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CEICEI
Círculo de Estudos pela Internet
PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL. Todos os direitos reservados.
Magistratura
Federal
RODADA 01 - 18.03.2020
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Magistratura Federal
RODADA 01 - 18.03.2020
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CORPO DOCENTE
Rafael Vasconcellos Porto. Juiz Federal Titular em Poços de Caldas – MG (aprovado no XIII 
Concurso para o TRF-1). Foi Defensor Público Federal (2010/2011). Bacharel em Direito 
pela UFMG (2005), Mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP e doutorando em Direito 
Constitucional pela Universidade de Lisboa - Portugal. Aprovado também para os cargos de 
Procurador Federal – AGU (8º lugar) e Advogado da Caixa Econômica Federal (para lotação 
no Distrito Federal), dentre outros. Professor de Direito Previdenciário na Universidade 
Presbiteriana Mackenzie, na PUC-MG e em diversos cursos preparatórios para concursos 
públicos. Autor de diversas obras jurídicas, como “Previdência do Trabalhador Rural” (2019), 
publicada pela Ed. Juruá, e “Curso Sistematizado de Direito Previdenciário” (2020), publicada 
pela Ed. CEI. Professor de Direito Previdenciário.
Lucas Fernandes Calixto. Juiz Federal Substituto em Pelotas/RS (aprovado no XV concurso do 
TRF2). Foi Analista Processual do Ministério Público da União, Técnico Judiciário do Tribunal 
Regional do Trabalho da 4ª Região e Técnico Administrativo do MPF. Graduado em Direito 
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Especialista em Direito 
Público pela Escola da Magistratura Federal do Rio Grande do Sul (UCS/ESMAFE-RS) e em 
Direito e Processo do Trabalho pelo IMED. Mestrando em Direito pela Universidade Federal 
de Pelotas (UFPEL). Coautor das obras “Mapeando o Edital: magistratura federal” e “Roteiros 
de Prova Oral: magistratura federal”, ambos publicados pela Ed. JusPodivm. Professor de 
Direito Econômico/Consumidor.
Aline Soares Lucena Carnaúba. Juíza Federal Substituta em Salgueiro - PE (aprovada no XV 
Concurso do TRF1). Bacharela em Direito pela Universidade Federal de Alagoas e mestranda 
pelo Instituto Brasiliense de Direito Público - IDP. Foi analista processual do MPAL (2007-2009) 
e defensora pública do Estado de Sergipe (2009-2014). Aprovada também para os cargos de 
promotora de justiça do MPAL e de analista do MPU e do TSE. Professora de Direito Tributário 
e Financeiro.
Carla Cristiane Tomm. Juíza Federal Substituta em Santo Ângelo – RS (aprovada no XVI 
Concurso do TRF da 4a Região). Foi servidora do Ministério da Justiça (2007-2015). Bacharel 
em Direito pelo Instituto Superior de Santo Ângelo – IESA (2004). Aprovada para o cargo de 
Procurador Federal – AGU e analista judiciário do STJ, entre outros. Especialista em Direito e 
Jurisdição, Direito Processual e Direito Tributário. Professor a de Direito Internacional.
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Magistratura Federal
RODADA 01 - 18.03.2020
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Joseano Maciel Cordeiro. Juiz Federal Substituto em Jaraguá do Sul/SC (2° colocado no 
XVI Concurso do TRF da 4ª Região). Foi Analista Judiciário da Justiça Federal (2014/2015), 
Técnico Judiciário da Justiça Federal (2008/2014) e Técnico Judiciário do Tribunal Regional 
Eleitoral do Paraná (2007/2008). Aprovado também no concurso para Analista Processual 
do Ministério Público da União. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná – 
UFPR. Professor de Direito Civil e Empresarial.
Leonardo Henrique Soares. Juiz Federal Substituto em São Bernardo do Campo – SP (aprovado 
no XVIII Concurso para o TRF-3). Foi Defensor Público Federal (2010-2017) e Analista do MPSP 
(2006-2010). Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (2005). Aprovado também 
para o cargo de Analista do TRE-SP. Professor de Sentença Penal.
Mariana Camargo Contessa. Juíza Federal Substituta da 1ª Vara Federal de Nova Iguaçu 
(aprovada no XV Concurso do TRF2). Graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul, foi advogada e assessora de Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de 
Grande do Sul. Professora de Direito Constitucional.
Marllon Sousa. Juiz Federal Titular em Manaus – AM (aprovado no XIII Concurso para o TRF-
1). Foi Agente da Polícia Civil do Distrito Federal (2006) e Analista Judiciário no TRE-MG 
(2006/2011). Graduado em Direito pela Universidade Federal de Ouro Preto (2003), Mestre em 
Direito Processual Penal pela Universidade Federal de Minas Gerais e Doutor em Direito pela 
American University, Washington College of Law, Washington D.C. – EUA. Aprovado também 
para os cargos de Procurador do Estado de Minas Gerais e Promotor de Justiça do Estado de 
Goiás (não fez o curso de formação). Livros Publicados: “Plea Bargaining no Brasil: O processo 
penal através do equilíbrio entre o utilitarismo processual e os direitos fundamentais do réu” 
(Editora Jus Podivm, 2019) e “Crime Organizado e Infiltração Policial” (Atlas, 2015).Professor 
de Direito Penal e Processual Penal e Sentença Penal.
 Patrícia de Alencar Teixeira. Juíza Federal Substituta em Juiz de Fora – MG (aprovada no XVI 
Concurso para o TRF-3). Foi Advogada da União – AGU em Brasília (2010/2013). Graduada em 
Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007). Aprovada também para os cargos 
de Procurador Federal – AGU (12º lugar), Defensor Público Federal, dentre outros. Professora 
de Direito Administrativo e Sentença Cível.
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RODADA 01 - 18.03.2020
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Guilherme Bacelar Patrício de Assis. Juiz Federal Titular em Montes Claros - MG (aprovado 
no XIII Concurso do TRF-1). Foi Procurador Federal (2008) e Procurador da Fazenda Nacional 
(2008/2011). Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito Milton Campos (2006). Mestre e 
doutorando em Direito Processual Civil pela UFMG. Aprovado para os cargos de Promotor 
de Justiça do MPMG, Procurador do Município de Belo Horizonte – MG, analista judiciário do 
MPU e analista judiciário do TRF1. Professor de Direito Processual Civil.
Daniel Chiaretti. Juiz Federal Substituto em Corumbá/MS (aprovado no XVII Concurso do 
TRF4). Bacharel em Direito e Filosofia pela USP. Mestre e Doutorando em Ética e Filosofia 
Política pela USP. Ex-Defensor Público Federal. Coautor da obra “Comentários ao Estatuto 
dos Refugiados” (Ed. CEI - 2019).
Patrick Lucca da Ros. Juiz Federal Substituto em Pelotas/RS (aprovado em 1º lugar no XVI 
Concurso do TRF4). Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade do Vale do 
Rio dos Sinos (2004) e Mestre em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2006). 
Foi aprovado também no XV concurso do TRF2 (1º lugar). Professora de Direito Ambiental.
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RODADA 01 - 18.03.2020
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APRESENTAÇÃO
Caros Alunos, sejam bem-vindos ao nosso curso,
O CEI – Magistratura Federal, que vem batendo recordes de aprovação nos últimos concursos da 
Magistratura Federal (índices de até 75% dos aprovados nos últimos concursos do TRF-4 e do TRF2, por 
exemplo), inicia a sétima edição de seu curso regular. Temos em vista - especialmente, mas não só - os 
concursos do TRF1 e do TRF3, que se avizinham, já estando em fase de formação de banca examinadora.
A primeira rodada está a ser publicada no dia 18 de março. O curso será composto por 08 rodadas e 
oferecerá, a cada rodada, 33 questões de múltipla escolha inéditas com gabarito comentado (totalizando 
264 questões), englobando todas as disciplinas do conteúdo programático.
Ademais, serão oferecidas 04 sentenças penais, 03 sentenças cíveis e 09 questões dissertativas para 
correção individualizada, propiciando um treinamento inigualável para as provas de segunda fase (P2 e P3). 
Dentre as questões dissertativas, 02 versarão sobre Formação Humanística, a cargo do professor Daniel 
Chiaretti, bacharel e mestre em Filosofia pela USP e juiz federal no TRF3.
Após a publicação da rodada, o aluno tem prazo de 10 dias para responder às questões dissertativas 
e sentenças. Receberá, posteriormente, a sua resposta corrigida individualizadamente,sendo também 
publicado um espelho geral de correção.
Ademais, será disponibilizado, aos poucos, material de suporte, como breve roteiro para elaboração 
de sentença penal e 12 videoaulas de 30 minutos sobre temas “quentes”.
O CEI é, hoje e há muito, o curso que mais aprova. Não há equivalente no mercado! Não confie em 
pirotecnia, acredite em trabalho.
Bons estudos!
Rafael Vasconcellos Porto
Juiz Federal
Coordenador
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SUMÁRIO
CORPO DOCENTE .................................................................................................................................. 2
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................... 5
CRONOGRAMA ..................................................................................................................................... 7
QUESTÕES OBJETIVAS SEM O GABARITO COMENTADO ..................................................................... 8
DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................................... 8
DIREITO PREVIDENCIÁRIO .......................................................................................................... 9
DIREITO PENAL ......................................................................................................................... 10
DIREITO PROCESSUAL PENAL ................................................................................................... 12
DIREITO ECONÔMICO E DIREITO DO CONSUMIDOR ............................................................... 13
DIREITO CIVIL E DIREITO EMPRESARIAL .................................................................................. 15
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ..................................................................................................... 16
DIREITO TRIBUTÁRIO E DIREITO FINANCEIRO ......................................................................... 18
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................................... 19
DIREITO AMBIENTAL ................................................................................................................. 21
DIREITO INTERNACIONAL ......................................................................................................... 23
GABARITO ........................................................................................................................................... 25
QUESTÕES OBJETIVAS COM O GABARITO ......................................................................................... 26
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................................... 26
DIREITO PREVIDENCIÁRIO ........................................................................................................ 38
DIREITO PENAL ......................................................................................................................... 44
DIREITO PROCESSUAL PENAL ................................................................................................... 68
DIREITO ECONÔMICO E DIREITO DO CONSUMIDOR ............................................................... 93
DIREITO CIVIL E DIREITO EMPRESARIAL ................................................................................ 104
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ................................................................................................... 116
DIREITO TRIBUTÁRIO E DIREITO FINANCEIRO ....................................................................... 120
DIREITO ADMINISTRATIVO ..................................................................................................... 123
DIREITO AMBIENTAL ............................................................................................................... 133
DIREITO INTERNACIONAL ....................................................................................................... 151
QUESTÃO DISCURSIVA ...................................................................................................................... 155
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO ....................................................................................... 155
SENTENÇA CRIMINAL ....................................................................................................................... 156
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RODADA 01 - 18.03.2020
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CRONOGRAMA
Rodada Publicação Limite p/ resposta Limite para correção 
Publicação do 
espelho
1ª Rodada 18/03/20 28/03/20 07/04/20 15/04/20
2ª Rodada 28/03/20 07/03/20 17/03/20 24/04/20
3ª Rodada 08/04/20 18/04/20 28/04/20 06/05/20
4ª Rodada 17/04/20 27/04/20 07/05/20 14/05/20
5ª Rodada 29/04/20 09/05/20 19/05/20 27/05/20
6ª Rodada 08/05/20 18/05/20 28/05/20 04/06/20
7ª Rodada 20/05/20 30/05/20 09/06/20 17/06/20
8ª Rodada 28/05/20 07/06/20 17/06/20 24/06/20
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QUESTÕES OBJETIVAS SEM O GABARITO COMENTADO
 🏳 DIREITO CONSTITUCIONAL
QUESTÃO 1. Sobre o regime constitucional da Administração Pública é correto afirmar que:
A) A participação de empresa pública e de sociedade de economia mista em empresa privada não 
depende de autorização legislativa; 
B) É inconstitucional o pagamento de subsídio mensal vitalício à viúva de ex-governador de Estado, de 
modo que é devida a devolução ao Erário das verbas recebidas;
C) A Constituição prevê a necessidade de participação das entidades sindicais representativas de 
servidores públicos na reformulação de planos de cargos e remuneração que atinjam as categorias 
representadas.
D) A jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que os servidores públicos não têm direito adquirido 
à imutabilidade de regime jurídico ou à opção por manutenção de regime anterior, ainda que ocorra 
redução de vencimentos. 
E) A Administração Pública, pautada pelo dever de eficiência (art. 37, caput, da Constituição), deve 
empregar as soluções de mercado adequadas à prestação de serviços de excelência à população com 
os recursos disponíveis, mormente quando demonstrado, pela teoria e pela prática internacional, que 
a terceirização não importa precarização às condições dos trabalhadores.
QUESTÃO 2. Sobre a competência legislativa dos entes federados, avalie as assertivas e escolha a correta:
A) É inconstitucional lei estadual que dispensa multa por quebra da fidelidade nos contratos com as 
empresas de telefonia em caso de desemprego superveniente do cliente. 
B) É inconstitucional lei estadual que exija que o pescador, para exercer sua atividade, cadastre-se em 
entidade privada (Federação de Pescadores) que cobra taxa por essa fiscalização.
C) A lei Federal n.º 13.060/2014, que trata sobre o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo 
pelos agentes de segurança pública, desbordou dos limites da competência legislativa da União em 
violação à autonomia dos Estados.
D) É constitucional norma inserida na constituição estadual que repute crime de responsabilidade o 
atraso reiterado no pagamento do vencimento de servidores.
E) Compete privativamente à União a regulamentação dos planos de saúde e de assistência suplementar, 
inclusive no que toca à obrigação destes fornecerem aos consumidores informações e documentos 
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justificando as razões pelas quais houve recusa de algum procedimento, tratamento ou internação.
QUESTÃO 3. No que diz respeito aos requisitos necessários para compatibilidade com a Constituição 
Federal da criação de cargos em comissão pela Administração Pública, assinale a resposta INCORRETA:
A) A criação de cargos em comissão justifica-se para o exercício de funções de direção, chefia e 
assessoramento.
B)É necessária a presença de relação de confiança entre a autoridade nomeante e o servidor nomeado.
C) O número de cargos comissionados criados deve guardar proporcionalidade com a necessidade que 
eles visam suprir e com o número de servidores ocupantes de cargos efetivos no ente federativo que 
os criar.
D) Demonstrada a excepcionalidade do caso concreto por decisão fundamentada em processo 
administrativo, poderá ser destinada ao desempenho de atividades técnicas.
E) As atribuições dos cargos em comissão devem estar descritas, de forma clara e objetiva, na própria 
lei que os instituir.
 🏳 DIREITO PREVIDENCIÁRIO
QUESTÃO 4. São objetivos constitucionais expressos da seguridade social, exceto:
A) Irredutibilidade do valor dos benefícios, assegurado o seu reajustamento para preservar-lhes, em 
caráter permanente, o valor real.
B) Nenhum benefício ou serviço poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente 
fonte de custeio total.
C) Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços.
D) Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite.
E) Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.
QUESTÃO 5. Considerando os princípios e objetivos aplicáveis à seguridade social, assinale a alternativa 
incorreta:
A) Segundo a doutrina, o princípio da universalidade da cobertura e do atendimento deve ser 
compreendido sob duas perspectivas: uma, objetiva (universalidade da cobertura); outra, subjetiva 
(universalidade do atendimento).
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B) Segundo a doutrina, a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas 
e rurais exige igual sistema de proteção social, é dizer, o mesmo elenco de prestações, com critérios 
idênticos de apuração do respectivo valor.
C) Embora não previsto expressamente na CRFB, a doutrina majoritária reconhece a presença implícita 
do princípio da solidariedade, a qual, inclusive, é a justificativa elementar para a compulsoriedade do 
sistema previdenciário.
D) Segundo a doutrina majoritária, o princípio da equidade na forma de participação no custeio em 
estudo expressa exatamente o princípio tributário (genérico) da capacidade contributiva no âmbito da 
seguridade social, não tendo dimensões adicionais.
E) Por um lado, a diversidade da base de financiamento é um princípio visto pela doutrina como 
expressão da solidariedade; por outro lado, aponta a doutrina que há também uma utilidade prática 
– pragmática, financista - na existência de variadas fontes de custeio.
QUESTÃO 6. Considerando o regime de assistência social, assinale a alternativa incorreta:
A) É princípio setorial a supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de 
rentabilidade econômica.
B) É diretriz setorial a centralização político-administrativa na União, e comando desconcentrado 
nessa esfera de governo.
C) É diretriz setorial a primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência 
social em cada esfera de governo.
D) É objetivo setorial a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.
E) É objetivo setorial a promoção da integração ao mercado de trabalho.
 🏳 DIREITO PENAL
QUESTÃO 7. Assinale a alternativa incorreta:
A) Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência 
ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e 
recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
B) A pena-base no crime de furto mediante fraude, cujo ardil seria a subtração de valores de correntistas 
pelo “hackeamento” de senhas pela internet, não pode ser aumentada considerando-se como motivos 
negativos a obtenção de lucro fácil, pois tal elemento é inerente ao tipo penal.
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C) A causa especial de diminuição de pena prevista no art. 33, par. 4º da Lei n. 11343/2006 não é 
aplicável ao crime previsto no art. 28 do referido diploma legal.
D) Segundo o STJ, a pena do crime previsto no art. 273 do Código Penal é inconstitucional por violar do 
princípio da proporcionalidade.
E) Para a incidência da majorante prevista no art. 40, V, da Lei n. 11.343/2006, é necessária a efetiva 
transposição de fronteiras entre estados da Federação.
QUESTÃO 8. Acerca da Teoria do Crime, assinale a alternativa correta:
A) A teoria da culpabilidade normativa configurou evolução da chamada culpabilidade normativo-
psicológica e tem como componentes o dolo, a culpa, a consciência da ilicitude e a exigibilidade de 
conduta diversa.
B) O Código Penal Brasileiro adotou a teoria da estremada da culpabilidade ao tratar das descriminantes 
putativas.
C) Para o causalismo clássico, a ação comportaria qualquer movimento humano voluntário capaz de 
causar alteração no mundo exterior.
D) O estado de necessidade exculpante é adotado pelo Código Penal Brasileiro de forma expressa.
E) A teoria da imputação objetiva, consagrada pelos estudos de Claus Roxin e Günther Jakobs, 
teve por principal mérito separar o dolo e culpa dos elementos objetivos da culpabilidade, sendo a 
autocolocação em perigo uma das formas estudas de exclusão da culpabilidade penal.
QUESTÃO 9. Assinale a alternativa correta:
A) Quanto ao tempo do crime o Código Penal adotou a teoria do resultado, sendo a teoria da atividade 
aplicada excepcionalmente para a solução de casos que envolvam crimes plurilocais.
B) No caso da incidência da regra prevista no art. 71 do CP (crime continuado), a aplicação da pena de 
multa também seguira o aumento da fração da pena de um dos crimes aumentada de um sexto a dois 
terços.
C) Nos crimes de estelionato previdenciário contra o INSS, falecido o beneficiário direito, e sacados os 
valores por terceiro, este responderá pelo delito tantas vezes quantas haja o recebimento indevido 
das prestações mensais, aplicando-se a regra da continuidade delitiva prevista no art. 71 do Código 
Penal. 
D) A jurisprudência do STJ se consolidou no sentido de que é necessária a demonstração do efetivo 
prejuízo nos crimes previstos na Lei de Licitações.
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E) A contumácia em furtos de mercadorias de pequeno valor não obsta a incidência do princípio da 
insignificância.
 🏳 DIREITO PROCESSUAL PENAL
QUESTÃO 10. Sobre o sistema e inclusão e manutenção de presos nos presídios federais, previsto na LEP e 
na Lei n. 11671/08, bem como acerca da jurisprudência do STJ sobre o assunto, assinale a opção correta. 
A) Compete ao juiz corregedor do presídio federal, com exclusividade, o exame acerca da necessidade 
de inclusão e manutenção do preso no sistema penitenciário federal. 
B) Não fere o contraditório e o devido processo legal a decisão que, sem a oitiva prévia da defesa, 
determine transferência ou permanência de custodiado em estabelecimento penitenciário federal.
C) A legislação sobre a inclusão de presos no sistema penitenciário federal prevê que o período máximo 
de permanência do preso transferido da justiça estadual ao sistema federal será de 360 dias, admitida 
uma única prorrogação.
D) São legitimados a pedir a inclusão de presos no sistema federal somente o diretor do presídio 
estadual, o juiz no qual corre a execução da pena ou a ação penal e o ministério público.
E) Eventual incidente de insanidade mental, cuja instauração seja requerida durante a permanência 
do preso no sistema penitenciário federal deverá ser dirimida pelo juiz de origem mesmo que se trate 
de doença contemporânea ao período de permanência do detento no sistema federal.
QUESTÃO 11. Examine as afirmativas abaixo e, após, assinale a alternativa correta.
I - Se o magistrado pode recusar, no todo ou em parte, de maneira fundamentada, as conclusões do 
laudo pericial e decidir em sentido diverso, de igualmodo, pode indeferir a produção de prova pericial 
quando a entenda inútil aos fins do processo ou quando já houver nos autos elementos suficientes que se 
proponham a comprovar os mesmos fatos a que se propõe o objeto da perícia.
II - O ato judicial de indeferimento de produção de prova pericial tipifica ofensa ao devido processo legal 
e constitui cerceamento de defesa, eis que necessária ao esclarecimento da verdade real. 
III - O STJ decidiu recentemente que não cabe a realização de audiência de custódia pelo sistema de 
videoconferência, constituindo nulidade absoluta sua realização por tal método.
IV - Seis investigados foram presos em determinada operação policial de combate ao compartilhamento 
de pornografia infantil pela rede mundial de computadores. Concedida a liberdade provisória, em sede 
de Habeas Corpus, a um dos investigados, haverá o direito de extensão aos demais somente se a situação 
pessoal de todos forem semelhantes.
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V - O juiz deverá absolver sumariamente o réu sempre que comprovada a excludente de culpabilidade.
A) Estão corretas as alternativas II, III e IV.
B) Estão incorretas as alternativas I, III e V.
C) Estão corretas as alternativas I, III e IV.
D) Estão incorretas as alternativas I, II e III.
E) Estão corretas as alternativas I, II e IV.
QUESTÃO 12. Assinale a alternativa incorreta:
A) O prazo para a conclusão do inquérito policial no caso de réu preso preventivamente por tráfico 
internacional de drogas, previsto na Lei 11343/2006, é mais elastecido que o previsto no CPP.
B) Não se aplica o princípio da insignificância a casos de transmissão clandestina de sinal de internet 
via radiofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997.
C) O mandado de segurança não se presta a atribuir o efeito suspensivo em recurso criminal interposto 
pelo Ministério Público.
D) O princípio da insignificância é aplicável aos crimes contra a administração pública segundo 
entendimento consolidado do STJ.
E) A aplicação do princípio da insignificância ao processo penal demanda a análise do caso concreto, 
devendo ser preenchidos os requisitos definidos pela jurisprudência solidificada no âmbito do STF.
 🏳 DIREITO ECONÔMICO E DIREITO DO CONSUMIDOR
QUESTÃO 13. Com relação às assertivas abaixo, é correto, à luz da jurisprudência do STJ, afirmar que:
A) A inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, é 
automática, independendo da constatação da presença ou não da verossimilhança das alegações do 
consumidor.
B) O estabelecimento comercial responde, perante o cliente, pelo roubo à mão armada de veículo 
ocorrido em estacionamento, ainda quando seja este gratuito, externo e de livre acesso.
C) Há responsabilidade solidária por danos causados de empresa que utiliza marca internacionalmente 
reconhecida, mesmo que não tenha sido a fabricante direta do produto defeituoso.
D) Não há ilegalidade em cobrança do consumidor da 2ª via de comprovante de operação bancária, 
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uma vez que a instituição financeira não responde por vício do produto originado do desbotamento 
de informações contidas na 1ª via impressa em papel termossensível.
E) Não é abusiva a conduta de produtor de espetáculo de cobrança do consumidor de “taxa de 
conveniência” pela venda de ingressos em meio virtual (internet).
QUESTÃO 14. Acerca das formas econômicas de Estado, assinale a assertiva incorreta:
A) O Estado Liberal baseia-se na doutrina filosófica e política do liberalismo, o qual se assenta no 
respeito ao exercício dos direitos e garantias por parte dos indivíduos, e tem como grande postulado 
a livre iniciativa.
B) O Estado Intervencionista Econômico teve como exemplificação o New Deal, concebido e executado 
por Franklin Roosevelt, e que consistia em ações governamentais de apropriação de todos os bens de 
produção pelo Estado, de modo que este fosse o único produtor, vendedor e empregador, decorrendo 
daí a principal característica desta forma de Estado que é a total valorização do coletivo em detrimento 
do individual.
C) O Estado Intervencionista Social, também chamado de Estado de Bem Estar Social ou Estado 
Providência, tem por fim garantir que sejam efetivadas políticas de caráter assistencialista na sociedade 
por meio de uma série de direitos sociais aos cidadãos de modo a mitigar os efeitos da economia 
capitalista.
D) O Estado Intervencionista Socialista, forma intervencionista máxima de Estado, adota uma política 
econômica planificada, na qual o Poder Público passa a ser o centro exclusivo das deliberações 
referentes à economia, o que, no plano jurídico, na total supremacia do interesse público, com 
substituição da livre concorrência e livre iniciativa pelo planejamento econômico estatal.
E) O Estado Regulador busca um retorno comedido aos ideais do liberalismo, sem abandonar a 
sociabilidade dos bens, caracterizando-se por uma nova concepção do Estado na economia, como 
ente garantidor e regulador da atividade econômica.
QUESTÃO 15. NÃO é princípio da ordem econômica:
A) livre concorrência.
B) defesa do consumidor.
C) soberania nacional.
D) tratamento favorecido para todas as empresas brasileiras.
E) defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto 
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ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
 🏳 DIREITO CIVIL E DIREITO EMPRESARIAL
QUESTÃO 16. Acerca do tratamento da desconsideração da personalidade jurídica prescrito pelo Código 
Civil, com as modificações efetuadas pela Lei n. 13.874/2019 - “Lei da Liberdade Econômica”, bem como 
sua compreensão doutrinária e jurisprudencial, assinale a alternativa incorreta:
A) O teor do art. 50 do Código Civil aponta para a adoção da teoria maior da desconsideração da 
personalidade jurídica, a qual se fundamenta no desvio de finalidade ou na confusão patrimonial.
B) A Lei 13.874/2019 delimitou o sentido da expressão “desvio de finalidade”, utilizada no caput, 
conceituando-a como a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática 
de atos ilícitos de qualquer natureza.
C) A constatação da formação de grupo econômico entre diversas sociedades também pode servir de 
fundamento para a aplicação da desconsideração da personalidade jurídica. 
D) Em sintonia com o Código de Processo Civil, o Código Civil passou a disciplinar a chamada 
desconsideração inversa.
E) A mera expansão ou alteração da finalidade original da atividade econômica da pessoa jurídica não 
constitui desvio de finalidade.
QUESTÃO 17. Sobre a posse e sua respectiva tutela, assinale a alternativa correta:
A) O ente público detém legitimidade e interesse para intervir, incidentalmente, na ação possessória 
entre particulares, podendo deduzir qualquer matéria defensiva, com exceção do domínio.
B) O possuidor indireto em decorrência de constituto possessório inserido em escritura pública de 
compra e venda de imóvel (cláusula constituti) detém legitimidade para ações possessórias, mesmo 
que jamais tenha exercido a posse direta do bem.
C) De acordo com enunciado aprovado nas Jornadas de Direito Civil promovidas pelo Conselho da 
Justiça Federal, uma coletividade de pessoas pode ser considerada possuidora para todos os efeitos 
legais, desde que devidamente representada por pessoa jurídica constituída sob a forma de associação.
D) Ainda que a ocupação irregular de áreas públicas não configure posse, mas apenas detenção, a 
jurisprudência reconhece o direito à indenização por benfeitorias quando comprovada a boa-fé.
E) O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias, tem o direito de optar entre o seu valor atual 
e o seu custo, independentemente de estar o possuidor de boa ou má-fé. 
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QUESTÃO 18. Considerando o regime jurídico aplicável aos contratos empresariais, assinale a alternativa 
incorreta:
A) De acordo com o STJ, empresas em processo de recuperação judicial podem celebrar contratos de 
factoring sem prévia autorização judicial.
B) O contrato de abertura de crédito bancário não é título executivo extrajudicial, ainda que 
acompanhado do extrato pormenorizado do débito. 
C) A jurisprudência do STJ reconhece a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor aos contratos 
de empréstimos bancários tomados por empresas em suas atividades negociais.
D) As empresas estatais podem figurar como franqueadoras.
E) No contrato de arrendamento mercantil, o arrendante deve pagar pela remoção do veículo 
arrendado, em caso de descumprimento contratual.
 🏳 DIREITO PROCESSUAL CIVIL
QUESTÃO 19. Acerca da competência cível da Justiça Federal, assinale a alternativa INCORRETA:
A) As causas de natureza previdenciária intentadas contra o INSS poderão ser aforadas na Seção 
Judiciária em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem 
à demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.
B) Exceto nas ações de recuperação judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho, tramitando 
o processo perante a Justiça Estadual, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se neles 
intervier a União, suas empresas públicas e entidades autárquicas, na qualidade de parte ou de 
terceiro, devendo o juízo federal restituí-los ao juízo estadual, sem suscitar conflito, se o ente federal 
cuja presença ensejou a remessa for excluído do processo.
C) Poderão ser processadas e julgadas na Justiça Estadual, as causas de natureza previdenciária e os 
executivos fiscais da União e de suas autarquias, quando a Comarca de domicílio do segurado estiver 
localizada a mais de 70 km (setenta quilômetros) de Município sede de Vara Federal.
D) Compete à Justiça Federal processar e julgar mandado de segurança quando as consequências de 
ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o writ houverem de ser suportadas pela União ou 
entidade por ela controlada.
E) Compete à Justiça Federal processar e julgar ações cíveis relacionadas a disputas sobre direitos 
indígenas, como ações possessórias, ainda que a União, entidade autárquica ou empresa pública 
federal não figurem no processo na condição de autoras, rés, assistentes ou opoentes. 
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QUESTÃO 20. Acerca do Direito Intertemporal Processual Civil, e considerando-se a entrada em vigor do 
CPC/2015 em 18/03/2016, assinale a alternativa INCORRETA:
A) Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973, relativos a decisões publicadas até 17 de 
março de 2016, devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as 
interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
B) A regra geral no Direito Processual Civil brasileiro é ditada pelo princípio tempus regit actum, de 
modo que a lei processual nova produz efeitos imediatos, não afetando os atos processuais praticados 
em conformidade com a lei revogada.
C) Somente nos recursos interpostos contra decisão publicada a partir de 18 de março de 2016, será 
possível o arbitramento de honorários sucumbenciais recursais, na forma do art. 85, § 11, do CPC/2015.
D) O CPC/2015 adotou, como regra geral, o sistema do isolamento dos atos processuais, devendo ser 
aplicada, para cada ato processual, a lei em vigor no momento de sua prática.
E) A lei nova que altera regra de competência territorial aplica-se de imediato, devendo o juiz remeter 
os autos ao novo juízo competente para o processo e julgamento da causa.
QUESTÃO 21. Em matéria de Direito Processual Previdenciário, assinale a alternativa CORRETA:
A) O juiz não pode reafirmar a data da entrada do requerimento administrativo para o momento da 
implementação dos requisitos necessários à concessão de benefício previdenciário ocorrida no curso 
do processo, considerando, para tanto, o tempo de contribuição do autor posterior ao ajuizamento 
da ação, sob pena de extrapolar os limites objetivos da lide deduzidos na petição inicial, proferindo 
sentença extra ou ultra petita.
B) Considerando-se que os pedidos devem ser interpretados restritivamente, a concessão judicial de 
benefício previdenciário diverso do expressamente requerido na petição inicial viola o princípio da 
adstrição do juiz ao pedido, implicando julgamento extra petita.
C) Para fins de ajuizamento de ações visando a concessão de benefícios previdenciários, a caracterização 
do interesse de agir depende do exaurimento dos recursos na via administrativa perante o INSS.
D) Nas ações envolvendo pedidos de aposentadoria por idade rural, a ausência nos autos de conteúdo 
probatório eficaz configura a falta de interesse de agir e, por conseguinte, deve conduzir à extinção do 
processo sem resolução do mérito, não se impedindo, assim, que o autor ajuíze novamente a mesma 
ação, caso obtenha posteriormente documentos hábeis a demonstrar o seu tempo de serviço rural.
E) Nas ações previdenciárias em trâmite no Juizado Especial Federal, cujos processos são norteados 
pelos princípios da simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, os prazos contam-
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se em dias corridos.
 🏳 DIREITO TRIBUTÁRIO E DIREITO FINANCEIRO
QUESTÃO 22. No que se refere ao crédito tributário, de acordo com o Código Tributário Nacional (CTN), 
bem como a jurisprudência do STJ, assinale a alternativa correta.
A) Na constituição do crédito tributário, a autoridade fiscal deve observar, tanto no ato de lançar o 
tributo, bem como em sua atuação fiscalizatória para a constituição do crédito, a lei então vigente à 
época do fato gerador.
B) O crédito tributário, assim como no âmbito do Direito Civil, tem seu nascimento contemporâneo ao 
nascimento da obrigação tributária.
C) Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir 
o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a 
legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade 
administrativa.
D) Segundo entendimento do STJ, a notificação do auto de infração ao sujeito passivo não faz cessar a 
contagem da decadência para a constituição do crédito tributário; assim, ainda que exaurida a instância 
administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento 
definitivo e esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário, não há 
que se falar em abertura de contagem de prazo prescricional, porquanto é necessária a constituição 
definitiva do crédito pela autoridade fiscal.
E) A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos 
critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento podem ser 
efetivadas de imediato.
QUESTÃO 23. Considere a seguinte situação. A Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 
155, I, assim assegurou a competência tributária de Estados e Distrito Federal: “Art. 155. Compete aos 
Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer 
bens ou direitos; ...”. Um determinado Estado membro, ao instituir o referido imposto, no exercício de sua 
competência tributária, não o fez sobre bens móveis. Referida hipótese se trata de:
A) Imunidade.
B) Isenção.
C) Anistia.
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D) Não incidência.
E) Alíquota zero.
QUESTÃO 24. No que se refere às causas de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário, assinale 
a alternativa correta, com base na legislaçãoe jurisprudência acerca do tema.
A) No que se refere à isenção de Imposto de Renda em caso de doença grave, segundo o STJ, é 
desnecessária a apresentação de laudo médico oficial para o reconhecimento judicial da isenção do 
Imposto de Renda, desde que o magistrado entenda suficientemente demonstrada a doença grave por 
outros meios de prova.
B) As hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário previstas no art. 151 do CTN, se 
verificadas antes da constituição do crédito tributário, impedem o seu lançamento.
C) A liminar em ação de mandado de segurança só suspende a exigibilidade do crédito tributário se 
acompanhada do devido depósito integral do valor devido à Fazenda Pública.
D) O parcelamento do crédito tributário deverá ser regido por lei complementar específica.
E) É constitucional que se exija do contribuinte depósito prévio como requisito de admissibilidade 
de ação judicial anulatória de débito fiscal, na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito 
tributário.
 🏳 DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO 25. Um delegado de polícia federal, no exercício de suas funções, morreu em decorrência de 
disparo de arma de fogo efetuado por agente da polícia federal durante uma ação policial.
A viúva do delegado move ação indenizatória por danos morais e materiais em face da União e do 
agente da polícia federal que efetuou o disparo. 
Com base na situação hipotética, assinale a alternativa correta:
A) A responsabilidade objetiva do Estado pressupõe que o dano seja causado a terceiro, nos termos do 
art. 37, §6º, da Constituição, não incidindo quando o dano é suportado por servidor público.
B) A configuração da responsabilidade objetiva do Estado subsiste ainda que se trate de ato lícito e 
independe da circunstância de estar o agente no desempenho das atribuições próprias de sua função 
pública, ou a pretexto de exercê-la. 
C) A responsabilidade da União é objetiva, com base no risco administrativo, de modo que eventual 
culpa da vítima não pode ser invocada para o fim de excluir ou atenuar a responsabilidade do Estado. 
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D) O agente da polícia federal é parte legítima para figurar, ao lado da União, no polo passivo da ação 
indenizatória, mas sua responsabilidade é subjetiva, devendo a parte provar que o agente agiu com 
dolo ou culpa. 
E) A obrigação de ressarcir a União, em ação regressiva, transmite-se aos sucessores do agente público 
que tenha atuado com culpa ou dolo, observado o limite do patrimônio transferido na sucessão.
QUESTÃO 26. Sobre o acesso as funções, cargos e empregos públicos, julgue os itens a seguir, com base no 
entendimento do Supremo Tribunal Federal:
I - O edital de concurso público não é instrumento idôneo para o estabelecimento de limite mínimo de 
idade para inscrição em concurso público; para que seja legítima tal exigência, é imprescindível a previsão 
em lei, devendo a idade ser comprovada no momento da posse no concurso público. 
II - Editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com tatuagem, salvo situações 
excepcionais em razão de conteúdo que viole valores constitucionais.
III - É razoável a exigência de altura mínima para acesso aos cargos da área de saúde, desde que prevista 
em lei em sentido formal e material, bem como no edital que regule o concurso. 
IV - O candidato em concurso público não tem direito de realizar prova de segunda chamada nos testes de 
aptidão física, motivadas por circunstâncias pessoais, ainda que de caráter fisiológico ou em decorrência 
de gravidez, a menos que o edital preveja expressamente esta possibilidade. 
V - É inconstitucional a manutenção no cargo, sob fundamento de fato consumado, de candidato não 
aprovado que nele tomou posse em decorrência de execução provisória de provimento judicial de natureza 
precária, supervenientemente revogado ou modificado.
A) Apenas II e V estão CORRETOS.
B) Apenas IV e V estão CORRETOS.
C) Apenas I, II e III estão CORRETOS.
D) Apenas I, II e V estão CORRETOS.
E) Apenas III e IV estão CORRETOS.
QUESTÃO 27. No que se refere às entidades paraestatais que integram o chamado terceiro setor, assinale 
a alternativa CORRETA:
A) A celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações da sociedade civil de 
interesse público (OSCIP), para atividade contempladas no termo de parceria, traduz hipótese de 
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licitação dispensável. 
B) O fomento às organização sociais pode traduzir-se em destinação de recursos orçamentários; 
permissão de uso de bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão e cessão 
especial de servidor para a Organização Social, com ônus para o órgão de origem do servidor cedido. 
C) A organizações sociais são delegatárias de serviço público, ou seja, exercem, por delegação, sob 
regime de direito público, atividades de titularidade exclusiva do poder público. 
D) A qualificação de uma pessoa jurídica como organização social ou organização da sociedade civil de 
interesse público dá-se por meio de ato vinculado, de modo que o pedido só pode ser indeferido se a 
pessoa jurídica requerente não atender a algum dos requisitos legais.
E) Admite-se a qualificação de organização social para desenvolvimento de atividades de fornecimento 
de instalações, bens, equipamentos ou execução de obra pública em favor da administração pública 
federal. 
 🏳 DIREITO AMBIENTAL
QUESTÃO 28. Considere as seguintes assertivas, todas formuladas com base em julgados recentes (últimos 
quatro anos) do Supremo Tribunal Federal.
I - O postulado do paralelismo das formas não impede que ato normativo infralegal amplie os limites de 
unidade de conservação, desde que sem modificação de seus limites originais, exceto pelo acréscimo 
proposto, sem que isso implique violação ao inciso III do § 1º do art. 225 da Constituição Federal, no que 
apregoa que a alteração de espaços territoriais especialmente protegidos é permitida somente por meio 
de lei.
II - Medidas provisórias podem ser empregadas para diminuir a proteção conferida a unidades de 
conservação, uma vez que ostentam status equivalente ao de leis em sentido formal.
III - Algumas práticas cruéis contra os animais previstas em leis estaduais ou municipais, ainda que arraigadas 
na cultura local, são inconstitucionais, ainda que a cultura também seja protegida constitucionalmente, 
feita a ponderação entre os direitos de matriz constitucional envolvidos.
IV - Aos Estados da Federação é dado, por legislação própria, vedar amplamente a utilização de amianto 
e/ou de asbesto, sem que isso implique desrespeito à Constituição, mesmo que conste de lei federal a 
possibilidade de utilização de amianto crisotila.
Diante disso, marque a alternativa correta:
A) Estão corretas apenas as assertivas I e II.
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B) Estão corretas apenas as assertivas I e III.
C) Estão corretas apenas as assertivas II e IV.
D) Estão corretas apenas as assertivas I, III e IV.
E) Estão corretas apenas as assertivas II, III e IV.
QUESTÃO 29. A propósito da conciliação em matéria ambiental, marque a alternativa correta:
A) Por envolver direitos disponíveis, é sempre possível a conciliação.
B) Por envolver direitos indisponíveis, nunca é possível a conciliação.
C) É inviável a conciliação no caso de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal, tendo 
em vista que ao Parquet não é dado dispor em matéria ambiental.
D) Somente é possível a conciliação no caso de direitos individuais homogêneos e coletivos stricto 
sensu.
E) Mesmo no caso de direitos difusos em matéria ambiental, é possível a conciliação.
QUESTÃO 30. Em relação ao Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, é correto afirmar:
A) O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA tem a função de órgão superior, cabendo-
lhe de assessorar o Presidente daRepública na formulação da política nacional e nas diretrizes 
governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais.
B) São órgãos seccionais os órgãos ou entidades estaduais e municipais responsáveis pela execução 
de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação 
ambiental.
C) Compete ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA 
e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, executar e 
fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com 
as respectivas competências.
D) A Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República tem a finalidade de assessorar, estudar 
e propor ao Conselho de Governo diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os 
recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis 
com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida.
E) Nenhuma das alternativas está correta.
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 🏳 DIREITO INTERNACIONAL
QUESTÃO 31. Marque a assertiva incorreta:
A) O conceito, sob a acepção tradicional, do Direito Internacional Público é entendido como o conjunto 
de regras escritas e não escritas que regula o comportamento dos Estados.
B) O que diferencia uma comunidade internacional de uma sociedade nesse âmbito é a aproximação 
por vínculos espontâneos decorrentes de laços culturais, religiosos, linguísticos que criam uma 
identidade comum, gerando a cumplicidade e a cooperação entre os membros.
C) A regulação dos conflitos de leis no espaço é o escopo do Direito Internacional Privado que se vale 
de normas internacionais e internas para indicar o direito aplicável ao caso concreto. 
D) O costume internacional forma-se unicamente por meio da reiteração de uma mesma prática pelo 
Estado.
E) O desuso, a codificação e um novo costume são formas de extinção de um costume internacional.
QUESTÃO 32. Em relação às fontes do Direito Internacional Público, marque a assertiva incorreta:
A) O jus cogens é a única exceção à inexistência de hierarquia entre as fontes do Direito Internacional 
Público.
B) A analogia é uma fonte formal, mas sofre criticas de parcela da doutrina que a compreende como 
meio de integração.
C) Para a solução de um conflito internacional entre dois Estados, a Corte Internacional de Justiça pode 
aplicar uma convenção internacional que um dos litigantes não a tenha expressamente reconhecido.
D) Os princípios gerais do direito são fontes formais do Direito Internacional Público e emanam do 
reconhecimento pelas Nações civilizadas.
E) Três são os requisitos para que um ato unilateral possa vincular o Estado ao seu cumprimento: que 
o ato seja público, emanado de agente público competente e com o firme propósito de vincular o 
Estado, consubstanciando-se assim em fonte material do Direito Internacional Público.
QUESTÃO 33. Brasil e outros cinco países entabularam um acordo para cooperarem entre si para redução 
gradual das emissões de gás carbono. Durante as negociações, foi estabelecido que a entrada em vigor 
somente se daria após um ano da assinatura de todos os Estados partes, sendo que hipoteticamente, a 
última ratificação teria sido depositada hoje. A partir do caso proposto e tendo em consideração as regras 
da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969, marque a assertiva incorreta:
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A) Com a ratificação do último Estado parte, nenhum dos Estados pode revogar legislação interna que 
permita o aumento do nível de emissão de gás carbono no seu território antes da vigência do acordo.
B) Cabe aplicação provisória de parte de um acordo, antes de sua vigência, se nele contiver cláusula 
nesse sentido.
C) Em relação ao Brasil, é vedada a aplicação provisória do acordo.
D) Se os Estados parte acordaram pela aplicação provisória de parte do acordo antes da entrada em 
vigor, pode um deles notificar os demais de que não mais quer se tornar parte do acordo.
E) Os acordos, em regra, têm efeitos ex tunc.
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GABARITO
Q. 1 - GABARITO: E 31
Q. 2 - GABARITO: B 37
Q. 3 - GABARITO: D 38
Q. 4 - GABARITO: A 39
Q. 5 - GABARITO: D 42
Q. 6 - GABARITO: B 44
Q. 7 - GABARITO: E 51
Q. 8 - GABARITO: C 61
Q. 9 - GABARITO: C 68
Q. 10 - GABARITO: B 77
Q. 11 - GABARITO: C 86
Q. 12 - GABARITO: D 93
Q. 13 - GABARITO: C 100
Q. 14 - GABARITO: B 103
Q. 15 - GABARITO: D 104
Q. 16 - GABARITO: C 107
Q. 17 - GABARITO: B 112
Q. 18 - GABARITO: C 116
Q. 19 - GABARITO: C 117
Q. 20 - GABARITO: E 119
Q. 21 - GABARITO: D 120
Q. 22 - GABARITO: C 121
Q. 23 - GABARITO: D 122
Q. 24 - GABARITO: A 123
Q. 25 - GABARITO: E 125
Q. 26 - GABARITO: A 132
Q. 27 - GABARITO: B 133
Q. 28 - GABARITO: D 145
Q. 29 - GABARITO: E 148
Q. 30 - GABARITO: C 150
Q. 31 - GABARITO: D 152
Q. 32 - GABARITO: C 153
Q. 33 - GABARITO: E 154
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QUESTÕES OBJETIVAS COM O GABARITO
PROFESSORA MARIANA CONTESSA
 🏳 DIREITO CONSTITUCIONAL
QUESTÃO 1. Sobre o regime constitucional da Administração Pública é correto afirmar que:
A) A participação de empresa pública e de sociedade de economia mista em empresa privada não depende 
de autorização legislativa; 
B) É inconstitucional o pagamento de subsídio mensal vitalício à viúva de ex-governador de Estado, de 
modo que é devida a devolução ao Erário das verbas recebidas;
C) A Constituição prevê a necessidade de participação das entidades sindicais representativas de servidores 
públicos na reformulação de planos de cargos e remuneração que atinjam as categorias representadas.
D) A jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que os servidores públicos não têm direito adquirido 
à imutabilidade de regime jurídico ou à opção por manutenção de regime anterior, ainda que ocorra 
redução de vencimentos. 
E) A Administração Pública, pautada pelo dever de eficiência (art. 37, caput, da Constituição), deve 
empregar as soluções de mercado adequadas à prestação de serviços de excelência à população com 
os recursos disponíveis, mormente quando demonstrado, pela teoria e pela prática internacional, que a 
terceirização não importa precarização às condições dos trabalhadores.
 💡 GABARITO COMENTADO
A) INCORRETA: A assertiva A vai contra a redação do artigo 37 da Constituição da República:
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, 
neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 19, de 1998)
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades 
mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa 
privada;
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Ainda sobre esse tema, é importante lembrar do precedente firmado em 2019 na ADI 5624, em que se fixou 
exceção à regra geral:
ADI 5624 MC-Ref/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 6.6.2019. Ata de julgamento 
publicada no Dje de 11.6.2019.
O Plenário, em voto médio, referendou parcialmente medida cautelar anteriormente concedida 
em ação direta de inconstitucionalidade, para conferir ao art. 29, “caput”, XVIII, da Lei 13.303/2016 
interpretação conforme à Constituição Federal, nos seguintes termos: i) a alienação do controle 
acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista exige autorização legislativa e 
licitação; e ii) a exigência de autorização legislativa, todavia, não se aplica à alienação do controle 
de suas subsidiárias e controladas. Nesse caso, a operaçãopode ser realizada sem a necessidade 
de licitação, desde que siga procedimentos que observem os princípios da administração pública 
inscritos no art. 37 da CF, respeitada, sempre, a exigência de necessária competitividade. O voto 
médio reproduziu o entendimento majoritário extraído dos pronunciamentos dos ministros em 
juízo de delibação.
B) INCORRETA: A assertiva B é equivocada porque, conquanto tenha o Supremo Tribunal Federal entendido 
pela inconstitucionalidade do pagamento de subsídio vitalício para ex-governador de Estado e cônjuges 
supérstites, estabeleceu que, porque recebidos de boa-fé pelos beneficiários, não deveria ocorrer devolução 
de verbas percebidas até o julgamento da ação (ADI 4545/PR). Veja-se o informativo 962 de dezembro de 
2019:
O Plenário julgou parcialmente procedente pedido formulado em ação direta para declarar a 
inconstitucionalidade do art. 85, § 5º, da Constituição do Estado do Paraná, e, por arrastamento, 
da Lei 16.656/2010 e do art. 1º da Lei 13.426/2002, ambas do referido Estado-membro. 
Por maioria, decidiu que a declaração de inconstitucionalidade não atinge os pagamentos 
realizados até o julgamento da ação.
O aludido dispositivo constitucional concede subsídio mensal e vitalício aos ex-governadores 
do estado, igual ao recebido por desembargador do tribunal de justiça estadual, desde que 
tenham exercido a função em caráter permanente e não tenham sofrido suspensão dos 
respectivos direitos políticos. Os dispositivos das leis estaduais regulamentam o subsídio e o 
valor de pensão por morte devida às viúvas dos governadores, nos termos do referido art. 85, 
§ 5º.
Inicialmente, o Colegiado, por maioria, afastou a preliminar de prejudicialidade da ação, por 
perda superveniente de objeto.
Observou que, não obstante a revogação expressa do § 5º do art. 85 da Constituição estadual 
(pela Emenda Constitucional paranaense 43, de 29.5.2019), haveria circunstâncias aptas 
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a afastar o acolhimento da preliminar. Esclareceu que a ação foi ajuizada em 28.1.2011, 
liberada em 2017, e incluída em pauta para julgamento pelo Plenário em 14.2.2019. Além 
disso, a revogação do ato normativo ora impugnado não explicitou qualquer regra acerca dos 
efeitos produzidos pela norma constitucional no seu período de vigência. Garantiu-se apenas 
a mudança do ordenamento jurídico paranaense para as situações futuras, fato jurídico que 
pode implicar diversos desdobramentos de atos inconstitucionais pretéritos. Esse quadro 
normativo resultado da revogação do ato normativo, em momento posterior à liberação 
do feito para julgamento e considerado os precedentes acerca da matéria, justificam a não 
aplicação dos precedentes do Tribunal referentes à prejudicialidade da ação.
Vencidos, quanto à preliminar, os Ministros Marco Aurélio e Dias Toffoli (Presidente), que 
reconheceram o prejuízo da ação.
Quanto ao mérito, o Plenário aplicou sua reiterada jurisprudência no sentido de que a 
instituição de prestação pecuniária mensal e vitalícia a ex-governadores, designada “subsídio”, 
corresponde à concessão de benesse que não se compatibiliza com a Constituição Federal 
(notadamente com o princípio republicano e o princípio da igualdade, consectário daquele), 
por configurar tratamento diferenciado e privilegiado sem fundamento jurídico razoável, em 
favor de quem não exerce função pública ou presta qualquer serviço à administração.
Entretanto, por maioria, explicitou a desnecessidade da devolução dos valores percebidos até 
o julgamento da ação, considerados, sobretudo, os princípios da boa-fé, da segurança jurídica 
e, ainda, da dignidade da pessoa humana. Salientou que os subsídios foram pagos por mais de 
trinta anos. Ademais, todas as beneficiárias das respectivas pensões são pessoas de avançada 
idade, e, sem essa fonte de renda, poderiam se encontrar, repentinamente, em situação de 
miserabilidade.
Vencido, no ponto, o ministro Marco Aurélio que não assentou a desnecessidade de devolução 
das quantias recebidas.
C) INCORRETA: A assertiva C fere os precedentes do Supremo Tribunal federal no sentido de que os servidores 
públicos não contam com direito adquirido à imutabilidade de regime jurídico nem tampouco de participação 
das entidades sindicais e representativas na elaboração e tramitação de projetos de lei que modifiquem seus 
respectivos planos de carreira. Veja-se:
Direito Constitucional e Administrativo. Ação direta de inconstitucionalidade. Plano de 
cargos, carreira e remuneração da Polícia Civil do Estado do Acre. Conhecimento parcial. 
Improcedência do pedido. 1. Ação direta em que se discute a constitucionalidade da Lei nº 
2.250/2009 do Estado do Acre, que instituiu plano de cargos, carreira e remuneração da Polícia 
Civil. 2. A petição inicial deve indicar “o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e 
os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações” (art. 3º, I, 
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da Lei nº 9.868/1999). O descumprimento desse dever enseja o não conhecimento da ação 
direta de inconstitucionalidade. 3. A jurisprudência do STF é pacífica e reiterada no sentido 
de que os servidores públicos não têm direito adquirido à imutabilidade de regime jurídico. 
Assim, a garantia prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição não os protege contra leis que 
modifiquem as condições que regem a relação jurídica que estabelecem com a administração 
pública, desde que não haja redução de seus vencimentos ou subsídios. Precedentes. 4. O 
art. 8º, III, da Constituição não trata da necessidade de participação das entidades sindicais 
representativas de servidores públicos na reformulação de planos de cargos e remuneração 
que atinjam as categorias representadas. De toda sorte, o meio seria inadequado para a 
alegação de vício no ato normativo com fundamento na ausência de participação do sindicato, 
já que a ação direta não comporta a avaliação de elementos de prova. Precedentes. 6. Ação 
direta de inconstitucionalidade conhecida parcialmente e, nessa extensão, pedido que se julga 
improcedente, com a declaração de constitucionalidade dos arts. 12, 15, parágrafo único, 
22, VI e VII, e 25 da Lei nº 2.250/2009 do Estado do Acre. Tese: “Os princípios constitucionais 
da segurança jurídica e da proteção ao direito adquirido não garantem aos servidores 
potencialmente afetados por alterações legislativas o direito à manutenção do regime anterior, 
desde que não haja ofensa à garantia da irredutibilidade de vencimentos”.
(ADI 4461, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 11/11/2019, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-264 DIVULG 03-12-2019 PUBLIC 04-12-2019)
D) INCORRETA: A assertiva D também é equivocada com base no mesmo precedente já mencionado. Com 
efeito, em sede de repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal assegurou que não pode ser afetado o 
princípio constitucional da irredutibilidade de subsídios: “não há direito adquirido a regime jurídico, desde 
que respeitado o princípio constitucional da irredutibilidade de vencimentos” (RE 563.965, Rel. Min. Cármen 
Lúcia, j. em 11.02.2009, paradigma do tema nº 41)
E) CORRETA: A assertiva E é a correta, constituindo excerto de ementa do RE 760.931, em sede de repercussão 
geral:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA COM REPERCUSSÃO 
GERAL. DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO DO TRABALHO. TERCEIRIZAÇÃO NO ÂMBITO DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SÚMULA 331, IV E V, DO TST. CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 71, § 
1º, DA LEI Nº 8.666/93. TERCEIRIZAÇÃO COMO MECANISMO ESSENCIAL PARA A PRESERVAÇÃO 
DE POSTOS DE TRABALHO E ATENDIMENTO DAS DEMANDAS DOS CIDADÃOS. HISTÓRICO 
CIENTÍFICO. LITERATURA: ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE PRECARIZAÇÃO 
DO TRABALHO HUMANO. RESPEITO ÀS ESCOLHAS LEGÍTIMAS DO LEGISLADOR. PRECEDENTE: 
ADC 16. EFEITOS VINCULANTES. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E PROVIDO. FIXAÇÃO 
DE TESE PARA APLICAÇÃO EM CASOSSEMELHANTES. 
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1. A dicotomia entre “atividade-fim” e “atividade-meio” é imprecisa, artificial e ignora a 
dinâmica da economia moderna, caracterizada pela especialização e divisão de tarefas com 
vistas à maior eficiência possível, de modo que frequentemente o produto ou serviço final 
comercializado por uma entidade comercial é fabricado ou prestado por agente distinto, 
sendo também comum a mutação constante do objeto social das empresas para atender 
a necessidades da sociedade, como revelam as mais valiosas empresas do mundo. É que a 
doutrina no campo econômico é uníssona no sentido de que as “Firmas mudaram o escopo 
de suas atividades, tipicamente reconcentrando em seus negócios principais e terceirizando 
muitas das atividades que previamente consideravam como centrais” (ROBERTS, John. The 
Modern Firm: Organizational Design for Performance and Growth. Oxford: Oxford University 
Press, 2007). 
2. A cisão de atividades entre pessoas jurídicas distintas não revela qualquer intuito fraudulento, 
consubstanciando estratégia, garantida pelos artigos 1º, IV, e 170 da Constituição brasileira, de 
configuração das empresas, incorporada à Administração Pública por imperativo de eficiência 
(art. 37, caput, CRFB), para fazer frente às exigências dos consumidores e cidadãos em geral, 
justamente porque a perda de eficiência representa ameaça à sobrevivência da empresa e ao 
emprego dos trabalhadores. 
3. Histórico científico: Ronald H. Coase, “The Nature of The Firm”, Economica (new series), Vol. 
4, Issue 16, p. 386-405, 1937. O objetivo de uma organização empresarial é o de reproduzir 
a distribuição de fatores sob competição atomística dentro da firma, apenas fazendo sentido 
a produção de um bem ou serviço internamente em sua estrutura quando os custos disso 
não ultrapassarem os custos de obtenção perante terceiros no mercado, estes denominados 
“custos de transação”, método segundo o qual firma e sociedade desfrutam de maior produção 
e menor desperdício. 
4. A Teoria da Administração qualifica a terceirização (outsourcing) como modelo organizacional 
de desintegração vertical, destinado ao alcance de ganhos de performance por meio da 
transferência para outros do fornecimento de bens e serviços anteriormente providos pela 
própria firma, a fim de que esta se concentre somente naquelas atividades em que pode gerar 
o maior valor, adotando a função de “arquiteto vertical” ou “organizador da cadeia de valor”. 
5. A terceirização apresenta os seguintes benefícios: (i) aprimoramento de tarefas pelo 
aprendizado especializado; (ii) economias de escala e de escopo; (iii) redução da complexidade 
organizacional; (iv) redução de problemas de cálculo e atribuição, facilitando a provisão 
de incentivos mais fortes a empregados; (v) precificação mais precisa de custos e maior 
transparência; (vi) estímulo à competição de fornecedores externos; (vii) maior facilidade 
de adaptação a necessidades de modificações estruturais; (viii) eliminação de problemas 
de possíveis excessos de produção; (ix) maior eficiência pelo fim de subsídios cruzados entre 
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departamentos com desempenhos diferentes; (x) redução dos custos iniciais de entrada 
no mercado, facilitando o surgimento de novos concorrentes; (xi) superação de eventuais 
limitações de acesso a tecnologias ou matérias-primas; (xii) menor alavancagem operacional, 
diminuindo a exposição da companhia a riscos e oscilações de balanço, pela redução de seus 
custos fixos; (xiii) maior flexibilidade para adaptação ao mercado; (xiii) não comprometimento 
de recursos que poderiam ser utilizados em setores estratégicos; (xiv) diminuição da 
possibilidade de falhas de um setor se comunicarem a outros; e (xv) melhor adaptação a 
diferentes requerimentos de administração, know-how e estrutura, para setores e atividades 
distintas. 
6. A Administração Pública, pautada pelo dever de eficiência (art. 37, caput, da Constituição), 
deve empregar as soluções de mercado adequadas à prestação de serviços de excelência 
à população com os recursos disponíveis, mormente quando demonstrado, pela teoria e 
pela prática internacional, que a terceirização não importa precarização às condições dos 
trabalhadores. 
7. O art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, ao definir que a inadimplência do contratado, com 
referência aos encargos trabalhistas, não transfere à Administração Pública a responsabilidade 
por seu pagamento, representa legítima escolha do legislador, máxime porque a Lei nº 
9.032/95 incluiu no dispositivo exceção à regra de não responsabilização com referência a 
encargos trabalhistas. 
8. Constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 já reconhecida por esta Corte em 
caráter erga omnes e vinculante: ADC 16, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, 
julgado em 24/11/2010. 
9. Recurso Extraordinário parcialmente conhecido e, na parte admitida, julgado procedente 
para fixar a seguinte tese para casos semelhantes: “O inadimplemento dos encargos 
trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público 
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, 
nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93”.
(RE 760931, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Relator(a) p/ Acórdão: Min. LUIZ FUX, Tribunal 
Pleno, julgado em 26/04/2017, PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-
206 DIVULG 11-09-2017 PUBLIC 12-09-2017)
 💡 GABARITO: E
QUESTÃO 2. Sobre a competência legislativa dos entes federados, avalie as assertivas e escolha a correta:
A) É inconstitucional lei estadual que dispensa multa por quebra da fidelidade nos contratos com as 
empresas de telefonia em caso de desemprego superveniente do cliente. 
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B) É inconstitucional lei estadual que exija que o pescador, para exercer sua atividade, cadastre-se em 
entidade privada (Federação de Pescadores) que cobra taxa por essa fiscalização.
C) A lei Federal n.º 13.060/2014, que trata sobre o uso dos instrumentos de menor potencial ofensivo pelos 
agentes de segurança pública, desbordou dos limites da competência legislativa da União em violação à 
autonomia dos Estados.
D) É constitucional norma inserida na constituição estadual que repute crime de responsabilidade o atraso 
reiterado no pagamento do vencimento de servidores.
E) Compete privativamente à União a regulamentação dos planos de saúde e de assistência suplementar, 
inclusive no que toca à obrigação destes fornecerem aos consumidores informações e documentos 
justificando as razões pelas quais houve recusa de algum procedimento, tratamento ou internação.
 💡 GABARITO COMENTADO
A) INCORRETA: As primeiras assertivas desta questão podem ser extraídas pela leitura do Informativo 937 de 
maio de 2019 do Supremo Tribunal Federal. 
Para a assertiva A, que é incorreta, leia-se o trecho:
Multa contratual de fidelidade telefônica e vínculo empregatício
O Plenário julgou improcedente pedido formulado em ação direta de inconstitucionalidade 
ajuizada contra a Lei 6.295/2012, do Estado do Rio de Janeiro, que obriga as concessionárias 
de telefonia fixa e celular a cancelarem multa contratual de fidelidade quando o usuário 
comprovar que perdeu o vínculo empregatício após a adesão ao contrato.
O colegiado entendeu que se trata de norma de proteção ao consumidor rigorosamente 
contida no art. 24, V (1), da Constituição Federal (CF). A norma não interfere na estrutura de 
prestação do serviço público nem no equilíbrio dos contratos administrativos, razão pela qual 
não há usurpação da competência legislativa privativa da União.
(1) CF/1998: “Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: (...) V – produção e consumo;”
ADI 4908/RJ, rel. Min. Rosa Weber, julgamento em 11.4.2019. (ADI-4908)B) CORRETA: Para a assertiva B, que é a resposta correta, veja-se:
ADI: competência suplementar e pesca semiprofissional ou esportiva -
O Plenário confirmou medida cautelar deferida pelo ministro Alexandre de Moraes (relator) 
em decisão monocrática e julgou parcialmente procedente pedido formulado em ação direta 
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para declarar a inconstitucionalidade do art. 2º, caput e parágrafo único, e do art. 3º, caput e 
parágrafo único, da Lei gaúcha 12.557/2006 (1). A legislação impugnada dispõe sobre a pesca 
semiprofissional ou esportiva.
O colegiado esclareceu que se trata de hipótese de competência legislativa concorrente e, 
portanto, cabem à União as normas gerais; e ao estado-membro, as normas complementares. 
No entanto, a unidade federativa desrespeitou a distribuição de competência e usurpou 
competência geral.
Em seu art. 2º, o ato normativo determina o cadastro e a habilitação anual para o exercício da 
atividade na Federação de Pescadores do Estado do Rio Grande do Sul, sem obrigatoriedade 
de filiação. No ponto, a Corte registrou existir legislação federal que regulamenta todo 
o procedimento de habilitação de pesca com requisitos nacionais (Lei 10.683/2003). No 
diploma federal, entendeu-se necessária a centralização de regras uniformes de habilitação, 
licenciamento e credenciamento de pescadores. Cuida-se de norma geral para o controle dos 
procedimentos.
Além disso, a Corte reputou inconstitucional a estipulação de cadastramento em federação, 
entidade de direito privado, com previsão do recebimento de valor de taxa, a ser criada, de 
cadastro e fornecimento da habilitação para o exercício da atividade (art. 3º).
Ao acompanhar o relator, o ministro Marco Aurélio ressalvou que não se examina conflito de 
lei estadual com lei federal e que o fato de vir à balha lei geral federal não torna insubsistente 
legislação estadual.
(1) Lei 12.557/2006 do Estado do Rio Grande do Sul: “Art. 2º O pescador semiprofissional ou 
esportivo deverá, anualmente, cadastrar-se e habilitar-se para o exercício da atividade na 
Federação de Pescadores do Estado do Rio Grande do Sul, sem obrigatoriedade de filiação a 
esse órgão, na forma definida na regulamentação desta Lei. Parágrafo único. O cadastro a que 
se refere o “caput” deverá ser mantido atualizado pela Federação de Pescadores do Estado do 
Rio Grande do Sul, bem como remetido, anualmente, aos órgãos federais responsáveis pela 
pesca e pelo meio ambiente. Art. 3º A taxa de cadastro e o fornecimento da habilitação para 
exercer a atividade de pescador semiprofissional ou esportivo será definida em Assembleia 
Geral da Federação de Pescadores do Estado do Rio Grande do Sul. Parágrafo único. Reverterão 
ao Batalhão Ambiental da Brigada Militar 15% (quinze por cento) dos valores arrecadados 
com as taxas, com a finalidade de auxiliar o custeio das ações de fiscalização da pesca no 
Estado.”
ADI 3829/RS, rel. Min. Alexandre de Moraes, julgamento em 11.4.2019. (ADI-3829)
C) INCORRETA: A assertiva C:
Em conclusão de julgamento, o Plenário, por maioria, julgou improcedente pedido formulado 
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em ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra a Lei 13.060/2014, que disciplina o 
uso de instrumentos de menor potencial ofensivo por agentes de segurança pública em todo 
o território nacional (Informativo 922).
Prevaleceu o voto do ministro Edson Fachin, que assinalou inexistir invasão da autonomia 
estadual, porque a União detém competência legislativa sobre a matéria. Esclareceu que a 
norma objetiva regular o uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, medida atinente à 
garantia do direito à vida, competência comum atribuída à União, aos estados-membros e aos 
municípios [Constituição Federal (CF), art. 23, I (1)]. As obrigações dirigidas aos órgãos públicos 
apenas explicitam a proteção de direito e expõem o que está no texto constitucional. Por 
força da cláusula material de abertura (CF, art. 5º, § 2º), ninguém poderá ser arbitrariamente 
privado de sua vida (Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, art. 6º).
Noutro passo, o ministro assentou a improcedência da alegada usurpação da iniciativa do 
Poder Executivo. Embora haja, de fato, dever imposto a servidores daquele Poder, a situação 
comporta especificidade. Destina-se de forma genérica e abrangente a todos os quadros 
integrantes do serviço de segurança pública. Além disso, regulamentar o uso da força não 
é atribuição exclusiva do Poder Executivo. Tal como as práticas médicas são autorizadas por 
lei, reguladas por conselhos profissionais e se aplicam a todos os médicos, servidores ou não, 
a regulação do uso da força destina-se à totalidade dos agentes do Estado, que detém esse 
monopólio.
A seu ver, sob a ótica material, não há que se falar em usurpação da competência própria 
dos órgãos policiais para definir os melhores padrões de atuação policial. O ato normativo 
adversado limita-se a colher obrigações que decorrem da proteção do direito à vida, entre as 
quais está a de impedir que qualquer um seja arbitrariamente dela privado. A arbitrariedade 
é aferida objetivamente por meio de padrões mínimos de razoabilidade e proporcionalidade 
e também de padrões internacionais de referência, como os Princípios Básicos sobre o Uso da 
Força e Armas de Fogo pelos Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, adotados em 
congresso das Nações Unidas.
Em seu art. 9º, aquele documento preceitua que os responsáveis pela aplicação da lei não 
usarão armas de fogo contra pessoas, exceto se outros meios menos extremados revelem-
se insuficientes em casos de legítima defesa própria ou de outrem contra ameaça iminente 
de morte ou ferimento grave; para impedir a perpetração de crime particularmente grave 
que envolva séria ameaça à vida; para efetuar a prisão de alguém que represente risco e 
resista à autoridade; ou para impedir a fuga de tal indivíduo. Em qualquer hipótese, o uso 
letal intencional de armas de fogo somente poderá ser feito quando estritamente inevitável à 
proteção da vida.
De acordo com o ministro Edson Fachin, as garantias previstas na Lei 13.060/2014 não 
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podem ser suplantadas, porque são substrato à proteção exigida constitucionalmente. Ao ser 
regulamentada, a norma poderá ser pormenorizada e detalhada pelo Poder Executivo e pelas 
próprias forças policiais.
O ministro Roberto Barroso registrou que a lei apenas estabelece diretrizes gerais para o uso 
de armas de fogo em âmbito nacional, de acordo com critérios razoáveis de proporcionalidade. 
Segundo ele, cuida-se da competência da União para edição de normas gerais [CF, art. 22, XXI 
e XXVIII (2)], que podem até mesmo ser complementadas pelos estados-membros.
Vencidos os ministros Alexandre de Moraes (relator) e Marco Aurélio, que julgaram procedente 
a pretensão veiculada nos autos. Vislumbraram a ocorrência de inconstitucionalidade formal, 
por vício de iniciativa parlamentar, e material, por ofensa aos postulados da separação dos 
poderes e da autonomia estadual.
(1) CF/1988: “Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e 
conservar o patrimônio público;”
(2) CF/1988: “Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: (...) XXI – normas gerais 
de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das polícias 
militares e corpos de bombeiros militares; (...) XXVIII – defesa territorial, defesa aeroespacial, 
defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;”
ADI 5243/DF, rel. orig. Min. Alexandre de Moraes, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgamento 
em 11.4.2019. (ADI-5243)
A ementa do acórdão deixa mais clara a discussão:
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL.

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