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Gestão da Automação Introdução a automação industrial – aula 05 Sumário Ø Introdução Ø Gestão da engenharia ü Escopo ü Especificação ü Desenvolvimento ü Testes Integrados ü Implantação 1.0 Introdução Gestão da automação: é a implantação de sistemas de automação no ambiente industrial e seu gerenciamento contínuo (com respeito ao funcionamento e aperfeiçoamento do sistema) com o objetivo de garantir confiabilidade, produtividade, segurança e adequação. Pontos fundamentais da gestão da automação industrial: • Gestão da engenharia até implantação no processo industrial; • Capacitação técnica das equipes de projeto, operação e manutenção; • Implantação de extensões e de substituição de equipamentos através da abordagem de investimentos e recursos necessários. 2.0 Gestão da engenharia Plano Diretor de Automação – metodologia de desenvolvimento de todo o projeto. O plano diretor de automação deve ser o mais completo e detalhado possível, sem perder de vista que o objetivo final é a obtenção de um resultado concreto que traga benefícios a todos os envolvidos no processo – investidores, usuários e clientes. De modo genérico, os processos de gerenciamento de um projeto de engenharia de automação pode ser dividido em 5 etapas: ü Escopo ü Especificação ü Desenvolvimento ü Testes integrados ü Implantação a) Escopo -‐ tem como objetivo a elaboração de proposta e de documento básico para avaliação técnica e comercial da automação planejada. Atividades pertinentes: • Identificação dos objetivos dos cliente ou de seus integradores participantes; • Escolha e dimensionamento dos equipamentos, hardware e software; • Análise das possíveis topologias a serem aplicadas para as redes, interfaces e controladores; • Quantificação dos recursos humanos necessários de engenharia e administração; • Elaboração da proposta técnica e comercial; • Estudos preliminares compostos por levantamento das informações no campo e da consistência entre documentação e situação real; • Estudos de viabilidade técnico-‐econômica, com estimativas de investimento e análise da taxa interna de retorno do investimento; • Estudos do impacto social e conscientização das pessoas envolvidas desde a gerência até os funcionários menos qualificados, com o objetivo de torná-‐los parceiros no processo de automação. b) Especificação – consiste no projeto conceitual básico, resultando em especificação funcional do sistema, critérios de projeto e distribuição planejada das equipes e das atividades a serem executadas. O projeto executivo detalhado resulta em especificação completa da configuração do sistema e listas de equipamentos, materiais e softwares a serem adquiridos. Compras dos equipamentos incluindo aqui identificação dos fornecedores e análise técnica das propostas. Atividades pertinentes: • Levantamento de dados do processo objeto da automação; • Confecção do documento referente à definição completa da especificação técnica da automação, bem como dos encargos e das atribuições das partes contratantes e contratadas; • Análise da documentação técnica: diagramas de fluxo, P&I, matrizes causa-‐efeito etc; • Detalhamento das variáveis de entrada e saídas dos controladores programáveis e da planta (Lista I/O); • Definição do sistema supervisório, das telas a serem desenvolvidas nas interfaces homem-‐ máquina; • Reunião com os técnicos de operação, manutenção, engenharia e administração da empresa contratante para a finalização do documento “caderno de encargos”. c) Desenvolvimento – tem como objetivo o projeto completo da automação até o programa computacional e a sua simulação; desenvolvimento do sistema supervisório e das telas das IHMs; e, a configuração da rede de automação. Atividades pertinentes: • Projeto conceitual -‐ desenvolvimento do modelo da planta automatizada em Redes de Petri; simulação e análise. • Projeto de painéis – consiste na elaboração dos documentos e desenhos para fabricação e montagem dos painéis do controlador. Contém informações como: todas as especificações de características mecânicas, elétricas, módulos de entrada e saída, cartões etc. • Programação do CLP (Controlador Lógico Programável) – essa atividade pode ser executada a partir de diagramas lógicos ou do descritivo funcional ou a partir de diagrama de relé existente. Após a programação, é necessário que sejam inseridos os comentários em todas as instruções e a documentação gerada é fornecida em arquivo eletrônico. • Sistemas Supervisórios e Telas Sinóticas – Elaboração e edição das telas sinóticas consiste no detalhamento gráfico (por designers gráficos) da parte estática da tela, como fluxogramas de processo e detalhes de equipamentos. Em seguida são criadas as características dinâmicas como cor, movimentação, rotação etc associadas às variáveis da base de dados; exemplos: exibição do status de funcionamento dos equipamentos, exibição dos valores das variáveis analógicas, sinalização das funções de operação; efeitos especiais como rotação e carregamento dos equipamentos etc. • Projeto das Redes de Automação e dos Bancos de Dados – Análise e dimensionamento das redes no tocante aos seus desempenhos e estruturação do banco de dados; • Manual da Operação/Manutenção do Sistema de Supervisão – Documento que descreve os procedimentos para utilização do software aplicativo da Supervisão e na Operação da planta, considerando os aspectos: o Composição e recursos do sistema de supervisão; o Organização e descrição das telas do sistema; o Descrição dos relatórios do sistema; o Reconhecimento e significado dos alarmes emitidos pelo sistema; o Significado das mensagens de erro; o Descrição dos procedimentos de partida e shut-‐down; o Descrição dos comandos de operação e forma de acionamento. d) Testes Integrados – além das ferramentas usuais de gerenciamento de projeto como ferramentas de acompanhamento de cronograma, ferramentas de custos parciais e globais, ferramentas para garantia da informação, base de conhecimento, qualidade do projeto etc; é necessário que sejam realizados vários testes (ensaios e simulações): • Testes Internos: consiste num conjunto de simulações e verificações para análise da operacionalidade e consistência dos programas dos controladores e interfaces. ü Esse testes são realizados pelos projetistas e programadores na fase de finalização do projeto de automação; ü Toda a lógica dos programas é observada ü Aqui é verificado o software. • Testes de Plataforma: são ensaios com dispositivos de sensoriamento e de automação conectados, mas sem o processo industrial presente. e) Implantação • Teste de Posta em Marcha ou Start-‐up – são os testes após a implementação física da automação na planta, com a presença das engenharias da fornecedora do sistema e do cliente final. Do Processo deverão ser medidos e aprovados os parâmetros e o funcionamento de: ü Motores elétricos, freios eletromecânicos, redutores de velocidade, cargas mecânicas (elevadores, bombas, compressores, ventiladores, transportadores) e cargas térmicas (reostatos, estufas e fornos); ü Conversores e acionamentos eletrônicos, como: inversores, softstarts, chaves compensadoras, painéis elétricos, mesas de comando, centros de controle, cabines e subestações de distribuição; ü Instalações elétricas, fiação, cabeamento, dispositivos de proteção elétrica e sistemas de aterramento. e) Implantação • Teste de Posta em Marcha ou Start-‐up Do Hardware da automação deverão ser medidos e aprovados os parâmetros e o funcionamento de: ü Sensores elétricos, óticos, térmicos, mecânicos, indutivos e capacitivos e toda a fiação e conexões elétricas pertinentes; ü Atuadores como solenóides, válvulas, contatores e servomotores e toda a fiação e conexões elétricas. ü Alarmes e sinalizadores, como lâmpadas, sirenes, buzinas e displays; ü Painéis elétricos e mesas de comando que contém os controladores programáveis e suasexpansões, IHMs, fiações e conexões elétricas; ü Redes da automação que contém barramentos, sistemas de comunicação, pontos e equipamentos de conectividade e computadores de processo. e) Implantação • Teste de Posta em Marcha ou Start-‐up Do Software da automação deverão ser avaliadas e aprovadas as condições de operação: ü Normal: deverá abranger o ciclo completo do processo em todas as suas possibilidade de atuação e de acordo com a abrangência do escopo original especificado no caderno de encargos. ü Contingencial: deverá abranger todas as possibilidades de operação anormal por causa de interrupção do fornecimento de energia, defeito ou falha de qualquer equipamento ou mau uso da planta por parte dos operadores. e) Implantação • Operação Assistida: este período ocorre imediatamente após o término da colocação em funcionamento do sistema, para acompanhamento das funções projetadas para o sistema e suporte técnico localizado. • Treinamentos: poderão ser divididos em várias modalidades, como: treinamento operacional, treinamento de configuração do sistema, treinamento de manutenção etc. • Aceite: nesta fase final, o gerente de projeto, juntamente com o fornecedor, faz por meio do Caderno de Encargos uma verificação geral para ter certeza de que todos os requisitos esperados pela empresa foram cobertos pelo sistema desenvolvido e implementados pelo fornecedor.
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