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Tipos Musculares

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Tipos Musculares 
 
O tecido muscular faz parte dos quatro tecidos básicos do corpo e tem como funções: auxiliar na locomoção e 
movimentação dos membros (sistema músculo esquelético), motilidade de alguns órgãos nas cavidades viscerais 
(músculo liso do trato gastrointestinal), controle da secreção de algumas glândulas (musculatura lisa), 
mastigação (músculo masseter e temporal, por exemplo), atividade contrátil de bombeamento do sangue 
(coração) e alimentação (maior parte da carne é tecido muscular). Além disso, o tecido muscular mantém a 
postura e posição corporal, reservam nutrientes e controlam esfíncteres. As células musculares têm origem 
mesodérmica, e sua diferenciação ocorre pela síntese de proteínas filamentosas, concomitantemente ao 
alongamento das células. 
 
Os músculos podem ser classificados de acordo com suas características de contração. Podem ser: 
 Voluntários - quando a sua contração é coordenada pelo sistema nervoso, que é influenciado pelo 
desejo da pessoa. 
 Involuntários - em que a contração e o relaxamento do músculo não dependem da vontade da pessoa, 
acontecendo de forma regular, como no caso do músculo cardíaco e do músculo presente no intestino 
que permite os movimentos peristálticos, por exemplo. 
 
Os músculos também podem ser classificados conforme sua função em: 
 Agonistas - que contraem com o objetivo de gerar o movimento; 
 Sinergistas - que contraem na mesma direção dos agonistas, ajudando a produzir o movimento; 
 Antagonistas - que se opõem ao movimento desejado, ou seja, enquanto os músculos agonistas estão 
gerando o movimento de contração, os antagonistas promovem o relaxamento e alongamento gradual 
do músculo, permitindo que o movimento aconteça de forma coordenada. 
 
Para mais, eles podem ainda ser classificados segundo suas 
características estruturais. Dessa forma, os músculos podem ser: 
 Esquelético 
 Cardíaco 
 Liso 
Embora compartilhem algumas propriedades, os diferentes tipos de 
tecido muscular diferem um do outro na anatomia microscópica, 
localização e maneira como são controlados pelos sistemas 
endócrino e nervoso. 
 
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO: 
É o principal músculo que faz parte do sistema Músculo Esquelético, responsável pela locomoção e 
movimentação de membros e ossos do esqueleto, além de atuarem também na pele. 
Recebe este nome devido a presença de estrias derivadas das miofibrilas vistas ao microscópio de luz. As células 
desse tecido são ricas em filamentos de actina e miosina. Esses filamentos estão envoltos em invaginações da 
membrana, cisternas de retículo endoplasmático e mitocôndrias, formando as miofibrilas. A disposição dos 
filamentos de actina e miosina na célula faz com que ela apresente uma aparência 
estriada quando vista ao microscópio, apresentando faixas de proteínas claras e escuras 
alternadas. 
As células do tecido muscular, tem o formato de feixes cilíndricos muito alongados, 
podendo atingir até 40 cm de largura por 10 a 100 µm de diâmetro em um único feixe; 
são formadas pela fusão de células precursoras denominadas miócitos, sendo, por isso, 
multinucleadas. Os núcleos ocupam as porções mais periféricas da célula que apresentam 
estriações transversais. Além disso, contêm, em seu interior, inúmeras miofibrilas, que 
são as fibras musculares dispostas em pequenos cilíndricos longitudinais, formando as 
estrias. A grande presença de mitocôndrias se deve ao fato deste tecido precisar de muita 
energia para exercer suas atividades contráteis. 
OBS: embora os núcleos estejam dispostos na periferia da célula, na visualização 
microscópica, alguns podem parecer estar no meio da célula, mas isso nada mais é do 
que um artefato de corte, onde foi cortado um sarcolema que estava disposto de forma 
diferente na lâmina. 
O tecido muscular esquelético funciona principalmente de maneira voluntária, com 
contrações rápidas e vigorosas. Sua atividade pode ser conscientemente controlada por neurônios (células 
nervosas) integrantes da divisão somática (voluntária) do sistema nervoso. A maioria dos músculos esqueléticos 
também pode ser controlada de maneira subconsciente até certo grau. Por exemplo, o diafragma continua a 
contrair e relaxar de maneira alternada sem controle consciente para que a respiração não pare. Além disso, 
não é preciso conscientemente contrair os músculos esqueléticos que mantêm a postura ou estabilizam as 
posições corporais. 
Nesse tecido, há também uma organela que merece atenção especial que é o retículo sarcoplasmático, que 
armazena e regula o fluxo de Ca²; essa organela, na realidade, é uma extensão do retículo endoplasmático liso 
que forma cisternas envolvendo as miofibrilas. 
Organização do tecido muscular estriado esquelético: 
As fibras musculares estão organizadas em grupos de feixes, sendo o conjunto de feixes envolvidos por tecido 
conjuntivo denso 
• Epimísio: É uma membrana de tecido conjuntivo que envolve o 
músculo. Do epimísio partem finos septos de tecido conjuntivo que 
se dirigem para o interior do músculo, separando os feixes. Esses 
septos constituem o perimísio 
• Perimísio: Membrana de tecido conjuntivo que envolve um feixe 
de fibras. 
Músculo estriado esquelético em 
corte transversal (acima) e em corte 
longitudinal (abaixo) 
• Endomísio: Membrana de tecido conjuntivo que envolve uma fibra (célula) muscular. É formado pela lâmina 
basal da fibra muscular, associada a fibras reticulares e é constituído por algumas células do tecido conjuntivo, 
que mantém as fibras musculares unidas, possibilitando que a força de contração gerada por cada fibra 
individualmente atue sobre o músculo inteiro. 
A força da contração do músculo pode ser regulada pela variação do número de fibras estimuladas pelos nervos. 
É ainda por meio do tecido conjuntivo que a força de contração do músculo se transmite a outras estruturas, 
como tendões e ossos. Os vasos sanguíneos penetram o músculo através dos septos de tecido conjuntivo e 
formam extensa rede de capilares (nutrição) que correm entre as fibras musculares. O tecido conjuntivo do 
músculo contém, ainda, vasos linfáticos e nervos. Alguns músculos se afilam nas extremidades, observando-se 
uma transição gradual de músculo para tendão. Nessa região de transição, as fibras de colágeno do tendão 
inserem-se em dobras complexas do sarcolema. 
As células do músculo estriado esquelético não se multiplicam no indivíduo adulto, no entanto, podem surgir 
novas células após lesão ou hipertrofia decorrente de exercício físico. Contudo, essas células são diferentes das 
demais, apresentando-se fusiformes (alongadas com as extremidades mais estreitas que o seu centro) e com 
um núcleo único, escuro e menor que os das demais células. 
 
TECIDO MUSCULAR ESTRIADO CARDÍACO: 
O músculo estriado cardíaco, cujas células também apresentam 
estrias transversais, é formado por células alongadas e 
ramificadas, que se unem por meio dos discos intercalares, 
estruturas encontradas exclusivamente no músculo cardíaco, 
formando a maior parte da parede cardíaca. A contração das 
células musculares cardíacas é involuntária (controlada pela 
atividade parassimpática e simpática do sistema nervoso 
autônomo), continua, vigorosa e rítmica. O coração é um órgão 
predominantemente muscular pois é a atividade contrátil do 
músculo cardíaco que dá o coração a sua função de bombeador 
de sangue do organismo. Ele se contrai porque possui um marca-
passo natural que inicia cada contração. Esse ritmo inerente é 
chamado de autorritmicidade. Diversos hormônios e 
neurotransmissores são capazes de ajustar a frequência cardíaca acelerando ou retardando o marca-passo. 
O músculo do coração é constituído por células alongadas e ramificadas (de tal forma que uma fibra faz 
projeções para as outras e as fibras podemse projetar longitudinalmente, transversalmente e obliquamente na 
mesma lâmina) com aproximadamente 15 mm de diâmetro por 85 a 100 µm de comprimento, que se prendem 
por meio de junções intercelulares complexas. Essas células apresentam estriações transversais semelhantes às 
do músculo esquelético, mas que não são tão bem destacadas e, ao contrário das fibras esqueléticas que são 
multinucleadas, as fibras cardíacas contêm apenas um ou dois núcleos localizados centralmente. As fibras 
musculares cardíacas também apresentam uma quantidade muito maior de mitocôndrias em seu citoplasma, 
do que se comparado com as fibras musculares esqueléticas. 
Uma característica peculiar das fibras musculares cardíacas é a presença marcante de lipofuscina, um pigmento 
castanho dourado constituído por fosfolipídeos e proteínas localizada próximo ao núcleo da célula. A lipofuscina 
costuma estar presentes em células que não se multiplicam e tem vida longa, como é o caso das fibras 
musculares cardíacas, uma vez que os miócitos cardíacos não tem a capacidade de se regenerar. Caso haja 
alguma lesão ao tecido muscular cardíaco, fibroblastos irão proliferar no espaço lesionado e preenchê-lo com 
fibras de colágeno, formando uma espécie de cicatriz. 
As fibras cardíacas são circundadas por uma delicada bainha de tecido conjuntivo, 
equivalente ao endomísio do músculo esquelético, que contém abundante rede de 
capilares sanguíneos. 
Uma característica exclusiva do músculo cardíaco são as linhas transversais 
fortemente coráveis que aparecem em intervalos irregulares ao longo da célula. Os 
discos intercalares são complexos juncionais encontrados na interface de células 
musculares adjacentes. Essas junções aparecem como linhas retas ou exibem um 
aspecto em escada. Nas partes em escada, distinguem-se duas regiões: a parte 
transversal, que cruza a fibra em ângulo reto, e a parte lateral, que caminha 
paralelamente aos miofilamentos. Nos discos intercalares encontram-se três 
especializações juncionais principais: zônula de adesão, desmossomos e junções 
comunicantes. 
Essas especializações permitem a conexão elétrica entre as células desse tecido, 
sincronizando a contração cardíaca, além de evitar a separação dessas células durante o processo de contração. 
O retículo sarcoplasmático é conectado com os túbulos das cisternas transversais (Túbulos T) de forma menos 
intensa do que nas fibras musculares esqueléticas de tal forma que além das tríades exista a presença das 
díades. 
 
TECIDO MUSCULAR LISO: 
O tecido muscular liso está localizado nas paredes das estruturas internas ocas, ao redor das vísceras, como 
vasos sanguíneos, vias respiratórias e a maioria dos órgãos na cavidade abdominopélvica, conferindo certo 
movimento característico, como as células musculares lisas do trato gastrointestinal que conferem a este a 
motilidade. Também é encontrado na pele, preso aos folículos capilares. 
O músculo liso é formado por aglomerados de células fusiformes que 
não têm estrias transversais, e por isso é chamado de liso. No músculo 
liso, a contração é lenta e involuntária, e apresenta autorritmiticidade. 
Tanto o músculo cardíaco quanto o liso são regulados por neurônios que 
fazem parte da divisão autônoma (involuntária) do sistema nervoso e 
por hormônios liberados pelas glândulas endócrinas. Por ser um 
músculo involuntário, a sua inervação fica por conta do sistema nervoso 
autônomo através dos neurônios do simpático e parassimpático que 
tem atividade excitatória e inibitória sobre sua atividade. 
O músculo liso é formado pela associação de células longas e fusiformes, mais espessas no centro e afilando-se 
nas extremidades, com núcleo alongado único e central e, caso estes estejam enrugados, enrolados ou helicoidal 
podem indicar que aquela célula estava contraída no momento da fixação da lâmina. Seu citoplasma 
homogêneo é fortemente acidófilo e se cora fácil pela eosina. 
O tamanho da célula muscular lisa pode variar de 20 µ.m na parede dos pequenos vasos sanguíneos até 500 
µm no útero gravídico. Durante a gravidez, aumenta muito o número (hiperplasia) e o tamanho (hipertrofia) 
das fibras musculares do útero. Atuam, por exemplo, nas contrações uterinas durante o parto. 
Cortes longitudinais de parte de duas 
células musculares cardíacas. 
 
Esse tecido apresenta baixas taxas de consumo de oxigênio, o que permite contrações por longos períodos sem 
entrar em fadiga muscular. 
As células musculares lisas são revestidas por lâmina basal e mantidas unidas por uma rede muito delicada de 
fibras reticulares. Essas fibras amarram as células musculares lisas umas às outras, de tal maneira que a 
contração simultânea de apenas algumas ou de muitas células se transforma na contração do músculo inteiro. 
Essas células são separadas por uma membrana basal. 
Os capilares sanguíneos e linfáticos irrigam as células lisas passando pela membrana basal que as recobrem. A 
membrana basal também é rica em fibras elastinas e proteoglicanos, que também são produzidos pela própria 
musculatura lisa. 
Diferentemente das células do músculo estriado, as células do músculo liso podem dividir-se no indivíduo 
adulto, aumentando o tamanho dos órgãos ou reparando lesões nesses tecidos. 
O músculo liso pode ser dividido em dois tipos: 
Músculo liso multiunitário: é composto por fibras musculares individuais separadas e discretas, que se contraem 
independentemente das outras, cada uma com seus próprios neurônios motores terminais e com algumas 
sinapses entre as fibras vizinhas. Ex: paredes de grandes artérias, nas vias respiratórias dos pulmões, nos 
músculos eretores dos pelos, nos músculos da íris que ajustam o diâmetro da pupila e no corpo ciliar que ajusta 
o foco da lente no olho 
Músculo liso unitário (visceral): milhares de fibras musculares lisas que se contraem juntas (ligadas por junções 
comunicantes) e conectam umas às outras por sinapses, formando uma rede pela qual os potenciais de ação 
muscular podem se disseminar. Essas fibras são organizadas em lâminas ou tubos. Ex: pele, arranjos tubulares 
que formam parte das paredes das pequenas artérias e veias e de órgãos ocos como estômago, intestinos, 
útero e bexiga urinária. 
Na microscopia eletrônica é possível ver que as organelas das células do músculo liso 
estão apertadas na região perinuclear, ao redor dos polos do núcleo. Os miofilamentos 
leves são constituídos de actina e tropomiosina (a troponina não está presente na 
musculatura lisa). Os miofilamentos de miosina também apresentam sua diferença dos 
filamentos de miosina dos músculos estriados, pois na musculatura lisa os 
miofilamentos pesados são de miosina II que são filamentos fortemente enrolados, só 
se estirando com a presença de radical fosfato. Na musculatura estirada a miosina o do 
tipo I que é estirada naturalmente. Os miofilamentos pesados e leves estão dispostos 
no citoplasma da célula de forma paralela, descontínua e espiralada. 
Não há um sistema preciso de junções neuromusculares (placa motora), sendo que os 
axônios dos nervos autônomos se dilatam por entre as células musculares lisas. Essas 
dilatações axônicas podem estar bem próximas, ou seja, são bastante inervadas; ou 
relativamente longe umas das outras. Quanto mais inervado for a musculatura lisa, mais 
rápido e preciso será seu movimento. 
A musculatura lisa pode ser influenciada por hormônios, como a musculatura lisa do trato gastrointestinal que 
é tem sua atividade modulada por hormônios do próprio trato como o Peptídeo Inibidor Gástrico (GIP), Motilina 
e Acetilcolina. Outros hormônios que podem influenciar na atividade da musculatura lisa são: Ocitocina 
(musculatura lisa do útero) e Adrenalina. 
Ao contrário dos músculos estriados, o retículo endoplasmático liso não está envolvido no sequestro de Ca²+ e 
na sua liberação para contração muscular, não formando assim um modelo de retículo sarcoplasmático clássico 
Fotomicrografiade corte 
transversal de músculo liso 
presente nos músculos estriados. O Ca²+ necessário para a contração muscular vem do sarcolema que apresenta 
certas depressões, chamadas cavéolas que são reservatórios desse íon na musculatura lisa. No sarcolema 
existem junções comunicantes que podem ajudar na propagação de um potencial de ação de uma célula lisa 
para outra. 
A regeneração das células musculares lisas pode se dar devido ao seu poder mitótico, porém a regeneração 
pode não ser completa, devido ao limitado poder mitótico dessas células, sendo a cicatrização também 
presente pela invasão de tecido conjuntivo. Em se tratando de musculatura lisa da parede dos vasos, existe uma 
célula chamada de periócito que, caso haja lesão, pode se multiplicar e se diferenciar em musculatura lisa.

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