Buscar

História da Saúde Pública no Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

História da Saúde Pública no Brasil
Do Brasil Colônia à Reforma Sanitária e Criação do SUS
Profª Esp. Manuele Cajaiba
1
Saúde Pública no Brasil Colonial (1500-1822)
Entre os séculos XVI e XVII, Portugal não se preocupou com a melhoria da saúde pública na colônia.
Havia raros médicos diplomados.
A assistência a população era prestada por curandeiros “práticos”, barbeiros, rezadeiras, boticários e jusuítas.
“Um país colonizado basicamente por degredados e aventureiros desde o descobrimento até a instalação do império, não dispunha de nenhum modelo de atenção à saúde da população, e nem mesmo o interesse, por parte do governo colonizador (Portugal) em cria-lo”.
Polignano, 2001
Saúde Pública no Brasil Colonial (1500-1822)
Praticamente inexistiu preocupação com a saúde pública da colônia até 1808;
Houve grande escassez de médicos graduados;
No final do séc. XVI, a cidade do Rio de Janeiro tinha cerca de 1.000 moradores e nenhum médico;
A partir do séc. XVII, havia algumas ações de saúde pública incipientes relacionadas às Ordenações Filipinas;
No final do séc. XVIII, em todo o Brasil existiam 12 médicos formados;
Em 1800, o rei de Portugal determinou que quatro estudantes brasileiros fossem para Coimbra a fim de cursar medicina anualmente.
Saúde Pública no Brasil Colonial 
O Brasil colonial não tinha estrutura urbana definida;
Cidades e vilas cresciam através da exploração extrativa;
Sociedade escravagista;
Limpeza urbana e outras questões sanitárias eram praticamente inexistentes;
1604: mínimas iniciativas de saneamento e incipiente controle de doenças ocorreram com a adoção das Ordenações Filipinas;
As Ordenações Filipinas (1604) regiam as câmaras municipais de Portugal e das colônias e fixou como atribuição das câmaras zelar pela limpeza das cidades.
Saúde Pública no Brasil Colonial 
Muitas doenças e epidemias acometeram os colonos e o restante da população indígena e negra: varíola, malária, sarampo;
A grande maioria dos doentes recebiam tratamento em casa com curandeiros;
Famílias mais favorecidas economicamente também eram atendidas por curandeiros, que tinham grande credibilidade em todas as classes sociais da população colonial.
1808: chegada da família real ao Brasil. Começou uma organização de uma estrutura sanitária mínima na cidade do Rio de Janeiro.
A saúde pública brasileira nasceu neste início do séc. XIX: a particularidade histórica que distingue esse período dos dois primeiros séculos da colonização é a presença da Corte Portuguesa no Brasil.
Saúde Pública no Brasil Colonial 
Regulação da prática da medicina na colônia
Fisicatura-Mor: órgão regulador das questões de saúde – cartorial, com alvarás e regimentos;
Regimento da Fisicatura: o físico-mor prescrevia medicamentos e o cirurgião-mor realizava intervenções cirúrgicas;
Outras atribuições do físico-mor: controle das atividades exercidas por diferentes curadores (físicos, cirurgiões, barbeiros, sangradores, boticários, escravos forros e parteiras), funções legalizadas na época, assim como era responsável pelo comércio de medicamentos. 
1808: chegada da família real ao Brasil. Começou uma organização de uma estrutura sanitária mínima na cidade do Rio de Janeiro.
A saúde pública brasileira nasceu neste início do séc. XIX: a particularidade histórica que distingue esse período dos dois primeiros séculos da colonização é a presença da Corte Portuguesa no Brasil.
Regulação da prática da medicina na colônia
Implantação das Escolas de Medicina: primeiras escolas médicas no Brasil – Escola de Cirurgia da Bahia (1808) e Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro (1811).
1808: Institucionalização do Ensino Médico
Escola de Cirurgia da Bahia
Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro
Saúde Pública: Provedoria da Saúde
Mudanças ocorridas pela transferência da Corte para o Brasil a partir de 1808: Provedoria da Saúde, considerada como o órgão antecedente ao Ministério da Saúde.
1809: o cargo de Provedor-Mor da Saúde da Corte e Estado do Brasil foi ocupado por um médico português, que já era físico-mor do Reino e Domínios, onde ficou responsável pela conservação da saúde pública no Brasil.
Atribuições do Provedor-Mor: prevenção e combate de epidemias, salubridade da cidade do Rio de Janeiro, fiscalização dos portos e do abastecimento de alimentos, vigilância da cidade e quarentenas.
Mudanças ocorridas no Período do Império
1828: Mudanças na legislação do exercício das atividades terapêuticas. As câmaras municipais passaram a controlar e inspecionar a saúde pública, com extinção dos cargos de provedor-mor da saúde, de físico-mor e de cirurgião-mor;
A população ainda não associava a competência da atividade a um diploma oficial ou licença das autoridades;
1870: Passou a haver uma demarcação da prática oficial de cura frente aos terapeutas populares. Os médicos eram os agentes oficiais de cura;
Apesar dos esforços dos médicos em tentar estabelecer o monopólio das atividades de cura, os terapeutas populares não autorizados continuaram a exercer suas atividades e a população continuava a recorrer a eles.
O Brasil chega ao fim do séc. XIX com graves problemas de saúde pública: precárias condições sanitárias dos centros urbanos e diversos surtos epidêmicos;
Processo de urbanização e crescimento populacional;
Ausência de infraestrutura básica nas cidades;
A economia agroexportadora dependia principalmente do comércio externo e muitas companhias de navegação se recusavam a passar pelos portos brasileiros devido às más condições sanitárias nacionais. 
Período do Império no Final do Séc. XIX
Rio de Janeiro: “Túmulo de estrangeiros”
Rio de Janeiro na passagem do séc. XIX para o séc. XX: ainda uma cidade de ruas sujas, saneamento precário e focos de doenças (febre amarela, varíola, tuberculose e peste);
Necessidade de controle dos portos brasileiros: os navios estrangeiros anunciaram que não atracariam no porto carioca por causa do risco de doenças;
Grande número de imigrantes recém chegados da Europa morriam de doenças infecciosas no Rio: recebeu a denominação de “túmulo de estrangeiros”.
A preocupação com a saúde pública emergiu como efetiva prioridade de governo no Brasil para enfrentar o risco à economia;
Realização de campanhas sanitárias para combater as epidemias de febre amarela, peste bubônica e varíola;
Implementação de programas de vacinação em massa da população, desinfecção dos espaços públicos e domiciliares;
O sanitarismo campanhista
Irrupção da Peste Bubônica em Santos (1899): fator determinante na criação de dois grandes centros de estudo: Manguinhos e Butantã;
Manguinhos: sob a direção de Oswaldo Cruz, foi organizado a princípio, para a produção de vacinas e soro para a peste bubônica;
Instituto Butantã: dirigido por Vital Brasil, além da produção de soroterapia para a peste, tornou-se o maior centro de problemas de ofidismo do país.
Oswaldo Cruz e a Escola de Manguinhos
O médico sanitarista deixou seu nome impresso na história como pioneiro em campanhas sanitárias de combate a epidemias no Brasil;
Vacinação compulsória: com apoio do presidente Rodrigues Alves, Oswaldo Cruz montou uma estratégia sanitarista impondo a realização da vacinação compulsória de toda população;
1907: Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos (atual Instituto Oswaldo Cruz) estabelece normas e estratégias para o controle dos mosquitos, vetores da febre amarela.
Oswaldo Cruz
A febre amarela foi erradicada do Rio de Janeiro: em 1907, no IV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, Oswaldo Cruz recebeu a medalha de ouro pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro, que perdeu o título de “túmulo dos estrangeiros”;
Lançou importantes expedições científicas, que possibilitaram maior conhecimento sobre a realidade sanitária do interior do país;
Erradicou a febre amarela no Pará e realizou a campanha de saneamento na Amazônia.
Oswaldo Cruz
A descoberta da doença de Chagas foi uma das mais completas e bem sucedidasda história da biologia, da ecologia e da patologia parasitária humana;
Pela primeira vez na história, um mesmo pesquisador descobriu a doença, bem como seu agente etiológico, vetor, reservatórios domésticos e silvestre e animais de laboratório susceptíveis a infecção.
O legado de Carlos Chagas
1909: Carlos Chagas descobriu a doença, provocada pelo Tripanosoma cruzi – doença de chagas;
1917: Carlos Chagas assumiu a direção do Instituto Oswaldo Cruz;
1920: Reforma Carlos Chagas – reorganização dos serviços de saúde pública e criação do Departamento Nacional de Saúde Pública;
1923: Primeira reforma sanitária brasileira – um novo código sanitário permitia que o poder central intervisse nos serviços estaduais de saúde pública;
Introduziu a propaganda e a educação sanitária nas ações de saúde pública.
O legado de Carlos Chagas
Implementado no período da industrialização brasileira e crescimento do processo de urbanização;
Para atender as necessidades de saúde dos trabalhadores (operários das fábricas) para evitar prejuízos econômicos;
Previdenciário: assistência médico-hospitalar para trabalhadores urbanos e industriais na forma de seguro-saúde/previdência.
Modelo Médico-Assistencial Privatista
Inicialmente, antes do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), este modelo começou com as Caixas de aposentadorias e pensões (CAPs). Os trabalhadores das indústrias, ferrovias e bancos organizaram as CAPs com benefícios aos seus filiados e dependentes, incluindo assistência médica com contrato contributivo;
Década de 1930: o recém criado Ministério do Trabalho organizou as CAPs, que se tornaram Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAPs), de caráter nacional e com participação direta do Estado.
Modelo Médico-Assistencial Privatista
O governo unificou o sistema previdenciário e incorporou a assistência médica, que já era oferecida pelos vários institutos de previdência;
Contratos e convênios com os hospitais privados, pagando pelos serviços prestados aos usuários do INPS;
A arrecadação previdenciária possibilitou o crescimento do setor e a criação de uma grande estrutura hospitalar privada situada nos grandes centros urbanos;
1978: aumento da população e da arrecadação e ampliação do sistema de CAPs levou a criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS)
Década de 1970: Criação do INAMPS
O Ministério da Saúde foi instituído em 1953, com o desdobramento do então Ministério da Educação e Saúde em dois: saúde separado de educação e cultura;
O Ministério da Saúde passou a se encarregar especificamente das atividades até então de responsabilidade do Departamento Nacional de Saúde (DNS);
Coube a pasta de saúde apenas um terço dos recursos: sem condições suficientes para assistir a maioria da população, a margem de qualquer proteção social.
Criação do Ministério da Saúde
Saúde Pública: campo de conhecimento interdisciplinar, com disciplinas básicas como epidemiologia, gestão em saúde e ciências sociais em saúde;
Saúde Coletiva: um espaço de crítica permanente à Saúde Pública, de tendência crítico-socialista, com redefinição das práticas de saúde, não se limitando ao sanitarismo.
Saúde Coletiva - 1970
Final da década de 1970: segmentos da sociedade civil (usuários, profissionais de saúde pública), insatisfeitos com o sistema de saúde, iniciaram um movimento que lutou pela “atenção à saúde” como um direito de todos e dever do Estado com a participação social (Reforma Sanitária Brasileira);
1988 – Criação do SUS: Constituição de 1988; regulamentado pelas Leis Orgânicas da Saúde (Leis 8.080/90 e 8.142/90).
1986: avançaram e organizaram-se as propostas da Reforma Sanitária na VIII Conferência Nacional de Saúde;
Delinearam-se os fundamentos do SUS em 03 princípios doutrinários: universalidade, integralidade e equidade.
Reforma Sanitária e Criação do SUS

Continue navegando