Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GEOGRAFIA - Profª. Rita de Cássia 4º PERÍODO (12/04 a 30/04/21) Placas tectônicas são grandes blocos rochosos semi rígidos que compõem a crosta terrestre. A Terra divide-se em quatorze principais placas tectônicas, as quais se movimentam sobre o manto de forma lenta e contínua, podendo aproximar-se ou se afastar umas das outras. A movimentação das placas resulta na formação de montanhas, fossas oceânicas, atividades vulcânicas, terremotos e tsunamis. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/os-movimentos-das-placas-tectonicas.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/terremotos.htm O planeta Terra está dividido em 52 placas tectônicas, sendo 14 principais e 38 menores. Como exemplos de placas principais, podemos citar a Placa Sul-Americana, a Placa do Pacífico e a Placa Australiana. As menores podem ser exemplificadas pela Placa do Ande do Norte, Placa da Carolina e Placa das Marianas. Veja a seguir as características de algumas das principais placas tectônicas que formam nosso planeta: Placa tectônica Localização Placa Sul-Americana Abrange a América do Sul e estende-se até a Dorsal Mesoatlântica. Sua fronteira leste faz limite divergente com a Placa Africana; ao sul, faz limite com a Placa Antártica e com a Placa Scotia; a oeste, faz limite convergente com a Placa de Nazca; e ao norte, limita-se com a Placa Caribenha. Placa de Nazca Localiza-se à esquerda da Placa Sul-Americana. O choque entre essas duas placas formou a Cordilheira dos Andes. Placa do Pacífico Abrange boa parte do Oceano Pacífico. Limita-se ao norte com a Placa do Explorador, com a Placa Juan de Fuca e com a Placa de Gorda. Seu limite com a Placa Norte-Americana resultou na falha de San Andres. Placa Euro-Asiática Abrange parte da Eurásia e limita-se com a Placa Africana e a Placa da Índia. Separa-se da Placa Norte-Americana pela Dorsal Mesoatlântica. Tipos de placas ● Oceânicas: encontram-se no assoalho oceânico. ● Continentais: situam-se sob os continentes. ● Oceânicas e continentais: situam-se sob o continente e no assoalho oceânico. Os movimentos realizados pelas placas tectônicas ocorrem em virtude das altas temperaturas existentes no interior da Terra. A crosta terrestre encontra-se sobre o manto, camada da Terra composta por magma. O intenso calor provoca a movimentação circular do manto em correntes de convecção. Esse movimento convectivo transfere calor do núcleo (camada mais interna da Terra) para as camadas mais externas, provocando a movimentação das placas, levando à junção ou à separação dos continentes. A movimentação das placas é lenta, contínua e ocorre no limite entre elas. Esse deslocamento leva bastante tempo e é responsável por diversas transformações e fenômenos que ocorrem na crosta terrestre, como a formação de montanhas e vulcões, terremotos e aglutinação ou separação dos continentes. Os movimentos das placas tectônicas podem ser laterais, de afastamento e de colisão. Limites das placas tectônicas Limites das placas tectônicas correspondem às zonas de encontro entre as placas, ou seja, são as fronteiras ou margens das placas, nas quais ocorre intensa movimentação, como atividades sísmicas e vulcanismo. 1) Limite divergente No movimento divergente, as placas afastam-se umas das outras, formando fendas e rachaduras na crosta terrestre. Assim, quando ocorre o movimento das correntes convectivas ascendentes, o magma do interior da Terra atravessa as fendas, sendo levado para a superfície. O magma, então, resfria-se e é acrescentado às bordas das placas, que aumentam de tamanho. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/manto-terrestre.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/correntes-conveccao-terra.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/correntes-conveccao-terra.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/vulcoes.htm A separação das placas oceânicas dá origem a dorsais mesoceânicas (cadeias montanhosas submersas no oceano), que provocam expansão do fundo oceânico, originando terremotos e vulcões. Já a separação das placas continentais pode originar terremotos e formar vulcões e vales em rifte (regiões em que a crosta terrestre sofre uma fratura, provocando afastamento das porções vizinhas da superfície terrestre), como aqueles encontrados no Golfo da Califórnia. 2) Limite convergente No movimento convergente, as placas aproximam-se e chocam-se umas contra as outras. Quando o movimento convergente ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, a primeira retorna ao manto, enquanto a segunda enruga-se, formando dobras. Isso ocorre porque as rochas das placas oceânicas são mais densas que as rochas das placas continentais. Quando ocorre um choque entre duas placas oceânicas, apenas uma das placas afundará, no caso, a mais densa entre as duas. Quando o choque ocorre entre duas placas continentais, não há afundamento das placas, visto que a densidade das duas é a mesma, logo, ambas sofrem dobramento. Um exemplo desse tipo de choque foi o que ocorreu entre as placas Sul-Americana e a Placa de Nazca, que deu origem à Cordilheira dos Andes. 3) Limite transformante No movimento transformante, as placas deslizam umas em relação as outras, provocando rachaduras na região de contato entre as placas. Nesse movimento, não há destruição nem criação de placas, podendo, em alguns casos, originar falhas. Um grande exemplo de movimento transformante ocorreu entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-América, resultando na falha de San Andres, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Placas no Brasil O Brasil situa-se no centro da Placa Sul-Americana, que possui uma área de 43,6 milhões de quilômetros quadrados e, aproximadamente, 200 quilômetros de espessura. Essa placa move-se para o oeste, afastando-se da Dorsal Mesoatlântica e aproximando-se das Placas de Nazca e do Pacífico. Por estar localizado exatamente no centro da Placa Sul-Americana, o Brasil quase não sofre grandes abalos. Há no país ocorrências de sismos de pequena magnitude, decorrentes do desgaste da placa. TIPOS DE ROCHAS Os três tipos de rocha existentes são as: rochas magmáticas, rochas sedimentares e rochas metamórficas. Lembre-se que rocha é um agregado natural formado por um ou mais minerais. Seu processo de formação é contínuo e as primeiras rochas surgiram após a formação e resfriamento da Terra. Ao longo da história geológica da Terra, as rochas se formam e se modificam constantemente. Rochas antigas são transformadas em rochas novas. É o chamado "ciclo das rochas". Origem e Classificação das Rochas Na Era Primitiva ou Pré-Cambriana a Terra devia ser uma só massa incandescente, com temperaturas elevadíssimas, sem existência de matéria sólida. Os minerais eram uma massa pastosa, semelhante ao magma. Quando a Terra começou o processo de esfriamento, muitos minerais se solidificaram e formaram as primeiras rochas do planeta - as rochas magmáticas. Os gases e vapores que escaparam do resfriamento dos minerais deram origem à camada de ar que envolve a Terra: a atmosfera. Com a formação das chuvas, dos rios e oceanos, agindo como agentes de erosão, foram se formando novas formas de relevo. Os detritos resultado das erosões das rochas primitivas foram sendo depositados, camadas por camadas, nas depressões, dando origem às rochas sedimentares. Submetidas às condições de temperatura e pressão, as rochas magmáticas e sedimentares deram origem às rochas metamórficas. https://www.todamateria.com.br/erosao/ A rochas magmáticas, também chamadas de ígneas, são formadas pelo resfriamento e solidificação do magma pastoso. O magma que existe no interior da terra é expelido pelas erupções vulcânicas. A solidificação do magma ocorre de duas maneiras: na superfície e no interior da Terra. O magma que chega à superfície e sofre rápido resfriamento permite que se formem pequenos cristais na sua composição, não visíveis a olho nu. Recebem o nome de rochas magmáticas vulcânicas ou extrusivas. O resfriamentono interior da terra forma as rochas magmáticas plutônicas ou intrusivas. Nesse caso o resfriamento do magma é lento, permitindo a formação de grandes cristais, visíveis a olho nu. São também chamadas de rochas cristalinas. São exemplos de rochas magmáticas: ● O basalto, que é o tipo de rocha magmática mais comum. É utilizado como paralelepípedo para o calçamento de ruas; ● O granito, que polido é usado no revestimento de pisos, paredes e tampo de pia de cozinhas e de banheiros. Sem o polimento é usado como calçamento de ruas; ● O diorito, cuja finalidade é especialmente fazer pedra britada para construção de estradas. As rochas sedimentares resultam da deposição de detritos de outras rochas ou de matérias orgânicas em depressões do relevo terrestre. A ação das chuvas, dos ventos, dos rios, mares e geleiras sobre o relevo, desgasta as rochas da superfície terrestre. Esses processos vão formando detritos que são transportados para as partes mais baixas do relevo, dos mares, lagos e rios. https://www.todamateria.com.br/rochas-magmaticas/ https://www.todamateria.com.br/tipos-de-granito-caracteristicas-e-composicao/ https://www.todamateria.com.br/rochas-sedimentares/ No processo de formação das rochas sedimentares, os detritos se acumulam e se consolidam em camadas de estratos. As rochas sedimentares são também chamadas de rochas estratificadas, pois se apresentam em camadas de sedimentos. A formação de petróleo originou-se da deposição de micro-organismos em bacias sedimentares. Estas podem existir tanto nos continentes quanto nos oceanos. A deposição dos sedimentos ocorre também por meio de processos químicos, como as estalactites e estalagmites das grutas calcárias. As estalactites são formas que pendem do teto e as estalagmites são provenientes de pingos d'água que se acumulam no chão. Ambas são formadas por bicarbonato de sódio dissolvido em água. São exemplos de rochas sedimentares: ● O arenito, que é empregado na fabricação de vidros; ● A argila, que é empregada na fabricação de tijolos e telhas; ● O carvão mineral, que é utilizado como combustível. As rochas metamórficas têm sua origem na transformação de outras rochas (magmáticas e sedimentares), quando submetidas a certas condições de umidade, calor e pressão no interior da Terra. A rocha transformada adquire novas características e tem sua composição alterada. São exemplos de rochas metamórficas: ● O mármore, que é bastante utilizado na construção e na criação de monumentos; ● O quartzito, utilizado para fins ornamentais, é uma rocha parecida com o mármore, porém, mais resistente. ● O gnaisse, além de ser utilizada na ornamentação, é utilizada também na construção civil. https://www.todamateria.com.br/petroleo/ https://www.todamateria.com.br/bacia-sedimentar/ https://www.todamateria.com.br/bacia-sedimentar/ https://www.todamateria.com.br/carvao-mineral/ https://www.todamateria.com.br/rochas-metamorficas/ As feições (os altos e baixos) presentes na crosta terrestre são chamadas de relevo. O relevo tem formas distintas nas terras emersas e no fundo do oceano e se desenha através da ação de vários fatores internos e externos. Dependendo da força da ação, formam-se vários tipos de relevo, alguns mais altos, como planaltos e montanhas, e outros mais baixos, como é o caso de planícies e depressões. Os seres vivos também ajudam a esculpir o relevo e, ao mesmo tempo, dependem dele. O relevo terrestre é dividido em continental e submarino. Relevo continental 1) Planície – áreas extensas planas em que há mais sedimentação (acúmulo ou deposição de sedimentos) do que erosão. Áreas chatas e mais baixas, geralmente, no nível do mar. Porém, podem ficar em terras altas, como as várzeas de um rio num planalto. 2) Montanha – terrenos bastante elevados, acima de 300 metros. Podem ser classificadas quanto à origem ou idade. Podem estar isoladas ou agrupadas em serras, sistemas e cordilheiras. 3) Depressão – áreas situadas abaixo do nível do mar ou das outras superfícies planas. Tais áreas sofreram acentuados processos de erosão. Dividem-se em absolutas (quando situadas abaixo do nível do mar – altitude negativa) ou relativas (em relação às áreas mais baixas). 4) Planalto – terras mais altas que o nível do mar, razoavelmente planas delimitadas por escarpas, serras, chapadas e morros. Há mais erosão que sedimentação. Relevo submarino 1) Plataforma continental: Fica abaixo do nível do mar onde aparecem as ilhas continentais ou costeiras, de origem vulcânica, tectônica ou biológica. Apresenta uma profundidade razoável, que possibilita a entrada de luz solar e, logo, o desenvolvimento de vegetação marinha. Com o passar do tempo, as depressões do terreno da plataforma continental tornam-se bacias sedimentares de grande importância para a exploração de petróleo no oceano. Vai de 0 a 200 metros de profundidade. 2) Talude continental: É o fim do continente, onde ocorre o encontro da crosta continental com a crosta oceânica. Grande rampa que desce abruptamente até as grandes profundidades, indo até os 4 mil metros. 3) Região pelágica: É onde encontramos as formas de relevo submarino. Na região pelágica, aparecem as ilhas vulcânicas. 4) Região abissal: com mais de 4 mil metros de profundidade, é a região menos conhecida da Terra. É escura, fria e com muita pressão provocada pelo peso das águas oceânicas. Mesmo assim, alguns animais se adaptaram a esse ambiente. Relevo é o conjunto de formas presentes na superfície sólida do planeta. Resulta da estrutura geológica (fatores internos) e dos processos geomórficos (fatores externos). O primeiro forma a estrutura do relevo e o segundo esculpe as formas. Agentes endógenos Os agentes endógenos, ou internos, do relevo são processos estruturais que atuam de dentro para fora. Às vezes, vêm com muita força e rapidez, modificando o relevo. Eles acontecem por causa do movimento das placas tectônicas e dos fenômenos magmáticos. São exemplos de agentes internos: o tectonismo, o vulcanismo, os terremotos e abalos sísmicos. O tectonismo também chamado de diastrofismo – é um dos agentes endógenos de transformação do relevo terrestre, oriundo da movimentação, inteiração, colisão e afastamento das placas tectônicas. Graças a esses movimentos, manifesta-se na superfície terrestre uma série de formas de relevo, como as montanhas, além de fenômenos como o vulcanismo e os terremotos. O vulcanismo corresponde a um fenômeno natural geológico provocado pela lava, que se encontra acumulada e é expelida do interior da Terra em direção à superfície. Tal processo se desenvolve somente pelo fato de ocorrer uma enorme pressão oriunda do manto (uma das camadas da Terra), forte o bastante para ocasionar a ruptura das camadas de rochas da crosta terrestre, desencadeando o vulcanismo. Agentes exógenos Agentes exógenos, ou externos, são aqueles que esculpem o relevo terrestre através de um processo erosivo, o intemperismo, que pode ser químico (alteração da constituição da rocha), físico (desintegração) ou biológico (ação dos seres vivos). https://www.coladaweb.com/geografia/placas-tectonicas https://www.coladaweb.com/geografia/tectonismo https://www.coladaweb.com/geografia/vulcanismo https://www.coladaweb.com/geografia/terremoto https://www.coladaweb.com/geografia/intemperismo INTEMPERISMO O intemperismo ou meteorização é um conjunto de processos de natureza física, química e biológica que colabora com a formação do relevo e do clima no mundo, posto que interfere nas transformações das rochas além de contribuir na formação do solo. O intemperismo está intimamente relacionado com os agentes transformadores e modeladores do relevo, denominados respectivamente de “agentes endógenos” (que ocorrem no interior da terra) e “exógenos” (que ocorrem na superfície do planeta Agentes de Intemperismo Os principais agentes do processo de intemperismo são provenientes das condições atmosféricas como a temperatura, o clima, a açãodos ventos, da água, do relevo, dos tipos de rochas e ainda da ação humana. Tipos de Intemperismo Segundo o tipo de processo que ocorre, o intemperismo pode ser classificado: ● Intemperismo Físico: também chamado de "intemperismo mecânico", ocorre por meio de processos físicos, com a fragmentação das rochas formando assim diversos tipos de sedimentos (por exemplo, a areia). É influenciado, sobretudo, pela variação de temperatura e de pressão. Com isso, o processo de dilatação das rochas favorece sua fragmentação. ● Intemperismo Químico: por meio de reações químicas que ocorre através da ação dos ventos, da água e da temperatura, o intemperismo químico resulta nas alterações e transformação dos minerais, alterando assim, a composição química das rochas. Os principais processos químicos que ocorrem nesse tipo de intemperismo são: a hidrólise, a hidratação, a oxidação, a redução, a carbonatação e a dissolução. ● Intemperismo Biológico: por meio de processos biológicos, esse tipo de intemperismo é provocado principalmente pela decomposição dos seres vivos, favorecendo assim, a transformação das rochas e o enriquecimento do solo. EROSÃO Erosão é o processo de desgaste, transporte e sedimentação do solo, dos subsolos e das rochas como efeito da ação dos agentes erosivos, tais como a água, os ventos e os seres vivos. Há três partes do procedimento: a erosão (desgaste das rochas superficiais causado por rios, chuvas, geleiras, vento, etc.), o transporte dos sedimentos resultantes da erosão, e a sedimentação ou acumulação dos detritos que formam novas camadas rochosas. Classificação das erosões conforme os agentes erosivos ● Erosão Pluvial: como o próprio nome indica, é causada pela água das chuvas. Em menor intensidade, ela provoca apenas a lavagem dos solos, mas, em grandes proporções, provoca alterações mais intensas, com erosões mais profundas. Quando os solos estão “limpos”, ou seja, sem vegetação (sobretudo em áreas inclinadas), os efeitos da erosão pluvial são mais graves. https://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/erosao ● Erosão Fluvial: esse tipo de erosão é causado pela água dos rios, transformando o seu curso em vales mais profundos do que o seu entorno. Além disso, quando não há vegetação nas margens dos cursos d'água, elas são erodidas pela força das águas, intensificando processos de assoreamento e alargamento do leito das bacias de drenagem. ● Erosão Marinha: causada pelo desgaste de rochas e solos litorâneos pela água do mar, contribuindo para a formação de praias e de paisagens costeiras, tais como as falésias. ● Erosão Eólica: é causada pela ação dos ventos, que provoca o intemperismo das rochas e também atua no transporte de sedimentos para zonas mais distantes dos pontos de erosão. Costuma ser um processo mais lento do que os demais que envolvem a ação da água. ● Erosão Glacial: ocorre com o congelamento dos solos e a consequente movimentação em blocos. Também atua no congelamento da água que se dilata e provoca alterações na composição e disposição das rochas e dos solos.
Compartilhar