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O que são os receptores de tirosina Como anticorpos monoclonais podem ser úteis no combate às doenças, incluindo neoplasias


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João Marcos B. Trévia
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O que são os receptores de tirosina-quinase?
Até o momento, foram descritos cerca de 58 receptores de tirosina-quinase humanos, sendo cada um caracterizado por três segmentos:
· Domínio extracelular que funciona como um local obrigatório para um ligante específico;
· Domínio transmembranar;
· Domínio tirosina-quinase citoplasmático, além de sequências enzimáticas adicionais que promovem a transdução do sinal.
Quando ocorre o contato entre o ligante e seu receptor na forma monomérica, ocorre um processo de dimerização, resultando na fosforilação do domínio intracelular, através da reação entre ATP e resíduos de tirosina. Em seguida, ocorre a fosforilação de proteínas-alvo. A fosforilação intracelular inicia uma cascata de reações citoplasmáticas que culmina em diversas respostas celulares por vias de sinalização.
Essas vias desempenham papéis fundamentais na transmissão de sinais provenientes do contato dos ligantes com os receptores para regular a expressão gênica e evitar a apoptose. Elas interagem entre si para regular o crescimento e, em alguns casos, a carcinogênese. Alguns componentes dessas vias podem estar mutados ou superexpressos em diversos cânceres humanos. Com os processos de desregulação, as células tornam-se propensas à perpetuação tumoral.
Como anticorpos monoclonais podem ser úteis no combate às doenças, incluindo neoplasias?
As principais abordagens terapêuticas envolvidas com os receptores tirosina-quinase são baseadas no uso de anticorpos monoclonais. Estes são geralmente direcionados ao domínio externo dos receptores ou ao ligante, bloqueando a ligação ligante-receptor.
As pesquisas tentam conseguir anticorpos que têm como alvo especificamente um determinado antígeno, como o encontrado nas células cancerígenas. A partir daí são feitas várias cópias desse anticorpo em laboratório, o que são denominados anticorpos monoclonais.
Os anticorpos monoclonais recombinantes são os mais comuns usados no tratamento do câncer. São anticorpos que funcionam por si só e não requerem outra terapia ou outros medicamentos simultaneamente. Atuam das seguintes maneiras:
· Estimulando a resposta imunológica de uma pessoa contra as células cancerígenas, ligando-se a elas e agindo como um marcador para a destruição pelo sistema imune;
· Aumentando a resposta imunológica ao atacar as células do sistema imunológico que funcionam como inibidores do controle imunológico;
· Bloqueando os antígenos nas células cancerígenas que fazem o tumor crescer ou se espalhar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Hong D, Sloane DE. Hypersensitivity to monoclonal antibodies used for cancer and inflammatory or connective tissue disease. Ann Allergy Asthma Immunol. 2019; 123(1):35-41;
2. Caio Abner V. G. Leite; José Victor G. Costa; Rodrigo B. Callado; João Nathanael L. Torres; Roberto César P. Lima Júnior; Ronaldo A. Ribeiro. Receptores tirosina-quinase: implicações terapêuticas no câncer. Artigo de Revisão. Revista Brasileira de Oncologia Clínica, Vol. 8, no 29, setembro de 2012.