciais, críticas e reflexivas, para terem formações adequadas para o ato do cuidar. É de grande valia para
quaisquer profissionais que se envolvam com a docência o conhecimento prévio dos processos educacionais,
bem como a evolução do ato de ensinar.
Bons Estudos!
- -3
1 Noções preliminares
A unidade de apresentará o (ME), e a Introdução ao Estudo da Educação Método do Ensino Técnica do
 (TE), como um desafio para os profissionais da saúde, principalmente o enfermeiro, por se tratar de umaEnsino
área ou campo prático pedagógico inserido em uma área complexa, que é a da saúde, e o ato do cuidar.
Encontramos, na área da educação, do ato de ensinar, levando em consideração as princípios norteadores
 e as deste setor. Entretanto, a qualquer profissional que desejepolíticas públicas educacionais inovações
executar o ato de ensinar, é primordial, que tenha em mente o envolvimento a fundo com o conhecimento da
educação mundial e brasileira.
Na área da educação, a palavra ou (Figura 1) deve ser considerada um local paraEscola Ambiente Escolar
ensinar temas ou conteúdo de abrangência para a sociedade, tentando conectar o saber do aluno àsholística
atividades práticas do seu cotidiano, e, com isso, o preparando para o exercício profissional. Não podemos
esquecer que as práticas educativas devem o aluno a vivenciar as inúmeras situações do cotidianoaproximar
para o seu aprendizado individual e coletivo.
Essas práticas, no ambiente escolar, têm por objetivo de levar o aluno a para,compreender a sua realidade
futuramente, contribuir na formação dos cidadãos, tanto para o desenvolvimento das qualidades profissionais e
pessoais, como para a vida em comunidade. Compreender essa área se faz necessário para o enfermeiro
entender , e de um setor inovador, tecnológico e complexo para a sociedade,princípios legais morais éticos
uma vez que deve haver integração entre as demais áreas do conhecimento para prestação de um serviço
adequada de acordo com as normas e protocolos dos órgãos competentes inerentes ao processo educacional.
Estudar é, também, aprender e compreender o , e da educação, bem como o contexto histórico político social
contexto histórico da educação dos profissionais de enfermagem no Brasil. Além disso, é identificar as 
 de formação dos profissionais de saúde de forma a empregá-las no trabalho cotidiano.tendências pedagógicas
Descrever os , e de ensino e a compreensão da importância do principais recursos métodos técnicas papel da
 no exercício das práticas educativas, tendo em vista a e dos agravos a saúdeenfermagem promoção prevenção
do indivíduo e coletivo são do ato de ensinar para enfermagem.objetivos específicos
O entendimento desta disciplina é de suma necessidade diante do avanço da área da educação, envolvendo o
profissional de enfermagem, associado à globalização, e faz com que os enfermeiros da era moderna estejam
cada vez mais direcionados ao saber-fazer, focando suas habilidades nas promoções e prevenções, para um
gerenciamento e assistência de enfermagem com qualidade no cenário de saúde atual.
- -4
Figura 1 - Ambiente Escolar
Fonte: ProStockStudio, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: Na imagem, temos uma escola ou ambiente escolar formado por três vertentes, infraestrutura,
design e a convivência interpessoal. Todos os elementos constituem e compõem o ambiente escolar. Observamos
também pessoas (alunos e professores) conversando e trocado informações com materiais didáticos e escolares
nas mãos. Ambiente com arvores e jardins teoricamente harmonioso.
Assista aí
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/5e679bae913bc3f46e8e3241b41a8ca5
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1.1 Introdução ao estudo da educação
O é um local de plena interação dinâmica de pessoas, que se caracteriza em um ambienteambiente escolar 
onde ocorre, de forma sistematizada, o . É um local social de plena evolução doprocesso de aprendizagem
conhecimento e que envolve um aprendizado constante para , e para a construçãovalores legais morais ético
de pensamentos críticos e reflexivos (SILVA, 2015).
Podemos dizer que a educação é considerada uma , que pertence a todos e que tem por objetivoprática sociável
desenvolver o homem para as suas potencialidades, habilidades e competências. A educação não é
exclusivamente função do ambiente escolar, abrangem outras estâncias da sociedade.
Para complementar e fundamentar o estudo da introdução à educação, a deConstituição Federal do Brasil
1988 destaca, no seu art. 205, que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CF, 1988).
É preciso compreender que a educação é um , envolvendo o desenvolvimento dadireito primordial de todos
espécie humana por meio do ato de ensino e da aprendizagem, potencializando o desenvolvimento para a
capacidade intelectual do homem. Além disso, é formada ou constituída pelo processo de aprender, associado à
formação escolar, familiar e ao meio social.
Levando em consideração o contexto, a educação pode ser adquirida por meio (em qualquer ambiente)informal 
ou (escolas e professores). É importante salientar que o ato de educar não se limita a transmitirformal 
conhecimento prévios do professor ou docente, é preciso compreender a evolução da autonomia e do senso
crítico do aluno, tentando buscar diversos para o aprimoramento das habilidades e de suasmétodos de ensino
competências (CIAMPONE, 2007).
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2 Visão Geral da Educação no Brasil
Entender o (Figura 2) não é fácil, mas podemos dizer que, desde a vinda dosprocesso evolutivo da educação
membros da companhia de Jesus (Jesuítas), considerada uma ordem de valores religiosos, ao Brasil, em meados
de 1549, no período chamado de colonial, inúmeras modificações ocorreram na educação, entretanto, alguns
problemas ainda intrigam os brasileiros (AZEVEDO, 2018).
A educação Jesuíta era focada primordialmente, na , que pode ser considerado o ato de instruir acatequização
alguém a . Foi assim o desenvolvimento do ensino em nosso país (Brasil),princípios exclusivamentereligiosos
no período colonial, quando os padres jesuítas desembarcaram no Estado da Bahia. Esses princípios
educacionais eram pensados pelos católicos com o objetivo de manter uma relação estreita com os governantes
portugueses, no Brasil, para converter o “espírito” do índio brasileiro a terem uma fé voltada aos dogmas da
igreja católica, e com isso, se tornarem cristãos (AZEVEDO, 2018).
Existia, ainda, nesse período, uma divisão do ato de ensinar: as aulas ministradas para os indígenas eram em
ambientes improvisados, construídas pelos próprios índios. Já os filhos dos colonos (portugueses) recebiam
instruções do conhecimento nas escolas.
O , principalmente o da aldeia curumim, era um exercício ou tarefaprocesso de educação dos indígenas
desenvolvida pelo , considerado uns dos mais importantes pedagogos da ordem dos Padre José de Anchieta
Jesuítas. Para educar os índios, Padre Anchieta não tinha recursos apropriados para desenvolver métodos e
técnicas adequadas, mas, com a sua habilidade, desenvolvia recursos como as peças teatrais, música e o
desenvolvimento de poesia. Até os dias atuais as suas obras foram preservadas, em especial as cartas em que
documentava as rotinas diárias das atividades escolares (REIS, 2013). Por este motivo, Padre Anchieta, é
considerado destaque do processo evolutivo da história da educação do Brasil (AZEVEDO, 2018).
Décadas após, ocorreu a expulsão da ordem dos jesuítas, comandada por , considerado oMarquês de Pombal
primeiro ministro de Portugal, que tinha como objetivo principal assumir o controle político, social e econômico
do Brasil. Assumindo o poder, remodelou totalmente o processo de ensino brasileiro e, por ordem do Estado,
todos os documentos (livros e manuscritos) da ordem dos jesuítas foram anulados e destruídos pelos
portugueses. Além disso, o ensino da religião teve que ser deixado de lado nos currículos.
Esses atos tinham como objetivo introduzir uma nova cultura e disciplinas mais práticas no dia a dia da escola.
Dias difíceis para a educação brasileira, em meados de 1750. Foram, aproximadamente, 10 anos sem uma
estruturação escolar, período de crise entre a expulsão dos Padres Jesuítas e a parainserção de um novo olhar
a educação, baseada nas , considerada uma potência europeia para a época.condutas dos portugueses
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Entretanto, Marquês de Pombal, influenciado pelos , modificou a educação brasileira, com a ideais iluministas
 e instaurou a criação uma (TORREZ, 2014).Reforma Pombalina educação pública
Com a Reforma Pombalina ocorreu a do ensino e da escola da ordem dos jesuítas, fazendo comdesestruturação
que os povos indígenas perdessem o seu sistema de ensino, que era voltado ao processo religioso, mas, por outro
lado, ocorreu a do ensino e das escolas, tornando o professor o indivíduo central da educaçãoreorganização
brasileira (AZEVEDO, 2018).
E, neste período, foi criada uma , chamada de , que abordava asistematização diferenciada aulas régias
humanidade e não a religiosidade, era centrada no , e tinham aulas ministradas por professores queEstado laico
prestaram concurso público, para as escolas públicas da época.
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2.1 Visão Geral da Educação no Brasil: Família Real
Podemos considerar que a história da educação brasileira teve o seu marco com a vinda da família real às terras
brasileiras, em meados de 1808, fugida do continente europeu, por conta das invasões napoleônica as terras
portuguesas. Junto, trouxeram, ao Rio de Janeiro, cerca de 60 mil exemplares de livros, logo após deram origem a
Biblioteca Nacional (REIS, 2013).
Os investimentos para a educação aumentaram com as instalações da no Brasil, e, com isso, foramFamília Real, 
criados os primeiros ambientes escolares para o ensino superior, porém, eram exclusivamente direcionados
para os filhos da nobreza portuguesa e das famílias de destaque da sociedade brasileira.
Estes ambientes escolares eram caracterizados por duas formas marcantes: o da educação, que tinha o ensino
profissionalizante, e a educação voltada para a formação de servidor público, que exerceria funções trabalhistas
na corte portuguesa. Com isso, os primeiros cursos formados foram o de Medicina e Ciências Econômica, no
Estado da Bahia. Já na cidade de Salvador, em meados de 1808, criaram o curso de Desenho Industrial. Na cidade
do Rio de Janeiro, criaram Medicina e ambientes escolares, que ensinaram as atividades práticas de agricultura e
química (AZEVEDO, 2018).
No , o Brasil não obteve avanços satisfatórios práticos na sistematização do ensino e daPeríodo Imperial
educação. Com a gratuidade do ensino, não existiram investimentos favoráveis para as construções de ambientes
escolares adequados, muito menos contratação ou concursos para professores e uso de metodologias e materiais
didáticos apropriados. A pouca prioridade para a educação prejudicou significativamente as classes populares
do Brasil. Entretanto, os filhos, pertencentes as famílias ricas tinham o acesso à escola, e poderiam cursar
universidades em Portugal, na Europa.
Em meados de 1827, foi aprovada a pioneira lei que tratava com exclusividade do processo de educação no
Brasil. O conteúdo textual da lei, art. 1º, afirmava que “em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos,
haverá as escolas de primeiras letras que forem necessárias”. Essa lei também foi de extrema importância para
as meninas, que passaram a se misturar aos meninos, nos ambientes escolares de letras do Estado. É importante
dizer que não havia, nesse período, uma delimitação de tempo para cursar a educação ou ensino primário, porém
a lei foi o marco inicial de uma (TORREZ, 2014).reorganização do ensino brasileiro
Logo após a , foram realizadas, de forma pontual, algumas Proclamação da República reformulações no
. Os outros níveis de escolaridade não sofreram alteração com a reformulação, continuando osensino superior
mesmos critérios do sistema escolar: filhos das elites da época frequentavam escolas excelentes, e escolas com
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ensino de qualidade duvidosa para as demais crianças e adolescentes. Entretanto, as escolas federais
mantiveram excelentes ensinos, mas eram frequentadas pela classe rica, e os demais, frequentavam escolas
estaduais (AZEVEDO, 2018).
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2.2 Visão geral da educação no Brasil: escola nova até os dias atuais
Em meado de 1920, surgiu o movimento chamado de , que foi ganhando força no sistemaEscola Nova
educacional estadual para tentar mudar os critérios educacionais das duas vertentes que dividia o ensino
brasileiro. Tivemos, como nome principal para alavancar essas mudanças, considerado uns dosAnísio Teixeira, 
educadores líderes do movimento (PEREIRA, 2018). 
A foi marcada pelas lutas em tentar fazer da escola um , com novos sistemas eEscola Nova ambiente inclusivo
modelos educacionais modernos adaptados para a época. Ainda neste período, foi fundada a Associação
 (ABE), que tinha o objetivo de promover discussões sobre métodos e sistemasBrasileira de Educação
educacionais brasileiros. Foram épocas difíceis para a educação brasileira, porque, apesar de todo esforço e
empenho de renovação do sistema educacional, os índices eram assustadores de jovens e adultos analfabetos no
Brasil.
Em 1930, , após o golpe, e levando em consideração que, neste período, existiu um controleGetúlio Vargas
ideológico ditador, em salas de aula, mesmo assim, inicia-se um , com o objetivo demovimento educacional
criar um . Assim, foi criado o , logo após as sistema organizado de ensino inovador Ministério da Educação
, mas, apesar de ser um governo autoritário, foi a primeira vez que surgiuSecretarias Estaduais de Educação
na (1934) que a educação é (AZEVEDO, 2018).Constituição um direito de todos 
A educação, então, seguia normas e regras do governo federal, e a descentralização, considerando a autonomia
dos Estados brasileiros, era limitada, mas foi em 1942, que regulamentou, no Brasil, o . Aensino industrial
autonomia dos Estados era bastante limitada e regulada pelo governofederal, mas, mesmo assim, logo após,
surgem as escolas do com o objetivo de acolher os filhos das pessoas que pertenciam as classes pobres,SENAI,
do nosso país.
Após 10 anos da , com o sistema de ensino profissionalizante, começa a dobrar a quantidade deEra Vargas
alunos matriculados, nas escolas que ofertava essa modalidade de ensino. E foi exatamente nesta época que 
, pedagogo pernambucano, ganha repercussão no Brasil, devido, principalmente, aos seus métodosPaulo Freire
e técnicas de alfabetizar e de direcionar o seu olhar para a educação da população carente (GONZALEZ;
ALMEIDA, 2010).
Com a publicação da (LDB), em 1961, foi instituída as disciplinas dasLei de Diretrizes e Bases da Educação
diversas modalidades da educação, ou seja, as disciplinas comuns e as ramificadas. Apesar de todo esforço, não
foi visualizado um sistema de ensino adequado, mas, logo após esse período, foi lançada a segunda versão da lei
de diretrizes e bases da educação, com reformulações e um sistema de ensino adequado e parecido com o atual.
- -11
Em 1971, foi estabelecido a , determinado a ser realizadoobrigatoriedade da conclusão do ensino primário
em oito anos, e os termos primeiro grau e segundo grau foram estabelecidos no sistema educacional. Nessa
segunda fase da educação brasileira, procurou-se um ensino de caráter mais profissionalizante ou técnico e essa
ideia prevalece até meados do ano de 1982.
Essa visão educacional permaneceu até 1996, quando foi estabelecido a nova denominação educacional: Ensino
 e . Essas modificações foram inclusas como fases ou etapas da educação básicaFundamental Ensino Médio
brasileira, constituindo, oficialmente, a educação infantil, que ganhou mais relevância no cenário do nosso país.
Mesmo assim, apesar de todos os esforços da modernidade, voltados para a área da educação, o Brasil ainda
enfrenta dificuldades no Sistema de Ensino e índices altíssimos de analfabetos continuam nos dados oficiais do 
O principal do Plano Nacional de Educação (PNE), criado pelo governoMinistério da Educação. objetivo 
federal, é estabelecer a até o ano de 2025 (AZEVEDO, 2018).erradicação do analfabetismo
Figura 2 - Processo Evolutivo da Educação
Fonte: Azevedo, 2018 (Adaptado).
#PraCegoVer: Na imagem, observamos um esquema organizacional e didático do processo evolutivo da
educação brasileira. Iniciando com o período jesuíta, seguido do período pombalino, período joanino, período
imperial, logo após, surge a república nova, estado novo, segunda república e república velha. E, por fim, o
regime militar e a nova república.
- -12
3 História da Educação dos Profissionais de Saúde
Podemos definir o termo (EP) como uma modalidade do sistema de ensino brasileiro,Educação Profissional 
prevista na LDB, visando preparar o indivíduo para o mercado de trabalho, desta forma, podendo contribuir para
a sua inserção no mundo profissional e na vida em sociedade (ACIOLI, 2008).
Nesse contexto, o termo educação profissional já era um proposta para a reformulação do sistema de ensino, nos
anos de 1920 a 1930, e era defendida pelo movimento do , que tinham como principal objetivo aescolanovismo
escola como elemento principal e eficiente para construção de uma sociedade e . democrática laica Fernando
 era considerado o principal disseminador da ideia de uma educação pública e de qualidade (ACIOLI,Azevedo
2008).
Na área da saúde, o ambiente escolar era considerado, para o como espaço principal para oescolanovismo,
desenvolvimento das e , objetivando, com isso, a preparação e aatividades práticas conteúdo teóricos
formação dos futuros trabalhadores que atuariam, na época, em prol da saúde da sociedade (CIAMPONE, 2007).
A (EPS) foi criada no território brasileiro a partir da aprovação da Lei deEscola Profissional de Saúde
Diretrizes e Base da Educação Nacional nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Até então, o ensino técnico
profissionalizante era formulado, e baseado nas (LOE), aprovada durante o EstadoLeis Orgânicas de Ensino
Novo, pelo ministro da Educação e Saúde.
As LOE’s tratavam da preparação e formação dos indivíduos para o mercado de trabalho industrial, comércio,
agricultura e para a formação de professores, porém as LOE’s não impediram que, em 1940, fosse promulgada a
legislação do sistema educacional direcionada para a área de formação de pessoas que atuariam no corpo
auxiliar e técnico de enfermagem, buscando regulamentar a formação técnica de enfermagem (Decreto-Lei n.
8.778/ 1946) e dos níveis fundamentais, para atuarem como auxiliares de enfermagem (Lei n. 775/1949) para o
mercado de trabalho no âmbito hospitalar (SILVA, 2011).
Fique de olho
Apesar de todos os esforços, ainda existia a dualidade dos currículos escolares, uma vez que,
nos sistemas educacionais profissionalizantes, os conteúdos teóricos das disciplinas de
ciências naturais, letras e artes eram bem reduzidos, priorizando as necessidades imediatas
 (MOURA, 2010).do mercado de trabalho
- -13
Levando em consideração, exclusivamente, a área da saúde e tendo em vista a deste campo, foiprivatização
mantido o modelo de atenção hospitalar. Entretanto, também foi organizado o assistencial curativo sistema
, que visava atender, exclusivamente, aos indivíduos contribuintes e dependentes, somenteprevidenciário
assistência básica e curativa. É importante dizer que nesse modelo de assistência à saúde, aumentam-se os
gastos com o indivíduo, e infelizmente, na época, existia pouco investimento para a área da saúde pública,
piorando as condições de saúde da população (BAPTISTA, 2005).
O setor da saúde era organizado através das , focado na ações e serviços de saúde pública universal
 de doenças ou e, com o sistema previdenciário, com o objetivo direto e semprevenção agravos transmissíveis
muito gastos, na aos indivíduos contribuintes e dependentes. Então, podemos dizer que oassistência curativa
direito a saúde integral e irrestrito não era assegurado a todas as pessoas brasileiras.
Essa situação foi potencializada na década de 1964, devido ao golpe militar, e, com tudo isso, foi adquirindo cada
vez mais ênfase a , o na prestação de ações da saúde e o assistência médica crescimento do setor privado
 presentes no sistema previdenciário.aumento das cotas sociais
Cabe ressaltar que, neste período, existiu a criação do (INPS), que, emInstituto Nacional da Previdência Social
pouco tempo, foi aumentando e acumulando os gastos no setor saúde, demandando contratação do setor
privado. Além disso, o investimento para a saúde pública, era considerado no regime militar,insuficiente
ocorrendo o retorno de doenças consideradas erradicadas, além de de doenças que estavamsurtos epidêmicos
controladas, devido às condições precárias de saneamento básico, com aumento da pobreza e dos fatores
imediatos de desigualdade social (BAPTISTA, 2005).
A situação do Brasil era considerada gravíssima, mas, por outro lado, essa situação foi desenvolvendo espaços
para fortalecimento do em prol do saneamento básico, ou, ainda, movimento populares movimentos
 e das pressões por reforma nas políticas de saúde pública, sendo a ideia principal de saúdesanitários
problematizada e relacionada aos direitos de . Com isso, foram geradas condições para os movimentoscidadania
populares que, na década seguinte, marcaram importante presença no cenário político brasileiro, para as
mudanças reivindicas.
- -14
3.1 História da educação dos profissionais de saúde: Regime Militar
No foi modificada, em partes, a , quando foi aprovada a Lei n. 5.692/71, denominada de Regime Militar LDB Lei
, para responder ao contexto histórico dessa época, tendoda Reforma de Ensino de Primeiro e Segundo Graus
como objetivo principal a para a educação profissional. Isto se deu pela profissionalizaçãoaumento de vagas
compulsória do ensino do segundo grau, considerando a intensificação das finanças e investimentos para
desenvolvimento industrial como a contenção de demanda para o ensino superior, fazendo comque as classes
populares fossem inseridas no mercado de trabalho (MOURA, 2010).
Nessa época, a falta de estrutura ou de professores qualificados para as vagas destes cursos profissionalizantes e
a não satisfação e/ou aderência por parte das escolas privadas, entre outros aspectos, como a proposta da
profissionalização compulsória, não chegou a ser, de fato, amplamente adotada e bem vista, a ponto do governo,
anos depois, editar outras normas para o sistema educacional, que eliminava a profissionalização compulsória,
segundo o Parecer n. 76 do ano de 1975, considerada, por inúmeros estudiosos, como o grande fracasso da
ditadura, e a Lei n. 7.044, do ano de 1982 (MOURA, 2010).
Foi implantada, no Brasil, a formação técnica de enfermagem, no final dos anos sessenta. E com a promulgação
da lei n. 5.692 do ano de 1971, os cursos profissionalizantes para formação de auxiliares e técnico em
enfermagem passaram a compor o sistema brasileiro de educação, em nível escolar, considerado de segundo
grau, mas o Parecer n. 2.713, do ano de 1974, do (CFE), afirmava que, de forma Conselho Federal de Educação 
 devido as condições socioeconômicas da época, era necessário, também, formar ostransitória e emergencial,
indivíduos para auxiliar de enfermagem, em nível escolar, considerado de primeiro grau. O conteúdo deste
parecer, posteriormente, é indicado na resolução do CFE n. 8, do ano de 1977, que estabelece as habilitações
profissionais da área da enfermagem (TORREZ, 2014).
Essas normas e resoluções do CFE ficaram em vigor até anos posteriores à aprovação da LDB n. 9.394, do ano de
1996, quando foram implementadas novas normatizações legais para o ensino profissional. Apesar da formação
do profissional técnico em enfermagem (Figura 3) já existir, foi nos anos 80 que passou a ser reconhecida, na Lei
 (GALLEGUILLOS; OLIVEIRA, 2001).do exercício profissional da enfermagem
- -15
Figura 3 - Profissional Técnico em Enfermagem
Fonte: Pordee_Aomboon, Sutterstock, 2020
#PraCegoVer: Na imagem, temos, ao fundo, um ambiente arborizado e um carro estacionado com uma
passageira (paciente). Temos um profissional (técnico em enfermagem) com os seus equipamentos de proteção
individual.
Desde as ideias primordiais sobre a modalidade de ensino profissional, sempre existiu a relação: educação,
saúde e mercado de trabalho, indicando que esta modalidade de ensino foi pensada, na época, para a formação 
 e para a sociedade.de mão de obra direcionada qualificada
É bom lembrar que a preparação e formação profissional pode ser designada como quemodalidade educativa
permite ao homem entender, aprender e desenvolver conhecimentos a partir de conteúdos , , teóricos práticos
 e , que possivelmente possam ser relacionados à produção de bens e serviços, e podemtécnicos operacionais
ser desenvolvidos nas escolas públicas ou nas empresas privadas.
Essa modalidade de ensino e o termo formação profissional podem ser, ainda, consideradas uma expressão
recente, criada para indicar , portanto, a relação permanente entre o indivíduo (trabalhador) eação contínua
trabalho, na ótica capitalista (SILVA, 2015).
É importante dizer que esta relação assume um caráter de e de para o profissionalautonomia autovalorização
que desenvolveu habilidades na educação profissional.
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Assista aí
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4 Movimentos de Reforma da Educação dos Profissionais 
de Saúde
O movimento de reforma da educação dos profissionais de saúde teve início no final do século XIX, trazendo os
fatos baseados em evidências cientificas, de modo que possa substituir o conhecimento através da observação
(empírico).
A rápida demanda do forçou a reflexão de (processos),trabalho prático assistencial ações contínuas 
baseadas na ciência e nos fatores de contribuição para a população. Então, com o empirismo deixado de lado e o
meio científico avançando, surge as ideias cientificas de um pesquisador, chamado de ,Abraham Flexner
formado em medicina, americano, que assume, em meados de 1910, estudo científicos relacionados a educação
médica dos EUA (GONZALEZ; ALMEIDA, 2010). Esta pesquisa, na época, teve um grande impacto decisivo, sobre
a formação dos profissionais de saúde, interferindo, disciplinando e diminuído o número de instituições de
ensino superior (SILVA, 2011).
Esses estudos passaram a ser chamado de , que influenciaram o ensino superior de saúdeRelatório Flexner
estadunidense, além de favorecer as modificações na rotina médica mundial, firmando uma medicina baseada
em , que direcionou um novo olhar mundial para as práticas na área da saúde ao longo deachados científicos
todo o século XX. Uns dos objetivos dessas mudanças é a em (tronco comum) e segmentação ciclo básico ciclo
 (disciplinas especificas), além disso, o ensino se baseava em ,profissional matérias especificas
preferencialmente no âmbito hospitalar (GONZALEZ; ALMEIDA, 2010).
- -18
4.1 Relatório Flexner e modelo Flexneriano
Podemos considerar o (Figura 4), como um (MF), e começou a serRelatório Flexner Modelo Flexneriano 
implantado em nosso país em meado dos anos 40, com intensa influência para a implantação dos novos cursos
de graduação de Medicina, Odontologia e Enfermagem. Foi necessário reformular os cursos de graduações que já
existiam, para se enquadrarem na proposta do MF.
Figura 4 - Relatório Flexner
Fonte: Gonzalez; Almeida, 2010 (Adaptado).
#PraCegoVer: Na imagem, observamos um esquema organizacional e didático do Relatório Flexner. Aborda o
positivismo (cientificismo, mecanicismo, biologicismo, individuo no foco da atenção, medicina curativa e terapias
- -19
medicamentosas), valores neoliberais (capitalismo do trabalho, individualismo e profissionais liberais),
fragmentação do processo de trabalho (especializações), competitividade e utilização de tecnologia.
Entretanto, do mesmo modo rápido, acelerado e contínuo que o MF se desenvolveu no meio acadêmico,
desacelerou e deixou de ser usado, porque exigia crescentes gastos para os diagnósticos e tratamentos de saúde,
mas o setor da educação não conseguia custear os avanços propostos pelo MF e chegou em um momento no qual
não se tinha mais recursos para se investir, devido à desvalorização de investimentos para a educação,
principalmente em países subdesenvolvidos.
A importância da tem uma relevância grande para elaboração deeducação dos profissionais de saúde
conceitos e de atividades práticas no setor da saúde. Os processos contínuos de reestruturação na área da
educação e nas atividades práticas para os profissionais de saúde se entrecruzam, com temas transversais. O MF
e as atividades e ações da área da são exemplos significativos disso, porque tínhamos aMedicina Preventiva
proposta teórica e agentes formadores, porém não tínhamos investimentos para custear as ações práticas
(CIAMPONE, 2007)
Inúmeras críticas, relacionadas à preparação e formação na área da saúde, fazem parte da agenda de
movimentos sociais há praticamente 50 anos. Logo no início, tinha-se poucas vozes lutando em prol das
modificações nas formações superiores em saúde. Atualmente, em função de vários fatores políticos e
econômicos, no âmbito das políticas públicas e do setor privado, existem números significativos de docentes,
discentes e gestores da saúde, que estão envolvidos na iniciativa dessas mudanças. Porém, não é fácil ter visão
inovadora de saúde em um país que não investe constantemente nas formações de seus profissionais.
Ao longo dos anos, após a implementação do , experiências foram acumuladas,Sistema Único de Saúde
juntamente com reflexões direcionadas para as mudanças na formação dos profissionais da área de saúde. Com
ideaiscomuns ao processo da reformulação sanitária do Brasil, o movimento de mudanças na formação e
preparação dos profissionais de saúde exerce o compromisso ético-político com a saúde da população brasileira
e com os princípios doutrinários do (ACIOLI, 2008).Sistema Único de Saúde
É importante dizer que existiram, na época, indivíduos que pensassem que esse compromisso ético-político
fosse suficiente para orientar mudanças na formação dos profissionais de saúde. Também existiram pessoas que
pensassem que o problema central fosse a da função e das relações entremudanças dos ideais pedagógicos
professores e estudantes no processo do ensino-aprendizagem, mas também existiram quem destacasse a 
, que implicaria em transformações abruptas e profundas nacomplexidade da modificação institucional
formação do interior de instituições de ensino superior, tradicionais e conservadoras, que direcionava os seus
compromissos e interesses ao setor privado.
- -20
Foram inúmeras reflexões e ideais propostos, mas, por fim, existiram, ainda, depois de muitos debates, quem
percebesse ser extremamente complicado modificar a formação sem, simultaneamente, modificar as atividades
de saúde. (ACIOLI, 2008) Chegou-se a uma conclusão de que é preciso compreender a base do trabalho em saúde
e suas para os diferentes compromissos ético-políticos que nele se insere.especificidades
Todas essas são importantes e relevantes. Vivenciar diferentes experiências e reflexões seproblematizações
mostrou importante para o alargamento de conhecimento teórico-conceitual para se refletir em construir as
mudanças. É necessário perceber e enxergar que o na saúde é um setor de processo educacional produção de
 e , em que as ciências filosóficas, ciência naturais, ciênciasconhecimento interdisciplinar transdisciplinar
tecnológicas e práticas sociais se apresentam de modo específico (PEREIRA, 2018).
A educação na saúde é uma área do conhecimento e de práticas sociais em processo de formação e construção.
Existem momentos tensos e disputas na definição de suas teorias centrais e como se pode abordá-las. Como,
também, existem tensões de como toda essa teoria pode funcionar na prática.
- -21
5 Educação dos profissionais de saúde no Brasil
O ensino da educação profissional de saúde no Brasil tem como base principal a ,promoção da saúde
considerado uns dos eixos mais importantes do Sistema Único de Saúde (SUS), e que se direciona para o
fortalecimento da capacidade de individual ou coletiva, para intervir nos agravos determinantes do processo
saúde e doença (GALLEGUILLOS ; OLIVEIRA, 2001).
A promoção da saúde é baseada em cinco eixos de atenção:
Planejamento;
Elaboração e implementação de políticas públicas;
Criação de âmbitos favoráveis para o desenvolvimento da saúde;
Ações contínuas na comunidade;
Desenvolvimento de habilidades individuais;
Reorientação permanentes dos sistemas e dos serviços para a saúde.
Considerada como eixo principal do SUS, a promoção em saúde foi pensada e elaborada para intervir no
processo saúde doença, além de conhecer e compreender os agravos e seus determinantes, para poderversus
articular saberes técnicos, científicos e comunitários, para tentar, além disto, mobilizar recursos e investimentos
institucionais e sociais, públicos e privados, intersetoriais e para enfrentar e solucionar situações críticas de
saúde (SILVA, 2011).
Nesse contexto, a comunidade assume uma função e no processo de construção das medidasativa produtiva
sanitárias adequadas, para combater os inúmeros problemas e situações críticas, vinculadas à saúde pública
Com o processo contínuo da reformulação sanitária brasileira, em meados da década de 80, o sistema único de
saúde, na , chegou ao século XXI focado nas ações de (SILVA, 2015)Constituição Federal de 1988 :
Promoção;
Prevenção;
Reabilitação da saúde;
Vigilância à saúde.
Envolvendo, as áreas:
Epidemiológicas;
Ambientais;
Sanitárias;
- -22
Do trabalhador.
Os profissionais de saúde e a população passaram a ser vistos como o principal fator do processo de saúde e a
doença deixa de ser o foco principal desse processo. A saúde passa a ser condicionada pelo modo de vida de cada
indivíduo e/ou grupos sociais, além disso, as condições socioeconômicas e ambientais repercutem no processo
saúde e doença.
A maneira de conduzir os princípios e diretrizes do sistema único de saúde brasileiro em um novo modelo
 requer formações diferentes dos perfis profissionais, que irão atuar nesse sistema em prol da saúdeassistencial
da população. A formação destes profissionais, preferencialmente , requerido pelo sistema único degeneralista
saúde, é direcionada pela , que propõe, que sejam substituídos os currículos mínimos pelas LDB Diretrizes
 (DCN) para os cursos superiores em saúde (AZEVEDO, 2018).Curriculares Nacionais
Essas diretrizes fortalecem e reafirmam a necessidade e as obrigações das Instituições de Ensino Superior
(IES) em formar, com qualidade, profissionais de saúde, direcionados para atuarem no sistema único de saúde,
com o objetivo de focar a preparação e formação em saúde, de acordo com as necessidades da população ou
comunidade brasileira.
As IES, formadoras dos profissionais de saúde, passam constantemente por desafios diários, para investirem em
uma educação de qualidade com poucos recursos liberados para o setor da educação profissional, mas exercem a
sua , de modo diferenciado e de destaque para os novos profissionais, que possuem visõesfunção formadora
dos diferentes níveis de atuação e complexidade do sistema de saúde brasileiro. É especialmente na atenção
básica, conforme preconizam as DCN, que a educação profissional para saúde precisa se vincular, direcionando o
seu olhar para a população do território de atuação (AZEVEDO, 2018).holístico
É importante dizer que, para a formação do , é preciso a inserção, precocemente, doprofissional generalista
aluno no âmbito do trabalho, para que ele venha a desenvolver criticamente e reflexivamente uma visão
, tendo, como eixo principal de atuação, a . As IES precisam ter osintegral da saúde promoção da saúde
currículos, dos cursos de graduação em saúde planejados e orientados para o desenvolvimento das
 e requeridas para o trabalho no SUS e devem prever e competências habilidades oportunidades didáticas
 para assegurar que o aluno tenha a sua nos conhecimentos teóricos e científicos,pedagógicas aplicabilidade
englobando todo um contexto integral para o desenvolvimento das práticas na comunidade.
Todas as mudanças nem sempre são fáceis ou bem aceitas, mas envolvem pessoas, questões morais, valores,
ética e cultura, e se for, especificamente, no setor saúde e educação, englobam, também, fatores ideológicos,
socioeconômicos e históricos. Além disso, as modificações na preparação exigem dosnovos planejamentos
currículos das IES, direcionados para o uso de do processo de ensino e metodologias ativas abordagem
 embasadas nas ciências humanas, sociais e biológicas (GONZALEZ; ALMEIDA, 2010).multidisciplinar
- -23
O inicial da formação dos profissionais de saúde, infelizmente, não os preparou para atuar na saúde pública, com
a promoção à saúde, isso se deve ao , focado no médico e desarticulado das práticasenfoque biologista curativo
clínicas em saúde. Estudiosos da área da saúde pública evidenciaram o distanciamento existente entre o ensino
proposto pelas IES e as necessidades de saúde pública (SILVA, 2011)
Essa formação encontra-se em crise, pois o ensino é , com ênfase nos, quase quedescontextualizado
exclusivamente, conteúdos teóricos, sendo estes transmitidos de forma tradicional. Precisamos modificar esse
quadro de ensino para tentar aproximar a formação profissional das necessidades de saúde da sociedade e, para
tal motivação, faz-se necessário cortar laços com o ensino tradicional.
Assista aí
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5.1 Educação dos Profissionais de Saúde da Enfermagem: Visão Geral
Podemos afirmar que as primeiras escolas de enfermagem, na América Latina, começaram a surgir no final do
século XIX, impulsionadas por médicos, enfermeiras (inglesas e americanas), instituições (católicas e
protestantes) e, inúmeras vezes fundadas junto a hospitais, sendo apoiadas pela Organização Pan-Americana
 (OPAS). Essas escolas surgiram pela necessidade da época, para as demandas de assistência aosda Saúde
enfermos. É importante dizer que, no início do século XX, foram trazidas para a América as reformas de Florence
(Figura 5), enfermeira pioneira, atuante no processo do cuidar mundial (SILVA, 2015).Nightingale 
Primeiramente, a educação em enfermagem foi associada ao âmbito hospitalar, devido as escolas de enfermagem
estarem baseadas nas necessidades assistenciais aos enfermos em ambiente hospitalar, e, em seguida, porque a
escola não possuía uma localidade fixa e nem estrutura física adequada para o ensino da saúde, e muito menos,
condições acadêmicas e administrativas adequadas.
Desde o momento em que as alunas eram aceitas para estudarem nas escolas de enfermagem, teriam que ir
diariamente ao hospital para observarem como as pessoas, leigas prestavam assistência de saúde aos pacientes.
Essas pessoas, consideradas leigas, eram chamadas de , que haviam sido habilitadasauxiliares de enfermagem
de qualquer forma, ou eram as freiras, que continuavam com o seu serviço de ajudar os enfermos (SILVA, 2011).
Além das observações dos procedimentos práticos, as alunas tinham aulas teóricas, geralmente, lecionadas por
médicos. Mesmo não tendo um currículo ou programas acadêmicos formais, era ensinado anatomia humana,
fisiologia humana e higiene geral, além de práticas de limpeza de ferida e curativos.
Essas aulas eram lecionadas pelos diretores e professores das escolas de enfermagem, que geralmente eram
médicos, e o ensino era conforme a sua preocupação e domínio da medicina (SILVA, 2011). O objetivo do
processo educativo, nesse período, era baseado na concepção da saúde direcionada, exclusivamente, na cura da
, e, neste contexto, a função da enfermeira se restringiu somente a ser auxiliar e apoiar o médico empatologia
suas práticas curativas.
O século XIX foi considerado o período do nascimento da enfermagem moderna, através do conhecimento
deixado por Florence Nightingale, que contribuiu para as bases cientificas e administrativas da Enfermagem,
criando um modelo de ensino teórico e prático de assistência à saúde. Neste contexto, surge a ciência da
, considerada um produto da necessidade de que uma pessoa cuidasse dos enfermos eenfermagem
desamparados.
- -25
Logo no início, as práticas assistenciais das enfermeiras foram baseadas no cuidar empírico-prático, ou seja, suas
práticas eram fundamentadas no , sem uma base cientifica. Com o passar do tempo,método da observação
finalmente, pode-se dizer que o ensino de enfermagem, na América Latina, passou por uma ação contínua de
profissionalização, nos últimos 120 anos (SILVA, 2015).
Então, podemos finalizar dizendo que a surgiu como uma prática social, mas, com o passar doEnfermagem
tempo, forneceu assistência de qualidade ao paciente, família e comunidade e se aperfeiçoou nas ciências da
saúde e no meio cientifico, prestando um cuidar não mais empírico, mas, sim, intrinsicamente associado às bases
cientificas das diversas áreas do cuidar da vida.
Figura 5 - Florence Nightingale
Fonte: Everett Historical, Shutterstock, 2020
#PraCegoVer: Na imagem, observamos a pioneira da enfermagem, Florence Nightingale, em um ambiente
hospitalar prestando assistência de saúde aos doentes ou enfermos hospitalizados e desamparados pela
sociedade da época.
Fique de olho
A educação dos profissionais de saúde da enfermagem requer habilidade e conhecimento
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Enfim, conhecer a história da educação brasileira é um desafio para qualquer profissional que atue na área
educacional. É recomendável que o profissional enfermeiro esteja atento às legislações atualizadas e propostas
pelo Ministério da Educação, associado com capacitações dos métodos em técnicas do ensino, para conseguir
atuar de forma correta e coerente, de acordo com o ensino da enfermagem em seus diversos níveis do
conhecimento.
é isso Aí!
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• entender a importância da avaliação física e psicológica do paciente odontológico;
• conhecer os dados necessários e essenciais que precisam ser obtidos na primeira consulta;
• conhecer a classificação de risco dos pacientes e as medidas tomadas em relação a cada um deles;
• aprender as medidas necessárias para uma anestesia atraumática;
• conhecer as técnicas anestésicas de maxila e mandíbula.
Referências
ACIOLI, S. A prática educativa como expressão do cuidado em Saúde Pública. Rev Bras Enferm. V.61, n. 1, 117-
121, 2008.
AZEVEDO, R. "A história da Educação no Brasil: uma longa jornada rumo à universalização. Gazeta do povo,
2018. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/a-historia-da-educacao-no-brasil-uma-
. Acesso em: 05 de jun. de 2020.longa-jornada-rumo-a-universalizacao-84npcihyra8yzs2j8nnqn8d91/
BAPTISTA, T. W. F. O direito à saúde no Brasil: sobre como chegamos ao Sistema Único de Saúde e o que
esperamos dele. In: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (Org.). Textos de apoio em políticas de saúde.
Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005
A educação dos profissionais de saúde da enfermagem requer habilidade e conhecimento
teórico, prático e científico para conseguirem prestar assistência de qualidade aos doentes.
Baseado nesse contexto leia na íntegra o artigo: história da educação de enfermagem e as
tendências contemporâneas, acessando o link disponível nas referências bibliográficas.
•
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https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/a-historia-da-educacao-no-brasil-uma-longa-jornada-rumo-a-universalizacao-84npcihyra8yzs2j8nnqn8d91/
https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/a-historia-da-educacao-no-brasil-uma-longa-jornada-rumo-a-universalizacao-84npcihyra8yzs2j8nnqn8d91/
- -27
BECERRIL, L. C. História da Educação de Enfermagem e as Tendências Contemporâneas. Hist enferm ReV
Eletrônica, v. 9, 1-2, 2018. Disponível em: http://here.abennacional.org.br/here/v9/n1/_EDITORIAL-
. Acesso em: 05 jun. 2020.1_portugues.pdf
CIAMPONE, M. H. T. Formação de profissionais da saúde: aprendizagem significativa à luz da promoção da saúde.
Cogitare Enferm. São Paulo, v. 12, n. 2, 236-240, abr/jun, 2007.
GALLEGUILLOS, T. G. B.; OLIVEIRA, M. A. C. A gênese e o desenvolvimento histórico do ensino de enfermagem no
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http://www.scielo.br/pdf/tes/v7s1/08.pdf
http://www.scielo.br/pdf/tes/v7s1/08.pdf
	Olá!
	1 Noções preliminares
	Assista aí
	1.1 Introdução ao estudo da educação
	2 Visão Geral da Educação no Brasil
	2.1 Visão Geral da Educação no Brasil: Família Real
	2.2 Visão geral da educação no Brasil: escola nova até os dias atuais
	3 História da Educação dos Profissionais de Saúde
	3.1 História da educação dos profissionais de saúde: Regime Militar
	Assista aí
	4 Movimentos de Reforma da Educação dos Profissionais de Saúde
	4.1 Relatório Flexner e modelo Flexneriano
	5 Educação dos profissionais de saúde no Brasil
	Assista aí
	5.1 Educação dos Profissionais de Saúde da Enfermagem: Visão Geral
	é isso Aí!
	Referências

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