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Governança Corporativa - Resumo Processos como globalização, privatização, abertura do mercado ocorridos no Brasil na década de 90 resultaram em um ambiente corporativo mais competitivo. Com isso, empresas familiares, antigas estatais, com alta concentração de capital em poucos acionistas, para se manter no mercado, passaram por reestruturações a fim de garantir a sobrevivência. O mercado de capitais tornou-se atrativo e necessário e, investimentos estrangeiros geraram a necessidade de adequação a padrões internacionais. Em 1999 o primeiro código de governança corporativa foi elaborado pelo IBGC. Com o objetivo de estimular as práticas de governança, a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA) criou segmentos especiais de listagem destinados a empresas com padrões superiores de Governança Corporativa. Além do mercado tradicional, passaram a existir três segmentos diferenciados de Governança: Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado. Nível 1 As companhias listadas no Nível 1 devem adotar práticas que favoreçam a transparência e o acesso às informações pelos investidores. Para isso, divulgam informações adicionais às exigidas em lei, como por exemplo, um calendário anual de eventos corporativos. O free float 1 mínimo de 25% deve ser mantido nesse segmento, ou seja, a companhia se compromete a manter no mínimo 25% das ações em circulação. Nível 2 O Nível 2 é similar ao Novo Mercado, porém com algumas exceções. As empresas listadas têm o direito de manter ações preferenciais (PN). No caso de venda de controle da empresa, é assegurado aos detentores de ações preferenciais o direito de tag along, no mínimo, de 80% do preço pago pelas ações ordinárias do acionista controlador. As ações preferenciais ainda dão o direito de voto aos acionistas em situações críticas, como a aprovação de fusões e incorporações da empresa e contratos entre o acionista 1 Free float pode ser definido como “ações em circulação” controlador e a companhia, sempre que essas decisões estiverem sujeitas à aprovação na assembléia de acionistas. Novo Mercado Lançado no ano 2000, o Novo Mercado estabeleceu desde sua criação um padrão de governança corporativa altamente diferenciado. A partir da primeira listagem, em 2002, ele se tornou o padrão de transparência e governança exigido pelos investidores para as novas aberturas de capital. Na última década, o Novo Mercado firmou-se como uma seção destinada à negociação de ações de empresas que adotam, voluntariamente, práticas de governança corporativa adicionais às que são exigidas pela legislação brasileira. A listagem nesse segmento especial implica na adoção de um conjunto de regras societárias que ampliam os direitos dos acionistas, além da adoção de uma política de divulgação de informações mais transparente e abrangente. O Novo Mercado conduz as empresas ao mais elevado padrão de Governança Corporativa. As companhias listadas no Novo Mercado só podem emitir ações com direito de voto, as chamadas ações ordinárias (ON). Algumas regras do Novo Mercado relacionadas à estrutura de governança e direitos dos acionistas: O capital deve ser composto exclusivamente por ações ordinárias com direito a voto; No caso de venda do controle, todos os acionistas têm direito a vender suas ações pelo mesmo preço (tag along 2 de 100%); Em caso de deslistagem ou cancelamento do contrato com a BM&FBOVESPA, a empresa deverá fazer oferta pública para recomprar as ações de todos os acionistas no mínimo pelo valor econômico; O Conselho de Administração deve ser composto por no mínimo cinco membros, sendo 20% dos conselheiros independentes e o mandato máximo de dois anos; 2 Tag along pode ser definido como “ir junto, acompanhar” A companhia também se compromete a manter no mínimo 25% das ações em circulação (free float); Divulgação de dados financeiros mais completos, incluindo relatórios trimestrais com demonstração de fluxo de caixa e relatórios consolidados revisados por um auditor independente; A empresa deverá disponibilizar relatórios financeiros anuais em um padrão internacionalmente aceito; Necessidade de divulgar mensalmente as negociações com valores mobiliários da companhia pelos diretores, executivos e acionistas controladores. Por se tratar de uma mudança estrutural de grande impacto nas empresas que aderem a esse nível de governança, é muito comum que as companhias, tomem essa decisão durante o processo de abertura de capital. Entre as características mais importantes deste nível está a concessão de Tag Along para todas as ações (lembrando que só podem emitir ações ON). Este benefício dá direito a todos os acionistas minoritários de vender as suas ações pelo mesmo preço oferecido aos majoritários, caso a companhia seja vendida para outra, num processo de aquisição ou mesmo de fusão. Na hipótese da empresa querer sair deste segmento de listagem e cancelar o contrato, ela deverá realizar uma oferta pública para recomprar as ações de todos os acionistas no mínimo pelo valor econômico, ou seja, o quanto a empresa realmente vale. Considerando que o Novo Mercado é o segmento mais atual e o que constitui o mais elevado padrão de Governança Corporativa, entendemos que os segmentos de Nível 1 e Nível 2 em breve não serão mais utilizados, uma vez que as regras definidas nestes segmentos foram absorvidas pelo Novo Mercado. Além da absorção ocorreu também o aperfeiçoamento e a normatização das regras. http://blog.invistaativa.com.br/aprenda-a-investir/conheca-o-novo-mercado-principal-segmento-de-governanca-corporativa/%20http:/blog.invistaativa.com.br/aprenda-a-investir/oferta-publica-como-ajudar-a-economia-e-ganhar-dinheiro/ http://blog.invistaativa.com.br/aprenda-a-investir/conheca-o-novo-mercado-principal-segmento-de-governanca-corporativa/%20http:/www.valoronline.com.br/ http://blog.invistaativa.com.br/aprenda-a-investir/conheca-o-novo-mercado-principal-segmento-de-governanca-corporativa/%20http:/www.vale.com/pt-br/Paginas/default.aspx
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