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2 1 Miolo_Breviário_ENEM_2DIA_HexagMEDICINA

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Prévia do material em texto

BREVIÁRIO
C N
CIÊNCIAS DA
NATUREZA
C
CIÊNCIAS
HUMANAS
HL
LINGUAGENS
E CÓDIGOS
C M
MATEMÁTICA
T
2º DIA2º DIA
CN
MAT
© Hexag Sistema de Ensino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino. São Paulo, 2019
Todos os direitos reservados.
Autores
Caco Basileus
Edson Yukishigue Oyama
Felipe Filatte
Herlan Fellini
Joaquim Matheus Santiago Coelho
Larissa Beatriz Torres Ferreira
Marcos Navarro 
Pedro Tadeu Batista
Vitor Okuhara
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial, programação visual, revisão e pesquisa iconográfica
Hexag Sistema de Ensino
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Editoração eletrônica
Arthur Tahan Miguel Torres
Bruno Alves Oliveira Cruz
Eder Carlos Bastos de Lima
Felipe Lopes Santos
Iago Kaveckis
Letícia de Brito
Matheus Franco da Silveira
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Projeto gráfico e capa
Raphael Campos Silva
Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)
Impressão e acabamento
Gráfica BMK
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o 
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição 
para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre 
as imagens publicadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo usado apenas para fins didáticos, não represen-
tando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2019
Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
www.hexag.com.br
contato@hexag.com.br
CARO ALUNO
Desde 2010, o Hexag Medicina é referência na preparação pré-vestibular de candidatos às melhores uni-
versidades do Brasil.
Você está recebendo o Breviário Enem do Hexag Medicina. Este material é uma fonte de consulta dos prin-
cipais conteúdos com maior incidência nas provas e que são estudados durante todo o ano.
O nosso Breviário está dividido em aulas com as indicações das competências e habilidades da matriz de 
referência do Enem. Isto ajudará com que você entenda, reforce e relembre os principais pontos das disciplinas.
Aproveite e aprimore os seus conhecimentos.
Bons estudos!
Herlan Fellini
45 46
C N
Biologia
Breviário ENEM
C
BIOLOGIA
N
SUMÁRIO
CIÊNCIAS DA NATUREZA - CN
MATEMÁTICA - MAT
Biologia 5
Física 97
Química 165
Matemática 231
45 46
C N
Biologia
Breviário ENEM
C
BIOLOGIA
N
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus 
papéis nos processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico. 
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
H4
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização 
sustentável da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
H7
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde 
do trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a 
instrumentos ou ações científico-tecnológicos.
H8
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, consi-
derando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
H9
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar 
alterações nesses processos.
H10
Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produ-
tivos ou sociais.
H11
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos 
biotecnológicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacio-
nando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
H14
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, 
sexualidade, entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
H17
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como 
texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
H19
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, 
econômica ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções 
científicotecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21
Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletro-
magnetismo.
H22
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou 
em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
H23
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais 
e/ou econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções 
científicotecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
H25
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua 
obtenção ou produção.
H26
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transfor-
mações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervençãono meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções 
científicotecnológicas.
H28
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em 
especial em ambientes brasileiros.
H29
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias 
primas ou produtos industriais.
H30 Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva 
ou do ambiente.
Big Bang
O surgimento da Terra se deu há aproximadamente 4560 bilhões de anos. Acredita-se que toda a matéria que 
compõe o universo atual estivesse comprimida em uma esfera extremamente pequena, do tamanho da ponta de 
uma agulha e que, há cerca de 18 bilhões de anos, essa esfera teria passado por súbita expansão e formado, de 
uma só vez, todo o universo. Essa teoria é conhecida como Big Bang.
Ao longo desses milhões de anos até hoje, houve muitíssimas mudanças na superfície terrestre que inter-
feriram e influenciaram significativamente a vida em nosso planeta. Houve, por exemplo, movimentos de massas 
continentais, mudanças climáticas, formação e destruição de cadeias de montanhas, extinção e origem de espécies.
Teorias para a origem da vida
Teoria da geração espontânea ou abiogênese 
Essa teoria afirma que a vida pode originar-se a partir da matéria não viva (a = sem; bio = vida; gênese = origem). 
O primeiro a questionar a abiogênese foi o cientista Francesco Redi (1626-1698). Em um experimento, ele 
depositou carne e outros alimentos em vidros cobertos com gaze e em outros abertos. Se a carne tão somente fosse 
suficiente para formar larvas, elas deveriam aparecer em todos os vidros. Mas, passados alguns dias, observou-
-se que as larvas só apareceram nos vidros abertos. Ele concluiu então que a origem das larvas devia-se aos ovos 
postos por moscas, e não por abiogênese.
BREVIÁRIO 
Aulas 1 e 2
Competências 4, 5 e 8
Habilidades 14, 15, 16, 17, 18 e 28
7
Biogênese
A teoria da biogênese defende que um organismo vivo só pode se originar a partir de outro. 
Em 1862, o cientista Louis Pasteur (1822-1895) realizou um experimento comprovando que, nas condições 
atuais, a vida surge sempre de outro organismo vivo, preexistente. 
Pescoço do
balão curvado
com fogo
Pó e micróbios
retidos
Caldo vertido
no frasco
Caldo fervido
Frasco vertical.
Caldo Permanece
sem micróbios
Frasco inclinado Caldo contaminado
com micróbios
Experimento realizado por Louis Pasteur, responsável pela derrubada da teoria da abiogênese
Teorias para o surgimenTo do primeiro ser vivo
Dentre as principais teorias estão:
 § panspermia;
 § criacionismo; e
 § evolução química.
Fixismo e evidências evoluTivas
Fixismo
Teoria que defendia que os seres vivos existentes atualmente fossem exatamente iguais à época de sua criação. 
Está diretamente relacionada ao criacionismo. Começou a ser questionada com maior vigor a partir do século XVIII. 
As principais evidências que suportam a evolução biológica como um fato são:
 § fósseis;
 § anatomia e embriologia comparada;
 § bioquímica e genética molecular;
 § estruturas vestigiais; e
 § homologias e analogias.
mecanismos evoluTivos
Principais pontos definidos por Jean-Baptiste Lamarck
 § Adiantou a ideia de que as espécies existentes teriam evoluído a partir de outras.
 § Os responsáveis pela transformação, ao passar do tempo, dos seres vivos seria o desenvolvimento das estrutu-
ras corpóreas mais utilizadas durante sua vida e a atrofia das estruturas menos utilizadas: lei do uso e desuso.
 § A explicação para o modo através do qual essa evolução teria ocorrido seria a transmissão, para os descenden-
tes, de características adquiridas durante a vida dos indivíduos: lei da transmissão dos caracteres adquiridos.
8
Principais pontos definidos por Charles Darwin
 § As espécies não são imutáveis.
 § As espécies não se originam de maneira independente, e sim compartilham um ancestral comum.
 § O meio atua como um seletor, sujeitando os organismos às mais diversas condições e, assim, determinando 
a sobrevivência daqueles que se desenvolvem melhor, ou seja, aqueles que são mais aptos a viver naquele 
determinado ambiente. Para Darwin, o mecanismo de seleção natural era o responsável pela evolução. Esse 
assunto foi profundamente estudado e discutido em seu livro A origem das espécies, lançado em 1859.
lamarckismo
Para Lamarck, o mecanismo pelo qual a evolução ocorreria foi explicado por modificações que os indivíduos po-
deriam sofrer ao longo de seu desenvolvimento para se adaptar às possíveis mudanças ocorridas no ambiente no 
qual viviam. O pescoço das girafas, segundo o lamarckismo, caracteriza a lei do uso e desuso.
Segundo aquela teoria, girafas que precisam se alimentar em árvores altas iriam gradualmente esticando 
seu pescoço, então os descendentes dessas girafas passariam a apresentar a mesma característica (pescoço com-
prido), definindo a lei da transmissão dos caracteres adquiridos que afirma: as características adquiridas por um 
indivíduo, durante seu desenvolvimento, são transmitidas aos seus descendentes. 
As leis de Lamarck foram desacreditadas.
darwinismo
Darwin defendeu que a evolução em si seria um processo lento e gradual, ou seja, caracterizado por pequenas 
mudanças que vão se acumulando até resultar em uma grande mudança em relação aos indivíduos ancestrais.
Durante viagem pelo arquipélago de Galápagos, ele notou que diferentes espécies de tentilhões se restrin-
giam a diferentes ilhas. Também correlacionou os diferentes tipos de alimento existentes nas ilhas ao formato do 
bico dos pássaros, ou seja, cada espécime de tentilhão possuía o bico apropriado para poder consumir os alimentos 
disponíveis em dada ilha.
bico grande e 
forte que esmaga
sementes grandes
e duras
bico grande
e a�ado que
agarra e corta
insetos
bico curto
e �no que
apanha
insetos das
tendas no
solo
bico pequeno
e forte que
parte
sementes
bico grande e
�no que tira
néctar das �ores
Também foi notada a semelhança entre os espécimes de tentilhões que habitam as ilhas e os espécimes 
que residem no continente, levando Darwin a concluir que essa semelhança poderia ser devido ao fato de esses 
espécimes terem se originado a partir de um ancestral em comum.
9
O pescoço das girafas, na visão da seleção natural
De acordo com a teoria da seleção natural, existiam girafas de pescoço curto e girafas de pescoço comprido. Porém, 
as girafas de pescoço longo tinham maior disponibilidade de alimento, localizado na copa de árvores altas, con-
seguindo, assim, sobreviver e se reproduzir. Consequentemente, ao passar do tempo, as girafas de pescoço curto 
desapareceram.
De modo geral, a teoria da seleção natural defende que, durante a história da vida no nosso planeta, exis-
tiram diferentes espécies de seres vivos. Porém, dentre os indivíduos pertencentes a cada espécie ocorrem, natu-
ralmente, variações. Estas variações podem ser vantajosas ou não. As condições do meio, onde esses indivíduos 
vivem, atuam selecionando os indivíduos que possuem variações que os tornam mais aptos a sobreviver naquele 
dado ambiente, ou seja, o meio seleciona os indivíduos mais aptos.
exemplos de seleção naTural
 § Coloração de advertência
Há animais cuja coloração é bastante vistosa. Além disso, produzem e armazenam substâncias químicas 
nocivas. Trata-se da chamada coloração de advertência, que sinaliza que eles não devem ser ingeridos, pois 
são perigosos.
 § Mimetismo
Determinados organismos, denominados mímicos, apresentam características que os confundem com outro 
grupo de organismos, os modelos. Em geral, essa semelhança se dá pelo padrão de coloração, textura, forma 
corporal ecomportamento. Ela confere ao mímico uma vantagem adaptativa.
 § Camuflagem 
Um conjunto de técnicas e métodos que permitem a um organismo permanecer indistinto do ambiente que 
o rodeia.
seleção sexual
Quando o comportamento ou as características físicas de um indivíduo agem na escolha do parceiro sexual, é 
chamada de seleção sexual.
seleção arTiFicial
A seleção artificial, conduzida pelo ser humano, é a adaptação e/ou seleção dos seres vivos, como animais e 
plantas, que mais lhe interessam com o objetivo de realçar determinadas características dos organismos, como a 
produção de carne, leite, lã e frutas. 
neodarwinismo
Novos estudos que elucidaram questões deixadas em aberto por Charles Darwin foram responsáveis pela “tur-
binada” na teoria da seleção natural, agora nomeada neodarwinismo ou teoria sintética da evolução. Essa nova 
abordagem demonstra que a evolução é resultado de vários fatores, como a mutação, migração, deriva genética e 
a seleção natural.
10
De maneira geral, esses fatores estão interligados da seguinte maneira: a mutação, a migração e a deriva 
genética são responsáveis pelas variações dentro de uma população, ou seja, culminam na variabilidade entre os 
indivíduos. A seleção natural só pode atuar, se houver variabilidade entre os organismos componentes de uma 
dada população. A deriva genética atua ao acaso, não selecionando características específicas, e pode resultar de 
catástrofes naturais. A extinção em massa dos dinossauros, por exemplo, teria decorrido da queda de um asteroide. 
Devido ao impacto, uma densa poeira se elevou, interferindo na passagem de luz. Esse evento resultou na interfe-
rência do fluxo de energia ao longo das cadeias alimentares, por prejudicar a fotossíntese realizada por autótrofos. 
especiação
Especiação é o processo evolutivo pelo qual as novas espécies se formam. Mas antes de falarmos mais sobre esse 
processo, vamos primeiramente falar sobre o que é uma espécie.
 § Definição biológica de espécie: são grupos de populações naturais potencialmente capazes de se cru-
zar (gerando descendentes férteis) e que estão reprodutivamente isoladas de outros grupos semelhantes, 
em condições naturais. 
 § Unidade ecológica: apresenta características próprias e que mantém relações bem definidas com o am-
biente e com outras espécies.
 § Unidade gênica: possui um patrimônio gênico característico, que não se mistura com o de outras espécies 
e evolui independentemente. Nesse sentido, uma espécie é o maior acervo de genes possível, em condições 
naturais. 
A especiação é um evento de separação da linhagem que produz duas ou mais espécies distintas. Este 
processo pode se dar a partir de uma transformação gradual, aos poucos, de uma espécie em outra (anagênese) ou 
pela separação de uma população em duas (cladogênese).
Formação de novas espécies
É preciso entender, primeiramente, que o surgimento de uma nova espécie não depende de um fator apenas, mas 
sim de vários fatores. Os mecanismos através dos quais a especiação ocorre podem ser:
 § isolamento geográfico; e
 § redução de fluxo gênico.
Isolamento reprodutivo
Resume-se à incapacidade, total ou parcial, de membros de duas subpopulações se cruzarem. Ele atua impedindo 
a mistura de genes das subpopulações, quando elas entram em contato.
Mecanismos de isolamento reprodutivo
Os principais tipos de isolamento pré-zigótico são:
 § estacional ou sazonal;
 § ecológico;
 § etológico ou comportamental; e
 § mecânico ou incompatibilidade anatômica. 
11
Os principais tipos de isolamento pós-zigótico são:
 § mortalidade do zigoto;
 § inviabilidade do híbrido; e
 § esterilidade do híbrido.
Cladogramas e parentesco evolutivo
A B C
Ancestral exclusivo de C.
Ancestral comum de B e C.
Ancestral comum de A, B e C.
Neste cladograma B e C são parentes mais próximos que A e C
Cladogramas e parentesco evolutivo
Neste cladograma, B e C são parentes mais próximos que A e C. 
produção de energia em auTóTroFos: 
FoTossínTese e quimiossínTese
A maioria dos seres autótrofos realiza a fotossíntese para a produção de matéria orgânica. É o principal processo 
realizado pelos seres clorofilados, representados por plantas, algas e bactérias fotossintetizantes. O outro modo de 
nutrição é buscar energia alimentando-se de outros seres vivos. Aqueles que realizam tal processo são denomina-
dos heterótrofos. Compreende os animais, protozoários, fungos e a maioria das bactérias.
A fotossíntese, que em eucariontes ocorre no interior dos cloroplastos, pode ser representada da seguinte maneira:
6CO2 + 12H2O  →
clorofilaeluz C6H12O6 + 6O2 + 6H2O
Desse processo, participam os fotossistemas e os aceptores de elétrons, principalmente representados pelos citocromos.
Etapas da fotossíntese
Fase clara (fotoquímica)
Durante essa etapa, a energia luminosa é transformada em energia química, graças à clorofila. Neste processo, ocorrem 
a fotólise da água, representada abaixo, e o transporte de elétrons, que pode ocorrer de maneira cíclica ou acíclica.
2H2O →
luz
 O2 + 4H
+ + 4e–
Durante o transporte, os elétrons cedem energia, que é utilizada para a formação de ATP – fotofosforilação.
Fase escura (química)
É uma fase “independente” da luz. Utiliza o ATP e NADPH produzidos na fase fotoquímica. Ocorre a conversão do 
CO2 em um composto orgânico (glicídio).
Esse processo ocorre no estroma do cloroplasto (eucariontes) ou no citosol (procariontes).
12
Fatores que influenciam a fotossíntese
A luz é o principal fator que influencia a fotossíntese. Além dela, podem ser considerados:
 § gás carbônico; e 
 § temperatura.
Quimiossíntese
É um processo em que a energia utilizada na formação de compostos orgânicos, a partir de gás carbônico (CO2) 
e água (H2O), provém da oxidação de substâncias inorgânicas.
A quimiossíntese é realizada por algumas bactérias, que podem viver em ambientes sem luz e O2.
Esse processo pode ser esquematizado assim:
 § Primeira etapa
substâncias inorgânicas  →oxidação compostos inorgânicos oxidados + energia química
 § Segunda etapa
CO2 + H2O + energia química → substâncias orgânicas 
Os principais exemplos de bactérias quimiossintetizantes são:
 § ferrobactérias; e
 § nitrobactérias.
reino planTae
O Reino Plantae engloba briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas (antófitas). Por reterem os embriões 
em seus corpos, as plantas são chamadas embriófitas, e teriam surgido a partir de algas verdes aquáticas.
Vasos condutores
Pteridófitas, gimnospermas e angiospermas são denominadas traqueófitas; já as briófitas, que não têm esses teci-
dos, são chamadas de atraqueófitas. 
Estruturas reprodutivas
Quanto às estruturas reprodutoras, as plantas têm sido divididas em dois grandes grupos:
 § criptógamas, que são os musgos (briófitas) e as samambaias (pteridófitas); e
 § fanerógamas, que são as gimnospermas e as angiospermas.
13
BrióFiTas
As briófitas são plantas pequenas, representadas principalmente pelos musgos, geralmente com alguns poucos 
centímetros de altura e que vivem, preferencialmente, em locais úmidos e sombreados.
 
cápsula
esporos
haste
�loide
cauloide
rizoide
ga
m
et
ó�
to
 
 
 e
sp
or
ó�
to
Atualmente, são classificadas em três grupos distintos: musgos, hepáticas e antóceros.
pTeridóFiTas
Neste grupo, surgem os vasos condutores de seiva, permitindo maior porte. 
São atualmente classificadas em dois filos: Pterophyta (samambaias e avencas) e Lycophyta (selaginelas).
gimnospermas
Evolutivamente, a principal novidade que surgiu no grupo das gimnospermas é a produção de sementes. Dessa 
característica decorre o nome do grupo (do grego gymnos, nu), pois suas sementes não são protegidas por frutos.
O surgimento das sementes foi acompanhado, em geral, pela independência da água para fecundação. São 
representadas pelas coníferas e cicas.
Plantas produtoras de sementes são denominadas espermatófitas e estão representadas pelas gimnosper-
mas e angiospermas, que, além de sementes,ainda produzem fruto.
angiospermas
Gimnospermas e angiospermas são fanerógamas, termo que se refere a plantas que possuem estruturas visíveis 
(respectivamente estróbilos e flores), nas quais ocorre o encontro de gametas.
Cada flor é um sistema reprodutor, formado pela reunião de folhas modificadas presas ao receptáculo floral, 
que possui formato de um disco achatado.
Fruto
Após a polinização e a fecundação, a flor sofre uma modificação extraordinária. De todos os componentes, acabam 
sobrando apenas o pedúnculo e o ovário. Todo o restante degenera. O ovário sofre uma grande modificação, se 
desenvolve e se torna fruto. Em seu interior, os óvulos fecundados viraram sementes.
14
a reprodução assexuada nas angiospermas
Muitas angiospermas se reproduzem assexuadamente. Essa característica é aproveitada pelo homem para a pro-
pagação de espécie de interesse alimentar e econômico. As novas plantas originadas por esse método são clones 
geneticamente idênticos à planta-mãe.
adapTações das planTas a diversos amBienTes
 § Cerrado: apresenta vegetação tipo savana. Árvores esparsas de tronco retorcido, casca grossa, folhas es-
pessas, ou seja, com características de região seca, conduzindo a um aparente xeromorfismo. Plantas com 
adaptações que permitem a sobrevivência ao fogo (como a existência de pelos protegendo as gemas). Há 
também vegetais com raízes profundas no solo, para melhor captação de água. A água não é fator limitante, 
pois há lençol subterrâneo. Chuvas regulares na estação chuvosa e temperatura alta.
 § Caatinga: a vegetação apresenta xeromorfismo. Suas adaptações são representadas por epiderme com 
cutícula espessa (impermeável), pelos que proporcionam retenção de umidade, perda de folhas na estação 
seca, espinhos para reduzir a perda de água, sistema de retenção de água em caules e raízes modificados 
e, ainda, raízes bem desenvolvidas para melhor captação de água. 
 § Pantanal: a vegetação é adaptada a solos encharcados.
 § Manguezal: a vegetação é composta de poucas espécies. Adaptações à falta de O2 e ao alto teor de água 
no solo. Raízes respiratórias (pneumatóforos). A vegetação predominantemente Rhizophora mangle apre-
senta “caules de sustentação”.
Hormônios vegeTais
Assim como em animais, nos vegetais também há uma série de fatores que controlam fisiologicamente seu fun-
cionamento. Os hormônios vegetais ou fitormônios – substâncias orgânicas reguladoras de processos vitais, como 
o crescimento, a germinação de sementes e amadurecimento de frutos – são importantes no controle do metabo-
lismo das plantas.
auxina
raizes
gemas
caules
10-11 10-8 10-4 concentração
molar de AIA
estimulação
negativa
estimulação
positiva
O AIA tem a capacidade de estimular ou inibir o crescimento. Em razão disso, sua ação depende da sua concentra-
ção e também da região onde se encontra. Observe o gráfico acima.
 § Influenciam na dominância apical.
 § Atuam na divisão celular em caules, raízes e folhas.
 § O AIA se desloca do lado iluminado para o não iluminado, exercendo ali o seu efeito e promovendo a cur-
vatura da região estimulada.
 § Estão envolvidas no desenvolvimento de frutos partenocárpicos.
15
eTileno
É o único fitormônio gasoso. 
§ Estimula o amadurecimento em frutos.
§ Também está envolvido na abscisão ou queda foliar e de frutos.
16
17
BREVIÁRIO
Aulas 3 e 4
Competências 1, 3, 5 e 8
Habilidades 4, 8, 12, 17, 29 e 30
Introdução à ecologIa
Conceituando
§ Biosfera: refere-se ao conjunto de regiões do planeta em condições de sustentar a vida de modo perma-
nente. Os seres vivos habitantes da biosfera são agrupados em populações e comunidades.
§ População: é formada por indivíduos de uma mesma espécie que vivem em determinada região. Por exem-
plo, as zebras da savana formam uma população. As girafas também podem ser encontradas na savana, mas
fazem parte de outra população, já que são de outra espécie.
§ Comunidade: todos os seres vivos de determinado lugar que mantêm relações entre si formam uma co-
munidade. A comunidade do mar aberto é composta por peixes, algas, plantas, seres microscópios, enfim,
todas as diferentes populações lá existentes.
§ Fatores abióticos: conjunto de todos os fatores físicos e químicos que interagem com os seres vivos. Os
diferentes fatores abióticos podem ser os fatores climáticos, como a luz, a temperatura e a umidade, que
caracterizam o clima de uma região; ou ainda a composição química e a estrutura do solo.
§ Fatores bióticos: conjunto de todos os seres vivos que interagem numa certa região.
§ Ecossistema: resultado da interação entre a fauna, a flora, os micro-organismos (fatores bióticos) e o
ambiente, composto pelos elementos solo, água e atmosfera (abióticos).
§ Nicho ecológico: é um conjunto de condições em que o indivíduo (ou uma população) vive e se reproduz.
Pode-se dizer ainda que o nicho é o “modo de vida” de um organismo na natureza.
§ Habitat: é o lugar na natureza onde uma espécie vive.
obtenção de energIa
De acordo com o modo de obtenção de alimento, de maneira geral, os componentes de uma comunidade são 
divididos em três grupos.
§ Produtores: os seres autótrofos quimiossintetizantes (bactérias) e fotossintetizantes (bactérias, algas e ve-
getais). Esses últimos transformam a energia solar em energia química nos compostos orgânicos produzidos.
§ Consumidores: podem ser primários, compostos de seres herbívoros, isto é, que se alimentam dos produ-
tores (algas, plantas, entre outros); os carnívoros, que se alimentam de consumidores primários (herbívoros). 
Também podem haver consumidores terciários ou quaternários, que se alimentam, respectivamente,
de consumidores secundários e terciários.
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§ Decompositores: as bactérias e os fungos que se alimentam dos restos alimentares dos demais seres
vivos. Esses organismos (muitos microscópicos) têm o importante papel de devolver ao ambiente nutrientes
minerais que existiam nesses restos alimentares e que poderão, assim, ser reutilizados pelos produtores.
A interação entre esses seres compõe a cadeia alimentar. Observe os dois exemplos que seguem:
(Produtores)
Plantas, frutos e sementes
(Cons. primários)
Pica-pau
(Cons. secundário)
Sucuri
(Cons. terciário)
Gavião
(Produtores)
Plantas, frutos e sementes
(Cons. primários)
Pica-pau
(Cons. secundário)
Gavião
Em um ecossistema, várias cadeias interligadas formam uma teia alimentar, representada na sequência.
Decompositores
Zebra
Coelho
Rato
Gramíneas
Verdura
Árvore
Cobra
OnçaCoruja
Raposa
Gavião
LagartoInseto Herbívoro
CONSUMIDORES DE
3ª ORDEM
CONSUMIDORES DE
2ª ORDEM
CONSUMIDORES DE
1ª ORDEMPRODUTORES
As plantas são sempre produtoras. E todos os produtores e consumidores estão ligados aos decompositores, 
que permitem a ciclagem da matéria orgânica no ambiente.
§ Desequilíbrio na cadeia alimentar: introdução de espécies exóticas. Pela ação humana, espécies não
naturais de determinados ecossistemas podem neles ser introduzidas. Isso causa perturbações nas teias
alimentares, pois essas espécies acabam por competir por recursos com as espécies nativas (naturais de um
local). Além disso, não apresentam predadores naturais, podendo multiplicar-se exageradamente e torna-
rem-se pragas.
19
ecossIstema aquátIco
Em um ecossistema aquático como uma lagoa, poderíamos estabelecer a seguinte sequência:
Produtores Composto pelas plantas de margem e do fundo da lagoa e por algas microscópicas (fitoplânc-ton).
Consumidores primários Composto por pequenos animais flutuantes (zooplâncton), caramujos e peixes herbívoros.
Consumidores secundários São aqueles que alimentam-se do nível anterior, ou seja, peixes carnívoros, insetos, cágados, entre outros.
Consumidores terciários As aves aquáticas são o principal componente desta categoria, alimentando-se dos consumi-dores secundários.
Decompositores Esta categoria não pertence nem à fauna nem à flora, alimentando-se, no entanto, dos restos destes e sendo composta por fungos e bactérias.
cadeIa de detrItívoros
Formada porcomedores de detritos, também conhecidos como detritívoros. Nesse caso, a cadeia alimentar é ana-
lisada separada daquelas cadeias das quais participam os consumidores habituais.
Fluxo de energIa nos ecossIstemas
A fotossíntese é o único processo de entrada de energia em um ecossistema.
A primeira lei fundamental da termodinâmica diz: “a energia não pode ser criada nem destruída, e sim 
transformada”.
A quantidade de energia disponível diminui à medida que é transferida de um nível trófico para outro.
Assim, a energia descreve um fluxo unidirecional, ou seja, o fluxo de energia obedece sempre ao mesmo 
sentido: dos produtores para os consumidores.
20
dInâmIca das populações
O tamanho de uma população pode ser avaliado pela sua densidade:
densidade = 
número de indivíduos de uma população
 ______________________________ 
unidade de área ou volume ocupado
 
Fatores que regulam o crescimento populacional
A fase geométrica do crescimento tende a ser ilimitada em função do potencial biótico da espécie. Há, porém, 
barreiras naturais a esse crescimento sem fim.
O tamanho populacional acaba atingindo um valor numérico máximo permitido pelo ambiente, a chamada 
capacidade limite.
(c)
(a)
(b)
tempo
nú
m
er
o 
de
 in
di
ví
du
os
Curva (a) potencial biótico da espécie; 
(b) crescimento populacional padrão; 
(c) capacidade limite do meio; área entre
(a) e (b) resistência ambiental.
§ Fatores dependentes da densidade
O predatismo e o parasitismo são dois outros fatores dependentes da densidade.
§ Fatores independentes da densidade
Entre esses fatores, o clima desempenha importante papel regulador.
cIclos bIogeoquímIcos
Em qualquer ciclo biogeoquímico, existe a retirada do elemento ou substância de sua fonte, sua utilização por seres 
vivos e posterior devolução para a sua fonte.
Ciclo da água
A água apresenta dois ciclos: curto ou pequeno e ciclo longo.
§ Ciclo curto ou pequeno ocorre graças à lenta evaporação da água dos mares, rios, lagos e lagoas, que leva
à formação de nuvens. Elas se condensam e voltam à superfície em forma de chuva ou neve.
§ Ciclo longo, segundo o qual a água passa pelo corpo dos seres vivos antes de voltar ao ambiente. Retirada
do solo pelas raízes das plantas, a água é indispensável à fotossíntese, bem como é passada para outros
animais, pela cadeia alimentar. A água volta, portanto, à atmosfera mediante a respiração, a transpiração,
as fezes e a urina.
21
Ciclo do oxigênio
O ciclo do oxigênio se encontra intimamente ligado com o ciclo do carbono. Os processos de fotossíntese liberam 
oxigênio para a atmosfera, enquanto os processos de respiração e combustão o consomem. 
Ciclo do fósforo
Esse elemento faz parte do DNA e do ATP. 
Trata-se de um ciclo simples, já que não há passagem pela atmosfera e apenas o íon fosfato é importante 
para os seres vivos.
As plantas obtêm os fosfatos dissolvidos na água presente no solo e os animais da água e do alimento.
A decomposição devolve o fósforo à água ou ao solo, de onde parte dele pode ser arrastada pelas chuvas 
para os lagos e mares, onde pode ser incorporado às rochas. 
Ciclo do carbono
As plantas realizam fotossíntese retirando o carbono do CO2 do ambiente para formação de matéria orgânica que, 
ao ser oxidada, resulta em liberação de CO2 para o ambiente. A decomposição e queima de combustíveis fósseis 
também libera CO2 no ambiente. 
Ciclo do enxofre
O enxofre é encontrado nas rochas sedimentares, nas rochas vulcânicas, no carvão e no gás natural.
É essencial para a vida, faz parte das moléculas de proteína. A natureza recicla enxofre sempre que um 
animal ou planta morre. Quando apodrecem, as substâncias chamadas de “sulfatos”, combinadas com a água, são 
absorvidas pelas raízes das plantas. Os animais o obtêm comendo vegetais ou outros animais.
O enxofre apresenta-se na forma de gás como o SO2, dióxido de enxofre, poluente que torna as chuvas 
ácidas.
Ciclo do nitrogênio
Bactérias �xadoras 
de N2 nos nódulos 
de raízes de leguminosas
Amoni�cação Nitri�cação
Bactérias
nitri�cantes
Bactérias
desnitri-
�cantes
Bactérias
nitri�cantes
Bactérias �xadoras
de N2 no solo
Amônia 
(NH4
+)
Nitratos
(NO3
-)
Plantas
Decompositores
(fungos e bactérias
aeróbicas e anaeróbicas)
Nitrogênio na atmosfera
(N2)
Fixação
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Os consumidores conseguem o nitrogênio, de forma direta ou indireta, através dos produtores. Produtores intro-
duzem nitrogênio na cadeia alimentar, através do aproveitamento de formas inorgânicas encontradas no meio, 
principalmente nitratos (NO3) e amônia (NH
3+). O ciclo do nitrogênio pode ser dividido em algumas etapas:
§ fixação;
§ amonificação;
§ nitrificação;
§ desnitrificação.
Algumas bactérias que realizam a fixação do nitrogênio atmosférico vivem livres no solo, entretanto, outras
vivem em relação de simbiose, como as do gênero Rhizobium sp., formando nódulos em raízes de plantas legumi-
nosas. Nessa relação os vegetais ganham nitrogênio, e as bactérias, matéria orgânica para sua nutrição.
problemas ambIentaIs
Camada de ozônio
A camada de ozônio é uma “capa” desse gás que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo 
a principal delas a radiação ultravioleta. Sem essa camada, aumenta a incidência de raios ultravioletas nocivos. 
Os principais responsáveis pelo buraco na camada de ozônio são os gases CFC. 
Efeito estufa
O efeito estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. Consiste, basicamente, na 
ação do dióxido de carbono, metano e outros gases sobre os raios ultravioletas refletidos pela superfície da Terra, 
reenviando-os para ela, mantendo, assim, a temperatura estável no planeta. 
Nos últimos anos, a concentração de gases do efeito estufa tem aumentado. O efeito conjunto de tais subs-
tâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global (aquecimento global).
O excesso de CO2 dissolvido na água provoca a acidificação do ambiente marinho, responsável pela absor-
ção de grande parte desse gás. Essa alteração decorre dos altos níveis de CO2, provenientes de atividades huma-
nas, como a queima de combustíveis fósseis. Dentre as consequências está a maior fragilidade dos corais, devido 
a prejuízos na formação de suas estruturas. 
Poluição 
§ Chuva ácida
Atualmente, existem enormes quantidades de fontes poluidoras, tornando as chuvas mais carregadas de
ácido, causando danos. Atingem as florestas, os peixes e corroem edificações de pedra e concreto.
§ Inversão térmica
Um fenômeno natural que ocorre devido ao rápido aquecimento e resfriamento da superfície em alguns
locais e é agravado, nos grandes centros urbanos, devido à presença de poluentes como o gás carbônico.
O problema da inversão térmica é que, quando ela está associada a altas concentrações de poluentes, pode
provocar ou agravar problemas de saúde, principalmente respiratórios.
23
§ Lixo
Hoje, além do lixo orgânico, que é naturalmente decomposto, há o lixo industrial, eletrônico, hospitalar,
entre outros, que podem não ser biodegradáveis, acumulando-se na natureza.
O lixo pode ir para lixões, aterros sanitários, incineração, compostagem e reciclagem.
§ Poluição da água
As principais causas de deterioração dos rios, lagos e oceanos é a contaminação por poluentes, resultado
da produção e destinação desastrosa de lixo, esgoto, dejetos químicos industriais e mineração sem controle.
A eutrofização é um processo que aumenta os nutrientes inorgânicos – fosfato e nitratos – na água.
Pode ser natural ou artificial, neste decorrente de poluentes gerados pelo homem. Devido ao lançamento
de esgotos e detergentes na água, proliferam-se micro-organismos decompositores aeróbios, cuja ação
tem dois efeitos: elevação da disponibilidade de nutrientes minerais e diminuição da taxa de oxigênio na
água. Em decorrência do aumento na oferta de nutrientes, algas e cianobactérias proliferam-se e conferem
uma coloração esverdeada típica à água. Consequentemente, há competição por oxigênio, agravada pela
dificuldadena realização de fotossíntese em regiões mais profundas, impedidas de receber luz devido à
turbidez da água. Com o tempo, ocorre morte maciça de algas e de cianobactérias, e o oxigênio acaba se
esgotando devido à ação dos decompositores aeróbios, resultando também na morte de peixes e outros
seres aeróbios. Com a falta de oxigênio, entram em ação os micro-organismos decompositores anaeróbios,
cuja atividade metabólica libera substâncias malcheirosas, empobrecendo de vez a comunidade aquática.
A magnificação trófica é o processo no qual os poluentes se acumulam ao longo da cadeia alimentar.
Saneamento básico: diminuindo os danos ao meio aquático
Saneamento é o conjunto de medidas, visando preservar ou modificar as condições do meio ambiente, com 
a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde. Saneamento básico se restringe ao abastecimento de água 
e disposição adequada de esgotos, mas há quem inclua a coleta e tratamento de lixo nesta categoria. O sanea-
mento básico é a medida de prevenção de quase a totalidade das verminoses presentes no quadro patológico de 
nosso país.
§ Poluição do solo por produtos químicos
A poluição do solo também pode ser ocasionada por substâncias químicas utilizadas na produção industrial, 
pesticidas e fertilizantes.
§ Poluição térmica da água
Esse tipo de poluição pode ser causado por usinas hidrelétricas e termelétricas, pelo uso da água para
refrigeração das turbinas e caldeiras com posterior devolução aos corpos d’água. A água retorna ao meio com 
temperatura elevada, causando alterações físico-químicas e biológicas. Dentre essas alterações estão a redução da 
taxa de oxigênio dissolvido e a mortandade de seres vivos intolerantes à mudança de temperatura. Outros fatores, 
como a erosão do solo, desmatamento e a urbanização também podem contribuir para a poluição térmica. 
Erosão do solo
O solo sofre a ação do impacto das chuvas e do vento: partículas vão sendo removidas e transportadas para outras 
regiões em terra firme ou corpos d’água.
24
No clima úmido e nos solos cobertos por vegetação natural, a erosão é, em geral, muito lenta.
§ Assoreamento
Com a erosão, o acúmulo de terra transportada pela água pode se depositar no fundo dos rios, obstruindo
seu fluxo.
§ Desmatamento
O desmatamento provocado pelas atividades humanas acelera muito a erosão natural.
Ao destruirmos a vegetação natural para construir casas ou para a lavoura, estamos diminuindo muito a
proteção contra a erosão. O resultado é que esse processo se acelera e a parte fértil do solo fica prejudicada.
§ Queimadas
Quando o desmatamento é feito por meio de queimadas, ocorre outro problema: o fogo acaba destruin-
do também os micro-organismos que realizam a decomposição da matéria orgânica. A perda de matéria
orgânica deixa o solo mais exposto à erosão e à ação das chuvas, acentuando o seu empobrecimento. A
queimada também libera na atmosfera gases que, quando em concentração muito elevada, prejudicam a
saúde humana.
alternatIvas sustentáveIs
Biocombustíveis
Os biocombustíveis são fontes de energia renováveis oriundas de produtos vegetais. São exemplos de matérias-
-primas usadas para sua produção: cana-de-açúcar, mamona e soja. Os dois principais biocombustíveis no Brasil
são o biodiesel e o etanol.
Biogás e arqueobactérias metanogênicas
As arqueobactérias metanogênicas produzem metano como resultado de um tipo de respiração anaeróbia, a me-
tanogênese. Estão presentes em ambientes anaeróbios, como pântanos, outros ambientes alagadiços e depósitos 
de lixo urbano (lixão e aterro sanitário). Nesse tipo de respiração, um composto de carbono, como o CO2, age como 
aceptor de elétrons.
A ação dessas bactérias é importante para a decomposição de matéria orgânica. Além disso, o gás metano 
por elas produzido pode ser utilizado para geração de combustível, o biogás. Quando em depósitos de lixo, se não 
drenado o gás metano, que é inflamável, pode se acumular e gerar risco de explosões. 
Biorremediação
É a utilização de processo ou atividade biológica (com seres vivos) com o objetivo de transformar contaminantes 
químicos em substâncias menos tóxicas ou atóxicas. São exemplos utilizados nesse tipo de procedimento: bactérias, 
fungos, algas e plantas. 
Controle biológico versus agrotóxicos
À medida que o homem toma consciência de que os inseticidas também o prejudicam, procura recursos menos 
nocivos e que possam ser igualmente eficientes no combate às pragas vegetais. É o caso do uso de inimigos na-
turais de pragas, um método não poluente, específico, e que acarreta prejuízos praticamente desprezíveis para o 
equilíbrio do ambiente.
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relações ecológIcas
Em um ecossistema, há muitos tipos de interações entre os componentes das diversas espécies. Podemos classi-
ficar as relações entre seres vivos inicialmente em dois grupos: as intraespecíficas, que ocorrem entre seres da 
mesma espécie, e as interespecíficas, entre seres de espécies distintas. É comum diferenciar-se as relações em 
harmônicas ou desarmônicas.
Relações intraespecíficas harmônicas
Compreendem as colônias e as sociedades.
§ Colônias
Agrupamento de indivíduos da mesma espécie que revelam profundo grau de interdependência e se mos-
tram ligados uns aos outros, sendo-lhes impossível a vida quando isolados do conjunto, podendo ou não
ocorrer divisão do trabalho. As cracas, os corais e as esponjas vivem em colônias.
§ Sociedades
As sociedades são agrupamentos de indivíduos da mesma espécie que têm plena capacidade de vida isola-
da, mas preferem viver na coletividade, como sucede com as formigas, as abelhas e os cupins.
Relações intraespecíficas desarmônicas
§ Competição intraespecífica
É a relação intraespecífica desarmônica entre os indivíduos da mesma espécie, quando concorrem pelos
mesmos fatores ambientais, principalmente espaço e alimento.
§ Canibalismo
Canibal é o indivíduo que mata e come outro da mesma espécie. Ocorre com escorpiões, aranhas, peixes,
roedores, entre outros.
Relações interespecíficas harmônicas
Compreendem o comensalismo, inquilinismo, o mutualismo e a protocooperação.
§ Comensalismo
É uma associação em que uma das espécies – a comensal – é beneficiada, sem causar benefício ou prejuízo
ao outro.
§ A rêmora e os tubarões.
§ A Entamoeba coli e o ser humano.
§ O leão e a hiena.
§ O urubu e o homem.
§ Inquilinismo
É a associação em que apenas uma espécie (inquilino) se beneficia, procurando abrigo ou suporte no corpo
de outra espécie (hospedeiro), sem prejudicá-lo.
§ Peixe-agulha e pepino-do-mar.
§ Epifitismo – são epífitas as orquídeas e as bromélias que, vivendo sobre árvores, obtêm maior suprimen-
to de luz solar.
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§ Mutualismo
Associação na qual duas espécies envolvidas são beneficiadas, porém, cada espécie só consegue viver na
presença da outra.
§ Liquens;
§ Cupins e protozoários;
§ Ruminantes e micro-organismos;
§ Bactérias e raízes de leguminosas;
§ Micorrizas.
§ Protocooperação
Trata-se de uma associação entre espécies diferentes, na qual ambas se beneficiam; contudo, tal associação
não é obrigatória, podendo cada espécie viver isoladamente.
§ Caramujo-paguro e actínias;
§ Pássaro-palito e crocodilo;
§ Anu e gado.
Corais
Os corais são coloniais na sua imensa maioria, constituídos por pólipos bem pequenos.
O habitat natural dos maiores recifes de coral são regiões onde a temperatura varia de 25 ºC a 30 ºC, em 
águas límpidas com até 30 metros de profundidade. A intensidade luminosa é um fator determinante para sua 
distribuição, uma vez que muitos corais vivem em simbiose com algas microscópicas (zooxantelas). Eles absorvem 
substâncias nutritivas das zooxantelas, que, por sua vez, contribuem com a deposição de carbonato de cálcio no 
esqueleto deles. As algas são protegidas e servem-se dos produtos de excreção, como dióxido de carbono, amô-
nia, nitratos, fosfatos – de seus hospedeiros para realizarem fotossíntese e outros processos metabólicos. 
Branqueamento de corais 
O branqueamento se dápelo comprometimento da simbiose entre os pólipos e as algas, responsáveis pelo 
colorido característico dos corais. A coloração esbranquiçada deve-se ao carbonato de cálcio, constituinte de seu 
esqueleto. O aumento de temperatura se destaca como um fator relacionado a esse fenômeno, que resulta na 
expulsão das algas pelos cnidários.
Como resultado, os corais são prejudicados em relação ao suprimento energético e a calcificação. 
Relações interespecíficas desarmônicas
§ Competição interespecífica
Acontece entre espécies diferentes, em uma mesma comunidade, pela luta por recursos.
§ Amensalismo ou antibiose
Relação na qual uma espécie bloqueia o crescimento ou a reprodução de outra espécie, denominada amen-
sal, através da liberação de substâncias tóxicas.
§ Penicillium e bactérias;
§ Maré vermelha (algas e demais seres vivos aquáticos);
§ A secreção e eliminação de substâncias tóxicas pelas raízes de certas plantas impedem o crescimento
de outras espécies no local.
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§ Parasitismo
O parasitismo caracteriza uma espécie que se instala no corpo de outra, dela retirando matéria para a sua
nutrição e causando-lhe danos.
§ Esclavagismo ou sinfilia
É uma relação ecológica que ocorre entre indivíduos (de uma espécie) que se beneficiam explorando as
atividades, o trabalho ou os produtos fabricados por outros animais (da mesma espécie ou não).
§ Formigas e pulgões;
§ Chupim e outros pássaros.
§ Predatismo
Predador é o indivíduo que caça e devora outro, chamado presa, pertencente a espécie diferente.
sucessão ecológIca
Processo ordenado da instalação e desenvolvimento de uma comunidade. Ocorre com o tempo e termina quando 
se estabelece na área uma comunidade estável (clímax).
Sucessão primária: etapas
Vamos tomar como exemplo uma região completamente desabitada, como uma rocha nua. O conjunto de condi-
ções para que plantas e animais sobrevivam ou se instalem nesse ambiente são muito desfavoráveis:
§ Iluminação direta causa altas temperaturas.
§ A ausência de solo dificulta a fixação de vegetais.
§ A água das chuvas não se fixa e rapidamente evapora.
Substrato
Aberto
Organismos se
estabelecem
Novos organismos
se estabelecem
Estabilização da 
comunidade e das
condições do meio
Complexidade estrutural e funcional do ecossistema
Variabilidade das condições ambientais
Alterações nas condições
ambientais
Pioneira Sere(s) Clímax
Seres vivos capazes de se instalar em tal ambiente devem ser bem adaptados e pouco exigentes. Estes são 
os liquens. Isso caracteriza a formação de uma comunidade pioneira ou ecese. Os liquens, por serem os primeiros 
seres a se instalarem, são chamados de organismos pioneiros.
Etapa após etapa, a comunidade pioneira evolui, até que a velocidade do processo começa a diminuir 
gradativamente, chegando a um ponto de equilíbrio, no qual a sucessão ecológica atinge seu desenvolvimento 
máximo. Essa comunidade é a etapa final do processo de sucessão, conhecida como comunidade clímax. Cada 
etapa intermediária entre a comunidade pioneira e a clímax é chamada de sere.
Comunidade clímax
Ao observarmos o processo de sucessão ecológica, podemos identificar um progressivo aumento na biodiversidade 
de espécies e na biomassa total. As teias e cadeias alimentares se tornam cada vez mais complexas e ocorre a 
constante formação de novos nichos.
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A produtividade bruta (total de matéria orgânica produzida) em comunidades clímax é grande, sendo maior 
do que as das comunidades antecessoras. Entretanto, a produtividade líquida é próxima a zero, pois toda a matéria 
orgânica produzida é consumida pela própria comunidade.
Sucessão secundária
Ocorre em substratos que já foram anteriormente ocupados por uma comunidade. São exemplos: clareiras, áreas 
desmatadas, fundos expostos de corpos de água. Esta sucessão é, normalmente, mais rápida que a primária. É o 
caso da sucessão numa floresta destruída.
Um trecho da floresta é destruído devido à ação humana ou pelo fogo, por exemplo, e o local é abandonado 
por certo tempo. A recolonização é feita por etapas: em primeiro lugar, o terreno é invadido pelo capim e outras 
ervas; depois, aparecem arbustos e, no final, árvores.
29
BREVIÁRIO 
Aulas 5 e 6
Competências 1, 4, 5 e 8
Habilidades 3, 14, 18 e 28
Fisiologia - circulação
Tipos de sistema circulatório
Os peixes possuem um coração com duas câmaras (bicavitário) e circulação fechada simples completa.
Nos anfíbios, o coração passa a ter uma cavidade a mais – dois átrios e um ventrículo – e sua circulação é 
classificada como dupla incompleta. 
Nos répteis, começa a divisão ventricular, com um septo incompleto. Nos crocodilianos, a separação ventri-
cular é completa, porém continua a haver mistura de sangues fora do coração (forâme de Panizza). Portanto, estes 
animais também possuem uma circulação dupla incompleta.
É nas aves e nos mamíferos que o coração atinge o máximo em eficiência: ele passa a ter quatro cavidades 
e os ventrículos estão completamente separados. Logo, a circulação é completa.
 
aorta artéria pulmonar esquerda
veias pulmonares esquerdas
átrio esquerdo
tronco pulmonar
valva atrioventricular esquerda
(mitral ou bicúspide)
valva semilunar pulmonar
ventrículo esquerdo
septoventrículo direito
Aspecto interno do coração humano
veia cava inferior
valva atrioventricular direita
(tricúspide)
átrio direito
valva semilunar aórtica
veia cava superior
Aspecto interno do coração humano
circulação humana
O sistema circulatório humano é composto pelo coração, sangue e vasos sanguíneos, no interior dos quais o fluido sanguíneo 
circula. Os vasos são de três tipos: artérias, veias e capilares. As diferenças entre eles estão diretamente relacionadas à função 
que exercem. Uma delas diz respeito à estrutura da parede. Nas artérias, é mais espessa, rica em tecido elástico e fibras 
musculares lisas (figura). Nas veias, a camada de tecido muscular é mais delgada, mas são dotadas de valvas responsáveis 
30
por impedir o refluxo de sangue. Deste modo, o fluxo de sangue tem sentido unidirecional até o coração. Os capilares são 
constituídos de parede delgada (com uma camada celular) por onde ocorre as trocas de materiais entre o sangue e os tecidos.
tecido conjuntivo Válvula
Músculo liso
Endotélio
Lúmen
Artéria Veia
Capilares
Endotélio
VênulaArteriola
O caminho do sangue
O átrio direito recebe sangue proveniente do corpo, através da veia cava superior e da veia cava inferior. 
Do átrio direito, o sangue passa para o ventrículo direito, atravessando uma valva atrioventricular direita 
(tricúspide). A contração do ventrículo direito direciona o sangue para a artéria pulmonar, que leva o sangue aos 
pulmões para oxigenação – hematose. O retorno do sangue oxigenado nos pulmões ocorre pelas veias pulmonares, 
que desembocam no átrio esquerdo. Este, contraindo-se, encaminha o sangue para o ventrículo esquerdo, atraves-
sando a valva atrioventricular esquerda (valva mitral ou bicúspide). O ventrículo esquerdo se contrai fortemente e 
impulsiona o sangue para a artéria aorta, que encaminha o sangue ricamente oxigenado para o restante do corpo. 
Portanto, essa circulação é fechada, dupla e completa.
Cabeça e membros superiores
Veia jugular
Veia pulmonar
Veia cava superior
Veia cava inferior
Veia hepática
Veia renal
Veia ilíaca
RINS
FÍGADO
TRATO
DIGESTIVO
PULMÕES
Artéria carótida
Artéria pulmonar
Artéria aorta
Veia porta-hepática
Artérias mesentéricas
Artéria renal
Artéria ilíaca
Tronco e membros inferiores
Esquema da circulação mostrando as artérias e veias
31
De forma bastante simples, pode-se dizer que artéria é um vaso de parede espessa que conduz sangue para fora 
do coração, e veia é um vaso de parede menos espessa que conduz sangue em direção ao coração.
Movimentos cardíacos: sístole e diástole
A contração cardíaca é conhecida como sístole. O relaxamento é conhecido como diástole.
 § Pressão arterial
É a pressão exercida pelo sangue contra as paredes de uma artéria. Chama-se pressão máxima(ou sistólica) 
a pressão durante a sístole, que, normalmente, é de 120 mmHg. A pressão durante a diástole é chamada de 
pressão mínima (ou diastólica), sendo da ordem de 80 mmHg.
O acúmulo de sódio (presente no sal e numa variedade de alimentos) leva à retenção de água, o que resulta 
em maior volume de sangue no interior dos vasos sanguíneos e consequente elevação da pressão arterial.
Sangue: tecido de interligação
Este tecido apresenta muitas funções. São elas:
 § transporte de nutrientes às células;
 § remoção de resíduos metabólicos das células;
 § transporte de hormônios e de anticorpos;
 § distribuição de calor;
 § transporte de gases respiratórios;
 § coagulação;
 § defesa.
O plasma, uma complexa mistura de substâncias químicas em água, representa 55% do volume total do 
sangue.
Os 45% restantes correspondem à parte figurada, formada por três tipos de elementos celulares: glóbulos verme-
lhos (hemácias ou eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas (trombócitos, na verdade, fragmentos de células).
Desempenham as seguintes funções:
 § Glóbulos vermelhos: transporte de gases respiratórios, O2 e CO2;
 § Glóbulos brancos: defesa fagocitária (realizada pelos neutrófilos e monócitos) e defesa imunitária (reali-
zada pelos linfócitos) do organismo;
 § Plaquetas: atuam no processo de coagulação do sangue.
Algumas situações podem alterar o número de células sanguíneas. Acompanhe no quadro abaixo:
Tipos
Quantidade 
média m/L
Funções Variações
Glóbulos vermelhos
(hemácias)
Homem: 5,4 milhões
Mulher: 4,8 milhões 
Transporte de O2 e CO2
Diminuição: anemia (verminoses, hemorragias, deficiên-
cias de vitamina B-12)
Aumento: pessoas que vivem em regiões de grande altitude
Glóbulos brancos
(leucócitos)
4 mil a 11 mil
Defesa fagócitária 
e imunitária
Diminuição: lesões na medula óssea e algumas infecções
Aumento: infecções e leucócitos
Plaquetas 
(trombócitos)
250 mil a 400 mil Coagulação do sangue Diminuição e aumento provocados por certas doenças
32
DeFesa Do organismo
De modo geral, as primeiras barreiras naturais são inespecíficas, ou seja, funcionam contra qualquer invasor. Dentre 
elas podem ser citadas a pele, a saliva, o ácido clorídrico do estômago, o pH da vagina, a cera do ouvido externo, 
o muco presente nas mucosas e no trato respiratório e os cílios do epitélio respiratório. Todos esses mecanismos 
compõem a primeira linha de defesa. 
Então, caso essas barreiras não funcionem, entra em ação as células de defesa, componentes do sistema 
imunológico. As células envolvidas são os glóbulos brancos ou leucócitos. 
Dentre essas células de defesa existem aquelas que atuam com especificidade contra o antígeno – molé-
cula/substância capaz de desencadear resposta imune – representadas pelos linfócitos; e aquelas de ação inespe-
cífica, que protegem o corpo de qualquer material ou microrganismo estranho, representadas pelos neutrófilos e 
macrófagos (diferenciado a partir dos monócitos). Estas se caracterizam por realizar mais rápida a resposta que é 
desencadeada por mecanismos específicos, que ampliam a eficiência da resposta inespecífica.
Do processo de resposta específica participam os macrófagos e linfócitos, conforme descrito a seguir.
 § Macrófagos – são células especializadas em fagocitar os agentes estranhos, mas não é só isso, eles tam-
bém removem do organismo restos celulares e ainda células mortas ou velhas. São conhecidas também 
como células apresentadoras de antígenos, nesse papel atuam ativando os linfócitos T, assim, “informam-
-lhes” da presença de um microrganismo invasor.
 
 
Fragmentos do antígeno
apresentado na surperfície
do macrófogo
5
Fragmentos restantes são
expulsos por exocitose
6
Célula inimiga é reduzida a 
pequenos fragmentos
4
Enzimas começam a 
degradar as células inimigas
3
Fusão do lisossomo e fagossomo2
Fagocitose da célula inimiga (antigeno)1
Etapas da resposta imune mediada por macrófagos (células apresentadoras de antígeno). Note que, na etapa 5, 
são dispostos na superfície celular fragmentos de antígenos. São esses fragmentos que serão reconhecidos pelos linfócitos T.
 § Linfócitos T – o linfócito T-CD4 ativa o linfócito B, após o reconhecimento dos antígenos apresentados 
pelos macrófagos; enquanto o linfócito T-CD8 atua destruindo as células já invadidas pelo agente estranho. 
 § Linfócitos B – depois de ativados pelo linfócito T, os linfócitos B se multiplicam rapidamente, diferenciam-
-se em plasmócitos e são capazes de produzir anticorpos. Esses têm ação específica, ou seja, para cada tipo 
de invasor é produzido um tipo de anticorpo, por isso é importante a pré-identificação do agente invasor. 
Funciona como o mecanismo de ligação chave-fechadura que acontece entre enzimas e seus substratos. 
Assim, a partir das extremidades de sua molécula, ligam-se de maneira específica aos antígenos, inativando 
os invasores e facilitando sua destruição.
33
 
 Sitio de ligação
com o antígeno
Sitio de ligação
com o antígeno
Antígeno
Estrutura de anticorpos.
Estrutura de anticorpos
Quando ativados, os linfócitos liberam substâncias que estimulam a proliferação celular, a partir da geração 
dos clones efetores e também de memória. Enquanto houver antígenos, a quantidade de linfócitos aumentará, e de 
maneira proporcional, quando a quantidade de antígenos diminui, o mesmo acontece com o número de linfócitos. 
No entanto, mesmo após os antígenos terem sido totalmente neutralizados e, consequentemente, sua possibilidade 
de causar danos ao organismo, ainda restam as células de memória, tipos especiais de linfócito, que prontamente 
entrarão em ação, caso o mesmo tipo de antígeno volte a invadir o corpo. Essa “memória” apresenta duração 
variada de acordo com o tipo de antígeno, assim, pode durar anos ou até mesmo pelo resto da vida do indivíduo.
De maneira a potencializar a defesa natural do corpo, são utilizados vacinas, soros e antibióticos. Cada qual 
desencadeia um papel particular.
 § Vacinas – agem de forma preventiva. São compostas por microrganismos ou partes deles (antígenos) 
enfraquecidos ou mortos, que estimulam o reconhecimento antígeno-anticorpo. Devido a esse reconheci-
mento inicial, são produzidas células de defesa e algumas delas são células de memória. Estas permane-
cem após o término do processo de resposta imune e conferem caráter duradouro às vacinas. Assim, caso 
o mesmo tipo de microrganismo entre no indivíduo vacinado, seu sistema imune reagirá mais rapidamen-
te, até mesmo não permitindo que o quadro patológico se instale. Por induzir no corpo a resposta imune 
com produção de anticorpos, as vacinas são consideradas uma forma de imunização ativa. 
 § Soros – são usados como um tratamento contra intoxicações decorrentes de venenos animais, toxinas 
ou infecções por vírus e bactérias. Nesses medicamentos há anticorpos produzidos por animais (comu-
mente cavalos) imunizados. Por isso, é denominada imunização passiva. É o tipo de abordagem ideal para 
quando há necessidade de uma reposta rápida no organismo. Apesar de rápida, é passageira, pois os 
anticorpos provenientes de outro animal têm duração limitada. 
 § Antibióticos – responsáveis por uma verdadeira revolução na área da saúde, esses medicamentos são 
usados no combate a infecções bacterianas.
Príons 
São moléculas de proteínas infectantes. Diferentes de bactérias e vírus, não possuem genoma. Originam-se de proteí-
nas, normalmente encontradas nas células, que são alteradas devido à mutação, originando essas moléculas que têm 
sua conformação alterada. 
Não há mecanismos imunológicos eficientes contra as príons. As doenças por elas causadas ainda não têm cura. 
A encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como doença da vaca louca, é causada por príons. 
34
Coagulação sanguínea
Após um ferimento, as plaquetas desencadeiam o processo de coagulação do sangue por meio da liberação dos 
fatores de coagulação. O coágulo detém uma eventual hemorragia.
Tecido com
lesões 
Plaquetas
aglomeradasFibrina Fibrinogênio
Protrombina Trombina
Tromboplastina
Ca++ (plasma)Vitamina K
Fígado
(Coágulo) (plasma)
Inicialmente, as plaquetas liberam a enzima tromboplastina que, em presença de íon cálcio, converte a 
proteína solúvel protrombina, presente no plasma, na enzima trombina. A trombina catalisa a transformação da 
proteína solúvel fibrinogênio, presente no plasma, em fibrina, proteína insolúvel. A fibrina forma uma rede fibrosa 
(coágulo), que adere à região da ferida, estancando a perda de sangue.
Transporte de gases pelo sangue
O oxigênio é transportado praticamente apenas pelas hemácias, ligado à hemoglobina. Forma-se, assim, a oxiemo-
globina. Enquanto o gás carbônico é transportado, majoritariamente, pelo plasma, e quando associado à hermo-
globina, forma a carboemoglobina.
Trocas gasosas
A tomada de oxigênio e a remoção de gás carbônico, ou seja, as trocas gasosas efetuadas pelos animais, caracteri-
zam o que se conhece por respiração. Não confundir com respiração aeróbia, na qual, em mitocôndrias (eucarion-
tes) na presença de O2, ocorre quebra de glicose para a produção de energia.
Trocas gasosas nos animais
A pele é um eficiente órgão de trocas gasosas nos anelídeos, como as minhocas, e nos anfíbios, como os sapos. 
Nestes, quando adultos, a pele apenas complementa as trocas realizadas pelos pulmões, que é insuficiente para 
suprir a demanda respiratória.
Os pulmões foram se tornando mais complexos ao passo evolutivo. São estruturas internas que constituem 
importante adaptação dos tetrápodes à vida terrestre.
As brânquias estão presentes em animais aquáticos: moluscos, anelídeos aquáticos, crustáceos, fase larval 
de sapos e peixes.
As traqueias dos insetos são finíssimos túbulos condutores. Nos insetos, o sistema respiratório funciona 
independentemente do sistema circulatório. Os aracnídeos são dotados de pulmões folíaceos.
35
A respiração humana
Hematose: trocas gasosas nos alvéolos
As trocas gasosas ocorrem entre o ar alveolar e o sangue contido nos capilares. O sangue proveniente dos tecidos 
é rico em gás carbônico e pobre em oxigênio. O ar alveolar é rico em oxigênio e pobre em gás carbônico. Essas 
concentrações de gases podem ser expressas em termos de pressão parcial. Assim, quanto maior a concentração 
de um gás, maior será sua pressão parcial e vice-versa. 
 
Bronquíolo
Veia
pulmonar
Artéria
pulmonar
Alvéolos
capilares(b)(a)
Faringe
Laringe
Traqueia
Brônquios principais
Brônquiolos 
Diafragma
Sistema respiratório humano (a) e detalhe dos alvéolos (b)
O gás carbônico se difunde do sangue para o ar alveolar, deixando livres as moléculas de hemoglobina 
existentes nas hemácias. Por sua vez, o oxigênio difunde-se do ar alveolar para o sangue, ocupando os lugares 
vagos existentes nas moléculas de hemoglobina. Esses processos ocorrem por difusão, por isso, cada gás se move 
de onde sua concentração é elevada para o local de menor concentração. 
sisTema DigesTório
Digestão é o processo de transformação de moléculas de grande tamanho, por hidrólise enzimática, em unidades 
menores que possam ser absorvidas e utilizadas pelas células. 
De maneira geral, pode se dar em dois tipos: extracelular e intracelular.
Nos protozoários, a digestão é intracelular. 
Nas esponjas, a digestão é exclusivamente intracelular.
Nos cnidários e platelmintos, já existe uma cavidade digestiva incompleta. Neles, o início da digestão é 
extracelular, mas o término ainda é intracelular.
Os primeiros animais com cavidades digestivas completas pertencem ao grupo dos nematelmintos.
No homem e em todos os vertebrados, a digestão é extracelular e ocorre inteiramente na cavidade do tubo 
digestório.
O tubo digestivo humano
O tubo digestivo humano é composto pela seguinte sequência de órgãos: boca, faringe, esôfago, estômago, intes-
tino delgado, intestino grosso e ânus.
36
Início da digestão 
O alimento ingerido é fragmentado pelos dentes. Na saliva há água (99%), sais inorgânicos, muco e a enzima 
ptialina (ou amilase salivar). Este líquido é liberado por três pares de glândulas salivares (parótidas, sublinguais e 
submandibulares).
A ptialina atua em pH neutro ou ligeiramente alcalino e promove a hidrólise do amido em moléculas de 
maltose. A digestão do amido é iniciada na boca e deve ser concluída no intestino delgado.
Alimento a caminho do estômago
Após ter sido devidamente umedecido e lubrificado pela saliva, o bolo alimentar passa pela faringe em direção 
ao esôfago (deglutição), através de movimentos peristálticos. Essa contração chega à junção do esôfago com o 
estômago e favorece a passagem do bolo alimentar.
Estômago: o início da digestão de proteínas
No estômago, o suco gástrico passa a exercer sua ação digestiva. A pepsina é a principal enzima do suco gástrico, 
atuando em meio ácido, com pH ao redor de 2. Ela converte proteínas em peptídeos. 
Intestino delgado
Posteriormente, o quimo passa para o duodeno. No intestino delgado, para finalizar a digestão dos alimentos, 
atuarão: suco pancreático, suco entérico (ou intestinal) e bile. O pH nesse órgão é aproximadamente 8. 
Assim que são digeridos, os produtos finais da digestão vão sendo absorvidos pelas células da parede intes-
tinal que contém inúmeras vilosidades. Estas são responsáveis por aumentar a superfície de absorção.
Intestino grosso
Após a absorção dos resíduos úteis pelo intestino delgado, os restos alimentares são enviados ao intestino grosso, 
misturados com grande quantidade de água e sais, que são quase totalmente absorvidos pelas paredes desse 
órgão. Tudo que não foi aproveitado caracteriza as fezes, que são eliminadas pelo ânus. 
excreção
Excretas nitrogenadas
O metabolismo de aminoácidos e proteínas (substâncias compostas de nitrogênio) nas células resulta na formação 
de moléculas nitrogenadas: amônia, ureia e ácido úrico.
A excreção humana
Como os demais mamíferos, os seres humanos excretam, principalmente, a ureia, que é produzida no fígado, atra-
vés de uma série de reações químicas, a partir de amônia.
37
 
 
artéria aortaveia cava
inferior
ureter
ureter
bexiga
urinária
uretra
veia
renal
artéria renal
O sistema urinário humano (masculino): constituído do canal da uretra, 
que também é utilizado pelo sistema reprodutor para eliminação do sêmen.
Componentes do sistema urinário humano:
 § Rins – cuja unidade de filtração é o néfron, composto de glomérulo (cápsula de Bowman), túbulos e ducto 
coletor;
 § Ureteres;
 § Bexiga urinária; e
 § Uretra.
Hormônios que atuam no mecanismo excretor
 § ADH ou vasopressina – promove a reabsorção de água nos néfrons, que é enviada de volta para os 
capilares sanguíneos. No entanto, a secreção deste hormônio pela hipófise pode ser inibida. Quando isso 
acontece, a diurese aumenta. Fatores, como a elevada ingestão de água, baixas temperaturas e ingestão de 
álcool, agem como inibidores.
 § Aldosterona – tem a função de aumentar a reabsorção de sódio, que, consequentemente, estimula a 
reabsorção de água por osmose.
riTmo circaDiano
Ritmo circadiano ou ciclo circadiano é um tipo de ritmo biológico determinado pelo estado vigília-sono, que tem 
duração aproximada de 24 horas. A adequação pelos indivíduos, entre o ciclo de sono/vigília e o ciclo noite/dia do 
ambiente é direcionada pela interação de elementos internos e externos (luminosidade, temperatura). 
Muitas funções do organismo respeitam o ritmo circadiano, como controle da temperatura, produção de hor-
mônios, atividades digestiva e renal. São comandadas por um tipo de relógio interno, presente nos animais em geral.
Por isso, mudanças drásticas que afetem o ciclo sono/vigília também refletem alterações nos ciclos bioló-
gicos associados a ele. São exemplos dessas mudanças: trabalhos noturnos, trabalhos em turnos e alternâncias 
frequentes de fuso horário devido a voos. Como resultado, uma pessoa submetida a uma dessas situações comu-
mente sente cansaço, sonolência em momentos inapropriados, alteração no humor e prejuízo norendimento físico 
e cognitivo. Assim, somente após um período, a pessoa consegue readaptar-se às condições apropriadas para o 
desempenho de suas funções biológicas. 
38
PercePção
Os estímulos ambientais são transmitidos como impulsos nervosos pelos órgãos dos sentidos, responsáveis por sua 
captação. Esses órgãos são dotados de receptores específicos para cada estímulo. No ser humano, os receptores 
podem ser classificados, quanto ao tipo, em:
I. Mecanorreceptores
 § Tato – localizados na pele
 § Proprioceptores – localizados no músculo
 § Pressão – localizados nos vasos
 § Equilíbrio – labirinto, localizado no ouvido
 § Auditivos – cóclea, localizado no ouvido
II. Quimiorreceptores
 § Gustativos – localizados na língua (nos humanos)
 § Olfativos – localizados no epitélio nasal
III. Termorreceptores
 § Temperatura – localizados na pele
IV. Fotorreceptores
 § Compostos que absorvem luz – localizados nos olhos
V. Dor
 § Terminações nervosas livres – localizadas por todo o corpo 
No ser humano, os sentidos se resumem a: tato, olfato, gustação, visão, audição e equilíbrio.
Visão
Fazem parte da estrutura ocular humana: 
 § córnea;
 § íris;
 § pupila;
 § cristalino ou lente;
 § humor aquoso;
 § humor vítreo;
 § retina – local onde se concentram cones e bastonetes;
 § nervo óptico.
O cristalino é uma lente que concentra a luz na retina. Nela se reúnem células que contêm pigmentos: os cones 
e os bastonetes. Os cones ocorrem principalmente na região central da retina e seu estímulo depende de altas inten-
sidades luminosas, são responsáveis pela percepção de cores e detalhes. Diz-se que são células utilizadas quando há 
claridade. Os bastonetes, por sua vez, existem 
em maior quantidade na periferia da retina e 
são estimulados com luz em baixa intensidade. 
É frequente dizer que são usados para visão no 
escuro, mas não registram cores. 
Ao visualizar um objeto, de fato trata-se 
da captação da luz por fotorreceptores na reti-
na. Essa luz é “transformada” em impulsos ner-
vosos, enviados para o cérebro. É na retina que 
a imagem é formada, no entanto, invertida, mas 
quando a informação chega à região cerebral 
responsável pela decodificação, ela fica direita.
 
Humor vítreo
Músculo reto superior
Íris
Câmara anterior
(como humor aquoso)
Córnea
Pupila
Cristalino
Corpo ciliar
e musculos
Músculo reto inferior
Secção tranversal e olho humano.
Retina
Fóvea
Macula
Nervo óptico
Coróide
39
BREVIÁRIO 
Aulas 7 e 8
Competências 1, 5 e 8
Habilidades 2, 17, 18 e 30
Vírus
Eles medem entre 0,03 µm e 0,3 µm (aproximadamente dez a cem vezes menor que as bactérias) e são formados 
por uma cápsula de proteína, o capsídeo, com várias subunidades, os capsômeros. No interior do capsídeo, há 
um ácido nucleico (material genético), que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA ou RNA. Nos tipos mais 
complexos de vírus existem também glicídios e lipídios.
O capsídeo mais o ácido nucleico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são 
formados apenas pelo nucleocapsídeo, outros, no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleo-
capsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.
Proteínas virais especí�cas
Capsídio:
Proteínas virais especí�cas
DNA viral
Adenovírus
(vírus não envelopado)
Vírus da in�uenza A
(vírus envelopado)
Envelope:
Membrana bimolecular de
lipídios e proteínas especí�cas
do vírus
Capsídio: proteínas virais especí�cas
DNA viral
H (Hemaglutina)
N (Neuraminidase)
40
Reprodução
São considerados parasitas intracelulares obrigatórios. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que in-
fectam eucariontes, enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam 
procariontes.
Fibra de cauda
Placa basal
Colar
Cabeça
Bacteriófago
Mecanismo de manifestação viral
O mecanismo de ação viral pode variar de acordo com o ácido nucleico (RNA ou DNA), podendo se manifestar da 
seguinte forma:
 § Quando o material genético for o DNA.
O DNA viral passa por uma transcrição, sintetizando várias moléculas de RNA traduzidas em uma proteína. 
Exemplos: vírus da varíola, hepatite e herpes. 
 § Quando o material genético for o RNA, a ação viral pode ocorrer por duas vias de acordo com o vírus.
Na primeira, os vírus de RNA sintetizam mais RNA traduzidos em proteínas pelo maquinário da célula 
hospedeira.
Exemplos: vírus da gripe, poliomielite e raiva.
Na segunda, o RNA é convertido em DNA por meio de uma enzima denominada transcriptase reversa.
Exemplo: vírus da aids.
Doenças Virais humanas
No homem, inúmeras doenças são causadas por esses seres acelulares. Praticamente, todos os tecidos e órgãos 
humanos podem ser afetados por alguma infecção viral. Inclusive a ação viral pode desencadear tumores. Algumas 
das principais viroses que acometem os seres humanos são:
41
 § Gripe
 § Hepatite
 § Herpes
 § Poliomielite
 § Raiva
 § Rubéola 
 § Sarampo
 § Varíola
 § Catapora
 § Caxumba
 § Dengue
 § Febre amarela
 § Ebola
 § Aids
retroVírus e aDenoVírus
O HIV tem a enzima transcriptase reversa, que faz com que o processo de transcrição reversa seja realizado 
(formação de DNA a partir do RNA viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado 
retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem 
DNA fazem o processo de transcrição (passagem da “linguagem” de DNA para RNA) e só depois a tradução. Estes 
últimos vírus são designados de adenovírus.
RNA
Transcriptase reversa
Envelope
lipídico
Capsídeo
Esquema do Vírus HIV
Há algumas décadas, os medicamentos antirretrovirais são usados por portadores do HIV (soropositivos). 
Sua ação visa impedir a multiplicação do vírus e ajudar a evitar a baixa do sistema imunológico, diretamente atin-
gido pelo HIV. 
Devido à ampla adesão ao tratamento com coquetel anti-HIV (conjunto de diferentes antirretrovirais), os 
indivíduos soropositivos passaram a desfrutar de maior tempo e qualidade de vida. 
42
Doenças causaDas por Vírus
Acompanhe, abaixo, alguns termos comuns utilizados ao se tratar de doenças:
 § Agente etiológico: causador da doença. 
 § Vetor: aquele que transmite a doença, ou seja, carrega o agente etiológico até um organismo vivo, conta-
minando-o. 
 § Hospedeiro definitivo: aquele no qual se encontram os parasitas adultos, ou seja, que já atingiram a 
maturidade sexual, podendo se reproduzir. 
 § Hospedeiro intermediário: aquele que abriga os parasitas ainda não maduros sexualmente.
 § Epidemia: caracteriza-se pela incidência de um grande número de casos de uma doença, num curto perí-
odo de tempo. 
 § Pandemia: é uma epidemia que toma grandes proporções e pode atingir muitos países e até mais de um 
continente.
 § Endemia: refere-se a uma doença particular de determinada região ou país.
Na tabela, são descritas algumas doenças causadas por vírus.
Doença Agente etiológico Transmissão Prevenção
Poliomielite
(paralisia infantil)
Poliovírus Oral/fecal Vacinação (“gotinhas do Sabin”)
Dengue Vírus da dengue(4 subtipos)
Picada de mosquito Aedes 
aegypti (vetor) contaminado 
pelo vírus.
Controle da proliferação do mosquito, 
evitando acúmulo de água parada em 
pneus, garrafas, vasos, dentre outros.
Sarampo Vírus do sarampo
Por vias respiratórias – contato 
com secreções (dos olhos, nariz 
e garganta) de pessoas conta-
minadas.
Vacinação e evitar contato com secre-
ções de pessoas doentes.
Gripe Vírus Influenza
Por vias respiratórias – contato 
com gotículas de saliva de pes-
soas contaminadas.
Vacinação de grupo restrito (como ido-
sos e pessoas com baixa imunidade); 
evitar contato com doentes; boa alimen-
tação para fortalecer o sistema imune.
Caxumba Vírus da caxumba
Por vias respiratórias – contato 
com gotículas de saliva de pes-
soas contaminadas.
Vacinação e evitar contato com secre-
ções de pessoas doentes.
Aids HIV
Por meio de relações sexuais 
sem preservativo com portado-
res do

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