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Aula 1 CM2 Faenge - UEMG Defeitos Atômicos Puntuais • Defeitos atômicos envolvendo íons (átomos) hospedeiros: – vacâncias – intersticiais (posição intersticial) – Eletroneutralidade é mantida Materiais tipo AX • defeito de Frenkel: um cátion deixando a sua posição normal e se movendo para um sítio intersticial. – Não há nenhuma mudança em carga porque o cátion mantém a mesma carga positiva como um intersticial. • defeito Schottky: remoção de um cátion e um ânion a partir do interior do cristal e a seguir colocando-os numa superfície externa. – para cada vacância de ânion existe uma vacância de cátion, a neutralidade de carga do cristal é mantida Impurezas • tamanho iônico e a carga iônica aproximadamente iguais àqueles de íons hospedeiros. • Para um íon impureza com carga diferente daquele do íon hospedeiro ao qual êle substitui, o cristal compensa esta diferença com carga contraria para manter a eletroneutralidade: – formação de defeitos de rede - vacâncias ou intersticiais de ambos os tipos de íons DIAGRAMAS DE FASES CERÂMICAS • (1) as fases que estão presentes • (2) as composições • (3) as porcentagens ou frações das fases Propriedades Mecânicas • Cerâmicas são frágeis • Resistências mecânicas: exibem muito maiores resistências à compressão do que em tração • utilizadas quando condições de carga são compressivas. • Tenacidade (KIc ): medida da capacidade de um material cerâmico para resistir à fratura quando uma trinca estiver presente Y é um parâmetro adimensional que é função das geometrias tanto da amostra quanto da trinca, é a tensão aplicada e a é o comprimento de uma trinca superficial ou a metade do comprimento de uma trinca interna. fadiga estática, ou fratura retardada: lenta propagação de trincas, quando tensões forem estáticas em natureza e Sem propagação de trincas COMPORTAMENTO TENSÃO-DEFORMAÇÃO • O comportamento tensão-deformação não é usualmente determinado por um teste de tração: – difícil preparar e testar corpos de prova tendo a requerida geometria; – existe uma significativa diferença em resultados obtidos de testes conduzidos nos modos de compressão e de tração. • O comportamento tensão-deformação por testes de flexão transversal: – a amostra em forma de haste tendo uma seção circular ou retangular é dobrada até à fratura usando uma técnica de carregamento de 3 ou 4 pontos – No ponto de carregamento, a superfície de cima da amostra é colocada num estado – de compressão, enquanto que a superfície da base encontra-se em tração. – A tensão é calculada pela espessura da amostra, momento de flexão e momento de inércia da seção reta (seções retas retangular e circular) Teste de flexão transversal de 3 pontos Módulo de ruptura e Comportamento elástico • módulo de ruptura (mr): A tensão máxima, ou tensão na fratura pelo teste de flexão transversal Ff é a carga na fratura, L é a distância entre os pontos de apoio e os outros parâmetros estão indicados abaixo para seção reta retangular • Comportamento elástico para testes de flexão transversal: similar aos resultados do teste de tração para metais: existe uma correlação linear entre tensão e deformação: • módulos de elasticidade para materiais cerâmicos está entre cerca de 7 104 e 50 104 MPa), sendo ligeiramente maior do que para os metais MECANISMOS DE DEFORMAÇÃO PLÁSTICA • Cerâmicas Cristalinas: ocorre a deformação plástica, tal como com metais, pelo movimento de discordâncias – dureza e a fragilidade: dificuldade do escorregamento (ou movimento de discordância), repulsão eletrostática restringe escorregamento • Cerâmicas Não-Cristalinas: deformam por escoamento viscoso com a taxa de deformação proporcional à tensão aplicada. – Em resposta a uma tensão cizalhante aplicada, átomos ou íons se deslizam uns sobre os outros quebrando e recompondo ligações interatômicas: não há direção definida de deslizamento viscosidade (Pa.s): razão da tensão cizalhante aplicada e a mudança na velocidade d com a distância dy numa direção perpendicular às placas e no sentido das placas para longe CONSIDERAÇÕES MECÂNICAS MISCELÂNEAS • Influência da porosidade residual: a magnitude do módulo de elasticidade E (Eo é o módulo de elasticidade de material não poroso) decresce com a fração de volume de porosidade P de acordo com a relação • Dureza: maior resistência à deformação plástica local , tipicamente mais duras que outros materiais • ação abrasiva ou moedora • Fluência: deformação ao se aplicar aaltas temperaturas e tensões compressivas • Semelhante aos dos metais • deformação como uma função da temperatura e do nível de tensão. Lista 1. ex. 13.30 • Calcule o número de Frenkel por m3 no cloreto de prata (AgCl, tipo AX), a energia para a formação do defeito é de 1,1 eV a 350 oC, massa específica 5500 kg/m3 k = 8,62 x 10 -5 eV/K T = (350 + 273) K Lista 1. ex. 13.31 Utilizando-se dos dados abaixo para a formação de defeitos de Schottky em algum óxido cerâmico (tendo a fórmula química MO), determine: – (a) A energia para a formação do defeito (em eV) – (b) o número do equilíbrio de defeitos de Schottky por m3 – (c) a identificação do óxido (isto é, qual é o metal M?) (a) A energia para a formação do defeito (em eV) k = 8,62 x 10 -5 eV/K T1 = (750 + 273) K T2 = (1500 + 273) K (b) o número do equilíbrio de defeitos de Schottky por m3 a 1000 oC (c) a identificação do óxido (isto é, qual é o metal M?) k = 8,62 x 10 -5 eV/K k = 8,62 x 10 -5 eV/K T1 = (1000 + 273) K T2 = (750 + 273) K Lista 1. 13.39 • A força tensil de materiais frágeis pode ser determinada usando a equação abaixo. Calcule o raio crítico da ponta da rachadura para um espécime de vidro que experimenta a fratura tensil para uma tensão aplicada de 70 MPa . Suponha um comprimento de superfície crítico da rachadura da ordem de milímetros e uma tensão teórica de fratura para um modulo elástico E. Lista 1. ex 12.42 • Uma moeda de MgO é solicitada mecanicamente por uma modalidade de dobra de três-pontos. Compute o raio mínimo do espécime sem que haja fratura, dado que a carga aplicada de 5560 N e a força flexural de 105, e a separação entre pontos de carga de 45 milímetros
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