AEP--pena-cumprida-no-estrangeiro-eficacia-da-pena-estrangeira-contagem-de-prazo-fracoes-nao-computaveis-da-pena

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AGORA EU PASSO! 
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SUMÁRIO 
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL – OUTROS TEMAS .............................................................................................. 2 
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO ............................................................................................................. 2 
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA ......................................................................................................... 2 
DOS EFEITOS .............................................................................................................................................. 2 
DOS REQUISITOS ........................................................................................................................................ 3 
contagem de prazo ........................................................................................................................................ 4 
FORMA DE CONTAGEM ............................................................................................................................. 4 
FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS ................................................................................................................... 5 
 
 
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 DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL – OUTROS TEMAS 
 
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO 
 
O art. 8º do Código Penal disciplina a detração (“desconto”) da pena quando cumprida no 
estrangeiro, nos seguintes termos: 
 
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no 
Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, 
quando idênticas. 
 
Dessa forma, caso o agente seja condenado no exterior e lá cumpra sua pena, tal período 
deverá ser descontado quando da condenação pela justiça brasileira. 
 
DÚVIDA: O art. 8º do Código Penal não configura bis in idem, ou seja, mais 
de uma condenação em razão de uma única conduta? 
 
A resposta é NÃO. 
 
O art. 7º, §1º, do CP, afirma que: 
 
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, 
ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. 
 
Assim, nos casos de extraterritorialidade incondicionada (inciso I), é plenamente possível 
que o agente seja condenado no Brasil e no exterior, sem configurar, portanto, bis in idem. 
 
EFICÁCIA DA SENTENÇA ESTRANGEIRA 
 
DOS EFEITOS 
 
Não há dúvidas de que, da mesma forma que há extraterritorialidade em favor do Brasil, 
é possível que sentença condenatória estrangeira tenha efeito no país: 
 
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira 
produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada 
no Brasil para: 
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a outros 
efeitos civis; 
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II - sujeitá-lo a medida de segurança. 
 
Da leitura do dispositivo legal, percebe-se que a sentença estrangeira tem eficácia no 
Brasil, desde que seja para: 
 
 
 
DÚVIDA: A sentença estrangeira pode sujeitar o agente à prisão condenatória 
no Brasil? 
 
A resposta é NÃO. 
 
Diante da previsão expressa do art. 9º do CP, sentença estrangeira terá apenas efeitos 
cíveis ou de imposição de medida de segurança, que não se confunde com a prisão. 
 
No Brasil, há duas espécies de medidas de segurança, nos termos do art. 96 do CP: 
 
Art. 96. As medidas de segurança são: 
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, 
à falta, em outro estabelecimento adequado; 
II - sujeição a tratamento ambulatorial. 
 
DOS REQUISITOS 
 
Para a homologação da sentença estrangeira, é necessário preencher os requisitos do art. 
9º, parágrafo único, do CP: 
 
Parágrafo único - A homologação depende: 
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte interessada; 
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com 
o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta 
de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. 
 
SENTENÇA 
ESTRANGEIRA
Reparação do 
dano (e outros 
efeitos cíveis)
Medida de 
segurança
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CONTAGEM DE PRAZO 
 
FORMA DE CONTAGEM 
 
O art. 10 do Código Penal apresenta a forma de contagem de prazo: 
 
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se 
os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. 
 
DÚVIDA: O cômputo do prazo no Processo Penal é idêntico ao do Direito Penal? 
 
A resposta é NÃO. 
 
Ao contrário do Direito Penal, que inclui o dia do começo, o Direito Processual Penal, não, 
nos termos do art. 798, §1º, do CPP: 
 
Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e 
peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou dia 
feriado. 
§ 1o Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, 
porém, o do vencimento. 
 
Portanto: 
 
 
REPARAÇÃO DO 
DANO (EFEITOS 
CÍVEIS)
Pedido da parte 
interessada
MEDIDA DE 
SEGURANÇA
Existência de tratado 
de extradição ou 
requisição do 
Ministro da Justiça
DIREITO 
PENAL
Dia de 
começo é 
computado
PROCESSO 
PENAL
Dia de 
começo não
é computado
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OBS: Em ambos os casos, o dia do vencimento é computado no prazo. 
 
FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS 
 
Segundo o art. 10 do Código Penal, as frações de penas (tanto prisão, quanto multa) são 
desprezadas, afinal, o “povo do Direito” não é muito familiarizado com os números. 
 
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas 
restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as 
frações de cruzeiro. 
 
OBS: Não é por outra razão que muitos condenados se entregam no final do dia para o 
início do cumprimento de pena, já que, independentemente do horário, o dia do início será 
computado. 
 
 
 
 
 
 
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