Agentes Formadores do Relevo- Seminário

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AGENTES FORMADORES DO RELEVO
O que é relevo?
 O relevo é caracterizado como o conjunto de variações de nível da superfície terrestre. Os agentes formadores do relevo são responsáveis por um processo contínuo e dinâmico na transformação morfológica, sendo classificados em agentes internos ou endógenos (tectonismo, abalos sísmicos e vulcanismo) e agentes externos ou exógenos (vento, chuvas, neve, alternâncias de temperatura, seres vivos, etc.). Apesar de aparentemente estático, ele é dinâmico, ou seja, está em constante transformação, isso deve-se aos agentes transformadores do relevo que contribuem para que essa dinâmica aconteça. 
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 Agentes Internos ou endógenos 
 Tectonismo:
Diastrofismo
Pressões advindas de regiões sobre o magma
Epirogênese ou epirogenético- vertical
Falhas ou fraturas
Horsts e Graben
Orogênese ou orogenético- horizontal
Relevos dobrados
Anticlinais ou sinclinais
Montanhas, cordilheiras e vulcões
Também são chamados de modeladores e costumam ser subdivididos em três grupos: o tectonismo, os abalos sísmicos e o vulcanismo.
Abalos sísmicos: são estremecimentos sofridos por algumas áreas da superfície terrestre, em função de deslocamentos de camadas inferiores, estando assim diretamente ligados à dinâmica tectônica. Quando ocorrem nos continentes, os abalos sísmicos recebem o nome de terremotos; já nos mares e oceanos, denominam-se maremotos.
Terremotos
Maremotos
Abalo sísmico causa destruição e morte na costa do Japão (11 de março de 2011), com registro de 8,9 graus na Escala Richter. 
Em dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,1 na costa da província indonésia de Aceh desencadeou um tsunami no oceano Índico, que causou milhares de mortes na Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia e outros nove países.
Vulcanismo: são atividades de erupção do magma localizado no interior da Terra em direção à superfície. Esse material quente e pastoso costuma encontrar brechas para a sua ascensão nas zonas de encontro entre duas placas tectônicas, onde existem fendas, falhas e fraturas que permitem a sua passagem.
O processo de vulcanismo interfere na formação do relevo, pois quando existe uma grande pressão no interior da Terra, as camadas da crosta se rompem. De uma forma geral, o vulcanismo dá origem a duas formas de relevo: as montanhas e os planaltos.
Dos agentes endógenos de transformação do relevo, o vulcanismo é o que provoca mudanças na superfície de forma mais rápida, através da ação do magma sobre os solos, mas também atua de forma lenta, durante a formação dos próprios vulcões, o que leva milhares de anos para acontecer.
Geralmente, os solos localizados em regiões vulcânicas, ou cuja origem remonta a atividades vulcânicas em tempos pretéritos, costumam ser extremamente férteis, em virtude da quantidade de minerais que são liberados durante as erupções.
O vulcanismo é a forma como o magma age do nosso planeta desde o seu interior até a superfície. Quando acontece o vulcanismo acontece o material expelido pode aparecer em forma sólida, líquida ou gasosa e ficam sempre acumulados nem uma parte do vulcão sofrendo pressão até que acontece a erupção. Quando isso acontece, outras formas de relevo são formadas já que as lavas quando entram em contato com o exterior sofre um resfriamento. Então vamos ter um relevo sempre diferenciado em regiões que sofrem com o vulcanismo. O vulcanismo acarreta na formação de planaltos basálticos.
O Kilauea é considerado pelos cientistas o vulcão mais ativo do mundo, localizado no Parque Nacional dos Vulcões do Havaí, nos Estados Unidos. 
Também chamados de esculpidores, são responsáveis pela erosão e sedimentação do solo. O que ocasiona eles são os ventos, as águas e os seres vivos.
O agente externo mais atuante sobre a transformação dos solos é a água, seja de origem pluvial (chuvas), seja de origem fluvial (rios e lagos), de origem marinha ou até de origem nival (derretimento do gelo). O relevo sofre alterações, pois o escoamento das águas o desgasta dando a ele gradativamente novas formas.
Ação da água:
Transformação e modelagem dos solos
Formação de processos erosivos 
Altera a composição das rochas (intemperismo químico)
Desagregação das rochas, que podem se romper ou desencadear erosões (a ação dos ventos também contribui para a aceleração desse processo)
 
 AGENTES EXTERNOS OU EXÓGENOS
A erosão pluvial ocorre pela ação das águas da chuva, que contribuem para o processo de lixiviação (lavagem da camada superficial) dos solos. Forma também alguns “caminhos” ocasionados pela força das enxurradas. Quando mais profundos, esses caminhos podem contribuir para a formação de ravinas (erosões mais profundas) e voçorocas (quando a erosão é muito grande ou quando ela atinge o lençol freático). 
A erosão fluvial acontece pela ação dos cursos d’água sobre a superfície, modelando a paisagem e transportando sedimentos. Podemos dizer que são os próprios rios que constroem os seus cursos, pois ao longo dos anos, as correntes de água vão desgastando o solo e formando os seus próprios caminhos, que vão se aprofundando conforme a força dos cursos dos rios vai erodindo o solo. 
Os cursos d’água provocam o desgaste dos solos, formando os seus próprios cursos
A erosão fluvial é causada, também, quando a retirada da mata ciliar provoca danos sobre as encostas dos rios, que ficam mais frágeis e cedem à pressão das águas.
A erosão marinha é aquela provocada pela ação das águas do mar sobre a superfície, provocando o desgaste das formações rochosas litorâneas. A força das ondas provocadas pelos movimentos das águas do mar contribui para a transformação das rochas em sedimentos, no transporte e formação das areias. Tal processo é lento e gradual, contribuindo para a erosão das costas altas (abrasão marinha) e pela deposição de sedimentos nas costas mais baixas. Contribui também para a modelagem do relevo litorâneo, com as falésias, restingas, tômbolos e praias.
Erosão Pluvial
Voçoroca causada pela erosão pluvial
Erosão Fluvial
Baixa do Rio Madeira deixa margens sem estrutura e causa desbarrancamentos
Erosão fluvial já tomou mais de 5 metros da margem do rio, no distrito São Carlos, Porto Velho - Rondônia
Erosão Marinha
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Erosão marinha atuando sobre uma área de pavimentação asfáltica
A erosão glacial causada pela
ação do gelo, acontece quando os enormes blocos de gelo ou, até mesmo, geleiras, se desprendem de seu substrato original e despencam ou na parte mais baixa do relevo ou no mar. Enquanto a geleira se desprende de seu substrato, causa um atrito entre o bloco e o solo, causando uma erosão em formato de “U”.
O degelo das grandes cadeias montanhosas de gelo, ao escoarem para as partes mais baixas, acabam criando um fluxo de água, contribuindo, assim, para a formação de rios e riachos. 
Outro importante agente externo são os ventos, que atuam no relevo também em um processo lento e gradual, esculpindo as formações rochosas e transportando os sedimentos presentes no solo em forma de poeira. A ação dos ventos sobre o relevo é também chamada de erosão eólica. A maior atuação dos ventos sempre é na parte litorânea do planeta e também nas regiões desérticas, onde eles ajudam diretamente na formação de dunas e pequenos morros. 
 
Quando os ventos entram em ação em uma determinada região, Isso pode acontecer  de duas formas:
•Sob deflação (transporte) que é quando os ventos entram em ação direta sobre as rochas e retiram as suas partículas soltas, movimentando-as para outras áreas.
•Sob corrosão (desgaste) que é quando o vento carrega as partículas que estão suspensas e existe uma degradação das rochas e também das próprias partículas que são modificadas para contribuírem em outra formação geográfica.
Erosão Glacial
Quebra das geleiras
Fiordes (Erosão em forma de “U”)
Dunas na praia do Morro Rosado em Porto do Mangue – Rio Grande do Norte
Ação do vento sob deflação
Exemplo de formação rochosa esculpida pela ação dos ventosencontrada no deserto do Saara.
Ação do vento sob corrosão
Além dos processos erosivos, há também o intemperismo, Também conhecido como meterorização, é resultante da ação de transformações físicas, químicas e biológicas sobre os solos. O intemperismo químico ocorre em função da ação das águas e da umidade sobre a superfície, ocasionando a destruição da base original dos solos. O intemperismo físico é causado pelas variações climáticas, que podem provocar a desintegração das rochas, algo comum em regiões extremamente secas ou desérticas. O calor provoca a dilatação das rochas; e o frio, a contração. A repetição desse processo durante anos modela o relevo.
O intemperismo químico gerou a dissolução dessa rocha pela água, formando alguns buracos.
Intemperismo físico ocasionado pela aridez climática, provocando a desintegração das rochas
No entanto, atualmente o homem é o principal responsável pelas modificações no relevo. A expansão das áreas urbanas, a construção de rodovias, escavação para a exploração de minerais, entre tantas outras atividades antrópicas atuam de forma significativa na formação e modelagem do relevo. O homem também é um agente externo de transformação do relevo. 
Os seres vivos também atuam na transformação do relevo. Algumas espécies formam buracos na terra e em formações rochosas em busca de alimento ou abrigo. As formações vegetais, com a formação de raízes, também modificam o relevo ou até ajudam a preservar a sua forma original. Entretanto, dentre todas as espécies de animais, é o ser humano quem mais transforma o relevo.
Em Itabira - MG, ao descobrir o potencial ferrífero que a cidade tinha, foi criado a  Companhia Vale do Rio Doce em 1942 que desencadeou a exploração consistente do minério. Tal exploração depois de mais de 70 anos alterou completamente o relevo da região, fazendo uma montanha literalmente sumir.
Em Mirny, uma pequena cidade na Sibéria oriental, Rússia, uma mina com uma forma de um cone aberto terra adentro com um diâmetro de 1250 metros e profundidade de 525 metros, com essas dimensões tão expressivas, acabou sendo apelidado de "umbigo do mundo"
O buraco é tão grande que criam correntes de ar, capazes de sugar aviões e helicópteros, ocorrendo vários acidentes assim. Sendo assim, é proibido sobrevoa-lo.