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Vigilância em Saúde AULA 1 Ementa: Histórico da saúde pública no brasil: organização dos serviços de saúde e políticas de saúde, com destaque para as ações de planejamento, educação em saúde e vigilância à saúde. Introdução à vigilância em saúde publica com proposta da conjuntura atual. Modalidades vigilância em saúde: • vigilância sanitária • vigilância epidemiológica e saúde do trabalhador • vigilância ambiental, conceito e interrelações entre as ações de vigilância. Competências especificas: • Compreender as bases conceituais da vigilância a saúde no brasil • Distinguir as modalidades da vigilância a saúde • Identificar os eixos norteadores da ação interdisciplinar no campo da vigilância em saúde • Analisar o monitoramento e gestão dos principais programas de saúde • Caracterizar e analisar a estrutura nas áreas de vigilância a saúde • Compreender a operacionalização de sistemas de informação em saúde CONSTITUIÇÃO – REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL – 1988 Constituição federal de 1988, artigo 196, “a saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações para a promoção, proteção e recuperação” • Este é o principio que norteia o SUS, sistema único de saúde • E é o principio que está colaborando para desenvolver a dignidade aos brasileiros, como cidadãos e como seres humanos. Objetivo da vigilância... A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde VIGILÂNCIA EM SAÚDE • Transição epidemiológica • Transição demográfica • Determinantes sociais • Novas tecnologias • Emergências em saúde pública • Antigos e novos riscos AÇÕES Promoção, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, devendo-se constituir em espaço de articulação de conhecimento e técnicas O conceito de vigilância em saúde inclui: • Vigilância e controle das doenças transmissíveis • Vigilância das doenças e agravos não transmissíveis • Vigilância da situação de saúde • Vigilância ambiental em saúde • Vigilância da saúde do trabalhador • Vigilância sanitária A vigilância em saúde constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças. • Articulação com demais ações e serviços do SUS: INTEGRALIDADE • Considerar contribuições de outras disciplinas • Articulação entre as vigilâncias • Descentralização e reorganização dos serviços e práticas no nível local ATUAÇÃO TRANSVERSAL Promoção da saúde, ações laboratoriais, analise de situações de saúde. OBJETIVO Definir os fundamentos básicos da organização e das práticas da vigilância em saúde no sistema único de saúde, com a finalidade de promover e proteger a saúde da população HISTÓRICO DA VIGIÂNCIA NO BRASIL No Brasil do século XVII, mesmo sem o conhecimento da relação entre as doenças infecto contagiosas e os agentes etiológicos causadores, encontramos um importante documentos “tratado único da constituição pestilencial de Pernambuco” que é uma fonte significativa para a história da vigilância em saúde no país. O tratado foi produzido pelo médico João Ferreira da Rosa, impresso em Lisboa, no ano de 1694. Rosa descreveu com detalhes a causa, difusão e tratamento dos males que assolava recife desde 1685 No ano de 1808, com a transferência da Coroa portuguesa para o Brasil, adotou-se a prática da quarentena e de outras medidas sanitárias em todo o território nacional Em 1889, já na República, com o intuito de prevenir a chegada de epidemias e possibilitar um intercâmbio seguro de mercadorias, a legislação sanitária foi aperfeiçoada em todo território nacional com adoção de regulamentação dos serviços de saúde dos portos. Em 1903, Oswaldo Cruz assumiu a direção geral de saúde pública (DGSP) do ministério da justiça e negócios interiores com a possibilidade de promover mudanças institucionais para novas ações de prevenção e controle de doenças. Durante a maior parte do século XX, o estado brasileiro se organizou em modelos de programas centralizados, ou seja, o governo federal era responsável por todas as ações e programas de saúde, desde o planejamento até a execução. Em 1968, o centro de intervenções epidemiológicas (CIE) Foi criado abrigado na fundação serviços de saúde pública (FSESP) O sistema nacional de vigilância epidemiológica (SNVE) foi criado em 1975, após a V conferencia nacional de saúde (CNS) por meio da promulgação da lei N° 6.259, regulamentada pelo decreto presidencial n° 8.231 de 1976 A vigilância epidemiológica foi incorporada ao sistema único de saúde (SUS) pela lei n° 8.080, de 1990, denominada Lei orgânica da saúde (LOS), na qual a vigilância passou a assumir uma função mais ampla. PRINCÍPIOS Princípios -> a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao estado assegurar este direito, sendo que o acesso as ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas • Utilização da epidemiologia e do mapeamento de risco sanitário e ambiental para o conhecimento do território e estabelecimento de prioridades nos processos de planejamento, na alocação de recursos e na orientação programática. • Articulação da ações de vigilância em saúde com as demais ações e serviços de desenvolvidos e ofertados no sistema único de saúde (SUS) para garantir a integralidade da atenção à saúde da população • Descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera do governo. • Inserção da vigilância em saúde no processo de regionalização das ações e serviços de saúde • Identificação dos determinantes de saúde no território, atuando de forma compartilhada com outros setores envolvidos e em consonância com o princípio da equidade. • Acesso universal e contínuo e ações e serviços de vigilância em saúde DIRETRIZES Diretrizes -> os elementos integrantes do sistema referem-se, ao mesmo tempo, as atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde • Articular e pactuar responsabilidades das três esferas de governo, consonante com os princípios do SUS, respeitando a diversidade e especificidade de cada região • Abranger ações voltadas à saúde pública, com intervenções individuais ou coletivas, prestadas por serviços de vigilância sanitária, epidemiológica, em saúde ambiental e em saúde do trabalhador, em todos os pontos de atenção • Integrar as práticas e processos de trabalho das vigilâncias epidemiológicas, sanitárias, em saúde ambiental e do trabalhador e dos laboratórios de saúde pública, preservando suas especificidades, compartilhando saberes e tecnologias, provendo trabalho multiprofissional e interdisciplinar. • Promover a cooperação e o intercâmbio técnico científico no âmbito nacional e internacional • Atuar na gestão de risco por meio de estratégias para a identificação, planejamento, intervenção, regulação, comunicação e monitoramento de riscos, doenças e agravos à população. ORGANIZAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE 1. Processos de trabalho da vigilânciaem saúde e o território Para atender às especificidades do território, o trabalho da vigilância em saúde deve ser pautado nos seguintes conhecimentos: • Epidemiológico e sanitário • Social • Demográfico • Ambiental • Econômico • Cultural • Político
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