Buscar

RESUMO DO CAPÍTULO 4 - OS INSTITUTOS HISTÓRICOS E GEOGRÁFICOS GUARDIÕES DA HISTÓRIA OFICIAL

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS – UNEAL 
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
JOSÉ GABRIEL CORDEIRO DE BARROS
RESUMO DO CAPÍTULO 4: OS INSTITUTOS HISTÓRICOS E GEOGRÁFICOS “GUARDIÕES DA HISTÓRIA OFICIAL”
Arapiraca – AL
2020
JOSÉ GABRIEL CORDEIRO DE BARROS
 
RESUMO DO CAPÍTULO 4: OS INSTITUTOS HISTÓRICOS E GEOGRÁFICOS “GUARDIÕES DA HISTÓRIA OFICIAL”
Resumo solicitado para turma de Historiografia Brasileira da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL.
Prof. Dr. Gladyson Stelio Brito Pereira 
Arapiraca – AL
2020
Resumo: 
	
	O capítulo quatro com o título Os Institutos Históricos e Geográficos “Guardiões da História Oficial”, do livro O espetáculo das raças: Cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870 – 1930, que tem como autora a Lilia Katri Moritz Schwarcz[footnoteRef:1] que é uma historiadora e antropóloga brasileira. [1: http://lattes.cnpq.br/3246688180226963] 
O capítulo quatro tem como tema principal o IHGB - Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que teve início poucos anos depois do processo independência do Brasil e sob a influência dos europeus, ele buscava criar a história do Brasil e do povo brasileiro. O Instituto foi criado com duas diretrizes centrais, a coleta e publicação de documentos relevantes para a história do Brasil e o incentivo, ao ensino público, de estudos de natureza histórica. 
	“Nesse caso, unificar a nação significava a construção de um passado que se pretendia singular, embora claramente marcado pelo perfil dos influentes grupos econômicos e sociais que participavam dos diversos institutos.” (Schwarcz, 2005, n.p). O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro foi fundado em 1838, no Rio de Janeiro, ele ficou responsável por fazer pesquisas, coube o papel de demarcar espaços, ganhar respeitabilidade nacional e organizar a história do Brasil para formação de uma identidade. 
A história do Brasil, a ser escrita pelos membros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, deveria ressaltar os valores ligados à unidade nacional e à centralização política, colocando a jovem nação brasileira como herdeira e continuadora da tarefa civilizadora portuguesa. A nação, cujo passado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro iria construir, deveria surgir como fruto de uma civilização branca e europeia.
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro essa preocupação não girava simplesmente em torno de uma historiografia nacional. No entanto, em muitos momentos, ela seria dotada de uma idoneidade facilmente confundida com o compromisso patriótico.
Contudo, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro buscava mostrava concepções de como deveria ser escrita à história do Brasil e é um projeto institucional, financiado pela coroa e pela elite brasileira, com isso, é normal aparecer uma escrita que te uma representação de visão palaciana e saudosista, uma visão do estado. 
“Financiados pelo imperador, ou pelos próprios sócios, os institutos caracterizaram-se mais como sociedades da corte, especializados na produção de um saber de cunho oficial.” (Schwarcz, 2005, n.p). Sendo assim, analisando o perfil dos 27 sócios fundadores, nota-se que, entre eles, 22 ocupavam posições de destaque na hierarquia interna do Estado. O exemplo do José Feliciano Fernandes Pinheiro que era Visconde de São Leopoldo.
Com isso, estava presente no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro a nata da elite e da política imperial e como é mostrado no texto, boa parte deles tinham nascidos em Portugal, eram fiel e defensores de toda família real, no caso, os Bragança. O romantismo também vai influenciar bastante na escrita do IHGB, como o assunto da independência do Brasil que teve um papel decisivo para o ideal romântico e tendo a maioria dos membros do IHGB fazendo parte do romantismo.
O golpe da maior idade também vai influenciar o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, pois D. Pedro II vai ter forte influencia no instituto, com a junção do estado com a nação, com um maior incentivo e um maior financiamento dentro instituto, como é dito no texto o secretários e sócios demostravam a mesma fidelidade ao sistema vigente, ainda que essa lealdade implicasse em uma troca de posições políticas. “Sem esquecer a monarquia, e em especial D. Pedro II, considerado “protetor perpétuo” do estabelecimento.” (Schwarcz, 2005, n.p).
O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro produziu então uma homogeneização da visão do Brasil no interior das elites brasileiras, um projeto de afirmação de uma identidade nacional, foi responsável pela cronologia e coleta e publicações de documentos relevantes para história do Brasil, mostrou as particularidades da nação brasileira e entre outros.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando