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Gorduras Trans na alimentação escolar

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2
GORDURAS TRANS NA ALIMENTAÇÃO ESCOLAR: ANÁLISES, PRÁTICA ALIMENTAR E INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA.
GRASAS TRANS EN LA ALIMENTACIÓN ESCOLAR: ANÁLISIS, PRÁCTICA ALIMENTARIA E INTERVENCIÓN PEDAGÓGICA.
TRANS FAT IN SCHOOL FEEDING: ANALYSIS, FEEDING PRACTICES, AND PEDAGOGICAL INTERVENTION.
RESUMO: Este trabalho tem o objetivo de investigar a prática alimentar dos alunos do ensino fundamental em uma escola pública do Município de Ananindeua, Pará. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem quantitativa e qualitativa, desenvolvida a partir de aplicação de questionários, registro de peso/massa dos alunos e intervenção pedagógica. Os resultados mostraram que os alunos optam por uma alimentação mais industrializada no cotidiano, geralmente, por falta de informação, apoio financeiro e cultura da própria família. Portanto, infere-se que a escola precisa ter a responsabilidade de estimular nas suas ações pedagógicas intervenções, que oriente acerca das práticas alimentares saudáveis, formando cidadãos críticos, com possibilidades de optarem por alimentos saudáveis e multiplicarem suas ações.
Palavras-chave: Gordura trans, hábitos alimentares, intervenção pedagógica.
RESUMEN: Este trabajo tiene como objetivo investigar la práctica de alimentación de estudiantes de primaria en una escuela pública del municipio de Ananindeua, Pará. Se trata de un estudio de caso, con enfoque cuantitativo y cualitativo, desarrollado a partir de la aplicación de cuestionarios. , registro de peso / masa de alumnos e intervención pedagógica. Los resultados mostraron que los estudiantes optan por una dieta más industrializada en su vida diaria, generalmente por falta de información, apoyo económico y cultura familiar. Por tanto, se infiere que la escuela debe tener la responsabilidad de incentivar intervenciones en sus acciones pedagógicas que orienten las prácticas de alimentación saludable, formando ciudadanos críticos, con la posibilidad de elegir alimentos saludables y multiplicar sus acciones.
Palabras clave: grasas trans, hábitos alimentarios, intervención pedagógica.
ABSTRACT: This paper aims at investigating feeding practices of elementary school students in a public school in the city of Ananindeua, Pará. The study method encompasses a case study with quantitative and qualitative approach developed through questionnaire application, weight/mass record, and pedagogical intervention. Results show that students choose processed food on a daily basis, usually because of lack of information, financial support, and also due to their own family culture. Therefore, we infer that schools need to take responsibility for stimulating pedagogical practices that guide students towards healthy feeding habits, helping form critical citizens with possibilities of choosing healthy food and multiplying their actions. 
Keywords: Trans fat, feeding habits, pedagogical intervention. 
1. INTRODUÇÃO
As práticas alimentares têm sido modificadas, ao longo do tempo, devido à evolução das indústrias alimentícias, e com isso variados tipos de alimentos industrializados ficaram mais acessíveis a diferentes públicos, logo foi se estabelecendo uma conversão dos hábitos diários de consumo de comidas saudáveis em ingestão de refeições processadas e embaladas (PINHEIRO, 2001). Sendo assim, essa mudança no padrão alimentar da população, justificado pela vida moderna, pode acarretar sérios problemas de saúde, sobretudo se for inserida desde os primeiros anos de vida das crianças.
A OMS (2001) apontou que o consumo de alimentação imprópria e o sedentarismo estavam entre as dez principais causas de mortalidade no mundo. No total de 90% dos óbitos que ocorreram, por doenças cardiovasculares (DCV), verificou-se que estes foram ligados de maneira direta ao estilo de vida, como hábitos alimentares e exercício físico. Também, constatou-se que, o consumo de produtos alimentícios com gordura trans, como margarinas, bolachas, sorvetes e batatas fritas seria cada vez mais frequente por parte da população, principalmente, a jovem (SCHERR & RIBEIRO, 2007; WHO, 2001). Em 2015, a doença arterial coronária foi umas das que registraram os maiores números de morte.
Diante desse contexto, a Organização Mundial da Saúde lançou uma campanha que adverte sobre os males causados à saúde pela indústria alimentícia que produz alimentos trans, que são responsáveis por cerca de 540 mil mortes, por ano, decorrentes de enfarte e outras doenças cardiovasculares (RONCOLATO, 2018). Logo, no Brasil foi publicada a norma que regulamenta sobre alimentos com gorduras em 26 de dezembro de 2019, onde dispões na Resolução da Diretoria Colegiada 332/2019 as normas que define o uso de gorduras trans industriais em alimentos. A implantação das regras acontecerá em três etapas, iniciando com a determinação de limites de gorduras trans industriais, para a indústria e serviços de alimentação, na forma de impor limites de gorduras trans industriais na produção de óleos refinados, limitando a 2% sua presença nesses produtos, a segunda fase restringirá a gordura trans industrial para os demais alimentos, com a adoção do mesmo limite de 2% de gorduras trans industriais, do total de gordura presente nos alimentos, em geral, industrializados e comercializados no varejo e atacado. Por final, a norma prevê o banimento do ingrediente (gordura), parcialmente, hidrogenada, a principal fonte de gorduras trans industriais nos alimentos, a partir de 1.º de janeiro de 2023 (BRASIL, 2019).
Pelo aspecto químico, podem-se caracterizar as gorduras trans por suas estruturas:
FIGURA 1. Estruturas químicas de ácidos graxos das gorduras trans
Fonte: Imagem da internet <https://www.isaude.com.br/noticias/detalhe/noticia/afinal-oleos-e-gorduras-sao-prejudiciais-a-saude-ou-nao/>
A figura 1 mostra estruturas químicas de ácidos graxos, onde sua classificação está dividida em ácidos graxos saturados (a primeira estrutura da figura), os quais contêm apenas ligações simples e os ácidos graxos insaturados, os quais podem conter uma ou mais ligações duplas. No caso dos ácidos graxos insaturados, as posições dos substituintes hidrogênios da dupla ligação, podem configurar em uma conformação cis (estrutura do meio da figura) ou trans (a última estrutura da figura) para a química deste ácido.
Comumente, as gorduras saturadas são preparadas através de uma reação com adição de hidrogênio (hidrogenação) aos óleos vegetais, na presença de um catalisador de níquel ou platina, em temperaturas próximas a 100 °C (FOGAÇA, 2020). No Brasil, a hidrogenação comercial de óleos vegetais tem início a partir da segunda metade do século XX, com vista a produção de gorduras técnicas, margarinas e gorduras para frituras, e com o desenvolvimento de técnicas de hidrogenação seletiva, os óleos vegetais processados, rapidamente, substituíram as gorduras animais na dieta dos brasileiros. Estas gorduras têm sido, largamente, empregadas na produção de diversos alimentos, como margarinas, coberturas de chocolate, biscoitos, produtos de panificação, sorvetes, massas e batatas “chips”, entre outros (RIBEIRO et al. 2007).
Tais alimentos estão disponíveis em qualquer estabelecimento comercial, facilitando, assim, o consumo desregrado por parte das famílias, que variadas vezes introduzem na dieta das crianças, na forma de almoço, lanche, janta e outros. Logo, isto, pode-se tornar uma prática perigosa, haja vista que, para além das doenças cardiovasculares existe, também, o fator da obesidade.
Obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, que causa prejuízos à saúde do indivíduo. A obesidade coincide com um aumento de peso e existem diversas maneiras de classificar e diagnosticar a obesidade. Uma das mais utilizadas atualmente baseia-se na gravidade do excesso de peso, o que se faz através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC ou Índice de Quetelet), utilizando-se a seguinte fórmula: IMC = Peso atual (kg) / altura2 (m2), este é mais indicado para os adultos, pois, devido as crianças passarem por mudanças corporais decorrentesdo crescimento essa verificação é feita através de tabelas que relacionam idade, peso e altura (NUNES, 1998). O controle da obesidade e outras doenças durante a infância pode ser ainda mais difícil do que na fase adulta, pois, se encontra condicionada a mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade (MELLO; LUFT; MEYER, 200). 
No campo das questões e contextos, que podem ser selecionados para indagar situações de ensino que permitam o letramento científico dos alunos, a questão dos alimentos se torna uma temática de grande importância para a sociedade, devido a isso, é preciso que esse debate sobre gorduras trans se estenda para outros ambientes como, por exemplo, para o contexto escolar, já que as doenças crônicas relacionadas ao consumo de gordura tem se desenvolvido cada vez mais precoce no ser humano, em especial, na vida das crianças (MELLO, 2010). A escolar, também, possui o papel importante de ensinar aos alunos conceitos relacionados à prática de hábitos saudáveis, logo, devem-se ser estimulados no âmbito acadêmico o consumo de alimentos nutritivos, justamente porque a alimentação é essencial nos temas que abordam a promoção da saúde.
Nesse sentindo, é importante compreender que há muito tempo, especialistas buscam soluções para melhorar o desempenho cognitivo em crianças e adolescentes, e entre os vários motivos que influenciam o sucesso escolar, está o fato de o indivíduo possuir uma alimentação adequada e nutritiva (MARSHAL, 2008).
A formação de uma memória resulta de modificações ativadas por um sinal nas conexões das redes neuronais. Quando uma informação é recebida, proteínas e genes são ativados nos neurônios. Proteínas são produzidas e encaminhadas para as conexões estabelecidas entre neurônios. Essas proteínas servem ao reforço e à construção de novas sinapses – aprendizagem (os locais de comunicação entre os neurônios). Quando se forma uma nova memória, uma rede específica de neurônios é elaborada em diversas estruturas cerebrais, principalmente no hipocampo e depois a lembrança é gravada da mesma maneira no córtex, local de seu armazenamento definitivo (Marshall, 2008, p. 38).
No artigo, “Efeitos da educação nutricional em pré-escolares: uma revisão de literatura”, Costa e colaboradores (2013), abordam a influência dos hábitos alimentares em crianças, onde fica notória que, em todos os achados realizados pela equipe, a educação nutricional é a base para a prevenção de doenças crónicas não transmissíveis como, por exemplo, a obesidade, assim como, promover a sensação de bem estar às crianças.
Outro texto que aborda esse tema, porém, a partir da perspectiva publicitária e financeira, é o artigo “Alimentação saudável e dificuldades para torná-la uma realidade: percepções de pais/responsáveis por pré-escolares de uma creche em Belo Horizonte/MG, Brasil”, de Bento e colaboradores (2015). Este, torna importante a reflexão da escolha da alimentação fundamentada na seleção que os pais ou responsáveis das crianças fazem, porque buscam informação por meio da “televisão” e que possuem menor preço de mercado. Geralmente, são as mães de baixas escolaridades e que vivem, em média, com um, a dois salários mínimos, o que as impedem de proporcionar uma alimentação adequada, já que precisam destinar a maior parte dos recursos para os encargos públicos.
Diante desse contexto, é importante ressaltar que os gastos para tratamento de doenças relacionadas ao consumo de alimentação inadequada são bem elevados, comparado com programas preventivos para promoção a saúde, por isso, a educação alimentar como medida de intervenção destaca-se, como um instrumento muito importante para a promoção a saúde (SILVA; BOCCALETTO, 2011 p. 23 apud BARANOWSKI, 2000, p. 1-10).
Portanto, buscando alcançar mudanças nos padrões de alimentação, o Ministério da Educação resolve criar uma portaria que dispõe sobre a função pedagógica que deve ser inserida no contexto curricular, como exemplifica o Art. 3º.
Art. 3º - Definir a promoção da alimentação saudável nas escolas com base nos seguintes eixos prioritários:
I. Ações de educação alimentar e nutricional, considerando os hábitos alimentares como expressão de manifestações culturais regionais e nacionais;
II. Estímulo à produção de hortas escolares para a realização de atividades com os alunos e a utilização dos alimentos produzidos na alimentação ofertada na escola;
III. Estímulo à implantação de boas práticas de manipulação de alimentos nos locais de produção e fornecimento de serviços de alimentação do ambiente escolar;
IV. Restrição ao comércio e à promoção comercial no ambiente escolar de alimentos e preparações com altos teores de gordura saturada, gordura trans, açúcar livre e sal e incentivo ao consumo de frutas, legumes e verduras; e
V. Monitoramento da situação nutricional dos escolares (BRASIL, 2006, p. 1).
De posse disto, verificando como a alimentação pode influenciar no desenvolvimento das crianças e adolescente, este trabalho propõe-se investigar o entendimento dos alunos a respeito das gorduras trans e analisar a prática alimentar das crianças do quinto ano do ensino fundamental de uma escola pública do Município de Ananindeua-Pa, tendo como objetivos: avaliar a prática alimentar dos alunos; registrar o peso/massa dos alunos da referida turma; apontar a preferência de alimentos dos alunos, averiguar a percepção dos alunos quanto às gorduras trans nos alimentos e sugerir uma intervenção metodológica como prática de fortalecimento para uma educação alimentar saudável.
Intervenção pedagógica para promoção da alimentação adequada.
A intervenção pedagógica são mediações práticas ou teóricas realizadas pelos educadores no processo de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, para suprimir as dificuldades existentes em relação ao conteúdo abordado, seu objetivo é ajudar os estudantes a realmente compreender, explicitar ou corrigir os conteúdos ( ABREU, 2020).
Para FREIRE (1996, pg.45 apub Oliveira e Nascimento, 2015 pg.30) A recorrência mecânica dos gestos na formação dos alunos não é positivo, o que importa é a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da superação da insegurança.
Mediante isso, a promoção de hábitos saudáveis integra políticas nacionais e internacionais, sendo a alimentação uma das ações priorizadas para sua implementação, e o ambiente escolar é um espaço de fomento para essa tarefa (BRASIL, 2012). 
A intervenção pedagógica referente à alimentação saudável representa uma alternativa perceptível de produção e de influência sobre a saúde, a autoestima, os comportamentos e o desenvolvimento de habilidades para a vida. Tais atividades devem ser executadas por meio de ações intersetoriais e transversais, com inclusão do tema no projeto pedagógico das escolas (BRASIL, 2006).
Por essa razão, a escola possui o dever de possibilitar aos alunos uma relação sustentável com o ambiente, uma vez que, por meio dos ensinamentos compartilhados, se torna capaz de transformar a vida dos sujeitos, oportunizando aos alunos, mudanças no comportamento alimentar e assegurando mais saúde e qualidade de vida (NOVICKI, 2014).
Quanto aos conteúdos trabalhados no ensino de Ciências, Cruz (2005) destaca que seja adequada a prática social, e com objetivo de contribuir para a aquisição de hábitos saudáveis.
Os conteúdos deverão ser selecionados no intuito de atender às demandas da prática social, segundo critérios de relevância e atualidades. Esses estão organizados de maneira a dar sentido às suas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal, cujo objetivo é subsidiar práticas de vida saudável. (CRUZ, 2005, p. 870).
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular de 2018, os alunos do 5º (quinto) ano do Ensino Fundamental, vão precisar adquirir a habilidade relativa ao tema “Vida e Evolução” e direciona os docentes a seguinte direção:
Na elaboração do currículo, é possível destacar os procedimentos de investigação, como identificar e selecionar os alimentos presentes na sua alimentaçãodiária, identificar os valores nutricionais de cada alimento selecionado a partir de sua alimentação e propor a complementação da sua dieta de modo balanceado de acordo com a pirâmide alimentar. Podem ainda ser contempladas habilidades relativas ao reconhecimento dos benefícios de uma dieta balanceada para diferentes necessidades, combinada aos hábitos de vida para a promoção da saúde (BNCC, 2018, P. 341).
Nesse contexto, para se apoderar do conhecimento em questão, é fundamental compreender que não precisa somente assimilar, fórmulas, valores e nomenclaturas, é necessário saber aplicar e relacionar tudo isso na solução de problemas diários. Por isso, a escola precisa praticar ações coerentes quanto à alimentação, e tais intervenções devem ser realizadas com o interesse de promover entre os alunos conhecimentos que as façam optarem por alimentos saudáveis.
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Trata-se de um estudo de caso (GIL, 2007) do tipo descritivo com abordagem quantitativa (RICHARDSON, 1999) e qualitativa (CRESWEL, 2007), foi desenvolvido em uma Escola Estadual no Município de Ananindeua-PA, em cinco momentos, dividido em três dias. A referida escola está localizada no Município de Ananindeua-Pa, no bairro do PAAR, é um Estabelecimento de Ensino que está inserida em uma periferia que, de acordo com os estudos de Borges e colaboradores (2016), não possui um poder aquisitivo alto e, além disso, possui problemas sociais referentes ao alto índice de violência (BORGES et al, 2016, p 10).
É uma escola de pequeno porte, com um quantitativo de 350 alunos divididos em dois turnos, e de acordo com o último censo escolar (2018) possui baixo índice de evasão e, também, um IDEB acima da média.
Diante desse contexto, deu-se início ao primeiro momento, que foi a aplicação de um questionário elaborado com seis perguntas fechadas e duas abertas, direcionado a 46 (quarenta e seis) alunos do 5.º (quinto) ano do Ensino Fundamental, da faixa etária entre 10 a 13 anos de idade. Para realização deste estudo, obteve-se, primeiramente, a autorização da direção da escolar para a pesquisa. Assim, teve início ao levantamento estatístico para que fosse delimitada a amostra de alunos pesquisados. O critério da escolha pelo público alvo foi aquela em que, todos soubessem ler e escrever, para que tivessem total independência no momento de responder os questionários.
O questionário inicial é o passo importante para identificar os conhecimentos preexistentes dos alunos a respeito de um determinado tema, bem como, servirá para as orientações das atividades futuras desenvolvidas pela escola, onde visam à fixação das novas aprendizagens. Portanto, a partir do consentimento que é dado aos alunos de expressarem suas vivências a partir do questionário, amplia-se a oportunidade de comunicação das representações internas que cada um já possuía em suas estruturas cognitivas (POZO, 1998).
O 1.º questionário foi aplicado no início do estudo, como uma pesquisa prévia, e foi produzido com a finalidade de verificar os tipos de alimentos que seriam ingeridos pelos participantes da pesquisa, bem como, a compreensão quanto às implicações e riscos nutricionais à saúde, devido ao excesso de gorduras trans presente na alimentação consumida.
No segundo momento, foi realizado à avaliação antropométrica dos alunos, com o objetivo de determinar a massa corporal expressa pelo peso, e demonstrar a dimensão da massa orgânica e inorgânica das células dos tecidos de sustentação (VITOLO, 2000). Neste procedimento, os alunos participantes foram pesados em uma balança digital, para registrar as suas massas, considerando a tabela a seguir para analisar a massa dos participantes.
TABELA 1. Índice de massa corpórea.
Fonte: Imagem da internete <www.emagrecercomsucesso.com>
No terceiro momento, foi apresentado aos alunos dois grupos de alimentos, onde em uma mesa estão os produtos industrializados: biscoitos recheados, salgadinhos e doces, e na outra, os alimentos naturais, tais como, goiaba, banana, maçã e tangerina. 
Em seguida, os alunos foram orientados, um por um, a se direcionarem a mesa contendo tais alimentos e escolherem o tipo de alimentação que mais consumiam, com frequência.
No quarto momento, foi apresentado aos participantes da pesquisa um vídeo de 8 (oito minutos) com o tema “a importância dos alimentos saudáveis”.
O vídeo apresentado, continha amostras sobre e o que são as gorduras trans? Como elas podem se fazer presentes nos alimentos? Os tipos de doenças que são causadas por conta do excesso de lipídios? E como consumir mais alimentos saudáveis? Todo o assunto do vídeo foi voltado para crianças do 5.º (quinto) ano e teve a finalidade de explicar sobre gorduras trans e alimentação saudável mais especificamente.
É importante destacar a relevância das tecnologias no apoio de ensino aprendizagem, como bem destaca Moran (1995) sobre o vídeo.
O vídeo é sensorial, visual, linguagem falada, linguagem musical e escrita. Linguagens que interagem superpostas, interligadas, somadas, não separadas. Daí a sua força nos atingem por todos os sentidos e de todas as maneiras. O vídeo nos seduz, informa, entretém, projeta em outras realidades (no imaginário) em outros tempos e espaços. O vídeo combina a comunicação sensorial-cinestésica, com a audiovisual, a intuição com a lógica, a emoção com a razão. Combina, mas começa pelo sensorial, pelo emocional e pelo intuitivo, para atingir posteriormente o racional (Moran, 1995, p.28). 
Diante disso, a utilização do vídeo agregado ao conteúdo pode ser encarada como um ótimo instrumento pedagógico, porém, deve está dentro do contexto do assunto relacionado, assim como, atentar-se para alguns critérios que podem ajudar a concentração do público, como, por exemplo, o que está relacionado ao tempo de apresentação do vídeo.
Por final, no quinto momento, foi aplicado o segundo questionário aos alunos para finalização da pesquisa e teve o propósito de verificar se o assunto abordado na pesquisa introduzida na forma de intervenção pedagógica obteve resultado positivo, no que se refere a compreensão de conceitos de gorduras trans, por partes dos alunos participantes na perspectiva de aprendizagem. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir da observação do conhecimento prévio dos alunos com a introdução do primeiro questionário, foi possível compreender as dificuldades deles diante do tema, e assim, dá início a intervenção pedagógica proposta.
As respostas do primeiro questionário dos alunos participantes da pesquisa estão descritos a seguir, logo abaixo da figura 2.
FIGURA 2. 1º Questionário para identificar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito das Gorduras Trans.
Fonte: Autores, 2019
Sobre a primeira pergunta, do 1.º questionário, que teve o intuito de analisar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito de consumo de gordura trans, dos 46 alunos entrevistados, apenas um aluno (equivalente a 2,1% dos alunos) afirmou que sabia dizer aonde a própria estava presente, e 45 alunos não souberam afirmar (97,9% correspondentes). Na sequência, na questão número dois, onde se questiona aos alunos se saberiam dizer dois tipos de alimentos que possuem gordura trans na sua composição, verificou-se que, 100% dos participantes não sabiam. Na terceira pergunta, onde os estudantes foram indagados a informar uma doença relacionada ao excesso de consumo de gorduras trans, todos os 46 alunos participantes não souberam informar. 
Na sequência, na quarta pergunta, procurou-se saber qual o tipo de alimentação os alunos consumiam no café da manhã. Nesta pergunta 100% dos alunos responderam que seria “café com leite, pão ou bolachas e frutas”. Para RADAELLI, 2001. p 42, o café da manhã é uma refeição importante, porém, é necessário que se dê atenção ao estilo de vida das crianças e os seus hábitos alimentares e culturais durante o dia, pois, para que o indivíduo não seja prejudicado no seu desenvolvimento, é importante que todas as refeições não estejam com excesso ou com falta de nutrientes importantes para o organismo humano. Inclusive, oalmoço, questão referente a quinta pergunta do questionário prévio, é essencial para repor energias, pois garante nutriente para que se possam completar as atividades diárias, por isso é importante pensar uma refeição saudável.
O gráfico 1, refere-se à quinta pergunta do primeiro questionário, onde os alunos foram questionados sobre quais alimentos costumam consumir no almoço. Pode-se observar a proporção entre a composição dos alimentos, que os integrantes da pesquisa consomem no almoço.
GRÁFICO 1. Tipos de alimentos que os alunos ingerem no almoço.
	
	Fonte: Autore,2019
Mediante os dados obtidos puderam-se perceber que, as carnes, frangos e peixes cozidos são os mais frequentes na mesa das crianças na hora do almoço.
Na sexta questão, onde foi questionado se os alunos merendavam o lanche da escola ou levavam das suas casas, 54% (24 alunos) afirmaram consumir a alimentação oferecida pela escola e 46% (22 alunos) levam das suas casas.
Na pergunta de número sete, que questionava sobre qual alimento os alunos que não consumiam a merenda escolar trazia, eles responderam: pipoca, “esquilhos”, biscoitos recheados e garrafas pequenas de refrigerantes, alimentos que possui gorduras trans. Ao refletir sobre a questão da alimentação escolar, o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar), instituiu por meio da Portaria Interministerial n.º 1010, de 8 de maio de 2006, que considera, doenças crônicas não transmissíveis, padrão alimentar do brasileiro que é rica em caloria, açúcar e gordura animal e também a promoção da saúde estruturada no âmbito do Ministério da Saúde, oferecem as escolas, alimentação adequada em quantidade e qualidade, para satisfazer as necessidades nutricionais do aluno no período em que ele permanecer na escola. O problema é que, no caso de quem traz alimentos de casa para comer na hora do lanche, optam por comida com alto teor de gordura trans, e embora a escola esteja distribuindo merenda escolar saudável, a educação alimentar ainda é tratada de forma pulverizada por ela. 
Na oitava questão, os alunos assinalaram a frequência de alguns alimentos que são consumidos por eles, o que é possível verificar analisando o gráfico a seguir.
GRÁFICO 2. Faz referência a oitava questão do primeiro questionário, que versa sobre frequência com que os alunos pesquisados consomem os alimentos.
	
	Fonte: Autores, 2019 
Identifica-se, por meio do gráfico, que os alunos consomem todos os dias alimentos saudáveis, como, frutas, legumes, sucos, leites e outros, porém, em algumas vezes na semana, também é consumido alimentos inadequados, por exemplo, bombos, pipoca, “esquilhos” e outros, o que reforça a falta de uma cultura relacionada ao consumo de alimentos não gordurosos, tanto dentro da família, quanto na escola (MENON 2019, pg 8). Porém, de acordo com a dinâmica realizada dentro da sala de aula relativo às escolhas entre alimentos industrializados e as frutas, destacados nas imagens a seguir, percebe-se que a maioria dos alunos prefere os alimentos industrializados, o que demonstra também a ausência de criticidade deles para com a situação em questão.
Para o segundo momento, que foi analisado o peso/massa dos alunos, observou-se que, embora as crianças estejam em fase de crescimento, o peso/altura de acordo com o IMC (Índice de massa corpórea) está de acordo com a faixa etária entre 10 a 13 anos de idade e estatura, tanto para meninas quanto para meninos, como se pode verificar na tabela 1 ( pg. 15), 100% dos alunos entrevistados estão na faixa do peso normal.
No terceiro momento, para analisar os dados relativos às preferências alimentares dos alunos no cotidiano, foi realizada em sala de aula a escolha entre alimentos naturais, como as frutas, banana, goiabas, laranjas, tangerinas e maçãs, e alimentos processados, tais como, biscoitos recheados, “esquilhos” e outros. 
FIGURA 3. Mesa exposta com os tipos de alimentos supracitados.
Fonte: Autores, 2019
No total de 46 alunos, 52% (24 alunos) optaram por alimentos industrializados e 48% (22 alunos) preferiram alimentos naturais.
FIGURA 7- Primeira imagen da esquerda para direita, alunos que optaram por alimentos industrializados e a segunda imagem, alunos que escolheram as frutas.
	
Fonte: Autores, 2019
Os resultados obtidos estão de acordo com o que diz Lima, Arrais, Pedrosa (2004) e Silva, Costa, Ribeiro (2008), pois, a preferência por alimentos industrializados por crianças e adolescentes é oriunda da urbanização, que correlacionado com a falta de informação adequada a respeito deste tema, por isso eles são levados a decidir-se por alimentos ricos em sal e gorduras. Nesse sentido percebe-se que a maioria dos alunos do 5.º (quinto) ano dessa escola possui o hábito, mesmo pequeno, de se alimentar inadequadamente.
Posteriormente, no quarto momento, foi apresentado aos alunos participantes da pesquisa um vídeo com o tema sobre alimentação saudável, para que eles adquirissem a noção a respeito das gorduras trans.
FIGURA 4. Alunos assistindo o vídeo sobre o tema da “Alimentação Saudável”
Fonte: Autores, 2019
Através desta atividade em sala de aula, entende-se que as Intervenções Pedagógicas consistem-se em instrumentos fundamentais para a assimilação de conteúdo. Como resultados alcançados houve a compreensão de forma gradativa nos conhecimentos dos alunos, sobre alimentação saudável e os problemas relacionados a ausência da boa prática alimentar. Compreendendo as gorduras trans como sendo a gordura responsável por aumentar os riscos a saúde.
Diante disso, Freire (1980), considerava que educação não poderia ser simplesmente confundida com preparação para a vida, mas deveria envolver a própria vida em processo no aprender e no ensinar a partir da construção do real. Pois, segundo o seu ponto de vista: a educação como prática da liberdade é uma prática de conhecimento, uma aproximação crítica da realidade.
Portanto, essa intervenção pedagógica tratou-se de um importante recurso para que os alunos vencessem as dificuldades relacionadas a este tema proposto.
Quanto ao segundo questionário, que faz parte do quinto momento, teve o objetivo de avaliar assimilação do tema após o estudo aplicado.
FIGURA 5. 2º questionário, apresentado aos alunos após a amostra do vídeo.
Fonte: Autores, 2019
A partir da aplicação do segundo questionário, puderam-se-se avaliar que 100% dos alunos conseguiram compreender a relação dos alimentos contendo gorduras trans e o malefício de se valorizar os hábitos alimentares inadequados, e o que isso pode implicar na saúde, em gera. Na primeira pergunta deste questionário, ao serem indagados sobre saberem dizer o que são gorduras trans, e a segunda pergunta que indagava sobre saberem citar um exemplo de alimentos contendo essa composição, 100% afirmaram que sim.
No mesmo sentido, a terceira pergunta, que indaga sobre os danos à saúde que o excesso de gorduras trans pode causar, 100% dos alunos deram uma resposta coerente, como, por exemplo, a aluna “A” de 10 anos que respondeu a “obesidade”.
No que diz respeito a quarta pergunta que se refere a eles saberem citar um alimento contendo gorduras trans, todos os participantes conseguiram responder positivamente como, por exemplo, aluna “B” de 11 anos que escreveu “hambúrguer”, aluno “C” de 10 anos que respondeu, “biscoitos recheados” e aluna “D” de 11 anos que anotou “sorvetes”.
Na quinta questão, onde precisavam marcar os alimentos que possuem o alto teor de gorduras trans, todos os alunos souberam grifar de acordo com a resposta correta, como mostra o gráfico a seguir.
GRÁFICO 3 - Respostas dos alunos sobre quais alimentos possuem alto teor de gorduras trans.
	
	Fonte: Autores, 2019
É interessante observar que os alunos após a introdução da intervenção pedagógica conseguiram compreender esse assunto tão relevante para a manutenção da saúde e, assim, poderão reproduzir esse conhecimento em suas casas com suas famílias, bem como, possibilita a mudança de atitudes relacionado a má alimentação no cotidiano. 
Logo, pode-se deduzir que om planejamento pedagógico desta escola ea família não estão contribuindo com a educação nutricional dos alunos dessa faixa etária, já que ficou evidente que a falta de informação relativo aos bons costumes alimentares está associado a ausência de estímulo para que isso ocorra, tanto na escola quanto na família. 
A escola precisa desenvolver o planejamento escolar atualizado, coerente com inovações e hábitos, com o intuito de contextualizar a realidade da escola com a realidade vivenciada pelos alunos, fazendo com que a educação se torne mais próxima e condizente com dia a dia.
4. CONCLUSÃO
A análise dos dados deste trabalho nos permite as seguintes conclusões: na primeira fase desta pesquisa, onde se procurou fazer um diagnóstico do conhecimento dos alunos acerca do tema, gorduras trans e alimentação saudável, identificou-se a total falta de ciência por parte dos participantes, o que demonstra que esse assunto não tem sido abordado na escola, bem como os próprios responsáveis dos alunos não possui ou repassam essa informação às crianças. É importante perceber que esse posicionamento inexistente tanto da escola, quanto da família, está contribuindo para o aumento da prevalência do quadro de doenças causadas pelo consumo do excesso de gorduras trans nos alimentos, e isso prejudica seriamente o desenvolvimento escolar dos alunos, assim como, o pensamento crítico deles frente a esses problemas relacionados a má alimentação. 
Embora haja um programa de governo que é o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) que estimula à promoção a saúde nas escolas, na prática, não é o que se presencia. Esses alunos não estão tendo a oportunidade de compreender o que de fato pode fazer mal a eles, no que se diz respeito à alimentação.
Entende-se, também, que apesar de não possuírem o conhecimento e a prática adequada do consumo de alimentos saudáveis, os alunos não são obesos e nem estão abaixo do peso, dessa forma, identifica-se que existe um equilíbrio na dieta dos alunos, o que demonstra que os participantes não estão de certa forma sendo desprotegido, porém, a ausência de informação pode trazer grandes agravos no futuro, pois, ainda são crianças que estão em fase de crescimento, sendo assim, os responsáveis devem ser estimulados e sensibilizados a fazer as melhores escolhas alimentares, e estas devem promover saúde, prazer e prevenir doenças.
Deve-se, da mesma forma, buscar formas de orientá-los acerca de suas práticas alimentares, uma vez que estas podem influenciar nas escolhas alimentares de seus filhos e refletir em sua saúde e qualidade de vida. 
Avaliar a preferência dos alunos mediante a escolha de alimentos processados e frutas nos comprovou que a maioria opta pelos alimentos gordurosos, seja porque identificam como mais saborosos, seja porque não possuem a cultura de comer frutas. O que reforça a necessidade de despertar nas crianças a atenção aos alimentos que são saudáveis. A exposição do vídeo para que os alunos assimilassem o assunto proposto, foi para que essa perspectiva essencial para a saúde propiciasse condições de concretização dos conceitos relativos ao tema, e observou-se que o objetivo foi alcançado, haja vista que o segundo questionário obteve 100% de afirmações corretas.
Nesse sentido a pesquisa deixou claro que o tema proposto, torna-se um eixo fundamental, e deixa clara a visão de que a escola é um espaço de ensino aprendizagem, onde os alunos adquirem valores essenciais para uma vida em harmonia, portanto, é importante que este ambiente promova intervenções pedagógicas, uma vez que, o alcance e repercussão exerce grande influência nos alunos e familiares.
Assim sendo, a elaboração de um planejamento pedagógico, que inclua nos trabalhos escolares destaques para alimentação saudável é de grande vália, pois, servirá como agente contribuinte para o ensino nessa perspectiva, bem como proporcionar uma estrutura que permita o docente auxiliar os alunos em todo o processo, para que os alunos se tornem capazes de relacionar os conhecimentos adquiridos no decorrer do tempo, e se transformem em cidadãos que buscam tomar decisões coerentes relacionadas a boa prática alimentar.
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