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ABELHAS NATIVAS SEM FERRÃO Brenda Barbosa, Daniel Pires, Felipe Araújo, Maria Eduarda Martins e Sheylla Alves Zotecnia, 3° Período Sumário Introdução--------------------------------------- 03 Espécies de abelhas sem ferrão--------- 04 Morfologia--------------------------------------- 09 Estruturas--------------------------------------- 14 Reprodução------------------------------------- 27 Aplicação na Zootecnia--------------------- 35 Referências------------------------------------- 41 Introdução As abelhas sem ferrão ou abelhas nativas sem ferrão são abelhas da sub família chamada de Meliponíneos, essas abelhas existem no nosso país muito antes da colonização sendo encontradas em todas as regiões do Brasil. Fonte: Blog do Gpap 03 Diferentes espécies Uruçu (Melipona scutellaris) Benefícios da espécie –Polinização dos vegetais aumentando a produtividade das plantas cultivadas e a fertilidade das espécies que dependem da polinização cruzada; -Produção de delicioso mel, com alta qualidade medicinal, rico em propriedades bactericidas, energéticas e antioxidantes; -Baixo custo de implantação e fácil manejo. Fonte: WordPress 04 Diferentes espécies A Guarupu (Melipona bicolor) é uma abelha social da subfamília dos meliponíneos, de ampla distribuição brasileira. Essa espécie é muito mansa, proporcionando um fácil manejo. A Guarupu apresenta poliginia, isto é, mais de uma rainha no mesmo ninho, o que é raro entre as abelhas sem ferrão. Guarupu (Melipona bicolor) Fonte: WordPress 05 Diferentes espécies A criação de abelhas Jataí (Tetragonisca angustula) tem se firmado como uma boa opção aos meliponicultores. É uma abelha bastante rústica, que tem grande capacidade para fazer ninhos e sobreviver em diferentes ambientes, inclusive em zonas urbanas. Jataí (Tetragonisca angustula) Fonte: WordPress 06 Diferentes espécies A Melipona mandaçaia é uma abelha social brasileira, de cabeça e tórax pretos, abdome (com faixas amarelas interrompidas no meio de cada segmento) e asas ferrugíneas. Também é conhecida pelos nomes de Amanaçaí, Amanaçaia, Manaçaia e Mandaçaia-Grande. Medindo entre 10 e 11 mm de comprimento, estas abelhas nidificam em árvores ocas. Mandaçaia (Melipona mandaçaia) Fonte: WordPress 07 Diferentes espécies A Borá é uma abelha sem ferrão bastante agressiva, principalmente nas horas quentes do dia, quando se defende, valentemente, mordiscando a pele ou se enrolando nos cabelos de quem se atreve a chegar perto de sua colmeia. Apresenta deposição de própolis como comportamento defensivo. Nidifica em ocos de árvores, de preferência, vivas. Borá (Tetragona clavipes) Fonte: WordPress 08 Morfologia O conhecimento das estruturas externas encontradas no corpo das abelhas é importante para que o criador entenda como as abelhas desempenham a coleta dos recursos necessários à sua sobrevivência. Fonte: Embrapa 09 dois pares de asas três pares de pernas. No tórax, se encaixam os apêndices locomotores: O tórax é constituído, na maior parte, por poderosos músculos responsáveis pela movimentação das asas e pernas. Morfologia 10 Morfologia Esses músculos também podem auxiliar na comunicação Promovendo vibrações para a indicação da distância da fonte de recursos e na coleta de pólen de flores com anteras poricidas, que necessitam de abelhas que vibram para coleta de seu pólen. 11 Uma outra estrutura muito importante no transporte de sólidos e substâncias pastosas para o ninho é a Nessa estrutura, podem ser transportados pólen, barro, resina, fibra e sementes. Morfologia 12 Corbícula Uma tíbia modificada, de forma achatada, encontrada no terceiro par de pernas das operárias dos meliponíneos. Morfologia No abdômen estão alojados o intestino, as glândulas secretoras de cera, os órgãos reprodutores e o papo, este último responsável pelo transporte do néctar que a abelha coleta. Fonte: Embrapa 13 Estruturas dos ninhos Arquitetura dos ninhos é constituída por dois elementos principais: O ninho e os potes de alimento. Cada espécie projeta seu ninho com suas características. Arquitetura dos ninhos – São variados os locais onde os meliponíneos instalam suas colônias. Arquitetura dos ninhos 14 Estruturas dos ninhos Arquitetura dos ninhos Colonia da Jandaira instalada em tronco de arvore. .Entrada de Colônias de Canudo. Fonte: Criar Abelhas 15 Estruturas dos ninhos . As figuras a seguir ilustram as estruturas básicas de uma colônia com as características da maior parte das espécies existentes e/ou criadas: habitar cavidades de árvores e ter o ninho formado por favos compactos, horizontais e sobrepostos. 16 Estruturas dos ninhos . Fonte: Criar Abelhas 17 Estruturas dos ninhos Fonte: Criar Abelhas 18 Se algum inimigo passar pela entrada, precisa enfrentar outro sistema de defesa antes de conquistar o ninho Estruturas dos ninhos Mecanismo de proteção e orientação das abelhas A entrada é conectada ao interior da colônia por um túnel de ingresso Ligado ao ninho através do invólucro 19 Trata-se de um corredor repleto de abelhas guarda. Estruturas dos ninhos O batume dos Meliponini é construído com geoprópolis. O batume superior costuma ser muito compacto para evitar a infiltração de água. O inferior é crivado, ou seja, possui inúmeros orifícios que permitem o escoamento da água em caso de infiltração. Os orifícios também auxiliam na ventilação da colônia. Mecanismo de proteção e orientação das abelhas 20 Estruturas dos ninhos O cerume possui características diferentes conforme a espécie. Pode ser formada por células agrupadas, formando favos horizontais, ou em cachos, quando as células são esparsas e conectadas entre si por pequenos pilares de cerum. Mecanismo de proteção e orientação das abelhas 21 Estruturas dos ninhos Colonias de abelhas sem ferrrão em caixotes Arquitetura dos ninhos Modelo de Caixas INPA – Medidas Medidas de Caixa INPA para Mandaçaia MQA, Tiubá, Jupará, Jandaíra, Guaraipo: 15 cm(C) x 15 cm(L) x 7,5 cm(A) Fonte:Criar Abelhas 22 Estruturas dos ninhos Colonias de abelhas sem ferrrão em caixotes Por exemplo: se o maior favo de cria que um meliponicultor encontrou, possui 12 cm, como por exemplo os discos de cria de uma Abelha Manduri, ele deve construir a caixa com dimensões horizontais internas de 16 cm(C) x 16 cm(L). 23 Estruturas dos ninhos Fonte: Criar Abelhas 24 Estruturas dos ninhos Modelo da disposição geral de uma caixa INPA Fonte: Criar Abelhas 25 Estruturas dos ninhos As caixas INPA são formadas por três módulos básicos: Ninho, Sobre ninho e melgueira. Então o tamanho dos módulos e a quantidade de melgueira vão depender de cada espécie de abelhas sem ferrão que serão criadas nestas caixas INPA. 26 Reprodução Reprodução, enxameagem e ciclo de vida: Processo pelo qual as colônias de abelhas sem ferrão se reproduzem. Fonte: Criar Abelhas 27 Reprodução A enxameagem tem início quando algumas abelhas operárias deixam a “colônia- mãe” para buscar um lugar adequado para a construção de um novo ninho. A matéria-prima para a construção da nova moradia é retirada da colônia original e, assim, “colônia-mãe” e “colônia- filha” permanecem vinculadas por algumas semanas. 28 Reprodução Concluída a organização da nova moradia, parte das abelhas operárias e uma rainha virgem migram para o local. A rainha virgem é fecundada por um macho – geralmente de outra colônia – em um ritual conhecido como: 29 “vôo nupcial”. Reprodução Uma vez fecundada, a rainha – agora poedeira – retorna ao ninho, estabelecendo a rotina biológica de uma colônia estabelecida. Fonte: G.Bio 30 Reprodução A enxameagem é o processo pelo qual as colônias de abelhas sem ferrão se reproduzem. É importante destacar que o processo está relacionado à reprodução da colônia como um todo, não de uma única abelha. 31 Reprodução O processo de nascimento de uma abelhaé iniciado com a construção das células e favos de cria, passando, a seguir, pelos seguintes passos: Fonte: Criar Abelhas 32 Reprodução O processo de desenvolvimento de uma abelha sem ferrão, desde o ovo até a abelha adulta, dura aproximadamente 40/45 dias. Este período costuma ser um pouco mais longo para os machos e pouco mais curto para as rainhas 33 Reprodução Após sair das células (emersão), operárias e rainhas virgens vivem em média 50/55 dias. As rainhas, entretanto, depois de tornarem-se rainhas poedeiras, vivem de um a três anos. Fonte: Veja 34 Aplicação das abelhas nativas sem ferrão na Zootecnia A meliponicultura é uma atividade de criar abelhas deste grupo, diferindo da apicultura que é a atividade de criação das abelhas Apis mellífera, popularmente, conhecidas como “europeias” ou “africanas”. 35 Aplicação das abelhas nativas sem ferrão na Zootecnia A meliponicultura é uma atividade pouco conhecida pela maioria dos brasileiros visto que a maior parte da produção de mel advém das abelhas Apis melliferas ou africanizadas, um cruzamento das abelhas Apis, da Europa e da África. 36 Aplicação das abelhas nativas sem ferrão na Zootecnia Mel de abelhas africanizadas e nativas. Fonte: Globo Play 37 Aplicação das abelhas nativas sem ferrão na Zootecnia O mel dessas abelhas possui um grande valor medicinal. Sendo usado contra doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza, e infecções de olhos. Mel de abelhas sem ferrão. fonte: Embrapa 38 Aplicação na Zootecnia "Costuma-se dizer que a melhor espécie de abelha é a que produz mel, ou seja, todas as espécies com ou sem ferrão tem o seu nível de importância. Mas, aqui, queremos ressaltar algo que faz parte das nossas raízes desde muito tempo e que tem sua viabilidade produtiva”, enfatiza uma zootecnista no evento Tecnofam realizado pela Embrapa, em parceria com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. 39 Obrigado pela atenção 40 Referências LIRA, Aline. Meliponicultura: zootecnista evidencia importância da criação de abelhas nativas. Agraer, 2018. Disponível em: https://www.agraer.ms.gov.br/melip onicultura-zootecnista-evidencia- importancia-da-criacao-de-abelhas- nativas/. Acesso em: 26/02/2021 Instagram: @desmitificandoabelhas Estruturas dos ninhos: Fonte do modelo e das imagens : https://www.criarabelhas.com.br/c 41 Referências OLIVEIRA, Andréia. ABELHAS SEM FERRÃO, DESCRIÇÃO DAS ESPÉCIES, PLANTAS VISITADAS. Júnior Word Press, 2014. Disponível em: https://hbjunior19.wordpress.com/2014/08/2 2/abelhas-sem-ferrao-descricao-das- especies-stingless-bees-description-of- species/ 42
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