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As pressões sanguíneas sistêmica e nos tecidos locais precisam ser mantidas dentro de uma faixa estreita para impedir consequências indesejáveis Pressões baixas (hipotensão) resultam em perfusão inadequada dos órgãos e podem levar à disfunção ou à morte dos tecidos. Inversamente, pressões altas (hipertensão) podem causar dano ao vaso e ao órgão-alvo A hipertensão arterial é a doença crônica sistêmica mais comum em adultos e sua prevalência tende a crescer com o avanço da idade. Constitui o maior problema de saúde pública Definição: Elevação anormal na pressão arterial persistente que pode ser fatal A hipertensão é um dos principais fatores de risco para aterosclerose e está por trás de numerosas outras doenças Pode causar – entre outras coisas – hipertrofia cardíaca e insuficiência cardíaca (cardiopatia hipertensiva), demência por múltiplos infartos, dissecção da aorta e insuficiência renal Regulação da Pressão Arterial Normal A pressão arterial é uma função do débito cardíaco e da resistência vascular periférica, duas variáveis hemodinâmicas que são influenciadas por múltiplos fatores genéticos, ambientais e demográficos Os principais fatores que determinam a variação da pressão arterial dentro de populações e entre elas incluem idade, gênero, índice de massa corporal e dieta, particularmente o consumo de sódio O débito cardíaco é altamente dependente do volume sanguíneo, ele mesmo grandemente influenciado pela homeostasia do sódio A resistência vascular periférica é determinada principalmente ao nível das arteríolas e é afetada por fatores neurais e hormonais. O tônus vascular reflete o equilíbrio entre influências vasoconstritoras humorais (incluindo angiotensina II, catecolaminas e endotelina) e vasodilatadoras (incluindo cininas, prostaglandinas e NO) humorais Os vasos de resistência também exibem autorregulação, por meio da qual o aumento do fluxo sanguíneo induz vasoconstrição para proteger o tecido da hiperperfusão. Outros fatores locais, como o pH e a hipoxia, além dos sistemas α- e β-adrenérgicos, que influenciam a frequência cardíaca, a contração cardíaca e o tônus vascular, também podem ser importantes em regular a pressão arterial. A função integrada destes sistemas assegura a perfusão adequada de todos os tecidos, apesar de diferenças de demanda regionais Mecanismos da Hipertensão Essencial Os fatores genéticos desempenham um papel definitivo na determinação dos níveis de pressão arterial, como demonstram estudos comparando a pressão arterial em gêmeos monozigóticos e dizigóticos, e outros tipos de estudos com famílias, incluindo comparações de familiares geneticamente vinculados e adotados Além disso, vários transtornos por um único gene causam formas relativamente raras de hipertensão (e hipotensão), alterando a reabsorção líquida de sódio no rim A redução da excreção de sódio na presença de pressão arterial normal pode ser um evento chave iniciante na hipertensão essencial e, na verdade, uma via final comum para a patogenia da hipertensão. A diminuição da excreção de sódio pode levar sequencialmente a um aumento no volume de líquido, a aumento do débito cardíaco e à vasoconstrição periférica, elevando assim a pressão arterial Influências vasoconstritoras, como fatores que induzem vasoconstrição ou estímulos que causam alterações estruturais na parede do vaso, podem levar a um aumento da resistência periférica e também podem desempenhar um papel na hipertensão primária. Além disso, as influências vasoconstritoras crônicas ou repetidas poderiam causar espessamento e rigidez dos vasos envolvidos. Fatores ambientais podem modificar o impacto dos determinantes genéticos. Estresse, obesidade, tabagismo, sedentarismo e alto consumo de sal têm sido implicados como fatores exógenos na hipertensão. Na verdade, é particularmente impressionante a ligação do nível de consumo de sódio na dieta com a prevalência de hipertensão em diferentes grupos populacionais. Além disso, na hipertensão essencial e na secundária, o consumo excessivo de sódio torna mais intensa a afecção Hipertensão primária 90% não possuem causa identificável (Estilo de vida, obesidade, álcool) Patogenia da Hipertensão Secundária Outros fatores: DRC, Cushing ; Distúrbios supra-renais Resumindo, a hipertensão essencial é um transtorno complexo e multifatorial Arteriosclerose Arteriosclerose literalmente significa “endurecimento das artérias”; é um termo genérico que reflete espessamento da parede arterial e perda de sua elasticidade Há três padrões gerais, com diferentes consequências clínicas e patológicas: Arteriolosclerose afeta pequenas artérias e arteríolas e pode causar lesão isquêmica distal. As variantes anatômicas, hialina e hiperplásica, foram discutidas anteriormente em relação à hipertensão A aterosclerose caracteriza-se por lesões da íntima chamadas ateromas (também chamadas placas ateromatosas ou ateroscleróticas) que fazem protrusão nas luzes dos vasos Uma placa ateromatosa consiste em uma lesão elevada com centro mole, amarelo e grumoso de lipídios (principalmente colesterol e ésteres do colesterol), coberta por uma cápsula fibrosa branca Além de obstruir mecanicamente o fluxo sanguíneo, as placas ateroscleróticas podem romper-se, levando a uma trombose catastrófica de vasos; as placas também enfraquecem a média subjacente e, assim, levam à formação de aneurisma HAS Deficiência na regulação da resistência vascular Redução da elasticidade vascular Redução excreção de sódio Desregulações endócrinas Fatores ambientes Sinais e sintomas Permanecer assintomática Cefaleias Zumbido ouvido Tontura Hemorragia retina Declínio cognitivo com o envelhecimento Proteinúria Angina pectoris Consequências Acelera a aterogênese Degeneração parede dos vasos Coração Encéfalo Rins Olhos Tratamento hipertensão Anamnese Estilo de vida) Exame físico (monitorar PA) Exames laboratoriais (íons, colesterol) Fármacos disponíveis: Diuréticos, tiazídicos (HCTZ), diuréticos (furosemida); Inibidores ECA (Captoprill) Bloqueadores do receptor de angiotensina (Valsartan) Betabloqueadores (propranolol) Bloqueadores dos canais de cálcio (Amiodipina) Efeitos adversos: Neutropenia e ardência bucal (ECA) Xerostomia (diuréticos) Hiperplasia gengival (bloqueadores cálcio) Definição: Perda absoluta ou relativa na secreção e/ou ação da insulina (hiperglicemia) O diabetes melito não é uma simples doença, mas sim um grupo de distúrbios metabólicos que compartilha a característica subjacente comum de hiperglicemia A hiperglicemia no diabete resulta de um defeito na secreção de insulina, na ação da insulina ou, mais comumente, ambas A hiperglicemia crônica e a desrregulação metabólica concomitante podem estar associadas a danos secundários em múltiplos sistemas de órgãos, especialmente rins, olhos, nervos e vasos sanguíneos Epidemiologia Diabetes e doenças cardiovasculares – maiores causas de morte no mundo Classificação Diabetes tipo l Destruição imunológica das células beta Diabetes juvenil, diabetes melito insulino dependente 5-10% dos casos Antes dos 40 anos (Adolescência) Etiologia: - Idiopática - Infecções virais - Genética Diabetes tipo ll Resistência periférica à insulina, posterior diminuição da secreção Diabetes melito não insulina dependente Ausência de secreção de insulina 90% dos casos Acima de 40 anos Detectada 10-20 anos após o início da doença Etiologia - Multifatorial - Predisposição genética - Entregêmeos idênticos (50-90%): Parentes primeiro grau (20-40%) Tratamento Diabetes tipo l: Insulinoterapia Diabetes tipo ll: Controle não farmacológico Agentes hipoglicemiantes orais Outros agentes hipoglicemiantes e insulinoterapia Complicações Retinopatia Nefropatia Neuropatia Parestesia Displidemia Aterosclerose Doença coronária Infeccções Rigidez articular.. Sinais e sintomas
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