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UNIVERSIDADE DE SOROCABA LETRAS – PORTUGUÊS/INGLÊS E HISTÓRIA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO Driely Meira Nunes de Almeida Éwerton de Sousa Oliveira Fernanda de Paula Gonçalves Isabelle Sioto Morato Jamile Sandra Moya Julia Fernanda C. Meier Maria Gabrieli Pistila HENRI WALLON: Breve apresentação dos aspectos da teoria do autor sobre Afetividade e Estágios de Desenvolvimento da criança Este trabalho foi apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina de Psicologia da Educação, ministrada pela Prof. Me. Camila Chicrala Coelho Mathias SOROCABA/SP 2020 Sumário 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 4 2 BIOGRAFIA DE WALLON ......................................................................... 5 3 TEORIA PSICOGENÉTICA DE WALLON .................................................. 6 4 AFETIVIDADE ............................................................................................. 8 4.1 Como a afetividade se manifesta ................................................ 9 5 ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO...................................................... 11 5.1 Estágio impulsivo-emocional (0 a 1 ano) ........................................................ 11 5.2 Estágio sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos) ............................................. 12 5.3 Estágio do personalismo (3 a 6 anos)............................................................. 13 5.4 Estágio categorial (7 a 12 anos) ..................................................................... 14 5.5 Estágio da adolescência (a partir dos 12 anos) .............................................. 15 6 CONCLUSÃO ............................................................................................ 18 7 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 20 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656153 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656154 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656155 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656156 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656157 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656163 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656158 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656159 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656160 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656161 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656162 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656172 file:///C:/Users/isasioto/Downloads/PSICOLOGIA_DA_EDUCACAO_HENRI_WALLON.docx%23_Toc38656173 RESUMO Este artigo se propõe a apontar a importância da teoria psicogenética de Henri Wallon, filosófo e psicólogo francês, para se compreender a importância e a relevância da afetividade no desenvolvimento psicossocial do indivíduo. Para isso, ressalta-se a formação do psicólogo, além da teoria psicogenética e o conceito de afetividade a partir da teoria walloniana. Em seguir, aborda-se como a afetividade se manifesta nos diferentes estágios de desenvolvimento da vida do indivíduo, e por fim, apresentam-se as principais características de cada um desses cinco estágios. Palavras-chave: Henri Wallon; Afetividade; Educação; Desenvolvimento psicossocial. 4 1 INTRODUÇÃO Segundo a Teoria Psicogenética de Wallon, precursor no entendimento das emoções na aprendizagem, o desenvolvimento em cada uma das fases de um indivíduo é uma somatória de condições (afetivas, cognitivas e biológicas) a que ele é submetido. Percebe-se que, durante todo o percurso vital do ser humano, a influência do meio, das situações experimentadas e das condições biológicas agem de forma única e individual sobre a construção da aprendizagem, diferenciando assim o estágio da forma como é desenvolvida. Por meio desse trabalho, buscou-se elucidar com maior enfoque os pontos principais da teoria walloniana, bem como suas repercussões e influências na atualidade. 5 2 BIOGRAFIA DE WALLON Henri Paul Hyacinthe Wallon nasceu em 1879, na França, e foi um psicólogo, filósofo, médico e político francês. Formou-se em Filosofia na Escola Normal Superior, em 1902, aos 23 anos. Depois, Wallon formou-se em Medicina, em 1908. Wallon trabalhou com crianças portadoras de deficiência mental durante 23 anos, o que rendeu muitos estudos produzidos por ele. Em 1914, serviu como médico na Primeira Guerra Mundial. Wallon foi contemporâneo às duas Guerras Mundiais (1914-1918 – 1939-1945), ao avanço do Fascismo no período entre guerras, como também às revoluções socialistas e às guerras para a libertação das colônias africanas que afetaram muito a Europa, principalmente a França. Wallon foi um destacado ativista marxista; em 1931, filiou-se ao partido socialista chamado Section Française de I’internationale Ouvnère (Seção Francesa Internacional dos Trabalhadores). Wallon também filiou-se ao partido comunista, em 1942. Foi nomeado Secretário da Educação Nacional em 1944, e de 1945 a 1946 atuou como presidente da comissão da reforma educacional na França, é quando ele propõe o famoso Plano Langevin-Wallon. Nele, pretendia-se gerar uma reforma na educação francesa após a Segunda Guerra Mundial, e propunha uma escola unida para todos. O plano ficou classificado em: de 6 a 18 anos, o estudo é obrigatório e gratuito nos dois graus. De 3 a 11 anos, o ensino é comum, contendo também, a exploração do mundo. De 11 a 15 anos, além do ensino comum, seria inserida diferentes atividades que relevam a aptidão do aluno. De 15 a 18 anos, o aluno seria encaminhado para uma das seções: teórica, profissional ou prática, pois segundo Wallon, a inteligência só se desenvolve com uma especialização. A partir de 1920, Wallon começou a atuar como médico em instituições psiquiátricas. Foi convidado a realizar conferências sobre psicologia da criança, na Universidade de Sorbonne e em outras instituições superiores. Wallon passou a ficar muito conhecido por conta do seu trabalho científico sobre Psicologia do Desenvolvimento, relacionado principalmente à infância. Suas principais obras foram: Evolução Psicológica da Criança, Psicologia e Educação na Infância, 1975, Objetivos e Métodos de Psicologia, 1975 e Origens do Pensamento da Criança, 1989. Wallon faleceu em 1 de dezembro de 1962, em sua cidade natal, Paris. 6 3 TEORIA PSICOGENÉTICA DE WALLON A teoria psicogenética de Wallon baseava-se na premissa de que a criança deveria ser entendida de uma forma holística, completa. A pessoa deveria ser compreendida em seus aspectos biológico, afetivo, social e intelectual. Por isso que essa teoria era comumente chamada de Teoria da Psicogênese da Pessoa Completa. A teoria walloniana aborda em suas linhas aspectos muito importantes como a ênfase no aspecto emoção, no aspecto orgânico e o papel do outro na formação da pessoa. O aspecto emoção na teoria walloniana tem uma grande importância, na medida em que Wallon considera a emoção como fator imprescindível na gênese da inteligência. Henri Wallon acreditava que o estudo da criança era o melhor caminho para se compreender a origem dos processos psicológicos humanos. Explorou tanto na dimensão cognitiva quanto afetiva e motora, ou seja, estudou o desenvolvimento de forma integralrecusando-se a aceitar abordagens que reduzissem o desenvolvimento humano a apenas uma dessas dimensões. Uma das principais bandeiras de Wallon é a de que a escola deve oferecer formação integral aos estudantes, ou seja, formação afetiva, intelectual e social. Sua teoria representa um marco importante no pensamento pedagógico, pois até então, a afetividade era uma variável pouco considerada no processo educativo. Os trabalhos de Wallon, situam-se nos campos da psicologia genética e da psicologia do desenvolvimento que se interessa pelas origens dos pensamentos psíquicos. Wallon entendia que os processos psicológicos têm origem orgânica, ou seja, biológica, mas que eles só podem ser bem compreendidos quando consideramos as maneiras pelas quais as influências socioambientais interagem com esses processos. Logo, seu método de estudos considera tanto as condições orgânicas, quanto as exigências sociais que influenciam o desenvolvimento psíquico. Wallon entende que a estrutura biológica é a primeira condição para atividade psíquica, ou seja, não pode haver psiquismo sem um equipamento orgânico que o comporte. Contudo, a nossa mente opera sobre estímulos que são recebidos de fora do organismo, logo, as condições orgânicas e as condições do mundo externo são as grandes mantenedoras da existência e do desenvolvimento humano. Nós nos desenvolvemos na interdependência entre os fatores biológicos e sociais. 7 O desenvolvimento do pensamento infantil segundo Wallon, não ocorre de forma contínua, é marcado por descontinuidades, ou seja, crises e conflitos. Essas descontinuidades são resultados do amadurecimento do sistema nervoso, que traz novas possibilidades orgânicas para o exercício do pensamento, e de alterações do meio social que trazem situações novas e estímulos diferenciados. É do conflito entre essas condições que emergem o pensamento e a inteligência. Essa compreensão nos ajuda a reconhecer que conflitos e contradições fazem parte do desenvolvimento psíquico normal da criança, não são necessariamente problemas a serem combatidos pelos educadores. De fato, as crises muitas vezes são dinamizadoras do processo desenvolvimental e, portanto, benéficas. A inteligência, segundo Wallon, se desenvolve após a afetividade, contrariando outras teorias psicológicas. Para Wallon, a inteligência surge de dentro da afetividade e estabelece com ela certa relação de conflito. Então, ao nascermos somos frágeis seres orgânicos e o nosso desamparo biológico exigem que outros seres humanos cuidem de nós. Essa condição de absoluta dependência caracteriza nossos dois primeiros anos de vida, e por isso, nos tornamos seres afetivos Quando falamos em afetividade estamos falando das coisas que nos afetam, todos somos afetados por elemento externos como o olhar o outro ou um objeto que chama atenção, mas também somos afetados por elementos internos como a fome e as lembranças. Então a afetividade é a capacidade de sermos afetados de forma positiva ou negativa por eventos externos e internos. O choro da criança, por exemplo, afeta o adulto que cuida dela esse caráter contagiante a afetividade humana permite que as expressões afetivas como o choro sejam culturalmente interpretadas pelo adulto que então age para atender a criança, e no contexto dessa interação emocional e social que se da o desenvolvimento cognitivo da criança. Mas Wallon ainda destaca a importância das atividades motoras nesse processo, pois o bebe também expressa sua emotividade por gestos expressões faciais agitação corporal o ato motor é uma atividade expressiva que comunica os estados emocionais do bebe e ao mesmo tempo gera estados emocionais nos adultos. 8 4 AFETIVIDADE Para Wallon, a inteligência surge da Afetividade, que tem raízes biológicas e possui função social. A estrutura biológica é a primeira condição para a afetividade psíquica, seguida pela função social; são as emoções que possibilitam à criança interagir com o meio social, e o primeiro meio com o qual a criança interage são as pessoas. Ele defende que o processo de evolução depende tanto da capacidade biológica do sujeito quanto do ambiente, que o afeta de alguma forma, e que afetividade e inteligência se alternam entre os cinco estágios do desenvolvimento humano. EMOÇÕES AFETIVIDADE APROPRIAÇÃO DA LINGUAGEM INTELIGÊNCIA DISCURSIVA A afetividade são as coisas que nos afetam, coisas externas ou internas, de maneira positiva ou negativa. O choro da criança afeta o adulto que cuida dela, o choro é uma manifestação de algo que afeta a criança internamente, e essa manifestação acaba por afetar o adulto externamente; esse caráter contagiante da afetividade humana permite que as expressões afetivas como o choro sejam culturalmente interpretadas pelo adulto, que age para atender a criança. E é no contexto dessa interação emocional e social que se dá o desenvolvimento cognitivo da criança. A afetividade opera como elemento de desenvolvimento no sentido de criar mecanismos de compreensão, aceitação, defesa ou administração das sensações desencadeadas. Para ACIOLY-RÉGNIER E FERREIRA (2010, p.27), a afetividade pode ser compreendida como um conjunto funcional que vem do orgânico, mas que adquire aspecto social com o outro, considerando as relações sociais entre os indivíduos, resultando na formação completa da pessoa. Ao apontar a base orgânica da afetividade, a teoria walloniana resgata o orgânico na formação da pessoa, ao mesmo tempo em que indica que o meio social vai gradativamente transformando esta afetividade orgânica, moldando-a e tornando suas manifestações cada vez mais sociais. Assim, temos um laço de união entre o corpo e o meio social, formando o que na tradição filosófica francesa denomina-se entre-deux, ou seja, um campo que se forma no limiar das dualidades. (ACIOLY- RÉGNIER, FERREIRA, 2010, p.21) 9 Estando a afetividade presente em todos os momentos da vida humana, desde a infância até a morte, Wallon determina que 4.1 COMO A AFETIVIDADE SE MANIFESTA, SEGUNDO WALLON A afetividade manifesta-se de três modos: emoção, sentimento e paixão. No período da infância elas são vistas de forma sincrética, ou seja, juntas, porém com o desenvolvimento do indivíduo esses modos começam a se diferenciar. A primeira manifestação é a emoção, que não é regida pela razão; depois temos o sentimento, que é cognitivo e que surge a partir do momento em que a pessoa consegue expressar através de palavras o que sente, como tristeza ou alegria, e a paixão surge quando se tem um autocontrole para alcançar um objetivo, como esperar para correr de um assalto. Para Wallon, “a dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto do ponto de vista da construção da pessoa quanto do conhecimento”. Para ele, a emoção, uma das dimensões da Afetividade, é instrumento de sobrevivência inerente ao homem, é “fundamentalmente social” e “constitui também uma conduta com profundas raízes na vida orgânica”. (DANTAS, 1992, p.85) A emoção é a principal manifestação para Wallon, por ser mais visível que as outras duas, a partir do meio que o indivíduo está inserido ele desenvolverá suas emoções. Contudo, defende que afetividade e inteligência se alternam nos cinco estágios de desenvolvimento do indivíduo: Estágio Impulsivo-emocional (de 0 a 1 ano): no qual o sujeito revela sua afetividade por meio de movimentos, do toque, numa comunicação não- verbal; Estágio Sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos): a criança já fala e anda, tendo o seu interesse voltado para os objetos, para o exterior, para a exploração do meio; No primeiro ano de vida, predomina a afetividade – o bebê usa para se expressar e interagir com as pessoas, que reagem a essas manifestações e intermediam a relação dele com o ambiente. Na segunda etapa, predomina a inteligência, uma vez que a criança já aprendea andar e a falar, e é mais voltada para o conhecimento, o aprendizado. 10 Estágio Personalismo (3 a 6 anos): fase da diferenciação, da formação do “eu”, da descoberta de ser diferente do “outro”; Estágio Categorial (6 a 10 anos): organização do mundo em categorias leva a um melhor entendimento das diferenças entre o “eu” e o “outro”; Estágio Puberdade, adolescência (11 anos em diante): acontece uma nova crise de oposição, ou seja, o conflito eu-outro retorna, desta vez como busca de uma identidade autônoma, o que possibilita maior clareza de limites, de autonomia e de dependência. É nessa fase que o indivíduo se reconhece como Ser único, com personalidade, com valores, com sentimentos. (in MAHONEY & ALMEIDA, 2005 p.22) Wallon aponta que a emoção é a exteriorização da afetividade, fato fisiológico que se expressa no humor e nos atos, ou seja, um comportamento social, com a função adaptativa. Antes de o indivíduo aprender a falar, é a emoção que auxilia sua comunicação com os demais, e esses movimentos de emoção evoluem, depois, aos afetivos, em que a emoção cede terreno aos sentimentos e depois à intelectualidade. 11 5 ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO Em cada um dos estágios desenvolvimentais descritos por Wallon, a criança interage com o seu ambiente de formas especificas enquanto busca construir sua própria identidade; cada estágio representa um tipo de preparação, mas ao mesmo tempo revela descontinuidades, rupturas, e relativismos que são próprios do processo de desenvolvimento. Para Wallon, o desenvolvimento alterna fases de introspecção e outras de extroversão. Há um contínuo movimento de internalização e externalização que lhe permite construir sua caminhada em direção à autonomia. Vale a pena ressaltar que as idades e o tempo de duração de cada estágio varia de criança para criança, por conta das características individuais e as interações com os ambientes os quais cada indivíduo está implicado. Na medida em que a função simbólica se desenvolve, ou seja, que a criança se torna capaz de pensar sobre coisas que não estão presentes de ver o desenho de um cachorrinho e associá-lo mentalmente a um animal real, essa sofisticação das capacidades cognitivas permite a internalização dos atos motores. Quer dizer, os atos motores vão diminuindo porque a criança desenvolve outros recursos para se comunicar como as palavras, além disso ela adquire maior controle e refino sobre o ato motor. 5.1 Estágio impulsivo-emocional (0 a 1 ano) O pesquisador expõe que as reações de um bebê são essencialmente descargas motoras, e essas manifestações, apesar de não terem utilidade prática, sinalizam suas necessidades que são supridas por outrem, e é no movimento dos outros que os movimentos do bebê tomarão forma. Nos primeiros 3 meses desse estágio, o bebê realiza movimentos reflexos, involuntários e impulsivos. Pouco a pouco, começa a responder afetivamente a seus cuidadores, que são os intermediários entre ele e a realidade externa. Nessa relação a criança começa a usar gestos para se comunicar. Com o passar do tempo, os movimentos impulsivos, que vão até aproximadamente os 3 meses de vida transformam-se em movimentos mais elaborados, desenvolvendo-se assim a passagem da fase impulsiva para a emocional. Um exemplo de gesto emocional é a 12 criança conseguir dirigir sorrisos às pessoas, e é através desse gesto de afetividade que se estabelece o primeiro e o mais forte vínculo entre as pessoas. Segundo Wallon, a função inicial da emotividade é mobilizar a mãe para atender às necessidades do bebê, que dela necessitará por muito tempo. É pela expressão emotiva, como o choro, o grito, as expressões faciais e a agitação corporal que o bebê comunica suas necessidades. Apesar de ser uma comunicação emocional e primitiva, ela é a porta de entrada da criança para o mundo da cultura humana. Até aproximadamente 1 ano o bebê está vivenciando ativamente o seu processo de socialização com aqueles que o cercam, e é totalmente dependente desse contato para sobreviver. Durante essa fase o interesse do bebê por objetos se dá na medida em que eles lhes são apresentados pelos adultos, mas com o avançar do desenvolvimento a criança vai aprendendo a agir diretamente sobre seu meio e vai se dessocializando, ou seja, vai agindo de forma mais autônoma em um processo crescente de individuação. 5.2 Estágio sensório-motor e projetivo (1 a 3 anos) Neste estágio, a exploração do ambiente físico se acentua na medida em que a criança aprende a segurar coisas e a se deslocar. O desenvolvimento das capacidades cognitivas da criança estão em franco andamento, explorando o mundo através dos sentidos e das habilidades motoras. Tudo que estiver ao alcance deve ser tocado e sentido, são os atos mentais projetando-se através de atos motores. Neste estágio, o bebê explora e investiga a realidade exterior às suas vontades e necessidades pelo desenvolvimento adquirido no estágio impulso-emocional, os movimentos vêm investidos de significados e intenções, realiza a interação de seu corpo com o espaço em que vive. Resumindo então o estágio motor, é o estágio em que as ações do bebê são concretas no espaço físico, seja apontando, engatinhando, desenvolvendo seus primeiros passos, etc., auxiliados por balbucios que vão se desenvolvendo para o início da fala. Mas pouco a pouco, o ato motor e projetivo vai diminuindo e cedendo lugar ao ato mental, ao pensamento. Com o desenvolvimento da fala, o pensamento também ganha impulso e a aquisição da linguagem permite que o pensamento se manifeste 13 através da fala, o que rompe com a manifestação motora do pensamento e isso representa um salto qualitativo no desenvolvimento infantil. É necessário que a vivência sensório-motora do mundo seja inibida pela criança para que a vida mental floresça. 5.3 Estágio do personalismo (3 a 6 anos) Wallon descreve este como o estágio do espelho, pois é quando a criança constrói uma imagem externa de si mesma. Nesse estágio, a criança se depara com o conflito que envolve por um lado seu desejo por autonomia, e por outro o fortalecimento do vínculo com a família. Como o processo de formação da personalidade é a tarefa psíquica mais importante desse estágio, a criança nega os adultos muitas vezes se opondo a eles, seu pensamento volta-se quase que exclusivamente para si e ela precisa adquirir consciência de si mesma em suas relações com o mundo. Progressivamente, a criança vai criando consciência de si como um sujeito social que luta para se individualizar e se diferenciar. Com o início da vida escolar, o vínculo familiar se flexibiliza e a criança se direciona para a autonomia, uma vez que a vida no ambiente escolar exige que gradativamente ela realize escolhas por si só, bem como exige que ela concorde ou discorde. Contraditoriamente, enquanto ela caminha em direção à autonomia, também é nessa fase que desenvolve a imitação. A criança imita o modo de ser e de pensar das pessoas com as quais convive, particularmente aquelas que lhes despertam admiração (como os pais e os professores), a imitação é, então, uma forma de inserção social. Ao que diz respeito à afetividade, nessa fase ela se manifesta de modo mais simbólico por palavras e ideias. Esse estágio é marcado por três fases: Oposição Por volta dos 3 anos se inicia a crise de oposição ao outro, na qual a criança sente prazer em contradizer e confrontar-se com as pessoas de seu ambiente, pela simples razão de experimentar sua independência. 14 Sedução ou idade da graça A criança sente necessidade de se sentir admirado e agradar aos outros, pois só assim ela poderá se admirar também. Ao se exibir, a criança reconhece que pode ter sucesso ou fracasso, dessa maneira, a necessidade de ser admirada e aprovada por quem admira vem sempre acompanhadapor inquietações, conflitos e decepções, tornando-a competitiva e ciumenta. Imitação A terceira fase é marcada pela criação de personagens a partir das pessoas que a criança admira, se caracterizando por um intenso trabalho afetivo e moral. Mas ao mesmo tempo, nessa imitação coloca seu próprio jeito de ser, eliminando assim o outro e transformando-se em si própria. Nesta idade a criança amplia suas relações, tem contato com outros grupos além de seus familiares, por isso a escola tem um papel importante nesta fase. 5.4 Estágio categorial (7 a 12 anos) Este estágio possui duas partes, a primeira é denominada de pré-categorial, e ocorre entre 6 e 9 anos, caracterizada pelo pensamento sincrético. Enquanto seu mundo interno é recheado de sonhos e fantasias, o externo é cheio de símbolos e códigos culturais. A inteligência é desenvolvida nesse contexto, na qual o fator determinante é o sincretismo. A criança tem um grande interesse em explorar situações novas, principalmente se envolvem coisas que podem ser manejadas e transformadas. Há quatro características do pensamento sincrético que podem ser observadas: • Fabulação: inventar histórias • Tautologia: repetição de palavra como recurso para definir algo • Elisão: exclusão de elementos • Contradição: substituição de ideias contrárias. No início deste estágio o pensamento por pares é predominante, já que, é ele que sustenta o pensamento sincrético. Wallon (1989, p. 33) descreve várias situações que exemplificam a utilização dos pares para a formação das estruturas de pensamento: – O que é a chuva? – A 15 chuva é vento. – Então a chuva e o vento são iguais? – Não. – O que é a chuva? – A chuva é quando tem trovão. – O que é o vento? – É a chuva. – Então é a mesma coisa? – Não, não é igual. – O que é que não é igual? – É o vento. – O que é o vento? – É céu. Essa é uma etapa necessária ao desenvolvimento do pensamento categorial, pois permite à criança afirmar as qualidades e as relações existentes, a partir dos conflitos e contradições entre a estrutura elementar do par e as interações entre os pares. Na segunda parte, o pensamento torna-se categorial, que ocorre entre 9 e 11 anos, quando a criança classifica e ordena todas as coisas que vivencia. Neste momento a objetividade começa a substituir o sincretismo. A diferenciação entre o eu e o outro, iniciada no estágio anterior, fornece condições estáveis para exploração mental do mundo físico. A classificação já é mais lógica, ela é capaz de identificar e organizar as semelhanças e diferenças dos objetos e ações. A partir do desenvolvimento categorial, a criança consegue fazer uma ligação entre a causa e o efeito. A noção de espaço e tempo passam a estabelecer-se a um sistema permitindo que a criança relacione as suas implicações com o movimento. 5.5 ESTÁGIO DA ADOLESCÊNCIA (A PARTIR DOS 12 ANOS) Mais ou menos a partir dos onze, doze anos, a criança começa a passar pelas transformações físicas e psicológicas da adolescência. Para Wallon, a adolescência é a última fase que a criança enfrenta, é a fase que separa a criança do adulto ao qual ela se tornará. Essa fase é marcada por situações conflituosas, turbulências e inquietações provenientes das mudanças fisiológicas relacionadas ao amadurecimento sexual acompanhada por modificações psíquicas que influenciam o adolescente a buscar sua personalidade. Em função disso, há uma ruptura do equilíbrio afetivo, o adolescente deseja compreender suas inquietações, seus desejos, sua sexualidade, sua real identidade. É importante que os adultos, ao perceberem essas necessidades ofereçam diálogo e apoio ao adolescente, mas também estabeleçam limites. Nessa fase, é comum que a afetividade apresente contornos cada vez mais racionais, o que leva o adolescente a criar teorias sobre seus relacionamentos com as pessoas. Isso é uma forma de tentar tornar compreensível para si mesmo o seu 16 próprio universo afetivo. Os conflitos internos e externos fazem com que o adolescente se volte cada vez mais para si mesmo e busque sua autoafirmação como forma de lidar com as transformações corporais e psíquicas, impulsionadas pela maturação sexual. Wallon afirma que o desenvolvimento não se encerra na adolescência, ele permanece por toda a vida do indivíduo, a afetividade e a cognição estarão sempre em movimento. Às vezes haverá predomínio de uma ou de outra, mas estarão sempre em interação durante as inúmeras aprendizagens que desenvolvemos ao longo da vida. Há diferenças entre a mudança enfrentada pelas meninas e pelos meninos. Em relação às meninas, o desenvolvimento é mais precoce, onde há o surgimento da primeira menstruação, crescimento dos seios e alargamento dos quadris. Para os meninos, há mudanças na acentuação dos traços do rosto -principalmente do nariz-, o queixo se alonga, há o surgimento da barba e o engrossamento da voz. Porém, há também, semelhanças enfrentadas pelas meninas e pelos meninos nessa fase, são elas: capacidade reprodutora, surgimento de acne, surgimento de pelos nas áreas genitais e axilas, aumento na estatura e crescimento de órgãos internos como, o coração. Nessa etapa, há o olhar mais introspectivo por parte do adolescente. A relação do sujeito com a sua imagem é algo que se torna fundamental, assim como no processo do personalismo. Há também a alternância constante entre desejo de oposição e conformismo, posse e sacrifício, renúncia e aventura. Diferentemente do que ocorria no personalismo da criança, na adolescência surge esse desejo de opor-se as pessoas que representam leis e controle, diferente do que ocorria quando a criança queria imitar o adulto. Desta vez, o jovem pretende distinguir-se deles. Durante essa etapa, ocorre a busca pelo parceiro sexual, já que agora o seu corpo está fisicamente pronto para isso, mas essa busca ocorre de forma idealizada ou real sobre alguém que possa completá-lo. Há a presença de vaidade e desejo de atrair a atenção dos outros, ao mesmo tempo em que se manifestam os sentimentos de timidez e vergonha. Por conta disso, é comum que na adolescência, os jovens busquem a companhia de outros jovens que também têm os mesmos sentimentos que os seus. Nessa etapa, há a necessidade de conquista, de aventura e de independência. 17 Também é comum haver a buscar pela satisfação através de ações imaginarias, a partir de sonhos impossíveis e de fantasia. Wallon esclarece que o ambiente social é fundamental para um desenvolvimento sadio para os jovens, e é função dos responsáveis guiá-los para um caminho ao qual eles desenvolvam responsabilidade e respeito. 18 6 CONCLUSÃO Em sua ambição de reformar os métodos de educação na França pós-Segunda Guerra Mundial, Henri Wallon criou teses cruciais à compreensão do desenvolvimento infantil. Norteado por uma perspectiva dialética, a teoria walloniana integra afetividade e inteligência para provar que a dinâmica de cada fase do desenvolvimento depende de condições anteriores (em uma lógica que segue as premissas de tese, antítese e síntese sugeridas na concepção materialista). Um dos primeiros pontos estudados por Wallon refere-se à manifestação da afetividade nos diferentes estágios da vida. Para o pensador, é da afetividade que surge a inteligência, um aspecto da personalidade com raízes biológicas e função social. Ao defender que o processo de evolução depende tanto da capacidade biológica do sujeito quanto do ambiente, conclui-se que a afetividade e inteligência se alternam entre os cinco estágios do desenvolvimento humano. O maior enfoque na análise da manifestação emocional, por sua vez, ocorre pois essa é facilmente reconhecível diante da interação indivíduo-meio. O estágio impulsivo emocional, entre o nascimento e o primeiro ano de vida do bebê, é composto por gestos e manifestações quesinalizam as necessidades a serem supridas por outrem. Esses movimentos duram até que se inicie a fase sensório-motora, essencialmente intelectual e que denota a interação entre corpo e espaço. O personalismo, fase que abrange dos 3 aos 6 anos, constituirá o momento em que a criança cria uma imagem externa de si, tomando consciência de seu caráter social e lutando para se individualizar. Nesse tempo, a criança passa pelos estágios de oposição, sedução e imitação. Entre os 6 e os 12 anos ocorre o período chamado categorial, em que se afirmam as qualidades e relações existentes e classificam-se os acontecimentos vivenciados. A diferenciação entre o eu e o outro, portanto, fornece condições estáveis para exploração mental do mundo físico. Pala além disso, ao sugerir que a criança seja compreendida de maneira holística, considerando seus aspectos biológico, afetivo, social e intelectual, Wallon toma o estudo da criança como melhor caminho para compreender a origem dos processos psicológicos. A puberdade, para Wallon, é o último estágio de desenvolvimento do indivíduo. Marcada por conflitos acarretados pelo amadurecimento sexual e modificações 19 psíquicas, que englobam desde a aquisição da capacidade reprodutora até a maior introspecção por parte do adolescente, há uma forte guinada com relação à imitação personalista da criança: o jovem passa a se opor aos representantes do controle, buscando distinguir-se deles. Em suma, observando as peculiaridades de cada indivíduo, é natural perceber estágios diferentes de aprendizagem e comportamentos, que se modificam a cada nova experiência e fase de amadurecimento. Portanto, faz-se legitimo admitir que o ser humano é uma obra única e inacabada, sempre vulnerável à ação do meio, das aprendizagens já construídas e das condições físicas e biológicas. 20 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, Alberto. Psicologia da infância de Wallon. Disponível em: https://albertoabreu.wordpress.com/2006/07/18/psicologia-da-infancia-de-wallon/ Acesso em: 17/04/2020. ACIOLY-RÉGNIER, Nadja Maria; FERREIRA, Aurino Lima. Contribuições de Henri Wallon à relação cognição e afetividade na educação. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/n36/a03n36.pdf Acesso em: 13/04/2020. BARBOSA, Iraci Pereira; SALGADO, Rita de Cássia Falleiro. A importância da afetividade para uma aprendizagem significativa. 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