Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa MSc. Rosemeri Covre Processos Psicológicos Básicos: Percepção, Aprendizagem e Memória 1. PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS 1.1 IDENTIFICANDO OS PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS 1.2 INTRODUÇÃO ÀS NEUROCIÊNCIAS NOS ESTUDOS DOS PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS 2. PROCESSOS ATENCIONAIS 2.1 BASES ANATÔMICAS ATENCIONAIS 2.2 O PROCESSO ATENCIONAL 2.3 A NEUROPSICOLOGIA DA ATENÇÃO 2.4 ALTERAÇÕES DA ATENÇÃO 3. SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO 3.1 SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO: DEFINIÇÃO E ASPECTOS HISTÓRICOS 3.2 OS TIPOS DE PERCEPÇÃO 3.3 BASES NEURAIS DA PERCEPÇÃO 3.4 ALTERAÇÕES DA SENSOPERCEPÇÃO 4. MEMÓRIA: CLASSIFICAÇÕES, CONCEITOS E FATORES (CRÉDITO DIGITAL) 4.1 TIPOS E FORMAS DE MEMÓRIA 4.2 OS MECANISMOS DE FORMAÇÃO DA MEMÓRIA 4.3 AS MEMÓRIAS DE CURTA E LONGA DURAÇÃO 4.4 A MODULAÇÃO DAS MEMÓRIAS 5. APRENDIZAGEM 5.1 TEORIAS DE APRENDIZAGEM 5.2 AS PERSPECTIVAS DE PIAGET E VYGOTSKY Temas de Aprendizagem: Objetivos centrais: *Identificar o papel dos processos psicológicos básicos na cognição, com base a suas respectivas funções e fisiologia, a fim de avaliar como se integram entre si e como modulam o comportamento humano; *Investigar a relação entre o sistema nervoso e os processos psicológicos básicos, fundamentando-se nas evidências das neurociências cognitivas e comportamentais, para identificar as bases biológicas da atenção, da percepção, da memória e da aprendizagem. Procedimentos de ensino- aprendizagem: 2 * 1 Modelo de sala de aula invertida e aprendizagem baseada em uma situação – problema para: Indicar ao discente os conceitos teóricos que serão aplicados e sanar quaisquer dúvidas que possam surgir após a leitura prévia pelo (a) aluno (a) dos materiais indicados. Contextualizar, teórica e tecnicamente, o problema que será trabalhado. Poderão ser utilizadas como estratégias: exposição e discussão de textos, estudos de casos, debates estruturados, dinâmicas de grupo, dramatizações e ferramentas digitais que tornarão o aluno protagonista de seu aprendizado. Avaliação: 2 3 1 Avaliação 1 – AV1 4 As avaliações serão presenciais e digitais, alinhadas à carga horária da disciplina, divididas da seguinte forma: Avaliação 2 – AV2 Avaliação Digital – AVD Avaliação 3 – AV3 Bibliografia Básica: BEAR, M. F.; CONNORS, B. W.; PARADISO, M. A. Neurociências, Desvendando o Sistema Nervoso. 4 Ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714331/cfi/0!/4/4@0.00:0.00 ILLERIS, K. et all. Teorias Contemporâneas da Aprendizagem. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582713969/cfi/1!/4/4@0.00:62.4 IZQUIERDO, I. Memória. 3 Ed.. Porto Alegre: Artmed, 2018. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582714928/cfi/6/4!/4/4/2/2@0:0 Processos Psicológicos Básicos AULA 1 As Funções Executivas: Conjunto de habilidades e capacidades que permitem executar as ações necessárias para atingir um objetivo. Incluem: estabelecimento de metas, elaboração de uma estratégia comportamental, monitoramento de ações adequadas e respeito às normas sociais. As funções executivas são coordenadas pelo córtex pré–frontal. A região dorsolateral é responsável pelo planejamento e flexibilização do comportamento; a região medial pelas atividades de automonitoramento e da correção de erros; a região orbitofrontal se encarrega da avaliação de riscos e da inibição de respostas inapropriadas. O córtex pré-frontal tem um amadurecimento lento, que se prolonga até a adolescência. Paralelamente, existe um processo de desenvolvimento das funções executivas, cujo amadurecimento progressivo caracteriza o desenvolvimento infantil. Córtex Pré-Frontal: Córtex Pré-Frontal: Ainda sobre a Função Executiva: As FE incluem vários componentes de processamento, dentre eles: iniciação de tarefas, organização e planejamento, inibição, flexibilidade cognitiva e alternância, ação intencional, teoria da mente, criatividade, automonitoramento e memória de trabalho (Packwood, Hodgets e Tremblay, 2011; Ren, Schweizer, Xu, 2013; Wasserman e Wasserman, 2012; Zelazo, Carter, Reznick e Frye, 1997). Entretanto, a inibição (controle inibitório e de interferência), a memória de trabalho e a flexibilidade cognitiva têm sido considerados os principais domínios das FE (Lehto et al., 2003; Miyake et al., 2000). Processos frios e quentes: Em termos cognitivos e socioafetivos, Kerr e Zelazo (2004) e Zelazo, Qu e Muller (2005) propuseram uma classificação das FE em processos executivos “frios” (cold) e “quentes” (hot). Eles definem os componentes “frios” como processos que tendem a não envolver muita excitação emocional e compreendem os aspectos mais lógicos e cognitivos, como o raciocínio lógico e abstrato, planejamento, resolução de problemas e memória de trabalho. Por outro lado, os processos “quentes” estão mais relacionados com os aspectos emocionais, crenças e desejos, como a regulação do afeto, da motivação e do próprio comportamento social, tomada de decisão, experiência de recompensa e punição, teoria da mente, interpretações pessoais e julgamento moral. De maneira geral, os componentes executivos “frios” têm sido associados ao córtex pré-frontal dorsolateral, enquanto os componentes “quentes” estão mais relacionados com o córtex pré-frontal orbitofrontal e ventromedial. Cognição: A COGNIÇÃO se refere ao processamento de informações que adquirimos através da percepção e experiência. A cognição inclui diferentes processos cognitivos, como a aprendizagem, atenção, memória, pensamento, linguagem, raciocínio, tomada de decisões, etc., que fazem parte de nosso desenvolvimento intelectual e experiências. As bases celulares da cognição têm sido também muito exploradas nas últimas décadas. Sendo os neurônios as unidades básicas do sistema nervoso, condutores dos sinais e de informações básicas, deve-se atentar particularmente para as sinapses como local privilegiado do contato entre axônios e dendritos e, portanto, do fluxo e processamento de informações. A formação e a poda de sinapses são elementos fundamentais da cognição e da inteligência, assim como da plasticidade neuronal e cognitiva. Situação problema: Sabendo que a cognição propicia inteligência verbal, visuoespacial, visuoconstrutiva, aritmética, capacidade lógica, de planejamento e execução, de resolução de problemas novos, inteligência para abstração, para compreensão e criatividade… ...Relacione cognição e comportamento humano. Como cada processo cognitivo participa da modulação do comportamento? Pensando sobre o assunto… Descreva um processo psicológico básico nesse exato momento. Por exemplo, qual o papel da atenção e da memória no momento da aula? Atividade Verificadora de Aprendizagem: Qual é a relação entre cognição e sinapse? Qual é o papel e a divisão do córtex pré-frontal? Explique sobre as funções executivas nas crianças. A que se refere o termo cognição? Para a próxima aula… Leia o texto: Investigação da estrutura e composição das funções executivas: análise de modelos teóricos. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516- 36872015000200011&lng=pt&nrm=iso Assista ao vídeo A poderosa revelação pelo derrame de Jill Bolte Taylor", onde você verá o que acontece com nossa a cognição quando o cérebro sofre um AVC. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UyyjU8fzEYU Atividade autônoma AURA. Introdução às Neurociências nos estudos dos processos psicológicos básicos AULA: 2 Retomada… Jill Bolte Taylor *Pontos Interessantes; *O que não sabia? *Hemisfério direito x esquerdo Atividade Autônoma Memória de trabalho Flexibilidade Inibição Avante!! Artigo AURA Aula 2You Tube TED Situação-Problema: Qual a importância de buscarmos correlacionar a atividade neuronal com a cognição humana para algumas áreas de atuação da psicologia, por exemplo, a avaliação neuropsicológica e a reabilitação neuropsicológica? Falar da mente é falar do cérebro. Falar do cérebro é falar da mente, por quê? Brainstorming: Que palavras vem à sua mente… ...quando se fala da compreensão sobre as funções cerebrais e sobre a cognição humana. Maturação Cerebral: As diferentes habilidades executivas e suas respectivas trajetórias de desenvolvimento têm seu início na infância, continuam na adolescência, chegando até a idade adulta. Seu lento desenvolvimento é atribuído à maturação prolongada do córtex pré-frontal. Isto é, o CPF inicia seu desenvolvimento no útero, mas suas conexões, tanto dentro do lobo frontal quanto em outras regiões cerebrais, continuam a se remodelar e amadurecer na vida adulta. Além disso, os neurônios do CPF têm uma maior densidade de dendritos, o que permite uma maior capacidade de integração de informações diversificadas e execução de planos complexos. Os lobos frontais humanos são a última região do cérebro a amadurecer através de uma perspectiva do desenvolvimento ou evolutiva, sendo uma das principais diferenças entre o cérebro humano e o de outras espécies. Ele possui um grande número de neurônios corticais e uma maior capacidade de processamento de informações comparado a outros primatas e mamíferos (Roth e Dicke, 2005). Córtex pré- frontal nos animais 3 Principais domínios das funções executivas: 1- Em 1974, Baddeley e Hitch propuseram o modelo de memória de trabalho (MT; working memory) também chamado de memória operacional. refere-se a um espaço de trabalho em que a informação evocada é efetivamente usada, manipulada e relacionada a outras informações e/ou processos cognitivos. Constitui-se por quatro componentes: o executivo central, a alça fonológica, o esboço vísuoespacial e o retentor episódico, cada qual com uma função específica. Atualmente, considera-se que a capacidade da MT aumenta com a idade, durante a infância e diminui durante a terceira idade. 2- O controle inibitório se refere à habilidade de inibir respostas prepotentes ou respostas a estímulos distratores que interrompam o curso eficaz de uma ação, ou ainda a interrupção de respostas que estejam em curso. A inibição também implica no controle de interferência, emocional e motor. Esta habilidade auxilia o controle de impulsos, hábitos antigos de pensamento e ação (respostas condicionadas) e estímulos no ambiente que nos direcionam para um caminho ou outro. Desde os primeiros meses de vida, é possível perceber algumas formas elementares de inibição em bebês e em crianças pequenas, como por exemplo o ato de interromper uma ação quando os pais os repreendem. Aos 12 meses, aprendem a inibir respostas motoras simples, mas a habilidade de postergar uma gratificação, controlar as emoções e autorregular seu comportamento se desenvolve no final dos anos pré-escolares e início dos anos escolares. 3- A flexibilidade cognitiva pode ser definida como a habilidade de alternar rapidamente o curso das ações ou dos pensamentos de acordo com as exigências do ambiente (Anderson, 2002). Esta habilidade está relacionada com o aprendizado a partir dos erros, geração de novas estratégias, atenção dividida, criatividade e processamento de múltiplas informações concomitantemente. Intimamente ligada ao controle inibitório e à memória de trabalho, a flexibilidade cognitiva muitas vezes acaba sendo confundida com estas habilidades executivas. A diferença entre as tarefas de inibição e as de flexibilidade é que estas últimas exigem a alternância entre duas ou mais regras mentais. As tarefas de flexibilidade também exigem a memória de trabalho ao necessitar manter e atualizar a regra. Estima-se que essa habilidade executiva surja nas crianças entre 3 e 5 anos. Abulia com incapacidade relativa ou temporária de tomar decisões Grande distratibilidade, responde a estímulos irrelevantes Substituição de um comando motor adequado por um ato estereotipado Incapacidade de avaliar e corrigir erros e de verificar se a atividade programada atingiu o seu objetivo Lesões no córtex pré-frontal: O caso de Phineas Gage Atividade Verificadora de Aprendizagem: *Que região do córtex pré-frontal é responsável pelo controle inibitório? A-Orbitofrontal. B-Medial C-Dorsolateral *Qual das alterações abaixo está ligada ao córtex pré-frontal medial? A-Irritabilidade B- Apatia C-Ecopraxia Para a próxima aula… Leia o texto: Contribuições da psicometria para os estudos em neuropsicologia cognitiva. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v17n2/08.pdf Assista ao vídeo Molly Crockett: Cuidado com a neuro-bobagem, onde você verá que estudar o cérebro é importante, mas sem exageros. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=b64qvG2Jgro Atividade autônoma AURA.
Compartilhar