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Psicanálise Aula 01_ Primeira e Segunda topica e fases psicose

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Psicanálise	
Sigmund Freud
Biografia 
1856-1939: Império Austríaco
Judeu
Dificuldades financeiras, mas tinha privilégios por ser o primogênito e obter uma excelente desempenho acadêmico
Medicina na faculdade de Viena
Médico neurologista: largou a pesquisa por questões financeiras e se tornou clínico
Psiquiatria 
Pesquisa com cocaína 
24 volumes
Câncer no palato: 33 cirurgias e morre com uma alta dose de morfina
Questiona como a moral e a cultura possuem influência na psique
Descobriu novas abordagens para o tratamento da saúde mental
Amplia a concepção de psicopatologia
Prática de revisar seu trabalho
Início dos seus estudos
Trabalho com Charcot
Inauguração do período científico 
Hipnose: reprodução de sintomas histéricos
Sugestão e alívio hipnótico
Charcot 
Visava demonstrar o caráter neurótico da doença, mental
É uma doença mental, não uma simulação
Por um lado, oferta uma dignidade ao sofrimento histérico
Por outro lado, é uma relação exibicionista, não busca tratar o sofrimento
Capacidade de imitação (próximos aos pacientes epiléticos) 
Freud 
Concomitante havia a escola de Nancy: preocupado com o tratamento
Ambos usavam a hipnose
A partir de uma relação assimétrica, investida simbolicamente de poder, o médico pode sugerir e persuadir mudança 
Freud e Breuer
Volta de paris, em Viena: médico de doenças nervosas
Hipnose
Método catártico
Traumatismo psíquico: uma situação em que o sujeito é impedido de reagir devido alta intensidade
Completamente no campo do mental
Sonhos 
Saída da hipnose para a associação livre.
Elaboração onírica: conjunto de transformações de um material do sonho em um produto, o sonho manifesto
Resíduos diurnos
Todo sonho é a realização de um desejo
“Eu queria oferecer uma ceia, mas não tinha nada em casa além de um pequeno salmão defumado. Pensei em sair e comprar alguma coisa, mas então me lembrei que era domingo à tarde e que todas as lojas estariam fechadas. Em seguida, tentei telefonar para alguns fornecedores, mas o telefone estava com defeito. Assim, tive de abandonar meu desejo de oferecer uma ceia.” 
Dias antes visitara uma amiga de quem confessava ter ciúmes porque seu marido estava constantemente a elogiá-la.
Amiga magra X marido gosta de mulheres cheinhas
Porém, a amiga deseja engordar: “Quando é que você vai nos convidar para outro jantar? Os que você oferece são sempre ótimos.”
 “Como foi”, perguntei, “que a senhora chegou ao salmão que apareceu em seu sonho?” “Oh”, exclamou ela, “salmão defumado é o prato predileto de minha amiga!” 
Qual o desejo realizado no sonho?
Primeira tópica
Consciente
Pré-consciente
Inconsciente: recalcado
Recalcar: deixar que representações incompatíveis/que tragam desprazer/ que não conseguem ser elaboradas fiquem no inconsciente
Tudo que esquecemos é devido ao recalque?
Associação livre e resistência do paciente
Segunda tópica (1920)
Id (isso)
Ego (eu)
Superego (supereu)
Reina o princípio de prazer que exige satisfação imediata
Faz pressão 
“Campo dos desejos”
As outras instâncias são derivadas do id
Tenta satisfazer-se pelo desejo ou fantasia
Segunda tópica (1920)
Id (isso)
Ego (eu)
Superego (supereu)
“Esse sistema está voltado para o mundo externo, é o meio de percepção daquilo que surge de fora, e durante o seu funcionamento surge nele o fenômeno da consciência.”
Estrutura psíquica para lidar com o ambiente externo
É originado pelo id em contato com o mundo externo (escudo protetor – ameaça de perigo)e pelas identificações interiorizadas e introjetadas
Proporciona estabilidade e identidade (coletamos dados do meio externo pra construir quem somos)
Em contato com o exterior tem função adaptativa (mecanismo de defesa: talvez não seja possível fazer desse jeito, mas podemos fazer de outro...)
Segunda tópica (1920)
Id (isso)
Ego (eu)
Superego (supereu)
O supereu não é dentro de nós desde o início
“[...] o superego assume o lugar da instância parental e observa, dirige e ameaça do ego (perda de amor), exatamente da mesma forma como anteriormente os pais faziam com a criança.”
“O superego é para nós o representante de todas as restrições morais, o advogado de um esforço tendente à perfeição –é, em resumo, tudo que pudemos captar psicologicamente daquilo que é catalogado como o aspecto mais elevado da vida do homem. Como remota à influência dos pais, educadores, etc.,”
Internalização da coerção externa (sociedade)
Ideal 
Segunda tópica (1920)
Id (isso)
Ego (eu)
Superego (supereu)
“O ego deve, no geral, executar as intenções do id, e cumpre sua atribuição descobrindo as circunstancias em que essas intenções possam ser mais bem realizadas”
Os três senhores: O mundo externo, o supereu e o id.
https://www.youtube.com/watch?v=HvdaGu0lbSY&list=PLX3Jmi-Vx83rc7LzzcKn9wCR-Z7LLtSrP&index=5
Ver mecanismos de defesa
Três ensaios sobre a teoria da sexualidade
A repressão sexual faz aparecer sofrimento psíquico
Descaso com o infantil: comumente se aceita que a sexualidade só aparece na puberdade (fins de procriação).
O comportamento adulto, saudável ou doente, é dirigido por circuitos pulsionais que se originam na infância.
Amnésia infantil
Organização sexual pré-genital: caminhos de obtenção de prazer
Sexualidade é energia vital pulsional direcionada para o prazer, passível de variações quantitativas e qualitativas, vinculada à afetividade, às relações sociais, às fases do desenvolvimento da libido infantil, ao erotismo, à genitalidade, à relação sexual e à procriação.
Pulsão (força, que empurra)
Tradução: instinto (naturalidade orgânica que quando ausente causa estranhamento / igual em todos da mesma espécie) 
Esse tipo de engrenagem não funciona no humano
A pulsão não se refere a um comportamento específico (cuidar de bebês, não se matar), ou seja, não é um regular natural do ser humano
Tem uma origem corporal no contato com o outro
A sexualidade humana não está baseada em instintos, algo na relação com o outro está além de saciar um instinto (fome)
Uma série de afetos estão envolvidos
Uma posição subjetiva diante do ambiente está posta
Busca a satisfação por meio das relações com o objeto, fantasias, sintomas...
Três ensaios sobre a teoria da sexualidade
As fases foram definidas, nessa época, como modalidades de relação com o objeto.
A relação com o cuidador mostra que o corpo pode ser fonte de satisfação
Tomar partes do corpo como fonte de investimento
*Perversão
A sexualidade é parcializada porém há a supremacia de alguma
Características das zonas erógenas: trata-se de uma parte da pele ou da mucosa em que certos tipos de estimulação provocam uma sensação prazerosa de determinada qualidade
Fases psicossexuais 
Fase oral:
Zona bucal, complexo digestivo, fonação, pele (tato, sensações proprioceptivas) 
A continência do colo
Fusão
Corpo despedaçado
Total alienação ao outro cuidador
Processo de subjetivação: ligar-se ao objeto e se diferenciar dele
“Querem tudo, imediatamente e ao mesmo tempo”= dificuldade em lidar com a ambivalência da vida psíquica 
Fases psicossexuais 
Fase anal: controle do esfíncter 
Reconhecimento da dependência do objeto ao passo que avança rumo a independência (controle, percepção de que afeta o humor dos cuidadores, apropriação do corpo
Afastamento progressivo e relativamente autônomo dos objetos primários (motricidade controlada)
Engatinhar e andar
Controle motor/comer só
Proibição de prejudicar a si mesmo e aos outros
Posse: “eu sozinho”. Eu, não você”
Sentimento de posse sobre o próprio corpo e mundo exterior
Fases psicossexuais 
“Por exemplo, o desejo de controlar seus brinquedos para que ninguém mexa pode levar a criança a ficar tão preocupada com isso a ponto de não conseguir brincar. Uma criança que se torna excessivamente teimosa faz que os adultos desistam dela. Em suma, há que colocar um limite no desejo de poder da criança para que isso não se volte contra ela, para que ela não se desorganize psiquicamente” (MINERBO, 2020, p.174)
O “não” não é arbitrário, ele marca um limite ao excesso e não deve estara serviço do narcisismo dos pais (idealmente...)
09/03/2021
Fases psicossexuais
Fase fálica
O que dá valor a minha existência?
Qual a minha posição na organização familiar?
Concentração nos órgãos genitais
Falo: símbolo da realidade que condensa a posse de uma unidade e de uma potência do ser
“A exibição nunca é apenas uma afirmação de si. É, sobretudo, uma forma de perguntar ao outro o que ele vê. É ali, no olhar dos pais, que a criança fálica verá orgulho, admiração ou, ao contrário, indiferença, desprezo, rivalidade” (MINERBO, 2020, p.177)
Fases psicossexuais
Complexo de Édipo
Estrutura organizadora da psicanálise e central na prática psicanalítica
Ama o genitor do sexo oposto e rivaliza com o do mesmo sexo (será?!)
Função materna e paterna
Tem que lidar com o fato de não ser onipotente e que não possuímos os nossos pais  violento 
A criança quer ser amada, então, vai ser colocar uma certa cota de rivalidade/ódio em tudo que fizer empecilho a isso
Temor: o que farão se descobrirem minha hostilidade?
O terceiro que separa possui um função libertadora
Fases psicossexuais
“Essas tarefas são impostas a todos nós. E é notável quão raramente as pessoas lidam com ela de modo ideal” (FREUD, 1917, s/p)
Continua operando do longo da vida (engendra repetições), na medida em que trata de uma posição subjetiva diante do outro e dos nossos desejos.
Fases psicossexuais
Fase de latência: fim do investimento no corpo e busca por outras formas de satisfação 
Socialização: Deslocamento da estrutura familiar primária como única forma de satisfação
Período de escolarização e aprendizagem (curiosidade)
Fase genital: puberdade e a sexualidade dirigida ao outro

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