PRODUÇÃO CONJUNTA (PALESTRA)

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PRODUÇÃO CONJUNTA
Co - produtos ou produtos principais; e Produtos
secundários ou subprodutos
Introdução
3/2/2021Elaborador por: Fredy Josse
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Num sistema de produção de produtos conjuntos
nenhum dos produtos pode ser obtido sem se
acompanhar de outros produtos conjuntos. Os produtos
não são identificáveis como produtos individuais e
diferenciáveis enquanto não se atingir certo estágio de
produção chamado ponto de separação. Exemplo: Na
industrialização de carnes, nenhum frigorífico pode abater
uma costeleta de porco. O frigorífico tem de abater o porco
inteiro e dele retirar vários tipos de carne: a pele e outros
produtos. Outros exemplos podem ser observados na
produção de farinhas, produtos químicos, derivados de
madeira, petroquímicos, etc.
Introdução
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Na prática, em muitos processos de produção obtém-
se produtos conjuntos mas, normalmente todos os
custos de produção desses múltiplos produtos são
aplicados a um único produto, porque os restantes
são considerados desperdícios. O custo importante
que se poderia aplicar aos desperdícios é geralmente
ignorado, aplicando-se todo o custo ao produto final.
Na produção conjunta podemos encontrar os co-
produtos, subprodutos e resíduos.
Co-produtos, subprodutos, e resíduos.
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São Co-produtos ou Produtos Principais, aqueles que tem a
mesma importância relativa. Por exemplo, o Gasóleo, Gasolina,
Fuel oil, na indústria de refinação de petróleo, farinha de milho
numa moageira.
São Subprodutos, os produtos secundários no processo de
produção. Normalmente não constituem o objectivo do processo
de produção, sendo a sua produção consequência da produção
dos produtos principais. Por exemplo, num processo de
produção da farinha (objectivo principal) numa moageira,
também obtém-se farelo que é produto secundário ou
subproduto.
Co-produtos, subprodutos, e resíduos
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Normalmente consideram-se subprodutos aqueles
que tem uma receita inferior a 10% do valor da venda
de todos os produtos.
São Resíduos, certos produtos de baixo valor, como é
o caso de ossos no abate de gado, sobras de tecido
na indústria de confeições e sobras de chapa na
indústria metalomecânica.
Principaisfasesdoprocessodeproduçãoconjunta
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Num processo de produção conjunta podemos distinguir
duas (2) fases principais:
1. FASE DE PRODUÇÃO CONJUNTA, que é a que se verifica
até ao ponto de separação, provocando gastos que
designamos por custos conjuntos;
2. FASES SEGUINTES, em que os semi-produtos (produtos
em vias de fabrico ou em curso) obtidos no ponto de
separação são terminados, em regime de produção
disjunta, implicando custos específicos. Estas podem
eventualmente não existir caso o processo de termine no
ponto de separação.
Métodos usados para alocação de custos conjuntos
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Osmétodosusadosparaalocaçãodecustosconjuntossãoosseguintes:
TIPO DE PRODUTOS MÉTODOS
Co -produtosouprodutosprincipais
• Quantidadesproduzidas;
• Valor de venda da produção; e
• Valor da venda no ponto de separação
Produtos secundários ou subprodutos
• Lucro nulo; e
• Custonulo
Exemplo:
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Consideremos uma empresa que se dedica ao abate
de Perus e comercialização dos produtos obtidos. As
fases de fabrico são essencialmente as seguintes:
• Abate dos perus e preparação (retirar pernas, corte
de patas, cabeça, etc.);
• Corte, em que a carcaça vinda da fase anterior é
esquartejada, separando-se os diversos produtos
pretendidos;
• Preparação e embalagem dos produtos.
Exemplo:
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Em Janeiro de 2017 os custos industriais foram os seguintes:
DESCRIÇÃO
ATÉ A FASE DE 
CORTE
PREPARAÇÃO E
EMBALAGEM
Perus vivos
Custos de transformação
Conjuntos
Específicos
Bife
Pernas
Asas
Miudezas e diversos
Total
10.000,00 Mt
4.000,00 Mt
14.000,00 Mt
1.500,00 Mt
1.600,00 Mt
200,00 Mt
800,00 Mt
4.100,00 Mt
Exemplo:
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Os produtos acabados obtidos naquele mês e os
preços de venda são apresentados na tabela abaixo.
PRODUTOS
PRODUÇÃO 
(Qtd./Kgs)
%
PREÇO DE 
VENDA P/Kg
VALOR DE VENDA 
DA PRODUÇÃO
Bife 30.000 30 0,350 Mt 10.500,00 Mt
Pernas 40.000 40 0,225 Mt 9.000,00 Mt
Asas 5.000 5 0,250 Mt 1.250,00 Mt
Miudezas e Diversos 25.000 25 0,170 Mt 4.250,00 Mt
Total 100.000 100 25.000,00 Mt
Exemplo:
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Note-se que não havia Produção em Curso (PVF), pelo
que as quantidades obtidas foram iguais as
embaladas.
Ver a resolução do exemplo pelos criterios
anteriormente apresentados.
Resolução pelo Método das Quantidades Produzidas
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Pelo critério das Quantidades produzidas repartem-se
os custos conjuntos pelos produtos proporcionalmente
as quantidades obtidas de cada um deles. Assim, no
caso em análise o custo conjunto de 14.000,00Mt
(até ao corte) repartir-se-á tendo em conta os pesos
percentuais das quantidades de cada produto,
conforme demonstração a seguir:
Resolução pelo Método das Quantidades Produzidas
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PRODUTOS
PRODUÇÃO 
(Qtd./Kgs)
%
REPARTIÇÃO DO 
CUSTO 
CONJUNTO
Bifes 30.000 30 4.200,00Mt
Pernas 40.000 40 5.600,00Mt
Asas 5.000 5 700,00Mt
Miudezas e diversos 25.000 25 3.500,00Mt
Total 100.000 100 14.000,00Mt
Resolução pelo Método das Quantidades Produzidas
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O custo industrial dos produtos acabados será calculado conforme
demonstração abaixo apresentada:
Através deste critério foi imputado a cada Kg um mesmo custo
unitário conjunto (14.000,00Mt), sendo os custos industriais
unitários diferentes apenas por causa dos custos específicos.
PRODUTOS CUSTOS PRODUÇÃO 
(Qtd./Kgs)UNITÁRIO CONJUNTOS ESPECÍFICOS GLOBAL
Bifes 0,190Mt 4.200,00Mt 1.500,00Mt 5.700,00Mt 30.000
Pernas 0,180Mt 5.600,00Mt 1.600,00Mt 7.200,00Mt 40.000
Asas 0,180Mt 700,00Mt 200,00Mt 900,00Mt 5.000
Miud. e div. 0,172Mt 3.500,00Mt 800,00Mt 4.300,00Mt 25.000
Total 14.000,00Mt 4.100,00Mt 18.100,00Mt 100.000
Resolução pelo Método das Quantidades Produzidas
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Este método não relaciona os custos conjuntos
atribuídos a cada produto com a respectiva
capacidade de geração de receitas, podendo
distorcer a análise de custos nos casos de produtos
com volumes e preços de venda diferenciados. Por
exemplo, aplicando-se este método nas indústrias de
carnes, o lombo de porco teria o mesmo custo que a
banha, o pé de porco, o toucinho, a cabeça, e assim
por diante. Algumas partes teriam lucros fabulosos e
outras prejuízos constantes.
Resolução pelo Método de Venda da Produção
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Consiste em repartir o custo conjunto tendo como
base o valor da venda da respectiva produção. No caso
em estudo teríamos o seguinte quadro de repartição
do custo conjunto:
PRODUTOS
VALOR DE 
VENDA
%
REPARTIÇÃO DO 
CUSTO 
CONJUNTO
Bifes 10.500,00Mt 42 5.880,00Mt
Pernas 9.000,00Mt 36 5.040,00Mt
Asas 1.250,00Mt 5 700,00Mt
Miudezas e Diversos 4.250,00Mt 17 2.380,00Mt
Total 25.000,00Mt 100 14.000,00Mt
Resolução pelo Método de Venda Da Produção
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O custo industrial dos produtos acabados será calculado conforme
demonstraçãoabaixoapresentada:
PRODUTOS
CUSTOS PRODUÇÃO 
(Qtd./Kgs)UNITÁRIO CONJUNTOS ESPECÍIFICOS GLOBAL
Bifes 0,246,00Mt 5.880,00Mt 1.500,00Mt 7.380,00Mt 30.000
Pernas 0,166,00Mt 5.040,00Mt 1.600,00Mt 6.640,00Mt 40.000
Asas 0,180,00Mt 700,00Mt 200,00Mt 900,00Mt 5.000
Miud. e divr. 0,127,00Mt 2.380,00Mt 800,00Mt 3.180,00Mt 25.000
14.000,00Mt 4.100,00Mt 18.100,00Mt 100.000
Resolução pelo Método de Venda da Produção
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Tendo em vista o facto que o custo das existências
deveria indicar a capacidade de geração da receita, a
abordagem do valor relativo de venda dá uma
aproximação razoável paraobter uma alocação
significativa dos custos conjuntos.
Resolução pelo Método do Valor da Produção Reportado ao 
Ponto de Separação
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Este método aplica-se quando os produtos não são
vendidos no seu estágio de acabamento no ponto de
separação, isto é, quando são necessários outros
custos de processamento para completar a produção
de tais produtos. Neste caso, repartem-se os custos
conjuntos pelos produtos proporcionalmente ao seu
valor de venda no ponto de separação, isto é, ao valor
da venda da produção deduzido dos custos específicos.
Os custos específicos a considerar não são apenas os
de produção, mas também os não industriais
(frequentemente apenas os de distribuição).
Resolução pelo Método do Valor da Produção Reportado ao 
Ponto de Separação
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No caso em estudo teremos que considerar os novos
dados agora disponiveis como os custos de
distribuição dos produtos da tabela abaixo:
O cálculo do custo conjunto reportado ao ponto de
separação seria assim:
PRODUTOS CUSTOS POR Kg CUSTOS TOTAIS
Bifes 0,015Mt 450,00Mt
Pernas 0,012Mt 480,00Mt
Asas 0.012Mt 60,00Mt
Miudezas e diversos 0,010Mt 250,00Mt
1.240,00Mt
ResoluçãopeloMétododoValordaProduçãoReportadoaoPonto
deSeparação
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Produto
Valor da 
Venda 
(Mt)
Custos específicos (Mt)
Valor da Venda no ponto
de separação (Mt)
Industriais
Não
Industriais
Total %
Bifes 10.500,00 1.500,00 450,00 8.550,00 43,5
Pernas 9.000,00 1.600,00 480,00 6.920,00 35,2
Asas 1.250,00 200,00 60,00 990,00 5,0
Miud. Diversos 4.250,00 800,00 250,00 3.200,00 16,3
25.000,00 4.100,00 1.240,00 19.660,00 100
ResoluçãopeloMétododoValordaProduçãoReportadoaoPonto
deSeparação
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No caso em estudo teríamos o seguinte quadro de
repartição de custos conjunto, usando o método de
repartição do custo conjunto reportado no ponto de
separação.
PRODUTOS
VALOR DA VENDA PRODUTOS NO 
PONTO DE SEPARAÇÃO
REPARTIÇÃO DO 
CUSTO 
CONJUNTOTOTAL EM MT %
Bifes 8.550,00 43,5 6.090,00
Pernas 6.920,00 35,2 4.928,00
Asas 990,00 5 700,00
Miud. e diversos 3.200,00 16,3 2.282,00
9.660,00 100 $14.000
Resolução pelo Método do Valor da Produção Reportado ao Ponto 
de Separação
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O custo industrial de cada produto seria assim:
calculado:
PRODUTOS
CUSTOS EM MT CUSTO 
UNITÁRIO 
(MT)CONJUNTOS ESPECÍFICOS TOTAL PRODUÇÃO
Bifes 6.090,00 1.500,00 7.590,00 30.000 0,253
Pernas 4.928,00 1.600,00 6.528,00 40.000 0,163
Asas 700,00 200,00 900,00 5.000 0,180
Miud. e diversos 2.282,00 800,00 3.082,00 25.000 0,123
14.000,00 4.100,00 18.100,00 100.000
Custode Subprodutos
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O critério frequentemente adoptado para imputar ao
subproduto a parte que lhe respeita nos custos
conjuntos, consiste em atribuir-lhe um custo igual ao
seu valor de venda, Critério de Lucro Nulo.
Algumas vezes, mas poucas, não se atribui nenhum
custo aos subprodutos sendo os custos conjuntos
alocados apenas entre produtos principais.
Custode Subprodutos
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Ex: Custos P. Unit
MOD Prod A 1.000 1.000
MD Prod B 1.500 850
GGF Subprod. C 250 1
2.750Mt
Custo nulo: O subproduto C não tem custo, portanto os
2.750,00Mt são alocados aos produtos principais A e B.
Lucro nulo: O custo do Subproduto C é igual ao seu valor
de venda (250,00Mt), daí o custo a ser repartido aos
produtos A e B é de 2.500,00Mt.
Produção
Produção Defeituosa
 Nas empresas industriais é normal o aparecimento de
defeitos de fabrico, os quais podem ser detectados ao
longo do processo de fabrico ou a saidada fabrica,
normalmente por exames feitos pelo servico de
controlo de qualidade.
 Em termos de contabilidade interna, o tratamento dos
defitos de fabrico envolve duas hipoteses: ou o defeito
é considerado dentro dos padroes normais de
produção e o seu custo é suportado pela produção boa
(sem defeito) ou o defeito é considerado acidental e o
seu custo é deduzido ao custo de produção, para ser
imputado a uma conta de resultados acidentais.
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ProduçãoDefeituosa
 No primeiro caso, o custo dos produtos acabados
(sem defeito) vem acrescido do custo do custo
referente aos defeitos; no segundo caso, os
produtos defeituosos tem um custo igual ao dos
restantes produtos fabricados, pelo que a conta de
produção é creditada por contrapartida da conta
resultados acidentais pelo respectivo valor.
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