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Ética em enfermagem e exercício da profissão

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E.P. em Enfermagem – Prof. Silvana 04.03.2021 
 
 
 
 
 
FUNDAMENTOS DA ÉTICA 
vem do grego “ethos” significa 
caráter, no qual é a concepção e 
percepção do valor de conduta, 
princípios para agir em sociedade, ou 
seja, é exatamente a forma como eu 
penso. 
 
A ética é um conjunto de conhecimentos 
extraídos da investigação do comportamento 
humano ao tentar explicar as regras morais de 
forma racional, fundamental, cientifica e 
teórica. É uma reflexão sobre a moral. 
 
Temos que aprender a observar também 
 
É a teoria ou a ciência do 
comportamento moral dos homens em 
sociedade. 
 
Ela surge da necessidade de fazer o bem, o 
que implica o reconhecimento de um valor, das 
coisas e das pessoas 
 
A ética é baseada em princípios, 
valores, sentimentos e emoções que 
cada pessoa traz dentro de si, que vai 
refletir no ato de pensar e questionar 
e o modo de ser. 
 
 
 
 
 
 
origem no termo latino “Morales” que 
significa “relativo aos costumes”, norteando as 
suas ações e os seus julgamentos, ou seja, a 
moral é a aplicação da ética. 
 
A moral é o conjunto de regras aplicadas no 
cotidiano e usadas continuamente por cada 
cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, 
norteando as suas ações e os seus julgamentos 
sobre o que 
Temos que aprender a julgar menos! 
 
Temos que levar o melhor cuidado para o 
paciente. 
 
O indivíduo forma a ética com sua vivendo, 
aprendendo e incorporando. 
 
 A ética vem do conhecimento das práticas 
do cotidiano, que resulta da repetição 
sistemática de fazer as coisas de maneira 
organizada esse processo faz com 
que o homem faça uso da inteligência 
de um modo prático. 
 
Nossas atitudes devem ser feitas com 
vontade, consciente, prudência e devemos 
ser tolerantes. 
 
 
 
E.P. em Enfermagem – Prof. Silvana 04.03.2021 
 é a percepção que o ser 
humano tem dos outros, de si e do meio, por 
meio de conhecimento e com sabedoria. 
 
A consciência é dividida em psicológica e 
deontológica. 
 
indica percepção da pessoa em 
relação a si mesma, dos outros e do meio 
ambiente forma própria ou coletiva de julgar 
 
significa o julgamento interno que 
cada pessoa faz, dos seus atos e dos atos dos 
outros nível de responsabilidade do agir 
humano 
 Temos que ter uma consciência 
profissional, de forma que haja analise, 
interpretação e julgamento dos problemas 
deontológicas. 
 
 é uma variável da mente que 
ajuda a pessoa a tomar decisões, dizendo a 
respeito da conduta humana e particularmente 
à conduta moral. 
 
 o ato humano deve ser 
resultado da vontade, pois esta, deveria ser 
voluntária, livre e realizada com conhecimento, 
determinada pelo social, incluindo crenças e 
valores.
 
 ato ou afeto de escolher, 
seleção, classificação, ou seja, a cada 
decisão/escolha o homem abre-se para um 
novo caminho e tem a possibilidade de seguir 
para uma nova direção. 
 
 o homem é o único 
legislador de si mesmo, com direito de dirigir a 
própria vida, ou seja, ser autônomo reflete no 
fato da pessoa estar em condições de tornar 
se responsável por algo ou alguém, 
respondendo pelos próprios atos.
 significa a possibilidade de 
traçar caminhos, ensaiar soluções, propor 
alternativas, superar limites.
 
É uma conquista coletiva e não pessoal 
e só pode ser pensada na relação com 
o outro e com mundo, dessa forma, as 
escolhas mudam porque as pessoas 
também mudam, sendo assim, jamais 
estão completas. 
 
 ser 
responsável significa saber fazer escolhas, 
no qual, a escolha deve ser pautada naquilo 
que expresse as condições de verdade. 
 
Quando falamos de responsabilidade 
falamos de cumprir regras e 
compromissos, com horário e afins. 
 
A responsabilidade trabalha com a verdade, 
pois, quando temos responsabilidades 
fazemos escolhas que por muitas vezes 
temos que abrir mão de muitas coisas, ou 
seja, implica com a verdade de são e não 
são. 
 
EX: Temos que passar o diagnostico de 
forma clara e verdadeira para o paciente. 
 
E.P. em Enfermagem – Prof. Silvana 04.03.2021 
 a vivência 
em sociedade faz com que aprendemos à ter 
respeito para com o outro e o mundo, 
estabelecendo então a reciprocidade. 
 
Formação do individuo se constitui em respeito, 
verdade, responsabilidade, liberdade, 
autonomia, escolha, vontade e valores. 
 
 A moral atinge todos os tipos de relação 
entre os homens e as suas várias formas de 
comportamento. Qualquer comportamento 
pode ser objeto de qualificação moral. 
 
 Direito, regulamenta as relações 
humanas mais vitais para o estado para as 
classes dominantes ou para a sociedade em 
conjunto. 
 
A ENFERMAGEM DIANTE DO ATO ÉTICO DECISÓRIO 
TOMADA DE DECISÃO 
 
 Deliberar significa refletir sobre a tomada 
de decisão, ou seja, a deliberação é um 
método complexo baseado na intepretação. 
 Escuta atenta 
Esforço para compreender a situação 
– objeto o estudo. 
Análise dos valores implicados 
Argumentação racional sobre os cursos 
de ação possíveis e os cursos ótimos. 
 
 o processo de 
tomada de decisão não consiste em uma 
operação puramente matemática, mas em 
análise cuidadosa e reflexiva dos principais 
fatores implicados. 
 Distinguir: fatos, valores, deveres, 
problemas e dilemas. 
EX: Paciente se recusa a tomar um 
medicamento, então, ele tem que assinar um 
termo de responsabilidade. 
 
 situação em que há diversas 
soluções. 
 
 situação em que há duas 
possíveis soluções, que são opostas e 
excludentes. 
 
Fases do processo de deliberação: 
✓ Apresentação do caso pela pessoa 
responsável pela tomada de decisão. 
✓ Discussão dos aspectos médicos e da 
história. 
✓ Identificação dos problemas morais. 
✓ Eleição do problema moral pela pessoa 
responsável pelo caso. 
✓ Identificação dos cursos de ação possíveis. 
✓ Deliberação do curso de ação ótimo. 
✓ Decisão final 
✓ Argumentos contrários a decisão e 
argumentos contrários a esses 
argumentos, que estaríamos dispostos a 
defender publicamente. 
 
Aplicações das provas de consistência: 
 Prova de legalidade 
 Prova de publicidade 
 Prova de temporalidade 
Fatores que interferem na deliberação: 
 Fortes emoções 
 Angústia 
 Medo 
E.P. em Enfermagem – Prof. Silvana 04.03.2021 
 
A DELIBERAÇÃO EXIGE CLAREZA E PRESENÇA 
DE ESPIRÍTO. 
 
 A nossa tomada de decisão vai ter um 
conjunto de conhecimentos da situação, 
normas jurídicas, valores, princípios, crenças e 
normas deontológicas. 
 
ESCOLHAS ÉTICAS 
Situação 1 
Paciente KLG, 36 anos vítima de acidente 
automobilístico, deu entrada no hospital X com 
quadro de rebaixamento de nível de 
consciência, Glasgow 3, realizada a tomo de 
crânio que evidenciou hematoma extradural em 
região temporo-fronto-parietal D, com edema 
cerebral difuso. Avaliado pelo neurologista, sem 
indicação cirúrgica. Foi iniciado o protocolo de 
morte encefálica. Após conclusão do protocolo 
de morte encefálica, convocada família para 
realização de entrevista familiar para informar 
e esclarecer sobre a possibilidade de doação de 
órgãos. No decorrer da entrevista, um familiar 
(tio) se manifesta dizendo que todos os 
familiares concordam em autorizar a doação de 
órgãos, mediante a promessa de que um dos 
rins (preferencialmente o esquerdo) fosse 
para ele, pois aguardava na lista de espera por 
um transplante renal há mais de 2 anos e 
achava justo que ele recebesse. 
 
Frente à situação, qual decisão tomaria? 
a) Aceitaria a proposta feita pelo tio; 
b) Não aceitaria a proposta feita pelo tio; 
c) Entraria em contato com órgãos superiores 
para ver a possibilidade de se considerar a 
proposta feita pelos familiares; 
d) Direcionaria um dos rins mediante ausência 
de receptores compatíveis em lista de espera. 
 
Situação 2 
PacienteSSS, 56 anos, atendido pelo SAMU na 
residência após história de rebaixamento do 
nível de consciência. No local, Glasgow de 6, 
realizado IOT e transferido para o hospital Z. 
No referido hospital foi realizada CT de crânio 
que evidenciou TU cerebral, sendo submetido à 
craniotomia para ressecção do tumor. Evoluiu 
no 1º pós-operatório com Glasgow de 3 e sem 
sedação. Feita nova CT de crânio que evidenciou 
edema cerebral difuso. Foi iniciado protocolo de 
morte encefálica. Após a conclusão do 
protocolo de morte encefálica, convocada 
família para realização de entrevista familiar 
para solicitar a doação de órgãos e tecidos 
para transplante. No momento da realização da 
entrevista, a filha do potencial doador informou 
que ela estava em lista de espera e que o pai 
seria o doador do rim. A mesma questionou se 
um dos rins poderia ser direcionado para ela. 
Passamos a solicitação para o Comitê de Ética 
da Central de Transplante e a mesmo tomaria 
a decisão sobre a questão. 
 
Se você fosse membro desse Comitê de Ética, 
qual decisão tomaria? 
a) Aceitaria a proposta feita pela filha do 
potencial doador e direcionaria um dos rins, uma 
vez que o pai seria o doador. 
b) Não aceitaria a proposta feita pela filha do 
potencial doador, pois não seria justo com os 
E.P. em Enfermagem – Prof. Silvana 04.03.2021 
demais pacientes que aguardam em lista de 
espera. 
c) Destinaria os dois rins para distribuição 
conforme os critérios estabelecidos, e, já que 
a filha era compatível com o doador ela teria 
maior probabilidade de receber um dos rins. 
d) Direcionaria um dos rins mediante ausência 
de receptores compatíveis em lista de espera 
 
Situação 3 
Os pacientes João e Roberto estão internados 
em quartos vizinhos do setor pediátrico de um 
hospital. João tem 11 anos e apresenta severo 
retardo mental. Após uma parada cardíaca 
ficou semi-paralisado e totalmente 
inconsciente. Roberto é um menino de 12 anos, 
que sofreu traumatismo craniano, que o deixou 
com paralisia leve. Seu prognóstico de 
recuperação total é excelente. João fez uma 
parada cardiorrespiratória (PCR) e a equipe de 
reanimação estava para iniciar o seu 
atendimento. Neste momento, Roberto 
também teve uma PCR. Sabendo das paradas 
simultâneas, a equipe de atendimento hesitou. 
(Kipper, 2002) 
 
Caso você fosse membro desta equipe, qual 
decisão tomaria: 
a) Atender ao paciente que sofreu PCR 
primeiro, independentemente do conhecimento 
das condições prévias de ambos. 
b) Sabendo a história de ambos, atender o 
paciente que tem o melhor prognóstico, mesmo 
que tenha sofrido PCR após o outro. 
c) Mesmo sabendo da história de ambos, 
atender o paciente que sofreu PCR primeiro. 
d) Frente à simultaneidade dos eventos e à 
gravidade de fazer uma escolha desta ordem, 
com real prejuízo para o não escolhido, não 
atender aos dois pacientes. 
e) Dividir a equipe de atendimento, com a 
finalidade de atender a ambos os pacientes, 
mas com real prejuízo na qualidade dos dois 
procedimentos. 
f) Realizar um sorteio com objetivo de tornar a 
escolha do paciente a ser atendido aleatória, 
evitando a discriminação pelo prognóstico ou 
por fatores sociais.

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