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CEFET-RJ CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA IZABELA PAULINO DE SOUZA FICHAMENTO: GIORGIO AGAMBEN E O HORIZONTE DE UM NOVO COMBATE Fichamento apresentado no curso de filosofia do Centro Federal Tecnológico Celso Suckow da Fonseca – CEFET- RJ como um dos pré-requisitos para a obtenção da nota da disciplina do quarto ano de Filosofia Política e Estética do professor Felipe Pinheiro. Rio de Janeiro Novembro de 2020 1 2 REFERÊNCIA: BARROS. DOUGLAS. Giorgio Agamben e o horizonte de um novo combate: a crítica da soberania política. Revista Cult. RESUMO: Giorgio Agamben é um filósofo italiano, autor de obras que vão desde a estética à filosofia política. Em um de seus principais trabalhos, “Estado de Exceção”, Agamben aborda sobre o Poder soberano e sua relação com o próprio estado de exeção, no qual o Estado se aproveita da suspensão do poder estatal para colocar-se sobre o controle do poder e justificar medidas que podem ser consideradas ilegais dentro do estado de direito. Um exemplo prático, ocorreu na Era Vargas, quando se estabeleceu o Plano Cohen - documento falso elaborado por Olympio Mourão Filho, alegando a tentativa dos comunistas tomarem o poder de Vargas – tal justificativa foi dada a fim de cancelar as eleições de 1938 para a manuntenção do poder nas mãos de um ditador, dessa forma, quem está sob o poder coloca a nação em permanente risco, em função de ameaças reais ou não, fazendo com que os “súditos” estejam em permanente estado de medo e opressão. Na intervenção militar, ocorre justamente o mesmo, ao declarar estado de sítio e a justificativa para a invasão domiciliar sem mandato, ou mesmo dentro de um estado de direito, a polícia deveria fazer processo legal e amplo direito a defesa. Giorgio Agamben afirma que em muitos estados modernos vive-se estado de direito e em estado de exceção ao mesmo tempo, isso significa que, a lei ou a garantia de direitos não é válida para todos na mesma proporção, sendo que, para outros somente o estado de exceção. · O PARADOXO O artigo realizado pelo professor Douglas, trata-se de uma persperctiva ainda muito presente nas relações entre os Estados modernos. Agora, num mundo ainda mais globalizado e diferentemente do contexto mundial há cerca de 30 anos atrás, o Estado de Exceção está fora e ao mesmo tempo dentro desse dispositivo jurídico. Isto é, ainda que o chefe de Estado declare a suspensão dos direitos ele ainda detém o Poder supremo independente da situação, mesmo que seja extrema. · DISPUTA IDEOLÓGICA E A INFLUÊNCIA DE HANNA ARENDT E HOBBES NA OBRA DE AGAMBEN A partir do conceito de Estado de exceção, o autor ainda menciona o contratualista Thomas Hobbes, que tenta explicar o Estado soberano, fruto de um contrato entre os homens com direitos naturais a fim de ceder sua liberdade em troca de segurança. Tal explicação se aproxima também com a obra de Hanna Arendt ao tratar do totalitarismo e dos regimes nazistas e fascistas. Sendo através da propaganda, e trabalhando com a ilusão de que a sociedade está vivendo constantes ameaças políticas e ideológicas, nesse contexto, o Estado totalitário não reconhce qualquer diferença entre as leis e a ética, visto que as leis deveria ser construída por interesses coletivos e não pelo interesse do soberano que acaba de suspender o estado de direito e impondo suas ideologias acima de qualquer coisa.
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