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Aula 2 CM2 Parte II Faenge - UEMG • Moléculas de polímeros podem ser caracterizadas em termos de seu tamanho, forma e estrutura. – Tamanho molecular é especificado em termos de massa molecular (ou grau de polimerização). – Forma molecular está relacionada ao grau de torcimento, embobinamento e flexão – A estrutura molecular depende da maneira na qual as unidades estão organizadas Propriedades dos polímeros afetadas por: •diferentes funções químicas (R) •acréscimo de mais um grupo de moleculas laterais ligado(s) à cadeia principal (R’s) •a regularidade e simetria de arranjo do grupo lateral (R) R: Grupo lateral Configurações moleculares • Configuração da cadeia polimérica: arranjos de unidades ao longo do eixo da cadeia, ou posições de átomos que não são alteráveis a não ser por quebra e reforma das ligações primárias. • Na maioria dos polímeros predomina a configuração cabeça-à-cauda (the head-to-tail configuration); às vezes existe uma repulsão polar que ocorre entre os grupos R para a configuração cabeça-à-cabeça (the head-to-head configuration.). cabeça-à-cauda cabeça-à-cabeça repulsão • Isomerismo: diferentes configurações atômicas para a mesma composição. • Duas classes isoméricas: – Estereoisomerismo: átomos da cadeia e R são ligados entre si na mesma ordem (cabe-à-cauda) mas se diferem em seu arranjo espacial. – Isomerismo geométrico: unidades de meros tendo ligação dupla entre átomos de carbono. R pode estar situado num lado da cadeia ou no lado oposto. •Configuração isotática: todos os grupos R estão situados do mesmo lado da cadeia principal •Configuração sindiotática: grupos R alternam os lados da cadeia •Configuração atática: grupos R alternam com posicionamento randômico (o aranjo não é serial) configuração isotática configuração sindiotática configuração atática Estéreoisomerismo: conversão a partir de uma estéreoisomeria para uma outra não é possível por simples rotação ao redor de ligações de cadeia simples; estas ligações devem primeiro ser cortadas e a seguir, após uma apropriada rotação, elas são reformadas. Isomerísmo Geométrico: conversão de trans para cis, ou vice versa, não é possível por uma simples rotação de ligação da cadeia uma vez que a dupla ligaçào da cadeia é extremamente rígida. • Estrutura Cis: o grupo R e o átomo H estão posicionados no mesmo lado da cadeia • Estrutura trans: o grupo R e H residem em lados oposto da cadeia. Estrutura Cis Estrutura trans cadeia cadeia Classificação para as características moléculares de um polímero Classificação de materiais poliméricos com a resposta mecânica a elevadas temperaturas: • Termoplásticos (thermoplastic polymers): amolecem-se quando aquecidos (e eventualmente se liquefazem) e se endurecem quando resfriados – processo reversível e repetitivo. Fabricados pela aplicação simultânea de calor e pressão. – À medida em que a temperatura é elevada, as forças de ligação secundária são diminuídas (pelo aumentado movimento molecular) de maneira que o movimento relativo de cadeias adjacentes é facilitado quando uma tensão é aplicada – Degradação irreversível resulta quando a temperatura de um polímero termoplástico é elevada até o ponto no qual vibrações moleculares se tornam suficientemente violentas para quebrar as ligações primárias covalentes. – termoplásticos são relativamente macios e dúteis – A maioria dos polímeros lineares e aqueles tendo estruturas um pouco ramificadas com cadeias flexíveis são termoplásticos Linear ramificada Dúteis dúteis • Termorrígidos (thermosetting polymers): tornam-se permanentemente duros quando calor é aplicado e não amolece no subsequente aquecimento. – Durante o tratamento térmico inicial, ligações cruzadas covalentes são formadas entre cadeias moleculares adjacentes; estas ligações ancoram as cadeias entre si para resistir aos movimentos vibracional e rotacional de cadeia a altas temperaturas. Ligação cruzada é usualmente extensa, no sentido de que 10 a 50% das unidades mero da cadeia são ligadas cruzadamente. Apenas aquecimento até temperaturas excessivas causará a quebra destas ligações cruzadas e a degradação do polímero. – Polímeros termorrígidos são geralmente mais duros, mais fortes e mais frágeis, do que os termoplásticos, e têm melhor estabilidade dimensional. – A maioria dos polímeros cruzadamente ligados e dos polímeros de rede, que incluem borrachas vulcanizadas, expoxes e resinas fenólicas e poliésteres, são termorrígidas. Ligações cruzadas rígidez rede • Homopolímeros: 1 unidade mero na cadeia polimérica • Copolímeros: 2 unidades de meros na cadeia polimérica •copolímero alternante: 2 unidades de meros se alternam nas posições da cadeia polimérica •copolímero randômico: 2 diferentes unidades de meros estão randomicamente dispersas ao longo da cadeia polimérica •copolímero em bloco: meros idênticos estão em blocos (ou grupamento) ao longo da cadeia •copolímero enxertado: ramos laterais de homopolímeros de um tipo podem ser enxertados às cadeias principais de homopolímeros que são compostos de um diferente mero GRAU DE POLIMERIZAÇÃO COPOLIMERO • Copolímero (tendo 2 ou mais diferentes unidades de meros): • Massa molecular média numérica (Mn) Mn = mf DP mf = fj mj – fj : fração de cadeias – mj: massa molecular do mero da cadeia – DP: grau de polimerização CRISTALINIDADE DE POLÍMERO O estado cristalino pode existir em material poliméricos. • Metais: arranjo de átomos • Cerâmicos: arranjo de íons • Polímeros: empacotamento de cadeias moleculares de maneira a produzir um arranjo atômico ordenado (por vezes complexo) (the packing of molecular chains to produce an ordered atomic array) Polímeros cristalinos são usualmente mais fortes e mais resistentes à dissolução e amolecimento por calor Quanto mais volumosos ou quanto maiores forem os grupos de átomos ligados lateralmente tanto menor será a tendência à cristalização O grau de cristalinidade por peso (the degree of crystallinity by weight): determinado a partir de medições precisas de densidade – O grau de cristalinidade de um polímero depende da taxa de resfriamento por tempo e da configuração da cadeia. % cristalinidade s : densidade de uma amostra para a qual a porcentagem de cristalinidade se quer determinar a : densidade do polímero totalmente amorfo c : densidade do polímero perfeitamente cristalino Configuração molecular e cristalização • Para polímeros lineares: cristalização é facilmente realizada , pois não há restrições para prevenir o alinhamento da rede. • Para polímeros ramificados: os ramos laterais interferem na cristalização, não são altamente cristalizados • Polímeros em rede: totalmente amorfos • Polímeros com ligações cruzadas: apresenta vários graus de cristalização • polímeros isotáticos e sindiotáticos : cristalizam facilmente devido à a regularidade da geometria dos grupos laterais que facilita o processo de ajuste juntamente às cadeias adjacentes • polímeros atáticos: difíceis de cristalizar • Para copolímeros: quanto mais irregular e mais randômico forem os arranjos de meros tanto maior a tendência para o desenvolvimento de não-cristalinidade. • Copolímeros alternantes e em bloco: existe probabilidade de cristalização. • Copolímeros randômicos e enxertados: normalmente amorfos Modelos de arranjo cristalino Modelos que foram propostos para descrever o arranjo especial de cadeias moleculares em cristais de polímeros • Modelo da micela-franjada ("fringed-micelle”) para polímero semicristalino: pequenas regiões cristalinas (cristalitos, ou micelas), cada uma tendo um alinhamento preciso, estando as mesmas embutidas dentro de uma matriz amorfa composta de moléculas randomicamente orientadas. Uma molécula de uma cadeia única passaria através vários cristalitosbem como através de várias regiões amorfas intervenientes (interpostas). • modelo de cadeia dobrada (the chain-folded model): as cadeias moleculares dentro de cada plaqueta se dobra para trás e para a frente sobre si mesma, com dobras ocorrendo nas faces – cada plaqueta consistirá de um número de moléculas com comprimento médio de cadeia será muito superior à espessura da plaqueta • Modelo de esferulita (spherulite structure): agregado de cristalitos (lamelas) de cadeia dobrada tipo fita de aproximadamente 10 nm de espessura que se irradia a partir do centro para fora. – Cristais individuais lamelares de rede dobrada que estão separados por material amorfo – As moléculas da cadeia de ligação agem como elos conectores entre lamelas adjacentes passando por dentro das regiões amorfas Difusão em Polímeros • A difusão de pequenas moléculas (O2, H2O, CO2, CH4, etc.) ocorre pelos pequenos espaços (voids) entre as cadeias poliméricas (membranas). • O coeficiente de permiabilidade (PM , difusão em regime permanente) para a membrana polimérica é dada pela primeira lei de Fick: Coeficiente de difusão polimérica Espessura da membrana polimérica Diferença de pressão do gás pela membrana O coeficiente de permiabilidade (PM) Para pequenas moléculas em polímeros não vítreos Coeficiente de difusão Solubidade da molécula no polímero Concentração da espécie difusora no polímero Pressão parcial Exemplo 1. ex. 14.17 Calcule o massa molecular média numérica (Mn) de um copolimero aleatório poli(isobutileneisopreno) em que a fração de unidades repeativas do isobutileno é 0,25; suponha que esta concentração corresponde a um grau de polimerização de 1500. Isobutileno, f = 0,25 Isopreno, f = 0,75 Massa molecular média para copolímero (tendo 2 ou mais diferentes unidades de meros): m = fj mj – fj : fração de cadeias – mj: massa molecular do mero da cadeia Exemplo 2. EX.14.25 • A densidade e porcentagem de crystalinidade para dois materiais de poli(teraftalato de etileno) são as seguintes: • (a) Calcule as densidades do polímero totalmente cristalino e totalmente amorfo • (b) Determine a cristalinidade em porcentagem desse polímero com uma densidade de 1,382 g/cm3 (a) • Considere para a difusão de uma membrana de polietileno de baixa densidade (LDPE) de 15 mm de espessura. A pressão do oxigênio nas faces da membrana são de 2000 kPa e 150 kPa, constantes. Considerando regime permanente, qual é o fluxo difusivo a 298 K? Lista 1. EX.14.27 J (?)
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