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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA – ICET 
ITA015 MELHORAMENTO GENÉTICO VEGETAL 2020/Especial 
Exercício Escolar – Capítulos 3. Sistema reprodutivo das plantas cultivadas 
Prof: Fábio Medeiros Ferreira. 
Aluno: Mateus Feitosa Santos. 21751176. Data: 06/10/2020. 
As questões que me foram designadas a fazer são: 2 , 6, 10 e 14. 
Mas fiz todas as questões porém as que estão marcadas são as que me foram 
ordenadas. 
1ª) Qual a importância em se conhecer o sistema de reprodução de uma espécie 
vegetal cultivada para o melhoramento genético? 
O conhecimento do sistema reprodutivo das espécies a serem melhoradas é de 
fundamental importância para o melhorista pois o tipo de reprodução é de 
fundamental importância na escolha dos métodos que serão utilizados para o 
melhoramento de determinada espécie desde a sua seleção , até os seus 
cruzamentos e seu controle de qualidade e análise de padrão genotípico e 
fenotípico , vendo se essa planta será útil , se terá um grande padrão de 
variabilidade genética e entre outras variáveis. 
 
2ª) Sobre os sistemas reprodutivos das plantas, a alogamia e a autogamia são 
favorecidas por mecanismos específicos característicos, os quais têm forte 
influência nas estratégias empregadas para o melhoramento. Com relação a 
esses mecanismos, é correto afirmar que: 
(A) a cleistogamia favorece a alogamia, principalmente quando associada a 
mecanismos de autoincompatibilidade esporofítica. 
(B) a monoicia não permite a ocorrência de autofecundação. 
(C) Mesmo em espécies dioicas, há possibilidade de obtenção de materiais 
endogâmicos. 
(D) a heterostilia é um mecanismo que favorece a alogamia, pois com a diferença 
de posicionamento das anteras em relação aos estigmas, não há possibilidade 
de autofecundação. 
(E) a autoincompatibilidade é um mecanismo morfofisiológico, geneticamente 
determinado, que favorece a alogamia. 
 
3ª) Analise as características apresentadas a seguir. 
I. Resultantes do cruzamento entre indivíduos geneticamente distintos. 
II. Grupo de indivíduos que descendem de um único genitor. 
III. Obtidos pela livre polinização ou acasalamento ao acaso. 
IV. Grupo de indivíduos descendentes de uma única planta em homozigose. 
As características I, II, III e IV referem-se, respectivamente, a: 
(A) Híbridos, Linhagens, Variedades e Clones. 
(B) Linhagens, Clones, Híbridos e Variedades. 
(C) Híbridos, Clones, Variedades e Linhagens. 
(D) Variedades, Clines, Híbridos e Linhagens. 
(E) Variedades, Híbridos, Clones e Linhagens. 
 
 
4ª) Diferencie a reprodução sexuada da assexuada. Cite exemplos para cada 
uma delas. 
Reprodução assexuada: Neste tipo de reprodução não envolve a fusão de 
gametas. As novas plantas são obtidas por meio de divisão celular (mitose) 
através de vários órgãos vegetativos tais como: raízes, tubérculos, estolões, 
colmos, manivas, rizomas, rebentos, estacas, borbulhas ou por cultura de 
tecidos. Em algumas espécies as sementes são formadas sem passarem pela 
meiose e fertilização, num processo conhecido como apomixia. 
Nas briófitas: ocorre por meio de propágulos, que são pequenas estruturas que 
se desprendem da planta e dão origem a uma nova planta. Há também os 
conceptáculos que se assemelham a uma taça onde os propágulos ficam , 
exemplo: hepáticas, antóceros e musgos. 
Nas pteridófitas: estas plantas possuem o rizoma que forma uma outra planta. 
Este rizoma desenvolve raízes e folhas. Ex: samambaias. 
Nas fanerógamas: nestas plantas, a reprodução assexuada ocorre por meio de 
proliferação vegetativa através de seus caules e folhas. Há também os botões 
vegetativos chamados de gemas. Eles enraízam em contato com o solo e de 
desenvolvem um novo indivíduo. Ex: bananeira. 
Reprodução sexuada: A reprodução sexual envolve a formação (por meiose) e 
fusão de gametas (fertilização). As plantas que se reproduzem por reprodução 
sexual podem ser classificadas em autógamas, intermediárias (autógamas com 
frequente alogamia) e alógamas. 
Plantas Autógamas: As plantas autógamas são aquelas que realizam 
preferencialmente autofecundação (acima de 95%). A autofecundação ocorre 
quando o pólen (gameta masculino) fertiliza um óvulo (gameta feminino) da 
mesma planta. Ex: arroz , cevada, trigo , feijão , soja , tomate. 
Plantas Intermediárias 
Plantas intermediárias são aquelas que possuem porcentagem de fecundação 
cruzada entre 5 e 95%. Entre as espécies intermediárias podemos citar como 
exemplos :algodão, café, sorgo. 
Plantas Alógamas 
Plantas alógamas são aquelas que realizam preferencialmente polinização 
cruzada (acima de 95%). Neste caso, a fertilização ocorre quando o pólen de 
uma planta fertiliza o óvulo da flor de outra planta exemplos: milho , girassol , 
cenoura e beterraba. E são divididas em 3 grupos. 
Plantas com flores hermafroditas: a flor é de origem embrionária completa 
possuindo os dois sexos. Exemplo: abacate, cebola, cenoura, centeio, maracujá. 
Plantas monóicas: possui flores unissexuais femininas e masculinas na mesma 
planta permitindo uma fecundação simples e direta. Exemplo: abóbora, mamona, 
melancia, melão, milho, pepino e seringueira. 
Plantas dióicas: são plantas com flores masculinas e plantas com flores 
femininas: Ex: araucária, mamão, tâmara, kiwi, erva mate. 
 
 
 
 
 
 
https://www.infoescola.com/biologia/briofitas/
https://www.infoescola.com/biologia/pteridofitas/
https://www.infoescola.com/plantas/rizoma/
https://www.infoescola.com/plantas/espermatofitas/
https://www.infoescola.com/plantas/caule/
 
 
5ª) O que caracteriza uma planta autógama? Quais os mecanismos que 
favorecem a autogamia 
As plantas autógamas são aquelas caracterizadas pela grande taxa de 
homozigose. Uma população de plantas autógamas é representada por uma ou 
várias linhas puras . Como exemplos de espécies autógamas podem citar: arroz, 
aveia, cevada, feijão, fumo, soja, tomate, trigo. 
Essas plantas desenvolveram mecanismos para favorecer a autogamia dentre 
quais se destacam: 
Hermafroditismo em flores: as flores apresentam as duas estruturas 
reprodutivas em uma flor. 
Cleistogamia: a liberação do pólen e a receptividade do estigma ocorrem com 
a flor fechada. A polinização é feita antes da abertura da flor. Ex: soja, beringela, 
feijão, arroz, trigo. 
Chasmogamia: a flor se abre junto com a liberação do pólen e a receptividade 
do estigma. No tomate, as anteras se situam próximo ou acima do estigma, 
formando um cone protetor que favorece a autofecundação. 
 
6ª) O que caracteriza uma planta alógama? Quais mecanismos determinam a 
alogamia? 
As espécies alógamas são caracterizadas pela alta taxa em heterozigose, 
apresentando heterose e endogamia. 
Os principais mecanismos que essas plantas usam para determinar sua alta 
frequência de heterozigose são: 
Monoicia: nesse mecanismo as plantas apresentam sexos separados na 
mesma planta. Ex: milho, mandioca 
Dioicia: sexos separados em plantas masculinas e femininas. Ex: mamão, 
aspargo, kiwi. 
Protandria: o pólen é liberado antes do estigma estar receptivo. Ex: milho, 
cebola, eucalipto. 
Protoginia: o estigma fica receptivo antes da deiscência do pólen. Ex: mandioca, 
abacate. 
 
7ª) O que é cleistogamia? Qual a consequência da cleistogamia? Cite duas 
espécies que apresentam esta característica 
Cleistogamia é uma estratégia das plantas autógamas, essas plantas formam 
barreiras envolta da sua flor, fazendo com que ela se fecunde antes de abrir 
(emitir o botão floral). A consequência desse processo é a autofecundação, e se 
pensando em melhoramento, esse hábito acaba dificultando o processo, já que 
é necessário que o melhorista abra manualmente ou adote outros métodos para 
abertura das espécies envolvidas nesse contexto. Ex: Alface e Soja. 
 
 
 
 
8ª) Quais os mecanismos que incentivam e os que determinam a alogamia? 
Para cada mecanismo cite pelo menos uma espécie vegetal. 
 
Mecanismos que incentivam a alogamia: 
A dicogamia que ocorreem espécies com flores hermafroditas e é definida pelo 
amadurecimento da parte feminina (gineceu) e da parte masculina (androceu) 
em momentos diferentes. A dicogamia é dividida em: Protandria: anteras tem 
os grãos de pólen maduros, mas os estigmas não estão receptivos. Ex: abacate, 
cenoura e milho. Protoginia: estigmas receptivos, mas anteras não 
completaram o amadurecimento. Algumas variedades de abacate, anonáceas 
(pinha, atemóia). As, barreiras mecânicas também favorecem a polinização 
cruzada e um exemplo clássico é a alfafa, que tem uma membrana sobre o 
estigma que impede a fecundação do grão de pólen da própria flor. A monoicia 
(separação na mesma planta das inflorescências masculinas e femininas) é 
também um mecanismo de incentivo à alogamia Ex: O milho. 
Mecanismos que determinam a alogamia 
Dioicia: possui as flores masculinas numa planta e flores femininas em outra. 
Neste caso a autofecundação é impossível. Exemplos: araucária e kiwi. 
Na autoincompatibilidade ocorre uma interação entre o grão de pólen e o 
estigma, que impede que o pólen germine no estigma da mesma planta. 
A autoincompatibilidade pode ser dividida em gametofítica e esporofítica. 
Sistema gametofítico: neste caso a incompatibilidade é controlada por um 
único alelo S. Quando um grão de pólen contém um alelo S que está presente 
no estigma, o crescimento do tubo polínico fica paralisado. O grão de pólen 
somente germinará em um estigma que não contém o mesmo alelo, impedindo 
a autofecundação. Exemplo: abacaxi, centeio e maçã. 
Sistema esporofítico: neste caso o que determinará a ocorrência ou não a 
incompatibilidade não será o alelo que o pólen carrega, mas sim os alelos 
presentes no tecido diplóide da planta mãe. Este tipo de incompatibilidade é 
muito frequente nas brássicas, tais como o repolho e os brócolis. 
A macho esterilidade é a incapacidade de uma planta em produzir pólen 
funcional. Ela tem papel importante no melhoramento de plantas, principalmente 
na produção de sementes híbridas e tem sido usada com sucesso em: sorgo, 
beterraba, cenoura, cebola, girassol etc. Tendo por base a herança ou origem, a 
macho esterilidade pode ser dividida em: machoesterilidade nuclear, 
machoesterilidade citoplasmática , e machoesterilidade gênico 
citoplasmática. 
 
9ª) Quais as razões para o melhorista fazer uso de propagação vegetativa para 
algumas espécies cultivadas? Cite algumas vantagens 
As plantas resultantes da propagação vegetativa são produzidas 
assexuadamente a partir de uma única planta mãe – sendo clones genéticos da 
planta-mãe. Isso pode ter vantagens e desvantagens. Uma vantagem da 
propagação vegetativa é que as plantas com características favoráveis a um 
ambiente particular reproduzem-se repetidamente. Produtores de culturas 
comerciais que empregam técnicas de propagação vegetativa artificial podem 
garantir que os traços favoráveis e a qualidade do produto sejam mantidos. Uma 
grande desvantagem da propagação vegetativa é que esse processo não 
permite a variação genética, já que os indivíduos são clones da planta-mãe. As 
plantas são geneticamente idênticas e são suscetíveis aos mesmos vírus e 
doenças que podem destruir culturas inteiras. 
 
10ª) Que tipo de variedade é usada em plantas propagadas vegetativamente? 
Como é feito o melhoramento nessas espécies? 
A propagação assexuada ou vegetativa pode ser dividida em Espontânea e 
Induzida: 
Espontânea: quando a propagação se dá através de estruturas próprias. São 
elas: Sementes (todas as plantas com frutos); estolho (Morango, hortelã, grama, 
clorofito, etc.), tubérculos e bulbos (batata, beterraba, inhame, mandioca, lírio, 
dália, amarílis, copo-de-leite, etc.) e rizomas (gengibre, orquídeas, samambaia, 
lúpulo, aspidistria, helicônia, scheflera, guaimbé, filodendro, etc.) 
Induzida: são as técnicas de propagação que iremos tratar neste artigo. Possui 
como vantagens a aceleração do crescimento, a propagação de plantas que não 
possui sementes e a formação de indivíduos idênticos (clone), padronizando o 
produto e favorecendo a comercialização. 
1.DIVISÃO DE TOUCEIRAS 
O caule emite brotações laterais, surgindo filhotes idênticos à mãe. Estes filhotes 
devem ser cortados com uma faca afiada e cada pedaço irá constituir novas 
plantas ou brotações. Exemplo de plantas propagadas dessa forma: cebolinha, 
clorofito, cimbidium, bromélia, grama, helicônia. 
2. ESTAQUIA 
É o processo que usa um fragmento da planta, visando a regenerar as partes 
faltantes. Nas plantas herbáceas as partes comumente utilizadas são: ramos 
(gerânio, pingo de ouro, rosas etc.), folhas (suculentas, violetas, peperômia, 
folha da fortuna, etc.) e pedaços de folhas (espada-de-são-jorge, begônia) 
3. ENXERTIA 
É o processo pelo qual se faz a união íntima entre duas plantas de maneira que 
se cria uma interdependência na qual uma não pode sobreviver sem a outra. 
Uma fica em baixo e é denominada cavalo ou porta-enxerto; e sua função é 
fornecer água e sais minerais, modificar o porte, conferir resistência, tolerância 
ou imunidade contra fatores adversos; a outra fica em cima, é denominada 
cavaleiro ou enxerto e tem a finalidade de produção. Esta técnica se divide em 
3 itens: 
Borbulhia (o enxerto é uma borbulha ou gema): a borbulhia consiste na 
justaposição de uma única gema sobre um porta-enxerto enraizado. Com a 
ponta do canivete de enxertia, abre-se a região da casca abrangida pelas 
incisões, levantando-a para inserção da borbulha que é introduzida com a gema 
voltada para o lado externo. Em seguida, deve-se amarrá-la de cima para baixo, 
com o auxílio de um fitilho plástico, fita de banana (casca do caule) ou fita 
biodegradável. Toda essa operação deve ser rápida, para que não ocorra 
ressecamento das regiões de união dos tecidos ou cicatrização dos cortes antes 
que ela seja finalizada. 
Encostia (união entre duas plantas inteiras): é uma técnica que consiste na 
junção de duas plantas inteiras, que são mantidas dessa forma até a união dos 
tecidos. Após essa união, uma será utilizada somente como porta-enxerto e a 
outra como copa. Para fazer essa enxertia, o porta-enxerto, enxerto deve ser 
transportado em um recipiente até a planta que se quer propagar sendo 
geralmente colocado na altura da copa, através da utilização de suportes de 
madeira que o sustentarão. Corta-se uma porção do ramo de cada uma das 
plantas, de mesma dimensão, e encostam-se as partes cortadas, amarrando-as 
em seguida com fita plástica para haver união dos tecidos. O enxerto é 
representado por um ramo da planta matriz, sem dela se desligar até que ocorra 
a soldadura ao porta-enxerto. Após 30-60 dias, havendo a união dos tecidos, 
faz-se o desligamento da nova planta, cortando-se acima do ponto de união do 
porta-enxerto. Nessa fase, retira-se o fitilho plástico que estava amarrado e 
destaca-se o ramo da planta original, formando uma nova copa. Tem-se, assim, 
a muda, constituída de copa e porta-enxerto. A primavera é a estação mais 
adequada para a prática da encostia e as que são realizadas no outono 
desenvolvem-se muito lentamente. 
Garfagem: é um método de enxertia que consiste na retirada e transferência de 
um pedaço de ramo da planta matriz (copa), também denominado garfo, que 
contenha uma ou mais gemas para outra planta que é o porta-enxerto. Com este 
método, é possível ter em uma mesma planta, variedades diferentes de frutos, 
por exemplo: 2 maçãs com cores diferentes ou um limoeiro que produza, limões, 
laranjas e mexericas, etc. O que garante a produção é a compatibilidade genética 
das espécies do mesmo gênero. Este processo possui duas técnicas principais 
demonstradas nas fotos abaixo. São elas: 
• Na garfagem em meia fenda, o garfo é cortado em bisel duplo. O porta-enxerto 
é cortado transversalmente, fazendo-se, em seguida, uma incisão igual a largura 
do bisel. Aprofunda-se a incisão para baixo, por meio de movimentos com o 
canivete de enxertia, então introduz-se o garfo na fenda, detal modo que as 
camadas das duas partes fiquem em contato em pelo menos um dos lados. Esse 
tipo de garfagem é utilizado quando os garfos são de diâmetros diferentes do 
porta-enxerto, sendo necessário que pelo menos um dos lados esteja em contato 
com os tecidos para que ocorra o processo de cicatrização e sobrevivência do 
enxerto. 
Já na garfagem em fenda cheia, a obtenção do garfo é idêntica ao caso anterior. 
O porta-enxerto é cortado transversalmente à altura desejada, praticando-se em 
seguida uma fenda cheia, do mesmo tamanho do garfo que será introduzido 
nessa fenda, de maneira que os dois lados desse garfo coincidam por completo 
com o diâmetro do porta-enxerto. Após a introdução do garfo no porta-enxerto 
amarra-se com fita ou coloca-se parafina para que o lugar seja vedado da 
contaminação do ar (doenças) e facilite a cicatrização do corte. 
4. ALPORQUIA 
A alporquia é um método de propagação em que se faz o enraizamento de um 
ramo ainda ligado à planta matriz (parte aérea), que só é destacado da mesma 
após o enraizamento. O método consiste em selecionar um ramo da planta, de 
preferência com um ano de idade e diâmetro médio. Nesse ramo, escolhe-se a 
região sem brotação e faz-se um anelamento, de aproximadamente dois 
centímetros, retirando toda a casca (floema) e expondo o lenho. Depois disso, 
deve-se cobrir o local exposto com substrato umedecido (fibra de coco ou 
esfagno) e envolvê-lo com plástico transparente (para facilitar a visualização das 
raízes), cuja finalidade é evitar a perda de água, amarrando bem as 
extremidades com um barbante, ficando com o aspecto de um “bombom 
embrulhado”. Os foto assimilados elaborados pelas folhas e as auxinas pelos 
ápices caulinares deslocam- se pelo floema e concentram-se acima do 
anelamento, promovendo a formação das raízes adventícias nesse local. 
Recomenda-se que a alporquia seja feita de preferência na época em que as 
plantas estejam em plena atividade vegetativa (primavera), após a colheita dos 
frutos, com o alporque mantido sempre úmido. A separação do ramo que sofreu 
alporquia da planta matriz depende da espécie e da época do ano em que foi 
feito o alporque. Após a separação, o ramo enraizado deve ser plantado em 
condicionador de solo com nutrientes e mantido à meia sombra até a 
estabilização das raízes e a brotação da parte aérea. Quando isso ocorrer, as 
mudas estarão prontas para serem plantadas no campo. A alporquia é utilizada 
na propagação de muitas espécies frutíferas e floríferas, por exemplo, lichia, 
jabuticaba, hibiscos híbridos e trepadeira-jade. 
 
 
5. MERGULHIA 
Consiste em mergulhar um ramo no solo, sem separá-lo da planta mãe, com a 
finalidade de ele regenerar um novo sistema radicular para depois ser separado. 
A mergulhia é feita no solo, vaso ou canteiros, quando os ramos das espécies 
são flexíveis e de fácil manejo. O método de mergulhia consiste em enterrar 
partes de uma planta, como ramos, por exemplo, com o objetivo de que ocorra 
o enraizamento na região coberta. É um processo usado na obtenção de plantas 
que dificilmente se propagariam por outros métodos. O enraizamento ocorre 
devido ao acúmulo de auxinas (hormônios endógenos) pela ausência de luz na 
região enterrada ou coberta, que promove a formação das raízes adventícias e 
pelo aproveitamento do fornecimento contínuo de água e nutrientes da planta 
matriz. É muito importante que o local para a realização da mergulhia esteja 
isento de patógenos, pois como é utilizado o solo para o enraizamento, há 
sempre o risco de contaminação das novas plantas por doenças e/ou pragas. É 
importante colocar um tutor na planta a ser enraizada para que a mesma cresça 
ereta. A mergulhia é um método bastante utilizado na obtenção de porta-
enxertos de macieira, pereira e marmeleiro e trepadeira-jade. 
11ª) O que é um clone? 
Um clone pode ser definido como uma população de moléculas, células ou 
organismos que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula 
original. Em humanos, os clones naturais são os gêmeos idênticos que se 
originam da divisão de um óvulo fertilizado. 
12ª) As plantas alógamas se dividem em: plantas com flores hermafroditas, 
plantas monóicas, e plantas dióicas. Defina e cite exemplos de cada uma. 
 
Plantas com flores hermafroditas: planta na qual a flor é completa, possuindo 
os dois sexos. Exemplo: abacate, cebola, cenoura, centeio, maracujá. 
Plantas monóicas: são plantas com flores unissexuais femininas e masculinas 
na mesma planta. Exemplo: abóbara, mamona, melancia, melão, milho, pepino 
e seringueira. 
Plantas dióicas: são plantas com flores masculinas e plantas com flores 
femininas: araucária, mamão, tâmara, kiwi, erva mate. 
 
 
 
 
 
 
13ª) Em relação ao processo reprodutivo das plantas, correlacione as colunas 
a seguir. 
1. Dicogamia 
2. Apomixia 
3. Cleistogamia 
4. Reprodução Gâmica 
5. Propagação vegetativa 
(3) Mecanismo que favorece a autofecundação, já que a polinização ocorre 
antes da abertura do botão floral ou antes 
(1) Amadurecimento da parte feminina (gineceu) da flor e da parte masculina 
(androceu) em momentos diferentes, favorecendo a alogamia. 
( 2) Reprodução biológica sem fecundação, meiose ou produção de gametas, 
com o resultado das sementes serem geneticamente idênticas às da planta -
mãe. 
(5 ) Multiplicação assexuadamente de partes de plantas (células, tecidos, 
órgãos ou propágulos), originando novos indivíduos. 
( 4) Fusão de gametas maternos e paternos oriundos da mesma planta ou de 
diferentes plantas. 
A sequência correta, de cima para baixo, é: 
a) 2 – 1 – 3 – 4 – 5 
b) 5 – 4 – 1 – 3 – 2 
c) 4 – 3 – 5 – 2 – 1 
 
A sequência correta é: 3-1-2-4-5. 
 
14ª) O que é heterose? Quais suas consequências? 
A heterose é um método genético muito comum na pecuária. A ideia consiste em 
cruzar duas ou mais raças que sejam diferentes, com o intuito de gerar animais 
com melhores atributos. O fenômeno da heterose é considerado evolutivo. Por 
isso, quanto maior a distância de uma raça para a outra, maiores são as chances 
do animal ser gerado com as condições específicas visadas pelos que executam 
este processo. A heterose é conhecida por promover melhorias genéticas em 
animais, geralmente em equinos e bovinos. Portanto, o trabalho consiste em 
cruzar diferentes espécies, fazendo com que os frutos destes cruzamentos se 
desenvolvam com melhorias significantes. No caso dos bovinos, ser submetido 
a este método pode fazer com que animais nasçam com maior fertilidade, 
produtividade e resistência; por exemplo. A heterose ou vigor híbrido pode refletir 
diretamente na economia brasileira, uma vez que a melhoria da produtividade 
animal o tornará mais rentável, aumentando o valor de mercado do animal e, 
consequentemente, de todo o setor que pode se beneficiar com suas produções. 
Todavia, para que seja realizada a heterose, é necessário que sejam feitos 
diferentes estudos científicos. Dessa forma, a mistura das espécies não 
acontece maneira aleatória; ela é pré-determinada e estudada por diferentes 
aspectos, para entender se as misturas trarão o resultado que se espera. Por se 
tratar de uma reprodução que com dois ou mais seres, ela acontece de maneira 
assexuada e é totalmente controlada por cientistas. Uma das principais 
consequências é o fato da infertilidade da prole se o cruzamento não for feito de 
forma correta. 
 
15ª) Em geral, a heterose é explorada para espécies autógamas ou alógamas? 
Por quê? As espécies alógamas são caracterizadas pela heterozigose, 
apresentando heterose e endogamia. Apesar de várias espécies de importância 
econômica serem alógamas, o milho é a espécie alógama que tem sido mais 
estudada. Isto se deve ao fato de o milho ser uma espécie monóica, com flores 
do sexo feminino e flores do sexo masculino (pendão). Nas alógamas, as plantas 
não transmitem seus genótipos para a geração seguinte como ocorre em 
espécies autógamas, mas sim os seus alelos.Portanto, a cada geração surgirão 
novos indivíduos que apresentarão constituição alélicas diferentes dos seus 
pais. Nas alógamas, o que tem maior importância não é a constituição genética 
do indivíduo (genótipo), mas sim o conjunto gênico dessa população (pool 
gênico). Este é um grande desafio no melhoramento de alógamas, pois os 
genótipos superiores não são mantidos nos filhos, já que estes apresentarão 
segregação. O melhoramento de autógamas trabalha com a obtenção de linhas 
puras superiores (indivíduos superiores) enquanto o melhoramento de alógamas 
trabalha com o melhoramento de populações. 
 
16ª) Diferencie e exemplifique os sistemas de incompatibilidade de fecundação 
entre plantas. 
Sistema gametofítico: neste caso a incompatibilidade é controlada por um 
único alelo S. Quando um grão de pólen contém um alelo S que está presente 
no estigma, o crescimento do tubo polínico fica paralisado e o grão de pólen 
somente germinará em um estigma que não contém o mesmo alelo, impedindo 
a autofecundação. Exemplo: abacaxi, centeio e maçã. 
Sistema esporofítico: neste caso o que determinará a ocorrência ou não a 
incompatibilidade não será o alelo que o pólen carrega, mas sim os alelos 
presentes no tecido diplóide da planta mãe .Este tipo de incompatibilidade é 
muito frequente nas brássicas, tais como o repolho e os brócolis. 
A macho esterilidade é a incapacidade de uma planta em produzir pólen 
funcional. Ela tem papel importante no melhoramento de plantas, principalmente 
na produção de sementes híbridas e tem sido usada com sucesso em: sorgo, 
beterraba, cenoura, cebola, girassol. 
 
17ª) Diferencie os sistemas de abertura floral de Protandria e protoginia. Cite 
exemplo entre espécies cultivadas: O processo denominado dicogamia ocorre 
em espécies com flores hermafroditas e é definida pelo amadurecimento da parte 
feminina (gineceu) e da parte masculina (androceu) em momentos diferentes. A 
dicogamia é dividida em: Protandria: nessas plantas as anteras têm os grãos de 
pólen maduros, mas os estigmas não estão receptivos. Ex: abacate, cenoura e 
milho. Protoginia: apresenta estigmas receptivos, porém as anteras não 
completaram o amadurecimento. Algumas variedades de abacate e anonáceas 
apresentam essas características. 
 
18ª) Descreva sobre a teoria das linhas puras. 
 
O estudo acerca das linhas puras começa com o biologista dinamarquês W.L. 
Johannsen qual desenvolveu a teoria de linhas puras, após estudos realizados 
com feijão, publicados em 1903 e 1926. Os experimentos de Johannsen 
tratavam do efeito da seleção no peso de sementes de feijão da variedade 
Princess, uma espécie de natureza autógama. Inicialmente ele observou que 
progênies provenientes de sementes mais pesadas apresentavam maior peso 
médio, enquanto as derivadas de sementes mais leves apresentavam peso 
médio em contrapartida menor. Continuando seus experimentos, Johannsen 
semeou 19 sementes de um lote desta variedade. Ele denominou essas 
sementes de “sementes-mães”. Através da semeadura de progênies das 19 
sementes mães, ele obteve um total de 19 linhagens. Ele então observou duas 
coisas: cada linhagem possuía um peso médio característico e que havia 
sementes de diferentes tamanhos dentro de cada linhagem. Estes resultados 
levaram Johannsen a concluir que a variedade Princess era constituída por uma 
mistura de linhas puras e que as diferenças de peso eram de origem genética 
(diferença entre as linhagens) e ambiental (diferença de peso dentro de cada 
linhagem) Johannsen prosseguiu com seus experimentos. Ele analisou que os 
resultados indicaram os mesmos valores médios dentro de cada uma das 
linhagens, ou seja, as plantas oriundas das sementes com maior peso, das mais 
leves ou de valores intermediários, produziam sempre o mesmo peso médio da 
sua linhagem. Isto confirmou a constituição de plantas homozigotas, não 
segregantes, nas linhagens. A seleção não foi eficiente porque as variações 
observadas dentro de uma mesma linhagem eram devido a efeitos ambientais e 
não tinham origem genética .Este trabalho trouxe importantes fundamentos para 
os geneticistas da época e que persistem nos programas de melhoramento 
atuais, pois o conceito de linhas puras; que numa população de plantas há tanto 
variações de origem genética quanto por influência ambiental; que há limites 
definidos para o melhoramento de plantas autógamas por meio de seleção, pois 
esta não cria variabilidade, mas atua na já existente. Linha pura é definida como 
a linha resultante da autofecundação de uma única planta homozigota. Uma 
planta que esteja em homozigose, ou seja, com todos os genes com pares de 
alelos iguais, em todos os cromossomos de seu genoma, não segregará na 
formação de gametas e produzirá descendentes com o mesmo genótipo se for 
multiplicada por autofecundação. As plantas descendentes serão idênticas 
geneticamente à planta original, podendo apresentar diferenças fenotípicas entre 
as plantas em função de efeitos ambientais que interfiram em seu metabolismo 
ou expressão gênica. As cultivares de espécies autógamas como a soja, o feijão 
e o trigo são do tipo linha pura. Isto quer dizer que, pelo menos teoricamente, 
elas são formadas por apenas um genótipo. 
19ª) Porque a endogamia, em geral, é indesejável para as espécies alógamas? 
Pois nesse tipo de reprodução a polinização cruzada (acima de 95%). Neste 
caso, a fertilização ocorre quando o pólen de uma planta fertiliza o óvulo da flor 
de outra planta. As espécies alógamas são caracterizadas pela heterozigose, 
apresentando heterose e endogamia. 
 
20ª) Existe um risco igual de fluxo gênico entre variedades transgênicas e 
convencionais de soja, milho e algodão. Você acha que esta afirmação está 
correta? 
 
Depende muito da barreira geográfica que pode separar essas espécies e dos 
mecanismos associados na reprodução destes, pois essas espécies podem 
sofrer o efeito gargalo e vim apresentar fluxo gênico considerável ou não. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS. 
 
 
Borém, A.; Miranda, G.V. Melhoramento de plantas. 6. ed. Viçosa, 
MG : E d . UFV, 2013. 
 
BESPALHOK F., J.C.; GUERRA, E.P.; OLIVEIRA, R. SISTEMAS 
REPRODUTIVOS DE PLANTAS CULTIVADAS. In: BESPALHOK F., J.C.; 
GUERRA, E.P.; OLIVEIRA, R. Melhoramento de Plantas. Disponível 
em www.bespa.agrarias.ufpr.br., p.1-9

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