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RESOLUÇÕES DE QUESTÕES DA OAB DIREITO DO CONSUMIDOR PROF RENATO PORTO - VEMQUEPASSA

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2 
 
PROFESSOR 
RENATO PORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 
DIREITO DO 
CONSUMIDOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
- Caderno de Questões - 
 
TEMA 1: RELAÇÃO DE CONSUMO 
 
Questão 01. Saulo e Bianca são casados há quinze anos e, há dez, decidiram ingressar 
no ramo das festas de casamento, produzindo os chamados “bem-casados", deliciosos 
doces recheados oferecidos aos convidados ao final da festa. Saulo e Bianca não 
possuem registro da atividade empresarial desenvolvida, sendo essa a fonte única de 
renda da família. No mês passado, os noivos Carla e Jair encomendaram ao casal uma 
centena de “bem-casados" no sabor doce de leite. A encomenda foi entregue 
conforme contratado, no dia do casamento. Contudo, diversos convidados que 
ingeriram os quitutes sofreram infecção gastrointestinal, já que o produto estava 
estragado. A impropriedade do produto para o consumo foi comprovada por perícia 
técnica. Com base no caso narrado, assinale a alternativa correta. 
 
A ) O casal Saulo e Bianca se enquadra no conceito de fornecedor do Código do Consumidor, pois 
fornecem produtos com habitualidade e onerosidade, sendo que apenas Carla e Jair, na qualidade 
de consumidores indiretos, poderão pleitear indenização. 
B) Embora a empresa do casal Saulo e Bianca não esteja devidamente registrada na Junta 
Comercial, pode ser considerada fornecedora à luz do Código do Consumidor, e os convidados 
do casamento, na qualidade de consumidores por equiparação, poderão pedir indenização 
diretamente àqueles. 
C) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável ao caso, sendo certo que tanto Carla e Jair 
quanto seus convidados intoxicados são consumidores por equiparação e poderão pedir 
indenização, porém a inversão do ônus da prova só se aplica em favor de Carla e Jair, contratantes 
diretos. 
D) A atividade desenvolvida pelo casal Saulo e Bianca não está oficialmente registrada na Junta 
Comercial e, portanto, por ser ente despersonalizado, não se enquadra no conceito legal de 
fornecedor da lei do consumidor, aplicando-se ao caso as regras atinentes aos vícios redibitórios 
do Código Civil. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, uma vez que a empresa do casal Saulo e 
Bianca é considerada fornecedora, ainda que sem o registro na Junta Comercial, nos termos do 
Código de Defesa do Consumidor. Logo, tanto os noivos (consumidores) quanto os convidados 
(consumidores por equiparação) poderão pedir indenização. 
 
 
 
 4 
 
Questão 2. A sociedade empresária XYZ Ltda. oferta e celebra, com vários estudantes 
universitários, contratos individuais de fornecimento de material didático, nos quais 
garante a entrega, com 25% de desconto sobre o valor indicado pela editora, dos 
livros didáticos escolhidos pelos contratantes (de lista de editoras de antemão 
definidas). Os contratos têm duração de 24 meses, e cada estudante compromete-se 
a pagar valor mensal, que fica como crédito, a ser abatido do valor dos livros 
escolhidos. Posteriormente, a capacidade de entrega da sociedade diminuiu, devido 
a dívidas e problemas judiciais. Em razão disso, ela pretende rever judicialmente os 
contratos, para obter aumento do valor mensal, ou então liberar-se do vínculo. Acerca 
dessa situação, assinale a afirmativa correta. 
 
(A) A empresa não pode se valer do Código de Defesa do Consumidor e não há base, à luz do 
indicado, para rever os contratos. 
(B) Aplica-se o CDC, já que os estudantes são destinatários finais do serviço, mas o aumento só 
será concedido se provada a dificuldade financeira e que, ademais, ainda assim o contrato seja 
proveitoso para os compradores. 
(C) Aplica-se o CDC, mas a pretendida revisão da cláusula contratual só poderá ser efetuada se 
provado que os problemas citados têm natureza imprevisível, característica indispensável, no 
sistema do consumidor, para autorizar a revisão. 
(D) A revisão é cabível, assentada na teoria da imprevisão, pois existe o contrato de execução 
diferida, a superveniência de onerosidade excessiva da prestação, a extrema vantagem para a 
outra parte, e a ocorrência de acontecimento extraordinário e imprevisível. 
 
GABARITO: A 
COMENTÁRIO: 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, uma vez que a empresa não pode se valer 
do CDC para rever os contratos, pois ela responderá. Isto é, não poderá ela se eximir de 
responsabilidade. 
 
 
Questão 3. Maria e Manoel, casados, pais dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm 
apenas três meses de vida, residem há seis meses no Condomínio Vila Feliz. O 
fornecimento do serviço de energia elétrica na cidade onde moram é prestado por 
uma única concessionária, a Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há uma semana, o 
casal vem sofrendo com as contínuas e injustificadas interrupções na prestação do 
serviço pela concessionária, o que já acarretou a queima do aparelho de televisão e 
da geladeira, com a perda de todos os alimentos nela contidos. O casal pretende ser 
indenizado. Nesse caso, à luz do princípio da vulnerabilidade previsto no Código de 
Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 5 
 
(A) Prevalece o entendimento jurisprudencial no sentido de que a vulnerabilidade no Código do 
Consumidor é sempre presumida, tanto para o consumidor pessoa física, Maria e Manoel, quanto 
para a pessoa jurídica, no caso, o Condomínio Vila Feliz, tendo ambos direitos básicos à 
indenização e à inversão judicial automática do ônus da prova. 
(B) A doutrina consumerista dominante considera a vulnerabilidade um conceito jurídico 
indeterminado, plurissignificativo, sendo correto afirmar que, no caso em questão, está 
configurada a vulnerabilidade fática do casal diante da concessionária, havendo direito básico à 
indenização pela interrupção imotivada do serviço público essencial. 
(C) É dominante o entendimento no sentido de que a vulnerabilidade nas relações de consumo é 
sinônimo exato de hipossuficiência econômica do consumidor. Logo, basta ao casal Maria e 
Manoel demonstrá-la para receber a integral proteção das normas consumeristas e o consequente 
direito básico à inversão automática do ônus da prova e a ampla indenização pelos danos sofridos. 
(D) A vulnerabilidade nas relações de consumo se divide em apenas duas espécies: a jurídica ou 
científica e a técnica. Aquela representa a falta de conhecimentos jurídicos ou outros pertinentes 
à contabilidade e à economia, e esta, à ausência de conhecimentos específicos sobre o serviço 
oferecido, sendo que sua verificação é requisito legal para inversão do ônus da prova a favor do 
casal e do consequente direito à indenização. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, uma vez que de acordo com o princípio 
da vulnerabilidade o casal é vulnerável em relação à concessionária, havendo direito básico à 
indenização pela interrupção imotivada do serviço público essencial. 
 
 
TEMA 2: DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR 
 
Questão 04. Sobre o tratamento da publicidade no Código de Defesa do Consumidor, 
é correto afirmar que: 
 
a) a publicidade somente vincula o fornecedor se contiver informações falsas. 
b) a publicidade que não informa sobre a origem do produto é considerada enganosa, mesmo 
quando não essencial para o produto. 
c) o ônus da prova da veracidade da mensagem publicitária cabe ao veículo de comunicação. 
d) é abusiva a publicidade que desrespeita valores ambientais. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, uma vez que é abusiva a publicidade que 
desrespeita valores ambientais, do idoso, da criança, dentre outros. 
 
 6 
 
 
 
Questão 5. Carmen adquiriu veículo zero quilômetro com dispositivo de segurança 
denominado airbag do motorista, apenas para o caso de colisões frontais. Cerca de 
dois mesesapós a aquisição do bem, o veículo de Carmen sofreu colisão traseira, e a 
motorista teve seu rosto arremessado contra o volante, causando-lhe escoriações 
leves. A consumidora ingressou com medida judicial em face do fabricante, buscando 
a reparação pelos danos materiais e morais que sofrera, alegando ser o produto 
defeituoso, já que o airbag não foi acionado quando da ocorrência da colisão. A 
perícia constatou colisão traseira e em velocidade inferior à necessária para o 
acionamento do dispositivo de segurança. 
 
Carmen invocou a inversão do ônus da prova contra o fabricante, o que foi indeferido 
pelo juiz. Analise o caso à luz da Lei nº 8.078/90 e assinale a afirmativa correta. 
 
(A) Cabe inversão do ônus da prova em favor da consumidora, por expressa determinação legal, 
não podendo, em qualquer hipótese, o julgador negar tal pleito. 
(B) Falta legitimação, merecendo a extinção do processo sem resolução do mérito, uma vez que 
o responsável civil reparação é o comerciante, no caso, a concessionária de veículos. 
(C) A responsabilidade civil do fabricante é objetiva e independe de culpa; por isso, será cabível 
indenização à vítima consumidora, mesmo que esta não tenha conseguido comprovar a colisão 
dianteira. 
(D) O produto não poderá ser caracterizado como defeituoso, inexistindo obrigação do fabricante 
de indenizar a consumidora, já que, nos autos, há apenas provas de colisão traseira. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, uma vez que a empresa não responderá, 
ante a ausência de defeito do produto. Perceba que o airbag não poderá ser caracterizado como 
defeituoso, inexistindo obrigação do fabricante de indenizar a consumidora, pois há apenas 
provas de colisão traseira. 
 
 
Questão 6. Academia de ginástica veicula anúncio assinalando que os seus alunos, 
quando viajam ao exterior, podem se utilizar de rede mundial credenciada, presente 
em 60 países e 230 cidades, sem custo adicional. Um ano após continuamente fazer 
tal divulgação, vários alunos reclamam que, em quase todos os países, é exigida tarifa 
de uso da unidade conveniada. A academia responde que a referência ao “sem custo 
adicional” refere-se à inexistência de acréscimo cobrado por ela, e não de eventual 
 
 7 
 
cobrança, no exterior, de terceiro. Acerca dessa situação, assinale a afirmativa 
correta. 
 
(A) A loja veicula publicidade enganosa, que se caracteriza como a que induz o consumidor a se 
comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança. 
(B) A loja promove publicidade abusiva, pois anuncia informação parcialmente falsa, a respeito 
do preço e qualidade do serviço. 
(C) Não há irregularidade, e as informações complementares podem ser facilmente buscadas na 
recepção ou com as atendentes, sendo inviável que o ordenamento exija que detalhes sejam 
prestados, todos, no anúncio. 
(D) A loja faz publicidade enganosa, que se configura, basicamente, pela falsidade, total ou 
parcial, da informação veiculada. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, uma vez que estamos diante de publicidade 
enganosa que consiste, basicamente, pela falsidade da informação veiculada, seja ela de forma 
total ou parcial. 
 
 
TEMA 3: VÍCIO 
 
Questão 07. Quando a contratação ocorre por site da internet, o consumidor pode 
desistir da compra? 
 
a) Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 30 
dias depois que recebe o produto. 
b) Não. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor é obrigado a ficar com o produto, 
a menos que ele apresente vício. Só nessa hipótese o consumidor pode desistir. 
c) Não. O direito de arrependimento só existe para as compras feitas na própria loja, e não pela 
internet. 
d) Sim. Quando a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir 
do contrato no prazo de sete dias, mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, uma vez que quando a compra é feita fora 
do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias, 
mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência. 
 
 
 8 
 
 
Questão 08. Ao instalar um novo aparelho de televisão no quarto de seu filho, o 
consumidor verifica que a tecla de volume do controle remoto não está funcionando 
bem. Em contato com a loja onde adquiriu o produto, é encaminhado à autorizada. 
 
O que esse consumidor pode exigir com base na lei, nesse momento, do comerciante? 
 
a) A imediata substituição do produto por outro novo. 
b) O dinheiro de volta. 
c) O conserto do produto no prazo máximo de 30 dias. 
d) Um produto idêntico emprestado enquanto durar o conserto. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIO: 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, uma vez que, inicialmente, caberá ao 
consumidor exigir o conserto do produto no prazo máximo de trinta dias. 
 
 
TEMA 4: FATO 
 
Questão 09. Em sua primeira viagem com seu carro zero quilômetro, Joaquim, 
fechado por outro veículo, precisa dar uma freada brusca para evitar um acidente. O 
freio não funciona, o que leva Joaquim, transtornado, a jogar o carro para o 
acostamento e, em seguida, abandonar a estrada. Felizmente, nenhum dano material 
ou físico acontece ao carro nem ao motorista, que, muito abalado, mal consegue 
acessar seu celular para pedir auxílio. Com a ajuda de moradores locais, se recupera 
do imenso susto e entra em contato com seus familiares. 
 
Na qualidade de advogado de Joaquim, qual seria a orientação correta a ser dada em 
relação às providências cabíveis? 
 
a) Propositura de ação de responsabilidade civil pelo fato do produto em face do fabricante do 
veículo. 
b) Não há ação a ser proposta porque não houve dano. 
c) Propositura de ação de responsabilidade civil pelo fato do produto em face da concessionária 
que vendeu o veículo a Joaquim. 
d) Propositura de ação de responsabilidade civil pelo vício do produto em face do fabricante e da 
concessionária, uma vez que a responsabilidade é solidária. 
 
GABARITO: A 
 
 9 
 
COMENTÁRIO: 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, uma vez que caberá a propositura da ação 
de responsabilidade civil pelo fato do produto em face do fabricante do veículo. 
 
 
 
 2 
 
PROFESSOR 
RENATO PORTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 
DIREITO DO 
CONSUMIDOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO DO CONSUMIDOR 
- Caderno de Questões - 
 
TEMA 1: RELAÇÃO DE CONSUMO 
 
Questão 01. Saulo e Bianca são casados há quinze anos e, há dez, decidiram ingressar 
no ramo das festas de casamento, produzindo os chamados “bem-casados", deliciosos 
doces recheados oferecidos aos convidados ao final da festa. Saulo e Bianca não 
possuem registro da atividade empresarial desenvolvida, sendo essa a fonte única de 
renda da família. No mês passado, os noivos Carla e Jair encomendaram ao casal uma 
centena de “bem-casados" no sabor doce de leite. A encomenda foi entregue 
conforme contratado, no dia do casamento. Contudo, diversos convidados que 
ingeriram os quitutes sofreram infecção gastrointestinal, já que o produto estava 
estragado. A impropriedade do produto para o consumo foi comprovada por perícia 
técnica. Com base no caso narrado, assinale a alternativa correta. 
 
A ) O casal Saulo e Bianca se enquadra no conceito de fornecedor do Código do Consumidor, pois 
fornecem produtos com habitualidade e onerosidade, sendo que apenas Carla e Jair, na qualidade 
de consumidores indiretos, poderão pleitear indenização. 
B) Embora a empresa do casal Saulo e Bianca não esteja devidamente registrada na Junta 
Comercial, pode ser considerada fornecedora à luz do Código do Consumidor, e os convidados 
do casamento, na qualidadede consumidores por equiparação, poderão pedir indenização 
diretamente àqueles. 
C) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável ao caso, sendo certo que tanto Carla e Jair 
quanto seus convidados intoxicados são consumidores por equiparação e poderão pedir 
indenização, porém a inversão do ônus da prova só se aplica em favor de Carla e Jair, contratantes 
diretos. 
D) A atividade desenvolvida pelo casal Saulo e Bianca não está oficialmente registrada na Junta 
Comercial e, portanto, por ser ente despersonalizado, não se enquadra no conceito legal de 
fornecedor da lei do consumidor, aplicando-se ao caso as regras atinentes aos vícios redibitórios 
do Código Civil. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, uma vez que a empresa do casal Saulo e 
Bianca é considerada fornecedora, ainda que sem o registro na Junta Comercial, nos termos do 
Código de Defesa do Consumidor. Logo, tanto os noivos (consumidores) quanto os convidados 
(consumidores por equiparação) poderão pedir indenização. 
 
 
 
 4 
 
Questão 2. A sociedade empresária XYZ Ltda. oferta e celebra, com vários estudantes 
universitários, contratos individuais de fornecimento de material didático, nos quais 
garante a entrega, com 25% de desconto sobre o valor indicado pela editora, dos 
livros didáticos escolhidos pelos contratantes (de lista de editoras de antemão 
definidas). Os contratos têm duração de 24 meses, e cada estudante compromete-se 
a pagar valor mensal, que fica como crédito, a ser abatido do valor dos livros 
escolhidos. Posteriormente, a capacidade de entrega da sociedade diminuiu, devido 
a dívidas e problemas judiciais. Em razão disso, ela pretende rever judicialmente os 
contratos, para obter aumento do valor mensal, ou então liberar-se do vínculo. Acerca 
dessa situação, assinale a afirmativa correta. 
 
(A) A empresa não pode se valer do Código de Defesa do Consumidor e não há base, à luz do 
indicado, para rever os contratos. 
(B) Aplica-se o CDC, já que os estudantes são destinatários finais do serviço, mas o aumento só 
será concedido se provada a dificuldade financeira e que, ademais, ainda assim o contrato seja 
proveitoso para os compradores. 
(C) Aplica-se o CDC, mas a pretendida revisão da cláusula contratual só poderá ser efetuada se 
provado que os problemas citados têm natureza imprevisível, característica indispensável, no 
sistema do consumidor, para autorizar a revisão. 
(D) A revisão é cabível, assentada na teoria da imprevisão, pois existe o contrato de execução 
diferida, a superveniência de onerosidade excessiva da prestação, a extrema vantagem para a 
outra parte, e a ocorrência de acontecimento extraordinário e imprevisível. 
 
GABARITO: A 
COMENTÁRIO: 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, uma vez que a empresa não pode se valer 
do CDC para rever os contratos, pois ela responderá. Isto é, não poderá ela se eximir de 
responsabilidade. 
 
 
Questão 3. Maria e Manoel, casados, pais dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm 
apenas três meses de vida, residem há seis meses no Condomínio Vila Feliz. O 
fornecimento do serviço de energia elétrica na cidade onde moram é prestado por 
uma única concessionária, a Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há uma semana, o 
casal vem sofrendo com as contínuas e injustificadas interrupções na prestação do 
serviço pela concessionária, o que já acarretou a queima do aparelho de televisão e 
da geladeira, com a perda de todos os alimentos nela contidos. O casal pretende ser 
indenizado. Nesse caso, à luz do princípio da vulnerabilidade previsto no Código de 
Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 5 
 
(A) Prevalece o entendimento jurisprudencial no sentido de que a vulnerabilidade no Código do 
Consumidor é sempre presumida, tanto para o consumidor pessoa física, Maria e Manoel, quanto 
para a pessoa jurídica, no caso, o Condomínio Vila Feliz, tendo ambos direitos básicos à 
indenização e à inversão judicial automática do ônus da prova. 
(B) A doutrina consumerista dominante considera a vulnerabilidade um conceito jurídico 
indeterminado, plurissignificativo, sendo correto afirmar que, no caso em questão, está 
configurada a vulnerabilidade fática do casal diante da concessionária, havendo direito básico à 
indenização pela interrupção imotivada do serviço público essencial. 
(C) É dominante o entendimento no sentido de que a vulnerabilidade nas relações de consumo é 
sinônimo exato de hipossuficiência econômica do consumidor. Logo, basta ao casal Maria e 
Manoel demonstrá-la para receber a integral proteção das normas consumeristas e o consequente 
direito básico à inversão automática do ônus da prova e a ampla indenização pelos danos sofridos. 
(D) A vulnerabilidade nas relações de consumo se divide em apenas duas espécies: a jurídica ou 
científica e a técnica. Aquela representa a falta de conhecimentos jurídicos ou outros pertinentes 
à contabilidade e à economia, e esta, à ausência de conhecimentos específicos sobre o serviço 
oferecido, sendo que sua verificação é requisito legal para inversão do ônus da prova a favor do 
casal e do consequente direito à indenização. 
 
GABARITO: B 
COMENTÁRIO: 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, uma vez que de acordo com o princípio 
da vulnerabilidade o casal é vulnerável em relação à concessionária, havendo direito básico à 
indenização pela interrupção imotivada do serviço público essencial. 
 
 
TEMA 2: DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR 
 
Questão 04. Sobre o tratamento da publicidade no Código de Defesa do Consumidor, 
é correto afirmar que: 
 
a) a publicidade somente vincula o fornecedor se contiver informações falsas. 
b) a publicidade que não informa sobre a origem do produto é considerada enganosa, mesmo 
quando não essencial para o produto. 
c) o ônus da prova da veracidade da mensagem publicitária cabe ao veículo de comunicação. 
d) é abusiva a publicidade que desrespeita valores ambientais. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, uma vez que é abusiva a publicidade que 
desrespeita valores ambientais, do idoso, da criança, dentre outros. 
 
 6 
 
 
 
Questão 5. Carmen adquiriu veículo zero quilômetro com dispositivo de segurança 
denominado airbag do motorista, apenas para o caso de colisões frontais. Cerca de 
dois meses após a aquisição do bem, o veículo de Carmen sofreu colisão traseira, e a 
motorista teve seu rosto arremessado contra o volante, causando-lhe escoriações 
leves. A consumidora ingressou com medida judicial em face do fabricante, buscando 
a reparação pelos danos materiais e morais que sofrera, alegando ser o produto 
defeituoso, já que o airbag não foi acionado quando da ocorrência da colisão. A 
perícia constatou colisão traseira e em velocidade inferior à necessária para o 
acionamento do dispositivo de segurança. 
 
Carmen invocou a inversão do ônus da prova contra o fabricante, o que foi indeferido 
pelo juiz. Analise o caso à luz da Lei nº 8.078/90 e assinale a afirmativa correta. 
 
(A) Cabe inversão do ônus da prova em favor da consumidora, por expressa determinação legal, 
não podendo, em qualquer hipótese, o julgador negar tal pleito. 
(B) Falta legitimação, merecendo a extinção do processo sem resolução do mérito, uma vez que 
o responsável civil reparação é o comerciante, no caso, a concessionária de veículos. 
(C) A responsabilidade civil do fabricante é objetiva e independe de culpa; por isso, será cabível 
indenização à vítima consumidora, mesmo que esta não tenha conseguido comprovar a colisão 
dianteira. 
(D) O produto não poderá ser caracterizado como defeituoso, inexistindo obrigação do fabricante 
de indenizar a consumidora, já que, nos autos, há apenas provas de colisão traseira. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, uma vez que aempresa não responderá, 
ante a ausência de defeito do produto. Perceba que o airbag não poderá ser caracterizado como 
defeituoso, inexistindo obrigação do fabricante de indenizar a consumidora, pois há apenas 
provas de colisão traseira. 
 
 
Questão 6. Academia de ginástica veicula anúncio assinalando que os seus alunos, 
quando viajam ao exterior, podem se utilizar de rede mundial credenciada, presente 
em 60 países e 230 cidades, sem custo adicional. Um ano após continuamente fazer 
tal divulgação, vários alunos reclamam que, em quase todos os países, é exigida tarifa 
de uso da unidade conveniada. A academia responde que a referência ao “sem custo 
adicional” refere-se à inexistência de acréscimo cobrado por ela, e não de eventual 
 
 7 
 
cobrança, no exterior, de terceiro. Acerca dessa situação, assinale a afirmativa 
correta. 
 
(A) A loja veicula publicidade enganosa, que se caracteriza como a que induz o consumidor a se 
comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança. 
(B) A loja promove publicidade abusiva, pois anuncia informação parcialmente falsa, a respeito 
do preço e qualidade do serviço. 
(C) Não há irregularidade, e as informações complementares podem ser facilmente buscadas na 
recepção ou com as atendentes, sendo inviável que o ordenamento exija que detalhes sejam 
prestados, todos, no anúncio. 
(D) A loja faz publicidade enganosa, que se configura, basicamente, pela falsidade, total ou 
parcial, da informação veiculada. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, uma vez que estamos diante de publicidade 
enganosa que consiste, basicamente, pela falsidade da informação veiculada, seja ela de forma 
total ou parcial. 
 
 
TEMA 3: VÍCIO 
 
Questão 07. Quando a contratação ocorre por site da internet, o consumidor pode 
desistir da compra? 
 
a) Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 30 
dias depois que recebe o produto. 
b) Não. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor é obrigado a ficar com o produto, 
a menos que ele apresente vício. Só nessa hipótese o consumidor pode desistir. 
c) Não. O direito de arrependimento só existe para as compras feitas na própria loja, e não pela 
internet. 
d) Sim. Quando a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir 
do contrato no prazo de sete dias, mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência. 
 
GABARITO: D 
COMENTÁRIO: 
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão, uma vez que quando a compra é feita fora 
do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias, 
mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência. 
 
 
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Questão 08. Ao instalar um novo aparelho de televisão no quarto de seu filho, o 
consumidor verifica que a tecla de volume do controle remoto não está funcionando 
bem. Em contato com a loja onde adquiriu o produto, é encaminhado à autorizada. 
 
O que esse consumidor pode exigir com base na lei, nesse momento, do comerciante? 
 
a) A imediata substituição do produto por outro novo. 
b) O dinheiro de volta. 
c) O conserto do produto no prazo máximo de 30 dias. 
d) Um produto idêntico emprestado enquanto durar o conserto. 
 
GABARITO: C 
COMENTÁRIO: 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, uma vez que, inicialmente, caberá ao 
consumidor exigir o conserto do produto no prazo máximo de trinta dias. 
 
 
TEMA 4: FATO 
 
Questão 09. Em sua primeira viagem com seu carro zero quilômetro, Joaquim, 
fechado por outro veículo, precisa dar uma freada brusca para evitar um acidente. O 
freio não funciona, o que leva Joaquim, transtornado, a jogar o carro para o 
acostamento e, em seguida, abandonar a estrada. Felizmente, nenhum dano material 
ou físico acontece ao carro nem ao motorista, que, muito abalado, mal consegue 
acessar seu celular para pedir auxílio. Com a ajuda de moradores locais, se recupera 
do imenso susto e entra em contato com seus familiares. 
 
Na qualidade de advogado de Joaquim, qual seria a orientação correta a ser dada em 
relação às providências cabíveis? 
 
a) Propositura de ação de responsabilidade civil pelo fato do produto em face do fabricante do 
veículo. 
b) Não há ação a ser proposta porque não houve dano. 
c) Propositura de ação de responsabilidade civil pelo fato do produto em face da concessionária 
que vendeu o veículo a Joaquim. 
d) Propositura de ação de responsabilidade civil pelo vício do produto em face do fabricante e da 
concessionária, uma vez que a responsabilidade é solidária. 
 
GABARITO: A 
 
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COMENTÁRIO: 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, uma vez que caberá a propositura da ação 
de responsabilidade civil pelo fato do produto em face do fabricante do veículo.

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