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Técnicas de comunicação escrita- GANCHOS PARA AGARRAR O LEITOR

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BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. 11ª ed. São Paulo: Ática, 1993, p60-
91. 
 
RESUMO 
No capítulo 4, intitulado “Ganchos para agarrar o leitor! ”, o autor nos diz que não basta 
tornar o pensamento comum por meio da escrita ou obter resposta, é preciso atrair e persuadir 
o leitor por meio de alguns elementos atrativos definidos como “ganchos”, ganchos para 
pescar o leitor. Para isso, ele nos propõe o uso de três “ganchos” para atrair o leitor e tornar a 
comunicação mais simples e agradável, mas claro, conforme a situação de comunicação que 
se deseja estabelecer. O trabalho apresentado visa mostrar quais são esses “ganchos” e quais 
técnicas de comunicação escrita o autor aborda em tal capítulo. 
O primeiro deles é “esfriar” a mensagem, ou seja, para atrair o leitor a mensagem não deve ser 
sobrecarregada com muitas informações complicadas, ela deve conter palavras facilmente 
decodificáveis ou imagens bem ilustradas. Por outro lado, quando a mensagem a ser 
transmitida é muito sobrecarregada, com palavras e informações que não fazem parte do 
repertório do destinatário, há um “esquentamento”, e isso provoca cansaço no leitor, 
deixando-a pouco atrativa. Para que isso não ocorra, é preciso enviar a mensagem “fria” num 
veículo “frio”. Veículo é o elemento físico utilizado pelo remetente para conduzir a 
mensagem ao destinatário, ele pode ser “quente” ou “frio.” Tais ganchos citados neste 
capítulo foram inventados por Marshall McLuhan, em seu livro “Os meios de comunicação 
como extensões do homem”, nele o autor fala sobre a ‘Teoria da ‘temperatura’ da 
comunicação” e classifica os veículos de comunicação como “quentes” e “frios”. Os meios 
“quentes” são muito formais, exigem grande esforço e atraem pouco, já os meios “frios” são 
menos rigorosos e formais, por isso atraem mais. No entanto, essas técnicas para atrair o leitor 
não se aplicam a todas as situações. Há mensagens que devem ser elaboradas de forma mais 
especializada com termos técnicos e sobrecarregadas de informações formais e rígidas. Mas o 
assunto abordado neste capítulo é sobre como atrair o leitor por meio de “ganchos frios”. 
 No segundo gancho o autor afirma que uma imagem pode valer mais do que mil palavras. 
BLIKSTEIN fala que para não sobrecarregar a mensagem escrita pode-se utilizar recursos 
visuais, como: imagens, gráficos e desenhos, ou seja, desse modo facilita-se o processo de 
decodificação. 
O autor menciona que o signo icônico tem uma vantagem sobre o signo linguístico, pois o 
signo linguístico é convencional, ou seja, é necessário conhecer a relação 
significante/significado estabelecida pelo código. Por outro lado, o signo icônico não é tão 
dependente do conhecimento do código, a relação entre significante/significado é muito 
próxima e a decodificação é quase instantânea. Após mostrar que o “visual” facilita bastante a 
decodificação, o autor menciona que a mensagem escrita também pode conter iconicidade, 
ficar bem compreensível e agradável. Ele afirma que a mensagem escrita é formada de 
palavras ou signos lineares, mas que é possível combiná-la com o visual, assim facilita-se e 
tem-se um rápido entendimento. Para isso, ele propõe três “técnicas” de iconicidade. A 
primeira delas é: Concisão e economia. A iconicidade visa comunicar muitas informações 
com o mínimo de signos, portanto, para que a mensagem fique bem visual é necessário fazer 
o “enxugamento”, ou seja, deve-se evitar redundância, frases longas, informações 
desnecessárias e repetições inúteis. Assim, a mensagem ficará concisa e econômica, e o leitor, 
ao vê-la, já sabe o que o autor quis comunicar. A segunda técnica citada por BLIKSTEIN é: 
Planejamento coerente e objetivo à vista. A mensagem, para ser coerente e mostrar seu 
objetivo, deve ser bem organizada, com os assuntos expostos bem colocados e ideias “claras” 
e ordenadas para que o leitor não se perca em uma confusão de informações e consiga captar 
o real objetivo da mensagem. E para que essas informações fiquem bem colocadas, ele fala 
sobre a terceira técnica: disposição visual ou... leiaute. A mensagem deve ter boa aparência, 
distribuição coerente de assuntos por parágrafo, espaçamento apropriado, destaque para 
determinados assuntos e títulos, divisão de itens e utilização de imagens, gráficos etc. O autor 
afirma que com essas três técnicas a mensagem ganha um alto grau de visualização e pode ser 
descodificada de maneira mais eficaz. 
No terceiro gancho, o autor mostra duas formas “fáceis e memoráveis” para a descodificação 
de uma mensagem. Na primeira forma, intitulada “Emoção e poesia: um bom tempero”, ele 
diz que para facilitar o entendimento de um texto é preciso utilizar recursos poéticos e 
emotivos, assim “lubrificando” a mensagem para que não se torne “feia” ou sem graça, ou 
seja, recheá-la para fascinar o receptor. Deste modo, o leitor será “pescado” e decodificará 
facilmente o que foi escrito. Na segunda forma, “Pregue um susto no leitor! ”, para causar a 
surpresa nos leitores, esse “ruído” que é positivo e não negativo, tem a ousadia de “quebrar” o 
que é esperado, “construídos por signos ambíguos e inesperados” a fim de prender a atenção 
dos leitores.

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