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Comportamento Empreendedor um Mapeamento da Produção Científica Nacional 2000-2020

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COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR: UM MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO
CIENTÍFICA NACIONAL (2000-2020) E PROPOSIÇÃO DE UMA AGENDA DE
PESQUISA
Article · May 2020
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Arthur William Pereira da Silva
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
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Brenda Nathália Fernandes Oliveira
Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA
15 PUBLICATIONS   14 CITATIONS   
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Ahiram Brunni Cartaxo de Castro
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
63 PUBLICATIONS   79 CITATIONS   
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Pablo Marlon Medeiros da Silva
Universidade Potiguar (UnP)
28 PUBLICATIONS   17 CITATIONS   
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https://www.researchgate.net/publication/341202781_COMPORTAMENTO_EMPREENDEDOR_UM_MAPEAMENTO_DA_PRODUCAO_CIENTIFICA_NACIONAL_2000-2020_E_PROPOSICAO_DE_UMA_AGENDA_DE_PESQUISA?enrichId=rgreq-0945434ff67a198c1a92af66b8216055-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM0MTIwMjc4MTtBUzo4ODg2MTc1MTc5ODk4ODhAMTU4ODg3NDMzNDQ3Nw%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf
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RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
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COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR: UM MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO 
CIENTÍFICA NACIONAL (2000-2020) E PROPOSIÇÃO DE UMA AGENDA DE 
PESQUISA 
 
ENTREPRENEURIAL BEHAVIOR: A MAPPING OF NATIONAL SCIENTIFIC 
PRODUCTION (2000-2020) AND PROPOSITION OF A RESEARCH AGENDA 
 
Arthur William Pereira da Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - 
arthurwilliamadm@hotmail.com 
Brenda Nathália Fernandes Oliveira, Universidade Norte do Paraná - nutricionistabrendanathalia@gmail.com 
Ahiram Brunni Cartaxo de Castro, Universidade Potiguar - brunnicastro@hotmail.com 
Pablo Marlon Medeiros da Silva, Universidade Potiguar - pablo_marlon17@hotmail.com 
Alípio Ramos Veiga Neto, Universidade Potiguar - alipio@veiga.net 
 
RESUMO 
Tendo em vista a relevância da atividade empreendedora para o impulsionamento da economia nacional, bem como a análise 
e difusão das características comportamentais empreendedoras para amplificar esse efeito positivo. Esta pesquisa teve como 
objetivo realizar uma análise bibliométrica da produção científica nacional (2000-2020), sobre o comportamento 
empreendedor, a fim de fornecer um mapeamento dos estudos nessa área, bem como o levantamento das principais temáticas 
emergentessobre o assunto. Após a definição das fontes de dados, periódicos com Qualis/2013-2016 A2 e B1 na área de 
administração, do recorte temporal a ser pesquisado, de 2000-2020, e dos termos de pesquisa a serem buscados nos 
periódicos, a saber: comportamento empreendedor; características do empreendedor; atitude empreendedora; entrepreneurial 
behavior; characteristics of the, entrepreneur e entrepreneurial atitude. Foi realizada uma abordagem quantitativa, através de 
estudo bibliométrico dos 50 artigos que se encaixaram nos critérios pré-estabelecidos, os quais foram analisados tomando por 
bases vários indicadores bibliométricos conceituados. Após a realização de diversas análises, percebeu-se que apenas 24 
periódicos nacionais, com Qualis/2013-2016 A2 e B1 em administração, tiveram participação na construção do conhecimento 
sobre comportamento empreendedor nos últimos 20 anos, e que destes, a REGEPE - Revista de Empreendedorismo e Gestão 
de Pequenas Empresas – foi a que mais se destacou, comportando 24% de toda a produção atual sobre o tema, e que a maior 
produção nacional se encontra na região sudeste, muito embora a instituição com mais autores vinculados tenha sido a 
Universidade Federal de Santa Maria. No que se refere aos autores utilizados para a fundamentação teórica destes, concluiu-
se que os autores mais utilizados ainda são os de origem internacional, com maior destaque para Filion, McClelland, 
Schumpeter e Drucker. Porém, alguns autores nacionais já vêm, há algum tempo, conquistando uma notoriedade 
considerável, com destaque para Souza, Lopes Júnior, Dornelas e Dolabela. No que concerne aos procedimentos 
metodológicos aplicados nas pesquisas sobre o tema, os mais utilizados no âmbito nacional são: Quanto ao tipo da pesquisa, 
a descritiva; Quanto a abordagem, a quantitativa; Em relação as técnicas de coleta de dados, o questionário; e para a análise 
dos dados, a modelagem de equações estruturais. A pesquisa possibilitou um amplo mapeamento da produção científica 
nacional sobre comportamento empreendedor nos últimos 20 anos, bem como, indicou como principais linhas de pesquisa 
emergentes, dentro da temática, o estudo dos fatores determinantes da intenção empreendedora; a investigação do 
empreendedorismo no ambiente acadêmico; do empreendedorismo socioambiental; e o aprofundamento da análise sobre a 
influência do contexto no comportamento empreendedor. 
 
Palavras-chave: Comportamento empreendedor. Produção Nacional. Características do empreendedor. Agenda de Pesquisa. 
Atitudes empreendedoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ABSTRACT 
In view of the relevance of entrepreneurial activity for boosting the national economy, as well as the analysis and 
dissemination of entrepreneurial behavioral characteristics to amplify this positive effect. This research aimed to carry out a 
bibliometric analysis of the national scientific production (2000-2020), on entrepreneurial behavior, in order to provide a 
mapping of studies in this area, as well as a survey of the main emerging themes on the subject. After defining the data 
sources, journals with Qualis / 2013-2016 A2 and B1 in the administration area, the time frame to be searched, from 2000-
2020, and the search terms to be searched in the journals, namely: behavior entrepreneur; characteristics of the entrepreneur; 
entrepreneurial attitude; entrepreneurial behavior; characteristics of the, entrepreneur and entrepreneurial attitude. A 
quantitative approach was carried out, through a bibliometric study of the 50 articles that fit the pre-established criteria, 
which were analyzed based on several reputable bibliometric indicators. After carrying out several analyzes, it was noticed 
that only 24 national journals, with Qualis / 2013-2016 A2 and B1 in administration, had participated in the construction of 
knowledge about entrepreneurial behavior in the last 20 years, and that of these, REGEPE - Revista Entrepreneurship and 
Small Business Management - was the one that stood out the most, comprising 24% of all current production on the subject, 
and that the largest national production is in the southeast region, although the institution with the most linked authors was 
the Federal University of Santa Maria. With regard to the authors used for their theoretical foundation, it was concluded that 
the authors most used are still those of international origin, with greater emphasis on Filion, McClelland, Schumpeter and 
Drucker. However, some national authors have been achieving considerable notoriety for some time, with emphasis on 
Souza, Lopes Júnior, Dornelas and Dolabela. Regarding the methodological procedures applied in research on the topic, the 
most used at the national level are: As for the type of research, the descriptive; As for the approach, the quantitative; 
Regarding data collection techniques, the questionnaire; and for data analysis, the modeling of structural equations. The 
research made possible a wide mapping of the national scientific production on entrepreneurial behavior in the last 20 years, 
as well as, it indicated, as main emerging research lines, within the theme, the study of the determining factors of the 
entrepreneurial intention; the investigation of entrepreneurship in the academic environment; socio-environmental 
entrepreneurship; and deepening the analysis on the influence of the context on entrepreneurial behavior. 
 
 
Keywords: Entrepreneurial behavior. National Production. Characteristics of the entrepreneur. Research Agenda. 
Entrepreneurial attitudes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
A atividade empreendedora sempre se mostrou fundamental para o desenvolvimento 
das nações, de acordo com Schumpeter (1997), um dos principais elementos essenciais à uma 
economia inovadora e em constante crescimento, reside no quanto esta está voltada ao 
empreendedorismo e inovação radical. Schumpeter (1997) explica que é fundamental para a 
renovação, manutenção e crescimento econômico o florescimento do processo empreendedor 
inovador, ou seja, a busca constante de oportunidades e necessidades, bem como, o 
desenvolvimento ou aperfeiçoamento de novos produtos a fim de suprir ou atender essas 
demandas, sempre de forma mais eficiente e eficaz (SILVA et al., 2018). 
 Corroborando Schumpeter (1997), Filion (1999a) argumenta que o processo 
empreendedor se trata da ação constante de perscrutar o ambiente social, em busca de 
necessidades não atendidas, problemas não resolvidos, e da formulação de novas formas de 
atendimento a essas demandas. Araújo et al. (2018) defende que esse processo é capaz de 
gerar negócios que geram, além de lucratividade para os proprietários, impacto positivo para a 
sociedade. Nesse sentido Schumpeter (1997) propõe o conceito da destruição criativa, que 
segundo o autor, trata-se de consequência natural e desejada provinda da atividade 
empreendedora inovadora, significando o constante processo de destruição de modelos de 
negócios vigentes, pela proposição de novos modelos mais eficazes e eficientes para atender 
as demandas já atendidas pelos modelos de negócios anteriores. 
 Se o empreendedorismo sempre se mostrou como um pilar relevante da oxigenação 
das economias nacionais, o mesmo vem ganhando cada vez mais expressividade a nível 
global na contemporaneidade, devido diversas variáveis que vem tornando-o cada vez mais 
fundamental, não só para o crescimento econômico de países já desenvolvidos, mas até 
mesmo como ferramenta de combate à miséria e a pobreza em países em desenvolvimento e 
subdesenvolvidos, como no caso do Brasil (ARAÚJO et al., 2018; SILVA et al., 2019). Onde 
a atividade empreendedora se mostra como uma das principais alternativas ao emprego 
formal,dentro de um contexto onde se chegou a cerca de 13,4 milhões de desempregados no 
fim do primeiro trimestre de 2019 (IBGE, 2019a), além do mal desempenho da economia 
brasileira como um todo, o que pode ser verificado por meio da avaliação do índice do 
produto interno bruto Brasileiro nos últimos anos (IBGE, 2019b). 
 Dessa forma, considerando a influência do empreendedorismo e do empreendedor 
para o impulsionamento das economias nacionais, sua importância como ferramenta de 
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combate ao desemprego, e por conseguinte a miséria e a pobreza, vê-se como relevante o 
aprofundamento do estudo das características do empreendedor, iniciado por Mcclelland 
(1972) com o intuito de identificar as principais características dos indivíduos 
empreendedores, entende-las e assim promover a difusão, por meio de instituições de ensino 
dos mais variados níveis, da oferta de ações e metodologias voltadas a desenvolver os 
conhecimentos, habilidade, atitudes e principalmente as competências empreendedoras do 
maior número possível de indivíduos (SILVA et al., 2018). 
 Muito embora muitos estudos tenham sido desenvolvidos e publicados após os 
trabalhos de Mcclelland (1972), poucos trabalhos bibliométricos foram realizados a fim de 
mapear a produção científica voltada a análise das características do empreendedor a nível 
global. A ausência de estudos nesse sentido é ainda mais sentida no âmbito nacional, a nível 
de Brasil, existindo apenas um manuscrito que se dispôs a realizar tal empreendimento 
bibliométrico, a saber o trabalho de Brancher, Oliveira e Roncon (2012), entretanto ao ter 
analisado apenas a produção sobre a temática publicada entre os anos de 2004-2008, o estudo 
encontra-se hoje defasado, não cobrindo todo o período dos últimos 12 anos, de 2009 a 2020, 
no qual pode ter havido grande evolução nos resultados de tais pesquisas, deixando assim 
uma lacuna teórica a ser explorada por estudos atuais, como o presente trabalho, bem como 
justificando sua relevância. 
Uma vez que estes podem, além de identificar os tópicos emergentes que vem 
surgindo na pesquisa sobre a temática; os principais centros de pesquisas focados no estudo 
do comportamento empreendedor; os principais métodos de pesquisa, coleta e análise de 
dados empregados em tais estudos; os principais pesquisadores na área a nível nacional e 
internacional; sintetizar um conjunto de características empreendedoras que possam ter sido 
identificadas pelos pesquisadores da área nos últimos 20 anos, haja vista as abruptas 
mudanças que vem ocorrendo no cenário político, econômico, tecnológico, social, ambiental e 
mesmo comportamental ao longo dessas duas primeiras décadas do século XXI. 
Assim, o objetivo desta pesquisa foi realizar uma análise bibliométrica da produção 
científica nacional (2000-2020), sobre o comportamento empreendedor, a fim de fornecer um 
mapeamento dos estudos nessa área, bem como o levantamento das principais temáticas 
emergentes sobre o assunto. 
 
 
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2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 EMPREENDEDORISMO 
 
Empreendedorismo diz respeito a um tema de constante investigação em diversas 
áreas do conhecimento, especialmente em administração (GIMENEZ; GIMENEZ, 2010; 
DAMKE et al., 2016). Foi Jean-Baptiste Say quem lançou os primeiros alicerces para o 
estudo do empreendedorismo (FILION, 1999a). 
Ao longo de décadas, inúmeros autores vêm tentando definir o que seria o 
empreendedorismo. Um destes foi Schumpeter, uma das principais autoridades no assunto. 
Este autor defende a ideia de que o empreendedorismo é a percepção e exploração de novas 
oportunidades sempre com a ótica da inovação. Para ele, empreendedores são pessoas 
criativas, e que se dão bem com inovações. Corroborando a definição de Schumpeter (1961), 
Baron e Shane (2007) definem o empreendedorismo como um processo, onde há a percepção 
da oportunidade/ideia nova. 
O empreendedorismo tem se mostrado tão relevante, que Câmara e Andalécio (2012, 
p. 65) chegam a caracterizá-lo como sendo “a base para um país se desenvolver, 
proporcionando oportunidades de trabalho e facilitando o progresso tecnológico, inovações e 
melhorias nos produtos e serviços.” Barros e Pereira (2008) seguem essa linha de pensamento, 
a de que o empreendedorismo motiva o desenvolvimento econômico ao induzir a 
concorrência de mercado através da inovação. Concorrência essa que Schumpeter (1984) 
salienta que não diz respeito à concorrência de preços, e sim de inovação das mais variadas 
formas, como ele bem explica: 
 
Na realidade capitalista, diferentemente de sua descrição de livro-texto, não é esse tipo de concorrência 
[a concorrência de preços] que conta, mas a concorrência através de novas mercadorias, novas 
tecnologias, novas fontes de oferta, novos tipos de organização [...]. Ora, uma construção teórica que 
despreza esse elemento essencial do caso despreza o que há de mais tipicamente capitalista [...] 
(SCHUMPETER, 1984, p. 114-116). 
 
O personagem principal do empreendedorismo é o empreendedor. É ele quem faz 
acontecer. Por tamanho mérito reputado a este, faz-se necessário conhecer suas 
particularidades. É o que será exposto no próximo tópico. 
 
 
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2.2 COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR 
 
De acordo com Hisrich, Peters e Shepherd, (2009), o termo empreendedor é utilizado 
desde a Idade Média. Para Schumpeter (1949), o empreendedor é aquele que destrói a ordem 
econômica e inova, seja em produtos ou serviços. Em outras palavras, é o indivíduo que 
quebra padrões, tradições e arrisca, inova, tudo isso de forma calculada. 
Se um indivíduo não empreendedor recua ante a mudança, o empreendedor faz 
exatamente o contrário. Para ele, a mudança é necessária, pois significa oportunidade. Ele à 
busca, à produz, reage positivamente e se adapta à ela (DRUCKER, 1987). 
Filion (1999b, p. 19), apresenta o empreendedor “como uma pessoa criativa, marcada 
pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos e que mantém alto nível de consciência do 
ambiente em que vive, usando-a para detectar oportunidades de negócios”. Ainda nesse 
pensamento, Dornelas (2005, p. 39) afirma que o empreendedor é “aquele que detecta uma 
oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados”. 
O Quadro 1 traz uma linha do tempo sobre o entendimento do termo 
“empreendedor”, desde a Idade Média até os dias atuais. 
 
Quadro 1 - Entendimento do termo Empreendedor ao longo do tempo 
AUTOR ENTENDIMENTO DO TERMO EMPREENDEDOR 
Idade Média Participante e pessoa encarregada de produção em grande escala (sem riscos). 
Século XVII Pessoas que assumem riscos de lucro ou prejuízo em contrato com o governo. 
Cantillon 
(1725) 
Pessoa que assume riscos, que é diferente da que fornece o capital. Busca de 
oportunidades de negócio e maximização do retorno perante o capital investido. 
Say 
(1803) 
Agente propulsor de mudanças. Os rendimentos do empreendedor deviam ser separados 
do lucro do capital. 
Walker 
(1876) 
Distinção entre os que forneciam fundos e recebiam juros e aqueles que obtêm lucro com 
suas habilidades administrativas. 
Schumpeter 
(1934) 
Empreendedor associado à atividade inovativa. Promove o rompimento do fluxo circular. 
Pode ser considerado um líder. 
McClelland 
(1961) 
Indivíduo com necessidades de realização e poder, dinâmico e assume riscos moderados. 
Walras (1962) Indivíduo que coordena a produção. 
Drucker (1964) Indivíduo que maximiza oportunidades. 
Hayek 
(1974) 
Pessoa que capta e utiliza informações que lhe permitem encontrar oportunidades. 
Considerado um ator-chave para o desenvolvimento. 
Shapero 
(1975) 
Indivíduo que toma iniciativa, organiza mecanismossociais e econômicos e aceita riscos. 
Vésper 
(1980) 
Enfatiza os diferentes pontos de vista sobre o termo empreendedor, atribuído por 
economistas, psicólogos, negociantes e políticos. 
Pinchot 
(1983) 
Conceito de intraempreendedor como aquele indivíduo que atua dentro da organização já 
estabelecida. 
Stevenson e 
Gumpert (1985) 
Pessoa que persegue oportunidades sem se deixar limitar pelos recursos que controla. 
Hisrich 
(1985) 
Indivíduo que cria algo diferente e com valor, e, para tal, dedica tempo e esforço 
necessários, assume riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebe as 
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consequentes recompensas de satisfação econômica e pessoal. 
Kets de Vries 
(1985) 
Indivíduos desajustados que precisam criar seu próprio ambiente. 
Gartner 
(1989) 
O empreendedor é aquele que cria organizações. Quando estas são criadas, ele deixa de 
ser empreendedor. 
Filion (1999) Indivíduo que imagina, desenvolve e realiza visões. 
Henderson 
(2002) 
Empreendedor é aquele que descobre e desenvolve oportunidades de criar valor por meio 
da inovação. 
Adaman e Devine 
(2002) 
Empreendedor participativo como aquele que promove ações inovadoras que trazem 
retornos não apenas financeiros, mas também de bem-estar social para a coletividade que 
envolve o indivíduo. 
Lounsbury e 
Crumley (2007) 
Empreendedor institucional como o indivíduo que introduz e promove a adoção e 
legitimação de novas práticas reconhecidas como melhores e mais eficientes que as 
práticas anteriores. 
Fonte: Pedroso, Massukado-Nakatani e Mussi, 2009. 
 
Como observado no Quadro 1, definir o empreendedor vem sendo objeto de 
investigação há séculos. E essas definições vêm se aprimorando ao longo do tempo. Algo que 
desde o início foi observado no empreendedor, são as suas características de assumir riscos 
calculados, ser inovador, e buscar oportunidades. Na busca por entender melhor o ser 
empreendedor, de quais fatores contribuem para alguém ser empreendedor enquanto outros 
não o são, é que surgiu o estudo do comportamento empreendedor. 
A descrição do comportamento empreendedor, ou das características 
empreendedoras, é uma importante linha de estudo dentro da temática do empreendedorismo. 
Foi McClelland (1961) quem primeiro se aventurou nessa área, enveredando assim, em uma 
perspectiva comportamentalista, onde podem ser identificadas, em seus estudos, 
características comportamentais de pessoas empreendedoras (CÂMARA; ANDALÉCIO, 
2012). 
Para McClelland, o comportamento empreendedor é um dentre os outros papeis que 
o homem desempenha na sociedade, e que a força motriz desse comportamento é a 
necessidade de realização pessoal. Para o autor, há três tipos de necessidades capazes de 
causar essa motivação: 1) necessidade de realização pessoal; 2) necessidade de planejamento, 
e, 3) necessidade de poder. Essa necessidade de realização pessoal faz com que o indivíduo 
fique mais atento, e, consequentemente, mais apto às novas oportunidades (MCCLELLAND, 
1972; PEREIRA et al., 2016). 
Como o empreendedorismo é um elemento capaz de transformar realidades 
econômicas de forma positiva, há um constante interesse em conhecer o que o caracteriza, o 
que faz de um indivíduo um empreendedor, embora essa seja uma tarefa complexa, já que 
tratam-se de aspectos não palpáveis (CÂMARA; ANDALÉCIO, 2012; BARROS; PEREIRA, 
2008; RUSSO; SBRABIA, 2007). 
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De forma geral, não há um conjunto de características que esteja presente em todos 
os empreendedores (BHIDÉ, 2002). Isso se deve também ao fato de que parte das 
características do empreendedor é formada pela percepção que ele tem do ambiente em que 
está inserido, e que estas características mudam se o ambiente muda, a fim deste se adaptar. 
Além disso, estas também são influenciadas pela personalidade do indivíduo, o que faz com 
que àquele conjunto de características desenvolvidas por ele seja um produto exclusivo, e 
praticamente único (SILVA; FONSECA; ARAÚJO, 2015). 
No entanto, diversos autores têm se dedicado a mensurar as características 
comportamentais isoladas mais comuns em pessoas empreendedoras. De acordo com Matos et 
al. (2012), a característica mais constante nas definições de autores sobre o comportamento 
empreendedor é a Inovação. Outras que se destacam são: Busca de oportunidades, Correr 
riscos e criatividade. 
O Quadro 2 traz as principais características do comportamento empreendedor 
identificadas no conjunto de artigos avaliados nesta bibliometria, sintetizando os aspectos 
comportamentais fundamentais verificados ao longo dos últimos 20 anos. 
 
Quadro 2 - Características do comportamento empreendedor 
CARACTERÍSTICA AUTOR 
Busca de oportunidade e iniciativa; Correr riscos calculados; Persistência; Exigência de 
qualidade e eficiência; Comprometimento; Busca de informações; Estabelecimento de 
metas; Planejamento e monitoramento sistemáticos; Persuasão e redes de contato; 
Independência e autoconfiança. 
Pereira et al., 
(2016); UNCTAD 
(2017) 
Busca por novas soluções para atender à necessidade de clientes e garantir o bom 
desenvolvimento de ideias novas para a solução de problemas; liderança, autoconfiança 
e persuasão e a capacidade de influenciar as redes de contato 
 
SCHAEFER; 
MINELLO, 2017 
Visão futura; Autossuficiência; Postura mais otimista do que pessimista; Orientação 
para as tarefas e para os resultados; Incansabilidade e energia; Dedicação para concluir 
uma tarefa; Preferência por trabalhar sozinho; Necessidade de priorizar os seus objetivos 
pessoais e expressar o que pensa; Preferência por tomar decisões ao invés de receber 
ordens; Não se rende à pressão do grupo de trabalho; Tendência de sonhar acordado; 
Versatilidade e curiosidade; Geração de muitas ideias; Intuição; Gosto por novos 
desafios Novidade e mudança; Atuação mesmo com informações incompletas; 
Julgamento quando dados incompletos são suficientes; Valorização com precisão de 
suas próprias capacidades; Ambição em um nível adequado; Avaliação de custos e 
benefícios correta; Fixação de objetivos desafiadores, mas que podem ser realizados; 
Aproveitamento de oportunidades; Não aceitação de predestinação; Atuação no sentido 
de controlar seu próprio destino; Equilíbrio entre resultado e esforço; Considerável 
determinação. 
 
 
 
 
 
Russo e Sbragia 
(2007) 
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Visionário; Sabe tomar decisões; Indivíduo que faz a diferença; Sabe explorar ao 
máximo as oportunidades; Determinado e dinâmico; Dedicado; Otimista e apaixonado 
pelo que faz; Independente e constrói o próprio destino; Líder; Possui um “modelo”, 
uma pessoa que o influencia; Iniciativa, autonomia e otimismo, autoconfiança, 
necessidade de realização; Trabalha sozinho; Perseverança e tenacidade; Aprende com 
os erros; Grande energia, é incansável; Fixa metas e as alcança; Forte intuição; 
Comprometimento; Obtém feedback; Busca, controla e utiliza recursos; Sonhador 
realista.; Busca de oportunidades e iniciativa; Persistência; Exigência de qualidade e 
eficiência; Assume riscos calculados; Determina metas; Busca informações; 
Planejamento e monitoramento sistemático; Persuasão e rede de contatos; 
Independência e autoconfiança; Comprometimento, determinação e perseverança; Busca 
autorrealização, crescimento, com metas desafiadoras; Senso de Oportunidade e 
orientação para metas; Iniciativa pelo senso de responsabilidade social; Persistência e 
determinação na resolução de problemas; Enfrenta situações adversas com otimismo, 
humor e perspectiva; Busca feedback do desempenho e aprende com os erros; Controle 
racional do impulso; Encara as adversidades com naturalidade; Pessoa criativa; Marcada 
pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos; Visionário.Dornelas, 
Dolabela, 
McClelland, 
Timonns e Filion, 
listadas por 
Teixeira et al. 
(2011) 
Os resultados da pesquisa revelaram que estudantes que participaram de empresas 
juniores durante seu tempo de graduação mostraram índices maiores de auto-eficácia, 
detecção de oportunidades, liderança, socialização e capacidade de inovação quando se 
trata de propensão empreendedora, comparados àqueles que não tiveram a mesma 
experiência. 
 
FERREIRA; 
FREITAS, (2013) 
As evidências do estudo mostraram características em comum entre os empreendedores 
hoteleiros, tanto em termos de traços pessoais, como dinamismo, motivação, desejo de 
realizar, inovar e obter sucesso, como em aspectos relacionados aos empreendimentos 
FEUERSCHÜTTE 
(2008) 
O artigo apresentou as características que influencia a propensão empreendedora de 
mulheres na atividade agrária, demonstrando que fatores como a vinculação à 
exploração agrária, a renda procedente dessa atividade e o tempo de vida dedicado à 
área são importantes preditores de sua escolha 
DIEGUEZ-
CASTRILLON 
et.al., (2012). 
O artigo apresenta características do Barão de Mauá que podem influenciar 
empreendedores atuais a terem sucesso em seus negócios, como necessidade de 
realização, comprometimento, determinação, perseverança, auto-confiança, controle 
racional dos impulsos, de demonstrar confiança, persistência em resolver problemas, 
capacidade de ouvir feedbacks, de lidar com estresses, desafios, intolerância, 
ambiguidades, incertezas, fracassos, clientes exigentes. 
 
SANTOS; 
LOPES; CLARO, 
(2009) 
Analisando a influência de construtos comportamentais do empreendedorismo 
sustentável na intenção empreendedora de estudantes universitários, o estudo apontou 
fatores como determinação, criatividade, estímulo e originalidade como favoráveis ao 
seu sucesso. 
 
PAIVA et al., 
(2019) 
Os resultados de uma pesquisa realizada no México identificou que interesses por 
retorno financeiro, a capacidade de inovar e possuir valores sociais são fatores que 
podem incentivar empreendedores sociais a identificar, avaliar e explorar oportunidades 
que possam se tornar soluções inovadoras para problemas sociais complexos. 
CAVAZOS-
ARROYO; 
PUENTE-DÍAZ; 
AGARWAL 
(2017) 
Evidências de um estudo realizado com 407 gestores de microempresas de São Paulo 
apontaram que esses estão mais voltados a perfis, como Produtor, Competidor, 
Realizador, Facilitador, Monitor e Regulador, indicando que o esforço do 
desenvolvimento comportamental de microempresários acha-se atrelado a um maior 
foco no mercado e na garantia de recursos, melhoria dos padrões de planejamento e 
organização de suas empresas, além de se conscientizarem a respeito da imperativa 
necessidade de inovar. 
 
 
CODA; 
KRAKAUER; 
BERNE (2018) 
Estudo realizado com 287 estudantes universitários da UNICAMPI mostrou que 
características como liderança, planejamento e inovação são importantes fatores para a 
intenção empreendedora. 
MORAES; 
LIZUKA; 
PEDRO, 2017 
O artigo, realizado com 116 empresas vinculadas ao Conselho Regional de 
Contabilidade de São Paulo, apontou para várias características empreendedoras, 
divididas em indicadores como Indivíduo: Liderança, Administrar com eficiência os 
recursos, Possuir uma rede de negócios, Ética Profissional, Motivação e Eficiência; 2) 
Ambiente: Ambiente de inovação, Infraestrutura de recursos humanos, materiais e 
 
 
 
 
 
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financeiros, Liberdade de comunicação e Contato com órgãos representativos e respeito 
às políticas públicas; 3) Organização: Incentivo às inovações, Planejamento e controles 
definido, Controle de recursos materiais, humanos e financeiros, Programa que promove 
ideias criativas, Desenvolvimento de estratégias competitivas, Diversificação de 
produtos e serviços e Criação de oportunidades e reconhecimento; e 4) Processo: 
Modelo de Negócio e Estratégia claramente definidos, Identificação de oportunidades, 
Desenvolvimento e execução de idéias, Antecipação de estratégias dos concorrentes, 
Divulgação de indicadores, metas e resultados, Levantamento de pontos fortes e fracos 
da empresa e Planejamento e controles definidos. 
 
PINHEIRO, 2016 
O artigo revelou características como identificar bem oportunidades e saber mobilizar 
recursos para implementar suas ideias como fatores de sucesso para o 
empreendedorismo. 
BEHLING; 
LENZI, 2019 
Um estudo com 164 gerentes de projetos revelou características importantes para o 
empreendedorismo, como conhecimento da área de aplicação do produto do projeto, 
habilidades interpessoais, entendimento do contexto do gerenciamento do projeto, 
conhecimento de técnicas e práticas de administração geral e de projetos 
 
RUSSO; 
SBRAGIA, 2007 
Uma pesquisa, que teve por objetivo analisar os fatores que influenciaram ou 
determinaram a trajetória de uma jovem que iniciou seu negócio aos treze anos de idade, 
mostrou que a influência dos pais foi decisiva para a criação e desenvolvimento do 
negócio e que algumas características de empreendedores encontradas em outros 
estudos foram facilmente identificadas na jovem empreendedora, a exemplo de 
determinação, criatividade, desejo de independência, aprendizagem contínua e utilização 
de redes de relacionamentos. 
 
 
TEIXEIRA et al., 
2010 
Um estudo analisou a contribuição da cultura empreendedora para a formação do 
Arranjo Produtivo Local de turismo sustentável em uma cidade de Santa Catarina 
Estabelecimento de metas. Por meio de uma pesquisa com 10 dirigentes, identificou-se 
características importantes como comprometimento, independência, buscas de 
oportunidades, informações e iniciativa, persistência, exigência de qualidade e 
eficiência; persuasão e rede de contatos; correr riscos calculados; realizar planejamentos 
e monitoramento sistemáticos. 
 
 
SCHIMIDT; 
DREHER, 2007 
Uma pesquisa desenvolvida com 7 empreendedores da área contábil apontou para 
características como dedicação, persistência, ética, honestidade, seriedade e busca 
constante por novos desafios para concretizarem seus objetivos. 
PELEIAS et al., 
2015 
O estudo identificou características para a atitude empreendedora de gerentes de 
pequenos e grandes hotéis no Distrito Federal, apontando para fatores como disposição, 
capacidade e inclinação para tomar iniciativas; aceitar desafios; objetivar e atingir 
padrões excelentes de qualidade; produtividade; crescimento e rentabilidade, 
planejamento, inovação e sacrifícios pessoais. 
 
PEDROSA; 
SOUZA, 2007. 
Uma pesquisa realizada com fundadores de empresas no município de Barão de 
Cocais/MG mostrou que características como convivências com pessoas 
empreendedoras na família, percepção de oportunidades de negócios, inovação, 
liderança, otimismo, iniciativa, habilidade de conduzir situações e utilizar bem os 
recursos foram marcantes para sua trajetória empreendedora. 
 
SILVA; 
FONSECA; 
ARAÚJO, 2015. 
O artigo apontou características empreendedoras relevantes presentes em um grupo de 
farmacêuticos, como busca de oportunidade e iniciativa e comprometimento, correr 
riscos calculados, persuasão e rede de contatos, independência e a autoconfiança. 
CÂMARA; 
ANDALÉCIO, 
2012 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Ressalta-se aqui, que há inúmeras outras características que podem ser associadas ao 
comportamento empreendedor. No entanto, foram escolhidas as definições dos autores 
supracitados por acreditar-se que as características aqui mencionadas representaram 
satisfatoriamente às demais, pois apresentam notável abrangência. 
 
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3 METODOLOGIA 
 
A presente pesquisa trata-se de um estudo bibliométrico das publicações nacionais 
sobre comportamento empreendedor. De acordo com Café e Bräscher (2008, p. 54), “a 
bibliometria pode ser definida como um conjunto de leis e princípios aplicados a métodosestatísticos e matemáticos que visam o mapeamento da produtividade científica de periódicos, 
autores e representação da informação.” Araújo e Alvarenga (2011) defendem ainda a 
importância da Bibliometria, pois, para os autores, esse método pode caracterizar a produção 
científica de determinado campo do conhecimento do país. 
A fim de se atingir os objetivos desse estudo, foi feita uma pesquisa em todos os 
periódicos nacionais avaliados com Qualis/2013-2016 pela Coordenação de Aperfeiçoamento 
de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em A1, A2 e B1 na área de Administração pública e 
de empresas, Ciências contábeis e Turismo. Após a pesquisa na Plataforma Sucupira por 
periódicos que se encaixassem nos critérios acima, constatou-se que até o momento não há 
periódicos nacionais com Qualis/2013-2016 A1 na referida área. Com relação à classificação 
A2 e B1, foram encontrados 45 e 146 periódicos, respectivamente, totalizando 191 periódicos. 
Quanto ao período de publicação, a busca foi feita por artigos sobre comportamento 
empreendedor, publicados entre os anos de 2000 a 2020, ou seja, dos últimos vinte anos, e 
que tivessem sido publicados em algum dos 191 periódicos selecionados para a pesquisa. 
Para a busca de artigos nos periódicos selecionados, foram utilizados os seguintes 
termos: comportamento empreendedor; características do empreendedor; e, atitude 
empreendedora. Por existir a possibilidade de haver artigos em inglês sobre o tema em alguns 
periódicos que publicam artigos em inglês, aplicou-se também os seguintes termos de busca: 
Entrepreneurial behavior; Characteristics of the entrepreneur; e, Entrepreneurial atitude. 
Para uma busca mais eficaz, utilizou-se também o operador booleano AND entre as 
palavras dos termos de busca. De acordo com Colepicolo (2014, p. 136), “os operadores 
booleanos possibilitam a união, intersecção ou exclusão dos termos-chave inseridos nos 
campos.” O operador utilizado nesta pesquisa exerce a função de intersecção entre os termos, 
pois realiza a pesquisa de modo que todos os termos estejam presentes nos arquivos 
encontrados. 
Após a definição das fontes de dados, do recorte temporal a ser pesquisado e dos 
termos de pesquisa, foi realizada a busca dos artigos nos periódicos, onde, inicialmente, 
através da busca dos termos, foram identificados 478 artigos ligados aos termos de busca. 
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Porém, a fim de refinar a amostra de artigos a serem analisados, deixando somente aqueles 
que de fato possuíam ligação com o tema pesquisado, foi feita a análise dos títulos e resumos, 
além de uma leitura dinâmica por todo o texto, restando após essa análise apenas 50 artigos. 
Após a seleção dos artigos que se encaixaram no eixo temático, os autores realizaram 
a leitura dos resumos, metodologias, resultados e conclusões, a fim de possibilitar a execução 
das análises deste trabalho, e assim traçar o perfil bibliométrico da produção nacional sobre 
comportamento empreendedor. 
Por fim, para analisar o material publicado sobre o tema, os autores selecionaram os 
seguintes indicadores, baseados nos indicadores utilizados por Brancher, Oliveira e Roncon 
(2012) e Nascimento et al. (2016), para extrair informações dos artigos: Quantidade de 
autores por artigo; Origem geográfica do primeiro autor; Publicação por autor; Filiação dos 
autores; Filiação institucional dos autores; Autores citados; Trabalhos citados; Publicação por 
periódico; Publicação por ano; Publicação por região, estado e cidade; Procedimentos 
metodológicos; Influência de publicação internacional e temáticas emergentes sobre o 
assunto. 
Ressalta-se que artigo semelhante foi elaborado por Brancher, Oliveira e Roncon em 
2012. No entanto, abrangeu apenas artigos publicados de 2004-2008 no ENANPAD 
(Encontro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração). Mais 
adiante será realizada uma discussão entre os resultados alcançados em ambos os estudos. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 PERIÓDICOS 
 
Inicialmente foram identificados todos os periódicos nacionais com Qualis/2013-
2016 A2 e B1 em Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo, no 
Portal Sucupira, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 
Feito isso, foram realizadas pesquisas utilizando os termos de busca, já mencionados na 
metodologia, nos 191 periódicos identificados, a fim de traçar o perfil das publicações 
científicas sobre o comportamento empreendedor nas publicações dos periódicos nacionais 
nos últimos dezessete anos, a saber de 2000-2020. 
Esta investigação mostrou que apenas 24 periódicos nacionais publicaram artigos 
sobre o tema no período pesquisado, sendo 20 deles com classificação Qualis/2013-2016 B1, 
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e 4 com Qualis/2013-2016 A2 – Cadernos EBAPE.BR. No Quadro 3 é possível conhecer 
quais são esses periódicos, e com quantos artigos cada um deles contribuiu. 
 
Quadro 3 - Periódicos Nacionais com Qualis/2013-2016 A2 e B1 que publicaram artigos 
sobre comportamento empreendedor, no período de 2000-2020 
PERIÓDICO Nº DE 
ARTIGOS 
(%) 
REGEPE - Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas 12 24% 
ReA UFSM - Revista de administração da UFSM 4 8% 
Revista Turismo Visão e Ação 3 6% 
REGE - Revista de Gestão USP 3 6% 
Revista de Gestão & Produção 3 6% 
RAM – Revista de Administração Mackenzie 2 4% 
Revista de Contabilidade e Organizações 2 4% 
RECADM - Revista Eletrônica de Ciência Administrativa 2 4% 
Revista Brasileira de Orientação Profissional 2 4% 
BASE – Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos 2 4% 
RAUSP - Revista de Administração da USP 2 4% 
REPEC - Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade 1 2% 
RGSA – Revista de Gestão Social e Ambiental 1 2% 
Cadernos EBAPE.BR 1 2% 
Revista de Ciências da Administração 1 2% 
RESR - Revista de Economia e Sociologia Rural 1 2% 
Administração: ensino e pesquisa 1 2% 
Enfoque: Reflexão Contábil 1 2% 
Psico 1 2% 
REAd - Revista Eletrônica de Administração 1 2% 
rPOT - Revista Psicologia Organizações e Trabalho 1 2% 
BBR. Brazilian Business Review 1 2% 
RAC - Revista de Administração Contemporânea 1 2% 
RAI – Revista de Administração e Inovação 1 2% 
Fonte: Elaboração Própria, 2020. 
 
No Quadro 3, é possível observar os periódicos com maior número de publicações 
sobre o tema em questão, com destaque para a REGEPE - Revista de Empreendedorismo e 
Gestão de Pequenas Empresas, que publicou o triplo da segunda colocada (ReA UFSM - 
Revista de administração da UFSM), sendo responsável por 24% de toda a publicação 
nacional dos últimos vinte anos sobre comportamento empreendedor, dentre os artigos aqui 
avaliados. 
É importante ressaltar que a Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas 
Empresas (REGEPE), vinculada à Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e 
Gestão de Pequenas Empresas (ANEGEPE), iniciou suas publicações somente em 2012, ou 
seja, há apenas oito anos, o que leva a crer que o seu número de publicações sobre o tema em 
questão poderia ser ainda maior, caso o periódico existisse há mais tempo. A REGEPE foi 
classificada com Qualis/2013-2016 B1, tem publicação quadrimestral, e o seu campo de 
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publicação é voltado de forma especial à temática do empreendedorismo, o que à torna uma 
ótima opção para publicação/estudo àqueles com interesse na área. 
 
4.2 QUANTO AOS ARTIGOS 
 
A pesquisa por artigos publicados sobre comportamento empreendedor, no espaço de 
tempo de 2000-2020, foi realizada em cada um dos 191 periódicos selecionados, utilizando os 
termos de busca juntamente com o operador lógico Booleano AND. Ao final das buscas, 
obteve-se um total de 477 artigos. No entanto, ao realizar-sea leitura preliminar (Título, 
resumo e leitura dinâmica por todo o texto), constatou-se que apenas 50 destes se encaixavam 
nos critérios pré-estabelecidos, já mencionados na metodologia, ou seja, apenas 10,48%. 
Percebe-se, através dessa análise, que o tema comportamento empreendedor não 
configura entre os mais discutidos dentro eixo temático do empreendedorismo. Uma das 
hipóteses se deve ao fato de não haver um padrão definido de comportamento empreendedor 
na literatura atual. No entanto, sugere-se através desse, que haja mais discussão sobre o tema, 
e estudos que investiguem as possíveis causas da pouca abordagem desse tema. 
No Quadro 4 encontram-se os títulos dos artigos analisados aqui. 
 
Quadro 4 - Artigos analisados neste estudo 
ARTIGOS 
A efetividade de um programa de empreendedorismo com amplitude nacional e lastro internacional 
A expressão do empreendedorismo socioambiental na gestão de bacias hidrográficas 
A organização produtiva de micro e pequenas empresas no turismo: um estudo da região de Canoa Quebrada, 
CE 
A relação entre o jeitinho brasileiro e o perfil empreendedor: possíveis interfaces no contexto da atividade 
empreendedora no Brasil 
Atitude empreendedora de proprietários e funcionários intraempreendedores: um estudo comparativo entre 
visionários e visionistas 
Atitude empreendedora e desempenho organizacional em micro e pequenas empresas: um estudo no setor 
varejista de confecções de Curitiba – PR 
Atitude empreendedora e estratégia em pequenos e médios hotéis 
Atitude empreendedora na percepção de empreendedores individuais e sociais 
Atitude empreendedora no setor hoteleiro brasileiro: um estudo em pequenos e grandes hotéis no Distrito 
Federal 
Atributos do desempenho profissional na visão de empresários contábeis da grande São Paulo 
Características empreendedoras: um estudo de caso com farmacêuticos utilizando o modelo de McClelland 
Competências de empreendedores hoteleiros: um estudo a partir da metodologia da história oral 
Comportamento empreendedor e trajetória empresarial de fundadores de MPES em Barão de Cocais/MG 
Comportamento empreendedor no setor público: análise comparada de dois presidentes do Brasil 
Cultura empreendedora: empreendedorismo coletivo e perfil empreendedor 
Dez anos de pesquisa em empreendedorismo apresentados nos EnANPADs de 2003 a 2012: análise dos 
autores engajados na área 
Empreendedor x E-empreendedor 
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
169 
Empreendedorismo jovem e a influência da família: a história de vida de uma empreendedora de sucesso 
Empreendedorismo ou profissão: um desafio para orientadores(as) 
Escala de potencial empreendedor: evidências de validade fatorial confirmatória, estrutura dimensional e 
eficácia preditiva 
Estudo observacional do comportamento empreendedor de Irineu Evangelista de Sousa da ótica de Filion no 
filme “Mauá – O imperador e o rei” 
Fatores que levam ao insucesso empresarial: uma perspectiva de empreendedores que vivenciaram o fracasso 
Influência das características socioeconômicas, capacidade de gestão e comportamento empreendedor no 
sucesso dos empreendedores participantes do programa de microcrédito do Banco Palmas 
Lócus de controle, comportamento empreendedor e desempenho de pequenas empresas 
Processo de inovação e empreendedorismo no Brasil: O caso Mauá 
Propensão empreendedora entre estudantes participantes de empresas juniores 
Reflexões e perspectivas acerca da construção do conhecimento sobre empreendedorismo interno 
Relação entre competências empreendedoras e desempenho: um estudo em empresas prestadoras de serviços 
contábeis 
Tendência empreendedora do gerente: uma análise de sua relevância para o sucesso de projetos inovadores 
Competências empreendedoras e comportamento estratégico: um estudo com microempreendedores em um 
país emergente 
Effects of Entrepreneurial Characteristics and University Environment on Entrepreneurial Intention 
Entrepreneurial orientation and religion: the Pastor as an entrepreneur 
Are small business owners entrepreneurs? Exploring small business manager behavioral profiles in the São 
Paulo Metropolitan region 
Estrutura intelectual da produção científica sobre propensão ao empreendedorismo: uma análise à luz das 
cocitações 
Características empreendedoras de empresas de serviços contábeis (ESCs) paulistas: análise com modelagem 
de equações estruturais 
Determinants of student entrepreneurship An assessment on higher education institutions in Brazil 
Creative thinking and entrepreneurial behavior among k-12 teachers: a predictive study 
Evidências de validade baseadas na estrutura interna para escala de atitude empreendedora (ATEBr) 
Metacognition in entrepreneurs: psychometric diagnostic associated to age and sex 
Sentimentos Topofílicos e suas Relações com a Atitude e a Intenção Empreendedoras 
Relações de influência de indicadores macroeconômicos na propensão ao risco de empreender 
Intraempreendedorismo no setor público: análise do comportamento empreendedor de gestores públicos 
municipais por meio do Carland Entrepreneurship Index (CEI) 
Mentalidade empreendedora: o modo de pensar do indivíduo empreendedor 
O impacto da educação empreendedora na intenção de empreender: análise dos traços de personalidade 
Intenção empreendedora, comportamento empreendedor inicial e teoria sociocognitiva do desenvolvimento de 
carreira 
An analysis of the behavioral constructs of sustainable entrepreneurship in brazilian university students 
Atitudes empreendedoras dos participantes do programa estadual “bom negócio Paraná”, no município de 
Francisco Beltrão/PR 
Human values among brazilian informal entrepreneurs 
Características comportamentais empreendedoras: um estudo com acadêmicos de administração de uma 
universidade brasileira 
Empreendedorismo no ensino superior: Estudo psicométrico da escala Oportunidades e Recursos para 
Empreender 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Somente após a identificação destes artigos é que foram realizadas todas as outras 
análises presentes nesse estudo. Vale ressaltar que 47 destes artigos são de origem brasileira, e 
três de origem internacional: (Espanha) - Turismo rural, empreendedorismo e gênero: um 
estudo de caso na comunidade autônoma da Galiza; (EUA) - Creative thinking and 
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
170 
entrepreneurial behavior among k-12 teachers: a predictive study; (Portugal) - 
Empreendedorismo no ensino superior: estudo psicométrico da escala oportunidades e 
recursos para empreender. Levou-se em consideração neste estudo não a origem (país) dos 
autores, e sim dos periódicos, tendo o cuidado de utilizar apenas periódicos nacionais. 
 
4.3 QUANTO AO PERÍODO DE PUBLICAÇÃO 
 
A Figura 1 mostra a publicação anual de artigos sobre comportamento empreendedor 
durante o período pesquisado. 
 
Figura 1 - Produção nacional anual (2000-2020) sobre comportamento empreendedor 
 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Como é visto na Figura 1, entre os anos de 2000 a 2002 não houve publicação nos 
periódicos nacionais sobre comportamento empreendedor. Já no ano de 2003 houve apenas 
uma publicação. Somente a partir do ano de 2006 é que aparece uma constância de 
publicações sobre o tema, não havendo nenhum ano, até o ano de 2020, em que não houvesse 
pelo menos uma publicação. Percebe-se também, um crescimento acentuado a partir de 2008, 
com destaque para os anos de 2009, com 4 artigos, 2014 com 5 e, principalmente, 2017 e 
2018, com 7 e 9 artigos, respectivamente, sendo estes os anos com maior número de 
publicações no período investigado. 
Em comparação com os achados de Brancher, Oliveira e Roncon (2012), que 
utilizaram artigos publicados de 2004-2008 no ENANPAD, os resultados apresentados nesse 
quesito mostram-se parecidos, pois os autores relataram que 2004 apresentou baixa produção, 
quase a menor dentre osanos analisados, e 2008 foi o ano de maior produção acadêmica sobre 
o tema, o que corrobora com o presente estudo, haja vista não ter sido encontrada nenhuma 
artigo sobre a temática em 2004, e 2008 ter apresentado uma relevante produção que foi se 
acentuando ao longo dos anos seguintes. 
0 0 0
1
0 0
1 1
2
4
2
3 3
2
5
2
3
7
9
3
2
0
5
10
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Nº de artigos
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
171 
 
4.4 COM RELAÇÃO AOS AUTORES 
 
Na Figura 2 podem ser visualizadas informações com relação à quantidade autores 
por artigo. 
 
Figura 2 - Quantidade de autores por artigo 
 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Percebeu-se que somente 1 artigo foi escrito por apenas um autor. De igual forma 
ocorreu para seis autores, pois também só foi encontrado um artigo. Não foram encontrados 
artigos com mais de 6 autores. A preferência, de forma bem acentuada, está entre 2, 3 e 4 
autores, sendo que o maior percentual (34%) dos artigos foi escrito por 2 autores. 
Em comparação aos resultados alcançados por Brancher, Oliveira e Roncon (2012) 
neste item, alcançou-se uma conclusão similar. Em seu estudo, os autores obtiveram artigos 
com até 5 autores, enquanto neste foram encontrados artigos com até 6. O percentual de 
artigos com 1 e 5 autores foi o mais baixo (4%). Já a preferência de quantidade de autores por 
artigo foi a mesma do presente estudo, 2, 3 e 4 autores, com a única diferença de que no 
estudo destes, 3 autores (48%) foi o mais frequente. 
Neste estudo foi observada a reincidência de publicações, ou seja, uma parte dos 
autores publicaram mais de um artigo sobre a temática no período analisado, mais 
especificamente 6%. É importante destacar que alguns desses autores publicaram inclusive 
juntos. 
Os autores que publicaram 2 vezes foram: Gustavo Henrique Silva de Souza; Jorge 
Artur Peçanha de Miranda Coelho; Lúcia Rejane da Rosa Gama Madruga; Magnus Luiz 
Emmendoerfer; Marcus Vinicius de Oliveira Brasil; Nilton Cesar Lima; Raimundo Eduardo 
Silveira Fontenele, Josiel Lopes Valadares e Wendel Alex Castro Silva. O autor com o maior 
número de publicações foi Italo Fernando Minello, com três artigos publicados. Esse dado é 
1
17
14 13
4
1
1 Autor 2 Autores 3 Autores 4 Autores 5 Autores 6 Autores
0
5
10
15
20
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
172 
semelhante ao encontrado por Brancher, Oliveira e Roncon (2012), pois apesar de ter ocorrido 
reincidência de publicação sobre esse tema em seu estudo, esta apresentou-se de forma 
bastante sutil, já que apenas 16% dos autores publicou mais de uma vez no período 
pesquisado por eles. 
No que se refere à origem geográfica dos autores, optou-se nesse estudo por 
identificar a origem geográfica apenas do primeiro autor de cada artigo. O Quadro 5 traz uma 
melhor visualização das cidades, estados e regiões do país que se destacaram na produção 
científica sobre o comportamento empreendedor nos últimos vinte anos. 
 
Quadro 5 - Origem geográfica do primeiro autor (cidade, estado e região) 
AUTORES POR: 
CIDADE Nº ESTADO Nº REGIÃO Nº 
São Paulo 7 
SP 
 
 
 
12 
 
 
 
Sudeste 
 
 
 
 
 
21 
 
 
Santos 1 
Limeira 1 
Mauá 1 
Campinas 2 
Belo Horizonte 4 
 
MG 
 
 
9 
 
 
Uberlândia 1 
Lavras 1 
Teófilo Otoni 2 
Viçosa 1 
Santa Maria 4 RS 4 
 
 
Sul 
 
 
 
15 
Curitiba 4 
 
PR 
 
 
8 
Foz do Iguaçu 1 
Toledo 1 
Campo Largo 1 
Francisco Beltrão 1 
Florianópolis 1 
SC 
 
3 Itajaí 2 
Fortaleza 6 CE 6 
Nordeste 
 
8 Aracaju 1 SE 1 
Petrolina 1 PE 1 
Catalão 1 GO 1 Centro-Oeste 2 
Corumbá 1 MS 1 
Porto Velho 1 RO 1 Norte 1 
INTERNACIONAL (Espanha) 1 
INTERNACIONAL (EUA) 1 
INTERNACIONAL (Portugal) 1 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Percebe-se que a produção científica nacional sobre comportamento empreendedor 
apresentou-se um pouco dispersa, pois não foram encontrados indícios de uma cidade ou 
estado que se destacou de forma tão relevante para ser considerado (a) como referência em 
estudo do comportamento empreendedor, sendo a quantidade de artigos produzidos entre 
alguns semelhantes. No entanto, esse cenário muda quando se trata de Região, como será 
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
173 
visto logo mais. Apesar disso, é importante destacar àqueles (cidade e estados) que 
sobressaíram aos outros. 
Com relação às cidades, 8 apresentaram maiores concentrações de produção. São 
elas: Campinas, Teófilo Otoni e Itajaí com 2 artigos cada, Curitiba, Santa Maria e Belo 
Horizonte, com 4 artigos, Fortaleza com 6 e São Paulo com 7 artigos. No que se refere ao 
estado, os destaques são para São Paulo (12), Minas Gerais (9) e Paraná (8). 
A Figura 3 traz a representação de publicação por região do País. Não serão 
contabilizados aqui as publicações de origem internacional, sendo assim, nesse gráfico, as 
publicações nacionais assumem a porcentagem total. 
 
Figura 3. Publicação por Região do País 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
A maior diferenciação ocorreu no âmbito das regiões, pois Sudeste e Sul detiveram 
sozinhos 83% de toda a produção, ou seja, 21 e 15 artigos respectivamente, ficando o 
Nordeste em terceiro lugar, com 8 artigos. Em seguida vieram as regiões Centro-Oeste com 2 
artigos, e Norte com apenas 1 artigo. 
Os resultados observados neste item apresentaram-se muito semelhantes aos 
encontrados por Brancher, Oliveira e Roncon (2012). Em seu estudo, os autores observaram 
que a publicação sobre esta temática se concentrava basicamente no Sul e Sudeste, que juntas 
apresentaram 72% do total de publicações, Nordeste com 20% e Centro-Oeste com 8%. 
Diferentemente desta pesquisa, os autores não encontraram artigos oriundos da região Norte. 
38%
45%
2%
17%
4%
Sul
Sudeste
Norte
Nordeste
Centro-Oeste
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
174 
Percebe-se que a posse das publicações sobre comportamento empreendedor 
mantem-se semelhante, mesmo após uma década (período referente ao recorte temporal 
estudado pelos autores supracitados, 2004-2008). 
Com relação à instituição à qual o primeiro autor indicou estar vinculado, a Figura 4 
traz essas informações. 
 
Figura 4 - Instituições às quais o primeiro autor indicou estar vinculado 
 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Como visualizado na Figura 4, há uma dispersão mais acentuada ainda quando se 
fala da filiação dos autores. Percebe-se que a grande maioria dos artigos saiu de instituições 
distintas, chegando a 50% a publicação de apenas um artigo por universidade, o que pode 
refletir a ausência de uma instituição de ensino superior de referência no assunto. Esse dado 
converge com o encontrado no estudo de Brancher, Oliveira e Roncon (2012): baixa 
reincidência de publicações pelas instituições. Apenas 10 instituições, dentre as 36 
identificadas, publicaram mais de uma vez. 
UFSM
Faculdade Campo 
Limpo Paulista
UNIFOR
Unihorizontes Centro 
Universitário 
Estácio do 
Ceará
Unioeste
Anhembi 
Morumbi
UFPR
UFU
FAE Centro 
Universitário
UnBFECAP
UDESC
UFLA
Faculdade Cenecista de 
Campo Largo
UFSUSP
IFNMG
Uninter 
UNISANTOS
UECEUFV
UNIVALI
Universidade de 
Coimbra Portugal
UNINOVE
Universidade de Vigo
Unicamp
PUC Minas
Davenport University
USF
FACAPE
UFMS
PUCPR UNIR
UFC UFAL
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
175 
As instituições que acumularam mais de uma publicação foram as seguintes: 
Universidade de Fortaleza; Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado; Universidade 
Estadual do Ceará; Universidade do Vale do Itajaí e Universidade Estadual de Campinas com 
2 publicações cada uma. Em seguida, com 3 artigos publicados cada, aparecem: Faculdade 
NovosHorizontes; Universidade Estadual do Oeste do Paraná e Universidade Nove de Julho. 
A maior concentração de artigos sobre o tema foi encontrada na Universidade Federal de 
Santa Maria, de onde saíram 4 artigos no período de tempo pesquisado. 
Estes resultados divergem totalmente dos encontrados pelos autores supracitados, 
pois as instituições listadas por estes como as detentoras das maiores taxas de publicação 
sobre comportamento empreendedor no país, não chegam nem mesmo a aparecer nos 
resultados do presente estudo. Assim como as aqui encontradas não aparecem no estudo dos 
autores. O que leva-se a perceber que os artigos publicados no ENANPAD apresentam um 
perfil diferente daqueles publicados em periódicos, o que vale uma investigação mais apurada 
do perfil de publicação em ambos os meios. 
 
4.5 CARACTERÍSTICAS METODOLÓGICAS 
 
Os termos e classificações utilizados nessa etapa são baseados nas definições de 
Gerhardt e Silveira (2009), com algumas adaptações dos autores da presente pesquisa. 
 
4.5.1 Quanto aos objetivos 
 
Nesta análise, percebeu-se que os artigos se encaixaram em uma das quatro 
categorias seguintes: descritiva, exploratória, explicativa ou Mista, sendo esta última referente 
àquele que utilizou mais de uma categoria, não sendo necessariamente somente as três citadas 
anteriormente, já que alguns artigos também mencionaram a categoria interpretativa. 
Na Figura 5 é possível verificar que a pesquisa descritiva foi a mais utilizada, 
seguida pela explicativa. 
 
 
 
 
 
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
176 
Figura 5 - Quanto aos objetivos 
 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
4.5.2 Quanto à abordagem 
 
Nessa etapa, os artigos foram classificados como Quantitativos, Qualitativos ou 
Híbridos, que diz respeito àqueles em que foram utilizadas as duas abordagens na sua 
elaboração. A Figura 6 traz um vislumbre das abordagens metodológicas utilizadas nos 
artigos aqui analisados. 
 
Figura 6 - Abordagem Metodológica 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
 Como visualizado na Figura 6, a abordagem mais utilizada nos artigos analisados foi a 
Quantitativa, que correspondeu à 56%. 
48%
18%
30%
4% Descritiva
Exploratória
Explicativa
Mista
Quantitativa
56%
Qualitativa
36,67% Híbrida
13,33%
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
177 
 
4.5.3 Quanto aos instrumentos de coleta de dados 
 
Os instrumentos de coletas utilizados nos artigos analisados foram os seguintes: 
Questionário, Entrevista e Análise Documental. Além disso, alguns autores optaram por 
utilizar mais de uma técnica, realizando assim, uma triangulação dos dados. A esta última 
técnica, optou-se por classificá-la nominalmente como mista. A Figura 7 mostra o percentual 
de utilização de cada técnica, onde constatou-se que o instrumento mais utilizado foi o 
questionário. 
 
Figura 7 - Instrumentos de coleta de dados utilizados 
 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
4.5.5 Quanto ao tratamento dos dados 
 
Na Figura 8 são apresentados os métodos utilizados para a análise dos dados dos 
artigos examinados neste estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52%
14%
20%
14%
Questionário
Entrevista
Documental
Mista
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
178 
Figura 8 - Tratamento dos dados 
 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Observou-se que foram utilizadas 12 técnicas de análise de dados distribuídas ao 
longo dos 50 artigos. Dentre estas, 2 se destacaram com maior veemência. São elas: 
Modelagem de equações estruturais e Análise de conteúdo, que foram utilizadas em 8 e 7 
artigos, respectivamente. Cabe destaque também a categoria mista, que é aquela em que se 
utilizou mais de uma técnica no tratamento dos dados, que foi a escolha dos autores em 7 
artigos. 
 
4.5.6 Quanto ao embasamento teórico 
 
Este tópico diz respeito ao mapeamento dos autores utilizados nas definições de 
comportamento do empreendedor dos artigos analisados. Para a elaboração dessa análise, 
foram considerados apenas os autores citados em pelo menos três artigos, a fim de obter uma 
Modelagem de 
equações estruturais
16%
Mista
14%
Análise de conteúdo 
14%
Anova e testes de 
média
10%
Estatística descritiva 
10%
Análise fatorial
10%
Ensaio teórico
6%
Revisão sistemática da 
literatura
6%
Qui-quadrado
4%
Regressão
4%
História oral
4%
Correlação
2%
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
179 
melhor filtragem dos dados e eliminar as citações esporádicas, para que fossem contabilizados 
apenas àqueles com real respaldo sobre o tema. 
Quando se trata de comportamento empreendedor, os autores que mais se destacam 
pelo número de vezes que são citados ainda são os de origem estrangeira. Sendo eles, em 
ordem decrescente: Louis Jacques FILION, David MCCLELLAND (reconhecido como o 
primeiro autor a tentar traçar um perfil de características dos empreendedores), Joseph 
SCHUMPETER, e Peter DRUCKER, sendo citados em 36, 34, 17 e 16 artigos, 
respectivamente. No entanto, percebeu-se uma participação relevante de alguns autores 
brasileiros com relação a essa temática, com destaque para: Eda Castro Lucas de SOUZA, que 
juntamente com Gumersindo Sueiro LOPES JÚNIOR, criaram o Instrumento de Mensuração 
da Atitude Empreendedora (IMAE), Fernando DOLABELA, e José DORNELAS, que foram 
citados, respectivamente, em 14, 4, 11 e 8 artigos. 
A Figura 9 traz uma melhor visualização sobre esse aspecto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
180 
Figura 9 - Mapeamento dos autores citados 
 
Fonte: Elaboração Própria, 2020. 
Lima 1% Bygrave 2%
Shepherd 3%
Wiklund 1%
Carland 2%
Hoy 1% Cooley 1%
Cooper 1%
Degen 1%
Dolabela 3%
Brazeal 1%
Spinelli 1%
Lüthje 1%
Franke 1%
De Toni 1%
Mioranza 1%
Milan 1%
Dornelas 2%
Baumol 1%
Shane 2%
Drucker 4%
Larentiz 1%
Liguori 1%
Larentiz 1%
Liguori 1%
Larentiz 1%
Mcclelland 9%
Minello 2%
Miner 2%Foo 1%
Schumpeter
4%
Timmons 2%
Filion 9%
Mintzberg 1%
Pereira 1%
Venkataraman 1%
Silva 1%
Say 1%
Emmendoerfer 1%
Gimenez 1%
Inácio Jr 1%
Hisrich 2%
Hornaday 1%
Kets De Vries 1%
Le Boterf 1%
Lenzi 1%
Lopes Jr 1%
Souza 4%
Weber 1%
Ferreira 1%
Rauch 1%
Lumpkin 1%
Frese 1%
Zhao 1%
Seibert 1%
Peters 2%
Shapero 1%
Sokol 1%
Santos 1%
Gouveia 1% Krueger Jr 1%
Ajzen
3%
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
181 
O Quadro 6 revela, em ordem decrescente, as obras que apareceram com mais 
frequência na construção das discussões sobre comportamento empreendedor nos artigos 
analisados. Ressalta-se que foram contabilizadas apenas as obras citadas em mais de um 
artigo, a fim de se obter um resultado mais sólido. 
 
Quadro 6 - Obras mais frequentemente citadas pelos autores 
OBRA AUTOR ANO REPETIÇÕES 
Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de 
pequenos negócios. 
Filion 1999 14 
The achievement society. McClelland 1961 11 
A sociedade competitiva: realização e progresso social. McClelland 1972 8 
Empreendedorismo e gerenciamento: processos distintos, porém 
complementares. 
Filion 2000 5 
Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre 
lucros, capital, crédito, juros e o ciclo econômico. 
Schumpeter 1982 5 
Oficina do Empreendedor: A metodologia do ensino que ajuda a 
transformar conhecimento em riqueza. 
Dolabela 2008 4 
Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. Drucker 1986 4 
Innovation and entrepreneurship. Drucker 1985 4 
The entrepreneurial process. Bygrave 2004 4 
An entrepreneurship Index: an empirical validation. Carland, 
Carland e Hoy 
1992 4 
O planejamento do seu sistema de aprendizagem empresarial: 
identifique uma visão e avalie o seu sistema de relações. 
Filion 1991 4 
Diferenças entresistemas gerenciais de empreendedores e 
operadores de pequenos negócios. 
Filion 1999 3 
Visão e relações: elementos para um metamodelo empreendedor. Filion 1993 3 
Criando seu próprio negócio: como desenvolver o potencial 
empreendedor. 
Pereira e 
Santos 
1995 3 
Innovation and entrepreneurship. Drucker 1993 3 
Social dimensions of entrepreneurship. Shapero e 
Sokol 
1982 3 
Entrepreneurial potential and potential entrepreneurs. Krueger Jr e 
Brazeal 
1994 3 
Atitude empreendedora em proprietários-gerentes de pequenas 
Empresas: Construção de um instrumento de medida. 
Lopes Jr e 
Souza 
2005 3 
Empreendedorismo. Hisrich, Peters 
e Shepherd 
2009 3 
Empreendedorismo. Hisrich, Peters 
e Shepherd 
2014 3 
O empreendedor. Degen 1989 3 
The theory of planned behavior. Ajzen 1991 3 
The promise of entrepreneurship as a field of research. Shane e 
Venkataraman 
2000 3 
Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Dornelas 2001 3 
The “making” of an entrepreneur: Testing a model of 
entrepreneurial intent among engineering students at MIT. 
Lüthje e 
Franke 
2003 3 
Implementing entrepreneurial ideas: The case for intentions. Bird 1988 3 
Formal entrepreneurship theory in economics: existence and 
bounds. 
Baumol 1993 3 
Oficina do empreendedor. Dolabela 1999 3 
Desenvolvendo a competência dos profissionais. Le Boterf 2003 3 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
182 
Dentre as obras utilizadas pelos autores, observou-se que a mais frequente, citada em 
28% dos artigos, o que corresponde a 14 artigos, foi “Empreendedorismo: empreendedores e 
proprietários-gerentes de pequenos negócios”, de Filion, lançada em 1999. 
Apesar de ainda pequena, é possível notar que a temática do comportamento 
empreendedor vem, já há alguns anos, despertando o interesse de autores brasileiros, 
considerados referências nacionais no assunto. 
 
4.5.7 Influência internacional na produção nacional 
 
Realizou-se a contagem de todas as referências dos 47 artigos analisados (os artigos 
de origem internacional foram excluídos dessa análise), e em seguida, foram identificadas 
todas as referências internacionais e contabilizadas. O resultado é demonstrado na Figura 10. 
 
Figura 10 - Referências de origem nacional x internacional 
 
Fonte: Elaboração própria, 2020. 
 
Tratando-se do total de referências, que foram contabilizadas 2402, referente aos 47 
artigos (média de 51 referências por artigo), a quantidade de origem internacional é superior à 
de origem nacional. Dessa forma, apesar de haver um percentual bem semelhante entre a 
origem das referências, a representatividade de autores internacionais é mais notável por 
haver uma maior homogeneidade de citações, ou seja, o mesmo autor é citado em vários 
artigos. 
 
4.6 TEMÁTICAS EMERGENTES SOBRE O TEMA 
 
O desenvolvimento da literatura sobre comportamento empreendedor, ao longo do 
período investigado, não só introduziu novos temas, mas também continuou linhas de 
NACIONAIS
INTERNACIONAIS
1100 1150 1200 1250 1300
NACIONAIS INTERNACIONAIS
Nº de Referências 1149 1253
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
183 
pesquisa estabelecidas anteriormente. Embora, em termos metodológicos, a prática da 
bibliometria tenha uma característica descritiva, utilizá-la como base para propor novas 
investigações e temas amplia a sua importância. 
Nesse sentido, tem-se o quadro 8, em seguida, em que são apresentadas temáticas 
emergentes sobre Comportamento Empreendedor, identificadas a partir dos artigos publicados 
nos últimos cinco anos, na área de administração pública e de empresas, ciências contábeis e 
turismo, com estrato A2 (Qualis/2015), pois apresentam maior relevância e impacto, entre os 
artigo utilizados do corpus da pesquisa. 
 
Quadro 8 – Temáticas emergentes na pesquisa sobre Comportamento empreendedor 
AUTOR/ES PERIÓDICO AGENDA DE TEMÁTICAS EMERGENTES 
Barros et al. 
(2014) 
Revista de 
Contabilidade e 
Organizações 
-Investigar sobre competência social como uma das características dos 
empreendedores 
Corrêa, Vale 
e Cruz 
(2017) 
Revista de 
Administração - 
RAUSP 
-Analisar a relação entre valores religiosos e a orientação empreendedora 
Cavazos-
Aroio, 
Puente-Días 
e Agarwal 
(2017) 
Revista 
Brasileira de 
Gestão e 
Negócios - 
RBGN 
-Usar desenhos longitudinais para examinar se a intenção empreendedora 
social é realmente aplicada, em diferentes realidades. 
Ferreira, 
Loiola e 
Gondin 
(2017) 
Cadernos 
EBAPE 
-Explorar em maior profundidade quais são os grupos de referência mais 
relevantes para o empreendedorismo em diversas culturas; 
-Estudar quais as relações entre pertencimento a empresas juniores ou outras 
experiências empreendedoras e iniciativas empreendedoras; 
-Investigar a intenção empreendedora e sua inter-relação com fatores pessoais 
e contextuais proximais ou distais ainda merecem muita atenção dos 
pesquisadores no Brasil; 
-Testar a influência de programas de treinamento empreendedor voltado à 
criatividade sobre a intenção empreendedora; 
-Explorar os efeitos das redes sociais na confiança mútua e autoconfiança dos 
empreendedores; 
-Analisar as diferenças interculturais de intenção empreendedora entre países. 
Paiva et al. 
(2018) 
Cadernos 
EBAPE 
-Aprofundar a relação entre sustentabilidade e inovação, no contexto do 
empreendedorismo, por meio de em uma perspectiva longitudinal e de 
estudos comparativos entre países e diferentes áreas do conhecimento. 
Coda, 
Krakauer e 
Berne 
(2018) 
Revista de 
Administração - 
RAUSP 
-Estudar a relação entre a postura competitiva e a postura reguladora dos 
gerentes e como essas influenciam no crescimento das microempresas; 
-Verificar a correlação entre comportamentos e perfis dos executivos de 
pequenas empresas e o crescimento ou desempenho da empresa que eles 
administram. 
Barral, 
Ribeiro e 
Canever 
(2018) 
Revista de 
Administração - 
RAUSP 
-Aprimorar, por meio de estudos adicionais, o instrumento Modelo Clássico 
de Intenção Empresarial. 
Moraes, 
Iizuka e 
Pedro 
(2018) 
Revista de 
Administração 
Contemporânea 
- RAC 
-Investigar quantitativamente, por meio de equações estruturais, quais 
variáveis do ambiente universitário devem ser consideradas para entender a 
intenção empreendedora e formar o ambiente universitário; 
-Realizar pesquisas relacionadas ao papel mediador da auto eficácia no 
desenvolvimento da intenção empreendedora. 
RAU 7 JA I , A A I MLE A F 088 
802 , , 6 520 .07, - 802 , 6 3 3 .95 , 7
J 1 A E , AB
184 
Marinho 
(2018) 
Innovation & 
Management 
Review 
-Estudar a relação dos constructos orientação empreendedora, capacidade de 
marketing e desempenho empresarial com a orientação para a aprendizagem e 
a inovação organizacional 
Bin et al. 
(2018) 
Innovation & 
Management 
Review 
-Estudar a seguinte hipótese: devido o tempo e esforço dedicado à família as 
mulheres não seguem uma carreira acadêmica e, por isso, estão 
empreendendo seus próprios negócios; 
-Investigar sobre empreendedorismo acadêmico, abordando determinantes 
para se obter uma compreensão mais ampla desse fenômeno; 
-Pesquisar sobre a criação de incentivos para empreendedorismo nas ciências 
básicas. 
Behling e 
Lenzi 
(2019) 
Brazilian 
Business Review 
- BBR 
-Investigar a percepção de clientes sobre as competências empreendedoras; 
-Identificar as competências empreendedoras em microempreendedores 
individuais; 
-Realizar um estudo hipotético-dedutivo para averiguação das competências 
empreendedoras na visão dos próprios empreendedores e dos clientes; 
-Pesquisar sobre a presença das competências empreendedoras e o 
comportamento estratégico associado ao desempenho das organizações; 
-Investigar a relação entre competências empreendedoras e o comportamento 
estratégico, associados com a redução das chances de falência das empresas.

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