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• Marcador clínico de doença, podendo ser gerado por uma infecção, inflamação, trauma. • O aumento da temperatura está diretamente relacionado com a taxa metabólica (quem não fica “mole” quando está com febre?). • A febre é um aumento na temperatura corpora, acima da temperatura basal individual, junto com o aumento do ponto de ajuste hipotalâmico. • A RFA é o conjunto de alterações adaptativas – neuroendócrinas, hematológicas, metabólicas, fisiológicas, comportamentais, nutricionais e laboratoriais – cujo objetivo é a defesa do organismo e a consequente sobrevivência. • A febre é a mais notória das manifestações da RFA. MECANISMO GERAL DA FEBRE Introdução Resposta de fase aguda da inflamação Fisiopatologia da febre 1° Os pirogênios (bactéria, vírus..) são detectados por seus combatentes específicos, NK, macrófagos. 2° Esses combatentes da imunidade inata e/ou adaptativa, liberam citocinas. 3° Essas citocinas atuam no hipotálamo, induzindo o aumento da produção de prostaglandina E2, por meio da ativação do CTR. Esse mecanismo faz com que o corpo pare de liberar calor, elevando a temperatura interna, causando a febre. São significativos os mecanismos fisiológicos de conservação de calor (com a consequente vasoconstrição periférica) associado aos comportamentos para diminuir as perdas de calor para o ambiente (enrolar-se na “posição fetal”, procura de agasalhos e/ou de fonte de calor), mas também a produção de calor pelos metabolismos energéticos, pelos tremores, calafrios e a ereção dos pelos cutâneos. • A IL-1 é a mais eficiente para o aumento da temperatura corporal. • Essas citocinas são levadas pela corrente sanguínea até o hipotálamo onde ligam-se a seus receptores específicos no endotélio. • Os receptores são todos transcelulares e ativam o Fator Nuclear kappa B (NF-kB). • Este fator realiza a indução gênica de enzimas que participam da cascata do ácido araquidônico, principalmente a Ciclooxigenase-2 (COX-2). • Os pirógenos exógenos também podem se ligar aos TLR que também estão presentes no endotélio hipotalâmico, desencadeando o mesmo sinal intracelular. Síntese da prostaglandina pelo SN Lembrando: Essa síntese de prostaglandina, no hipotálamo, mais especificamente no astrócito induz a febre! • Há liberação direta da prostaglandina, pelas citocinas, com a finalidade de ativação do tecido periférico. • O pirógeno entra em contato pelo receptor, liberando a prostaglandina. • Essa PGE2 liga-se ao receptor da proteína Gs, denominado EP3. • A partir disso, a enzima Adenilato Ciclase catalisa o ATP em AMPc. • Enquanto grande parte do AMPc se estabelece dentro de vesículas, outros ativam a PKA. • A PKA por sua vez fosforila canais de Cálcio (Ca++). • O influxo de cálcio na célula da glia gera a exocitose das vesículas contendo o AMPc e outros neurotransmissores produzidos pela célula ou recaptados da fenda sináptica. • O AMPc e outros neurotransmissores liberados irão gerar um potencial de ação em neurônios presentes no núcleo pré-óptico e/ou anterior do hipotâlamo. Os impulsos nervosos são então conduzidos do núcleo pré-óptico e anterior até o núcleo posterior. • Como consequência do potencial de ação recém chegado ao núcleo hipotalâmico posterior, ocorre um aumento do set point hipotalâmico e o corpo percebe que sua temperatura está baixa (em relação ao ponto de ajuste) e ativa os mecanismos efetores de aumento da temperatura corporal. • Os calafrios, a vasoconstrição periférica que deixa a pele gelada, piloereção, aumento do metabolismo, liberação de tiroxina, estimulação simpática e indução da termogenina são alguns deles. • A febre auxilia na melhora do sistema imune para combater a agressão. • Ela aumenta as sinalizações dos fatores de crescimento e diferenciação de células, na médula óssea. • Também é responsável pela maior produção de quimiocinas, a qual induz a diapedese. • Com a elevação da temperatura, as células entram em choque térmico, liberando proteína de choque térmico, classificada como DAMP, induzindo ainda mais a resposta imune. Prostaglandina e o AMPc Efeitos da elevação de temperatura Bibliografia Guyton, A.C.; Hall, J.E.. Tratado de Fisiologia Médica. 12ed. Elsevier, 2011. David, L. Nelson; Michael, M. Cox.. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5ed. Artmed, 2011. Abbas, Abul K.; Lichtman, Andrew H.; Pillai, Shiv. Imunologia celular e molecular. 7ed. Elsevier, 2012.
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